Ripley's Game

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Ripley's Game
O Jogo de Mr. Ripley[1] (PRT)
O Retorno do Talentoso Ripley[2] (BRA)
Ripley's Game
 Itália
 Reino Unido
 Estados Unidos
2002 •  cor •  110 min 
Gênero suspense
Direção Liliana Cavani
Produção Simon Bosanquet
Ricardo Tozzi
Ileen Maisel
Roteiro Charles McKeown
Liliana Cavani
Patricia Highsmith (livro)
Elenco John Malkovich
Dougray Scott
Ray Winstone
Lena Headey
Música Ennio Morricone
Companhia(s) produtora(s) Mr. Mudd
Distribuição 01 Distribuzione (Itália)
Entertainment Film Distributors (GRB)
Fine Line Features (EUA)
Lançamento 2002
Idioma inglês

Ripley's Game (bra: O Retorno do Talentoso Ripley; prt: O Jogo de Mr. Ripley) é um filme de suspense britano-ítalo-americano de 2002, dirigido por Liliana Cavani. O roteiro adapta livro homônimo de 1974 de Patricia Highsmith, o terceiro com o personagem Tom Ripley. O livro já havia sido adaptado anteriormente pelo cinema alemão com O Amigo Americano de 1977 pelo diretor Wim Wenders com o protagonismo de Dennis Hopper e Bruno Ganz.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Tom Ripley está envolvido com falsificação de arte em Berlim, associado ao gângster britânico Reeves. Três anos depois, Ripley está extremamente rico e vive numa vila em Veneto na Itália com a esposa Luisa, concertista de cravo. Ele é convidado para uma festa pelo vizinho Jonathan Trevanny, um moldurista de retratos e pinturas mas, ao ir até lá, Ripley ouve seu anfitrião insultar seu gosto artístico pela reforma que fizera na vila, e aludir ao passado obscuro dele. Pouco depois, Reeves reaparece e conta a Ripley que seus negócios em Berlim estão sofrendo prejuízos causados pela máfia russa e quer que o antigo sócio elimine a concorrência. Ripley se nega mas ao saber pela esposa que Jonathan sofre de leucemia terminal, ele, por despeito, o recomenda a Reeves. Tentado pelo dinheiro oferecido, que poderá ajudar o filho e a esposa depois que ele morrer, Jonathan acaba aceitando o serviço. Reeves depois chantageia Jonathan para que pratique mais assassinatos e Ripley resolve ajudar o vizinho. Os mafiosos ficam sabendo da culpa de Reeves e da cumplicidade dos dois comparsas dele e vão até a Itália para se vingarem.

Recepção[editar | editar código-fonte]

O filme recebeu críticas positivas com 95% "fresco" no site Rotten Tomatoes[3]. Roger Ebert incluiu Ripley's Game em sua lista de "Grandes Filmes", afirmando que é (em tradução livre, como as demais) " o melhor dos quatro" filmes de Ripley que haviam sido lançados (Plein soleil, O Amigo Americano, The Talented Mr. Ripley e Ripley's Game) e Malkovich é "precisamente o Tom Ripley que eu imaginava quando lia os romances" elogiando o que ele achou como "uma das [dele] performances mais brilhantes e insidiosas"[4]. Ebert criticou a decisão de não lançar o filme nos cinemas norte-americanos, escrevendo: "A falha de não abri-lo para os cinemas é um erro vergonhoso"[5].

Peter Travers da Revista Rolling Stone deu ao filme 3,5 estrelas de 4 possíveis, escrevendo: "Pinturas próprias de Malkovich permeiam a trama – gelado em um momento, furioso em outro – com requinte de mestre. Highsmith escreveu cinco romances de Ripley, e vários atores representaram o personagem, mais recente e mais suavemente Matt Damon em The Talented Mr. Ripley. Mas Malkovich domina o papel. Ele joga pra valer"[6]. David Rooney da Revista Variety escreveu: "A elegante e maliciosa interpretação de Malkovich deu a Ripley's Game um centro magnético, complementado pela eficiente direção de Liliana Cavani num sentimento retrô agradável que remete aos suspenses britânicos sobre a Guerra Fria da década de 1960. Apesar de algumas tramas rasteiras e um ato final que poderia ser mais agudo, é um suspense adulto que deve encontrar uma audiência receptiva"[7].

Outros críticos gostaram menos, como Peter Bradshaw do The Guardian, que deu ao filme duas estrelas de um total de cinco [8]. Alguns críticos o compararam desfavoravelmente com a adaptação de 1977 de Wim Wenders, O Amigo Americano. Nathan Rabin de The Onion's A.V. Club considerou "Ripley's Game com ausência fatal de conflitos, da humanidade desesperada que fez Wenders pegar o mesmo material de modo assombrosamente trágico. Com o suavemente genérico assassino internacional de Malkovich, tudo é artesanal e sem alma, com a complexidade e a profundidade funcionando como danos colaterais para a mecanicidade lustrosa do filme"[9]. Neil Young's Film Lounge deu a Ripley's Game uma nota 6 de um total de 10, chamando o filme de "largamente sem inspiração" adaptado por um diretor "pedestre", e comparando com o "brilhante" The American Friend, "sentindo que qualquer fã de Highsmith e/ou The American Friend terá grandes problemas com essa versão"[10].

Referências

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