Sérgio Magalhães

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Sérgio Magalhães
Deputado federal pelo Distrito Federal
Período 1955-1960[nota 1]
Deputado federal pela Guanabara
Período 1960-1964
Dados pessoais
Nascimento 7 de fevereiro de 1916
Recife, PE
Morte 19 de junho de 1991 (75 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Alma mater Universidade Federal de Pernambuco
Cônjuge Maria de Lourdes Portinho (antes)
Laís Delgado Magalhães (depois)
Partido PTB (1954-1965)
PMDB (1980-1991)
Profissão engenheiro civil

Sérgio Nunes de Magalhães Júnior, mais conhecido como Sérgio Magalhães, (Recife, 7 de fevereiro de 1916Rio de Janeiro, 19 de junho de 1991) foi um engenheiro civil e político brasileiro, outrora deputado federal pela Guanabara.[nota 1][1][2]

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

Filho de Sérgio Nunes de Magalhães e Antônia de Godoy Magalhães. Engenheiro civil formado em 1936 na Universidade Federal de Pernambuco, trabalhou na Diretoria de Obras Públicas da Secretaria de Viação e Obras Públicas de Pernambuco e no ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro.[3][nota 2] Na então capital federal trabalhou na Diretoria de Limpeza Pública da Secretaria de Viação e Obras Públicas e depois chefiou o serviço de estatística da referida pasta. Dirigiu o Departamento de Geografia e Estatística da prefeitura do Distrito Federal entre 1939 e 1947, trabalhou no laboratório de estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por três anos a partir de 1948 e assumiu a direção do Montepio dos Empregados Municipais (MEM) em 1952, autarquia essa que originou o RioPrevidência.[4][nota 3]

Eleito deputado federal pelo PTB do antigo Distrito Federal em 1954 e 1958, foi um dos fundadores da Frente Parlamentar Nacionalista no governo do presidente Juscelino Kubitschek.[4] Com a mudança da capital federal para Brasília,[5] a cidade do Rio de Janeiro tornou-se o estado da Guanabara[6][7] e nisso Sérgio Magalhães foi derrotado por Carlos Lacerda ao disputar o governo carioca em 1960.[8] Com a renúncia de Jânio Quadros a 25 de agosto de 1961, Ranieri Mazzilli assumiu interinamente a Presidência da República e Sérgio Magalhães a presidência da Câmara dos Deputados.[4]

Reeleito deputado federal em 1962, posicionou-se a favor das Reformas de Base defendidas pelo presidente João Goulart. Com a vitória do Regime Militar de 1964, teve o mandato cassado pelo Ato Institucional Número Um e os direitos políticos suspensos por dez anos.[2] Dedicado às suas atividades profissionais, retornou à vida política no governo Moreira Franco como presidente do Instituto de Previdência do Estado do Rio de Janeiro. Faleceu vítima de infarto na capital fluminense.[9]

Seu irmão, Agamenon Magalhães, exerceu intensa atividade política na primeira metade do Século XX e foi eleito governador de Pernambuco via PSD em 1950.[10]

Notas

  1. a b Os senadores e deputados federais eleitos pelo antigo Distrito Federal passaram a integrar a bancada do estado da Guanabara a partir de 21 de abril de 1960 até a fusão deste com o Rio de Janeiro em 15 de março de 1975.
  2. Sérgio Magalhães foi graduado pela Escola de Engenharia de Pernambuco, embrião da Universidade do Recife que foi criada em 1946 e mudou seu nome para Universidade Federal de Pernambuco em 1965.
  3. O Montepio dos Empregados Municipais (MEM) foi chamado Instituto de Previdência do Estado da Guanabara (IPEG) e Instituto de Previdência do Estado do Rio de Janeiro (IPERJ) antes da criação do RioPrevidência em 2007.

Referências

  1. «FGV/CPDOC – O governo de Juscelino Kubitschek: biografia de Sérgio Magalhães». Consultado em 4 de setembro de 2020 
  2. a b BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Sérgio Magalhães». Consultado em 4 de setembro de 2020 
  3. «Escola de Engenharia de Pernambuco completa 120 anos de fundação». Consultado em 4 de setembro de 2020 
  4. a b c «Biografia de Sérgio Magalhães no CPDOC/FGV». Consultado em 4 de setembro de 2020 
  5. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 3.273 de 01/10/1957». Consultado em 4 de setembro de 2020 
  6. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 3.752 de 14/04/1960». Consultado em 4 de setembro de 2020 
  7. BRASIL. Presidência da República. «Lei Complementar n.º 20 de 01/07/1974». Consultado em 4 de setembro de 2020 
  8. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 4 de setembro de 2020 
  9. Obituário: Sérgio Nunes de Magalhães Júnior (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 20/06/1991. Primeiro caderno, p. 12. Página visitada em 4 de setembro de 2020.
  10. «FGV/CPDOC – A Era Vargas: dos anos (19)20 a 1945: biografia de Agamenon Magalhães». Consultado em 4 de setembro de 2020