Abandono do Pleno Emprego

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Abandono do Pleno Emprego: Areias Movediças e Fracassos da Política Pública (Full Employed Abandon - Shifting Sands and Policity Fails) é um livro sobre questões macroeconômicas, escrito pelos economistas William Mitchell e Joan Muysken, publicado pela primeira vez em 2008.

Autores[editar | editar código-fonte]

William "Bill" Mitchell é australiano, adepto da Moderna Teoria Monetária, e atualmente é professor de economia na Charles Darwin University, na Austrália. Joan Muysken é Holandês e atualmente é professor titular do departamento de economia da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de Maastricht, Holanda, onde ensina macroeconomia e economia do trabalho. Ambos são economistas pós-Keynesianos.

Índice[editar | editar código-fonte]

Parte I - Pleno Emprego. Mudanças de Perspectiva e Políticas Públicas
1. O Arcabouço Teórico do Pleno Emprego e seu Desaparecimento
2. Perspectivas Iniciais sobre o Desemprego e a Curva de Phillips
3. A Curva de Phillips e a Mudanças de Perspectiva sobre o Desemprego
4. A Problemática NAIRU: A Farsa que Prejudicou o Pleno Emprego
Parte II - Pleno Emprego Abandonado. Areias Movediças e Fracassos da Política Pública
5. A Mudança para a Plena Empregabilidade
6. Inflação Primeiro: O Novo Mantra da Macroeconomia
7. O Papel Ignorado da Demanda Agregada
Parte III A Urgência do Pleno Emprego. Fundamentos para uma Política Pública Ativa
8. Uma Abordagem Monetária para Política Fiscal Ativista
9. Buffer Stocks e a Estabilidade de Preços
10. Conclusão: A Urgência do Pleno Emprego

Publicação[editar | editar código-fonte]

O livro foi impresso pela primeira vez e distribuído em capa dura pela editora britânica Edward Elgar Publishing Inc. no ano de 2008. Não houve edição de brochura.

Recepção[editar | editar código-fonte]

As resenhas foram, em geral, positivas. O economista e gestor de investimentos Warren Mosler, revendo o Abandono do Pleno Emprego no amazon.com ‘website’, escreveu que "aqueles não interessados nos detalhes sobre desemprego em si devem ir direto para a Parte III, que descreve os imperativos da moeda não conversível."[1]

Philip Arestis, professor de economia na Universidade de Cambridge, Reino Unido, escreveu que o livro argumenta de forma persuasiva que a política macroeconômica tem sido restritiva demais, e tem produzido substancial desemprego tanto aberto quanto oculto."[2]

L. Randall Wray, professor de economia na Universidade de Missouri–Kansas City, EUA, também um pós-Keynesiano, economista, como Mosler, Arestis e os dois autores, observa que, embora "a ortodoxia só apela a uma maior flexibilidade do mercado de trabalho, menos intrusão do governo, mais responsabilidade individual, e talvez um pequeno papel para a ação positiva para promover a educação, formação e inovação, este livro demonstra que "não foi sempre assim". Wray escreve que a inserção de expectativas por Milton Friedman derrubou o Keynesianismo de manual, retornando a macroeconomia às suas origens neoclássicas antes da Crise de 29. O que poderia ser acrescentado é que Friedman, habilmente, inverteu a causalidade, a partir da perspectiva Keynesiana de que o excesso de demanda faz com que a taxa de inflação para o agora predominante conceito de que a inflação reduz a atividade econômica agregada para baixo do equilíbrio. "Ele afirma que o Abandono do Pleno Emprego" demonstra que nem a empiria, nem a teoria fundamenta o consenso teológico sobre os benefícios da baixa inflação e a possibilidade de utilizar a política monetária para atingí-la."[3]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Revisão por Warren Mosler no MoslerEconomics site, de 24 de julho de 2008
  2. Comentários Arquivado em 22 de fevereiro de 2015, no Wayback Machine., Edward Elgar site
  3. Revisão por L. Randall Wray, Universidade de Missouri–Kansas City,

Ligações externas[editar | editar código-fonte]