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'''Afro-americano''', ou '''africano-americano''', é uma das designações oficiais para os cidadãos dos [[Estados Unidos da América]] descendentes de [[África|africanos]]. Esta designação só começou a ser utilizada nos anos [[década de 1980|80]], quando o movimento da consciência negra passou a adotar uma política de união de toda a [[diáspora africana]].
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Revisão das 19h16min de 13 de dezembro de 2009

Afro-americano, ou africano-americano, é uma das designações oficiais para os cidadãos dos Estados Unidos da América descendentes de africanos. Esta designação só começou a ser utilizada nos anos 80, quando o movimento da consciência negra passou a adotar uma política de união de toda a diáspora africana.

Outra designação considerada politicamente correta é a da cor negra, o termo em língua inglesa black. Já o termo negro (que se pronuncia nigrou) era o termo usado antes dos anos 60, mas atualmente tem uma conotação pejorativa.

História

A maioria dos afro-americanos são descendentes de escravos que foram trazidos da África para a América do Norte e o Caribe entre 1609 e 1807, durante o tráfico negreiro, a maioria dos quais chegou no século 18. A maior parte era oriunda da África Ocidental e da África Central. Uma minoria é de origem recente, sendo imigrantes latino-americanos ou africanos.

Estudo genético

O estudo genético mais expressivo feito na população afro-americana analisou o cromossomo sexual Y (presente apenas em homens), que é passado de geração em geração, de pai para filho. Também foi analisado o DNA mitocondrial, passado de mãe para filho ou filha. O cromossomo Y e o DNA mitocondrial fornecem informações complementares, permitindo traçar patrilinhagens e matrilinhagens que alcançam dezenas de gerações no passado, podendo assim reconstruir a história genética de um povo.[1]

O estudo apontou que, majoritariamente, os negros americanos possuem 80% de sua ancestralidade africana subsaariana. Os outros 20% são, majoritariamente, oriundos de mistura com europeus e indígenas. Cerca de 40% dos afro-americanos também possuem alguma ancestralidade indígena americana.[2]

A pesquisa genética incluiu afro-americanos famosos: a apresentadora Oprah Winfrey foi submetida à análise e descobriu que sua ancestralidade é 89% africana, 8% ameríndia, 3% asiática e 0% européia. O estudo ainda apontou que Oprah é descendente de escravos trazidos da Libéria e Zâmbia.[3]

Demografia

Em 1790, os afro-americanos eram 700.000 pessoas—cerca de 19% da população norte-americana. Em 1860, já eram 4,4 milhões—cerca de 14%. Em 1900, alcançou a crifra de 8,8 milhões.

Em 1910, cerca de 90% dos afro-americanos viviam no Sul dos Estados Unidos, porém um grande número de pessoas passaram a migrar para o norte mais desenvolvido. A Grande Migração, como ficou chamada, durou da década de 1890 à década de 1970. Entre 1916 e 1960, 6 milhões de negros migraram para o norte.

Por volta de 1990, a população afro-americana alcançou 30 milhões de pessoas, representando 12% da população americana. Atualmente, segundo fontes de 2005, há 39,9 milhões de afro-americanos, representando 13,8% da população estadunidense. No censo de 2000, 54,8% dos negros americanos viviam no Sul dos Estados Unidos, 17,6% no Nordeste, 18,7% no Centro-Oeste e apenas 8,9% no Oeste. Cerca de 88% dos afrodescendentes viviam nas regiões metropolitanas em 2000.

A cidade de Nova Iorque tem a maior população negra do país, com 2 milhões de pessoas, o que representa cerca de 20% de sua população total.

Os Estados Unidos, ao lado do Brasil, tem uma das maiores populações negras fora da África.

Afro-americanos famosos

Hattie McDaniel fez história em 1939 ao se tornar a primeira pessoa afro-americana a vencer um prêmio Oscar.
Barack Obama, primeiro afro-americano eleito presidente.

Referências

Ver também

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