Zorro-olho-grande

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Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Ordem: Lamniformes
Família: Alopiidae
Género: Alopias
Espécie: A. superciliosus
Nome binomial
Alopias superciliosus
Lowe, 1841
Distribuição geográfica

O zorro-olho-grande ou zorro-de-olhos-grandes (Alopias superciliosus) é uma espécie de tubarão pertencente à ordem dos Lamniformes, com distribuição circunglobal em regiões tropicais e temperadas e profundidades que vão desde a superfície até 700 metros. Pode chegar até aproximadamente 364 kg.

Uma de suas principais características, além do lobo superior da nadadeira caudal com comprimento semelhante ao resto do corpo característico dos tubarões-raposa, é a presença de grandes olhos em jovens e adultos.

Trata-se de uma espécie marinha. Atinge os 480 cm de comprimento total , com base de indivíduos de sexo indeterminado.

A autoridade científica da espécie é Lowe, tendo sido descrita no ano de 1841.

Essas estruturas estendem-se para a superfície dorsal da cabeça, proporcionando um campo de visão vertical e binocular, diferente dos outros tubarões-raposa. Essas alterações os ajudam a capturar a presa por baixo, utilizando sua cauda.

Alimentação[editar | editar código-fonte]

O A. superciliosus se alimenta de peixes pelágicos, incluindo peixes alepisaurídeos (Alepisaurus spp.), clupeídeos (sardinhas), scombrídeos, pequenos peixes de bico, merlucídeos e lulas.

Pesca[editar | editar código-fonte]

É capturado pela pesca de espinhel na Rússia, Japão, China, Espanha, Estados Unidos, Brasil, Uruguai, México e provavelmente também em outros países. Muitas vezes esses tubarões são encontrados presos no espinhel pela cauda, o que também sugere que utilize sua longa cauda para atordoar sua presa. Sua carne é utilizada fresca, defumada ou salgada para consumo humano, porém não possui alto valor comercial; o óleo de seu fígado é processado para obtenção de vitamina A, sua pele é utilizada como couro e as nadadeiras são usadas como ingrediente de sopas em alguns países. Aparentemente é inofensivo para os humanos.

A espécie é freqüentemente capturada acidentalmente pela pesca de espinhel em toda a costa Brasileira e apresenta um potencial reprodutivo limitado, o que a torna vulnerável a sobrepesca.

Habitat[editar | editar código-fonte]

As três espécies da família Alopiidae ocupam profundidades e habitats semelhantes, porém, dados de latitude e profundidade mostram que o Alopias vulpinus e o Alopias superciliosus habitam águas mais frias do que o A. pelagicus, espécie encontrada predominantemente em águas tropicais e subtropicais.

Embora o A. superciliosus não tenha uma distribuição tão extensa em latitude como o A. vulpinus, supõe-se que este experimente temperaturas mais baixas do que todos os outros alopídeos, quando considerado as águas profundas que habita.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Encontra-se presente em Portugal, onde é uma espécie nativa.

Os seus nomes comuns são raposo-de-olhos-grandes, tubarão-raposo-olhudo ou zorro-de-olhos-grandes.[1]

Biologia[editar | editar código-fonte]

As observações de características biológicas do A. superciliosus são raras, onde há maior necessidade de estudos sobre padrões de deslocamento, alimentação, análise de pesca, idade e crescimento.

Referências

  1. Alopias superciliosus - Froese, R. and D. Pauly. Editors. 2014. FishBase. World Wide Web electronic publication. www.fishbase.org, (11/2014)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]