Zara

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 Nota: Para a cidade croata, veja Zadar.
Zara
Zara
Zara
subsidiária
Atividade varejo
Fundação 1975 (como Zorba)
Fundador(es)
Sede Arteixo, Galiza, Espanha
Locais 2 200 lojas[1]
Produtos roupa
Empresa-mãe Inditex
Receita US$9 bilhões anualmente (2016)[2]
Website oficial zara.com

Zara é uma rede de lojas de roupas e acessórios para o público feminino, masculino e infantil com sede na Espanha. Fundada por Amancio Ortega e Rosalía Mera.[3] Pertence ao Grupo Inditex, que também detém outras marcas tais como: Massimo Dutti, Pull and Bear, Oysho, Bershka, Stradivarius, Uterque, Kiddy's Class além da Zara Home (linha para a casa, presente em alguns países). Recentemente, a marca foi avaliada em 25.135 milhões de dólares pelo ranking BrandZ, considerada a marca mais valiosa da Espanha.[4]

História[editar | editar código-fonte]

Na Espanha, a Zara está sediada em Arteixo, província da Corunha, na Galiza, onde a primeira loja foi aberta no ano de 1975. As transações financeiras da empresa estão por conta de uma subsidiária holandesa Zara Mercken.[carece de fontes?]

A primeira loja fora de Espanha abriu, em 1988, na rua de Santa Catarina, na cidade do Porto, em Portugal.[5] Atualmente, a Zara é provavelmente a rede de lojas de roupa com o crescimento mais rápido, possuindo 1.770 lojas em 86 países, tendo inaugurado uma nova loja a cada três dias, em 2000.[6][7]

O património de Rosalía Mera, em 2010, foi avaliado pela Forbes em 2,85 mil milhões de euros.[3]

Em 2015, Amancio Ortega foi avaliado pela Forbes no homem mais rico do mundo, ultrapassando Bill Gates.[8]

Zara no Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil, a Zara é dirigida por João Braga desde 2012. Durante sua gestão, a operação brasileira passou por acelerada expansão, saltando de 27 para 56 lojas.[9] Nesse período, também foi aberta no Brasil a Zara Home,[10] marca de moda de decoração do Grupo Inditex, que hoje já conta com 15 unidades. Ainda em sua gestão que foi instalado o novo centro de distribuição em Cajamar. Antes, estiveram à frente da companhia Pedro Janot (1998 a 2007) e Enrique Huerta (2007 a 2011).[carece de fontes?]

Sua primeira loja foi aberta em São Paulo, no Shopping Morumbi. Ao longo dos anos, a companhia foi incrementando sua presença no país e, hoje está presente em 16 Estados (Amazonas, Maranhão, Ceará, Pará, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal).[carece de fontes?]

Sua sede administrativa e centro de distribuição estão localizados em Alphaville, Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, onde também exporta mercadoria para as lojas do Chile e Uruguai.[carece de fontes?]

A maior parte dos produtos ofertados em suas lojas são importadas porém por causa das dificuldades no processo de Comércio Exterior, passou a valer-se de fornecedores locais.[carece de fontes?]

No dia 16 de agosto de 2011 o programa de televisão A Liga, em uma reportagem sobre trabalho escravo, denunciou que empresas têxteis subcontratadas por fornecedores da Zara, em São Paulo-SP, utilizavam trabalho análogo à escravidão.[carece de fontes?]

Trabalho escravo[editar | editar código-fonte]

Em 2011, uma fiscalização realizada pela Superintendência Regional do Ministério do Trabalho de São Paulo flagrou trabalhadores bolivianos em condições análogas à escravidão em duas oficinas subcontratadas de forma irregular por um então fornecedor da Zara. Na época, a empresa exigiu que o fornecedor responsável pela subcontratação não autorizada regularizasse a situação "imediatamente" e assumiu responsabilidade social sobre o caso.[11]

No mesmo ano, a Zara assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e Emprego[12][13] formalizando compromissos em três grandes frentes: reforço nos controles sobre a cadeia de fornecimento,[14] melhoria nas condições trabalhistas do setor e apoio para integração social dos imigrantes. O acordo previa ainda amplo programa de investimentos sociais no país no valor de R$ 3,4 milhões. Em razão das ações tomadas, a Zara foi considerada “exemplo no saneamento de problemas trabalhistas” pelo Ministério do Trabalho, segundo reportagem do Conjur.[15]

Ao longo dos últimos anos, a Zara ampliou o escopo dos investimentos sociais no Brasil para além do que o TAC estipulava, com um volume de aporte no valor de R$ 14 milhões em diversas ações de responsabilidade social corporativa.[16]

Acusações de discriminação[editar | editar código-fonte]

Em outubro de 2021, uma investigação da polícia colheu depoimentos de testemunhas que trabalha em uma das lojas Zara que disseram que tinha um alerta no sistema de som para avisar quando entrasse clientes negros ou com padrão de roupa simples na loja. Quando soava o alerta "Zara Zerou", os funcionários eram orientados a vigiar clientes específicos. A Zara negou as acusações. O caso foi descoberto após a delegada Ana Paula Barroso, que é negra, ser proíbida de entrar em uma das lojas da Zara. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Ceará, Sérgio Pereira, "esse tipo de tratamento da Zara já foi registrado diversas vezes, não só aqui no Brasil, inclusive fora do país, com pagamento de indenização". Entidades do movimento negro entraram com uma ação na justiça do Ceará cobrando R$ 40 milhões de indenização por dano moral coletivo.[17] No dia 25 do mesmo mês, o Procon notificiou a Zara cobrando esclarecimentos sobre o "procedimento adotado em abordagens discriminatórias nas lojas".[18]

Referências

  1. «Zara». inditex.com 
  2. «Zara on the Forbes World's Most Valuable Brands List». forbes.com. Consultado em 13 de março de 2018 
  3. a b Chinesas em peso entre as mais ricas do Mundo 17 de junho de 2010, Jornal de Notícias. Página visitada em 17 de junho de 2010
  4. «Kantar - BrandZ Espanha: as marcas espanholas mais valiosas em 2017». br.kantar.com. Consultado em 3 de janeiro de 2018 
  5. «Dono da Zara já é o segundo mais rico do mundo». Blasting News. 4 de junho de 2015 
  6. Zara cria 'disque-denúncia' de trabalho escravo, Yahoo!
  7. «Custo Brasil derruba modelo global da zara». Consultado em 5 de maio de 2014 
  8. «Amancio Ortega, da Zara, é o homem mais rico do mundo segundo a 'Forbes'». 23 de outubro de 2015. Consultado em 14 de setembro de 2016 
  9. «Zara abre nova loja em BH no segundo semestre - Moda a Porter». 27 de junho de 2016. Consultado em 8 de setembro de 2016 
  10. «Zara Home chega no Brasil | EXAME.com». Consultado em 8 de setembro de 2016 
  11. «Dona da Zara revisará condições trabalhistas de fornecedores no Brasil». 18 de agosto de 2011. Consultado em 30 de agosto de 2016 
  12. «Zara assina Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público do Trabalho». Agência Brasil. 19 de dezembro de 2011 
  13. «Zara assina acordo de R$ 3,4 milhões com MPT». Consultado em 30 de agosto de 2016 
  14. «Zara cria etiqueta 'antitrabalho escravo' - Economia - Estadão». Consultado em 30 de agosto de 2016 
  15. «Mudança na Zara é exemplo, diz Ministério do Trabalho». Consultado em 30 de agosto de 2016 
  16. «Público poderá fiscalizar fabricação da Zara por smartphone». Exame. Consultado em 30 de agosto de 2016 
  17. «CE: Zara criou código para 'alertar' entrada de negros em loja, diz polícia». UOL. Consultado em 20 de outubro de 2021 
  18. «Procon notifica Zara após acusação de ter "alerta" para entrada de negros». Poder360. Consultado em 26 de outubro de 2021