Saltar para o conteúdo

Amiga: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 42: Linha 42:


O '''Amiga''' ainda é produzido, mas agora com [[processadores]] [[CPU]]s [[RISC]] [[PowerPC]] G3, G4+, etc. em [[placas-mãe]] AmigaOne, Pegasus e Sam440.
O '''Amiga''' ainda é produzido, mas agora com [[processadores]] [[CPU]]s [[RISC]] [[PowerPC]] G3, G4+, etc. em [[placas-mãe]] AmigaOne, Pegasus e Sam440.

Juliana Minha melhor amiga


==Características==
==Características==

Revisão das 13h32min de 1 de abril de 2010

 Nota: Se procura a revista semanal extinta da Bloch Editores, veja Amiga (revista).

Commodore Amiga 1200.

O Amiga foi uma família de computadores pessoais originalmente produzida pela empresa canandense Commodore, bastante popular na década de 1980 e na década de 1990. Atualmente vem sendo produzido por outras empresas.

Estas máquinas destacaram-se pela excelência de seu Sistema Operativo e para a aptidão de funções Multimídia. Em Portugal o Amiga foi um dos microcomputadores mais vendidos nas décadas de 1980 e 1990. No Brasil, chegou a ser vendido oficialmente após o fim da lei de reserva de informática.

História

Antecedentes

Na década de 1970, no mercado de computadores, acirrou-se a competição entre a "Big Apple" (a IBM) e os "Sete Anões" (Sperry Rand, Control Data, Honeywell, RCA, NCR, GE e Burroughs), o que acarretou em uma redução dos custos de produção dos equipamentos. Graças a essa conjuntura, em 1975 foi possível o lançamento do primeiro computador pessoal: o Altair 8800. No ano seguinte (1976), o Apple foi lançado, popularizando o computador pessoal e tornando os seus criadores milionários. Iniciava-se a prosperidade de Silicon Valley.

O projeto do AMIGA

A história do AMIGA remonta a 1982, quando três jovens doutorados da Flórida, decidiram desenvolver a última palavra em console de jogos. O negócio do videogame baseado em ROM estava estourando à época, e ainda não existia nenhum vestígio da Sega ou da Nintendo.

A empresa foi fundada em Los Gatos (Califórnia), contando com os currículos de Jay Minner, o designer de chip responsável pelo revolucionário hardware audiovisual do Atari 800 e do console VCS. A próxima aquisição foi Dave Morse da Tonka Toys, para o cargo de vice-presidente de vendas, e por fim, em julho de 1983, uniu-se a eles R. J. Mical, vindo da Defender, mas que anteriormente havia trabalhado nos jogos arcade Sinistar e Star Bike.

Priorizar a compatibilidade com o usuário era o elemento-chave destes três profissionais. A empresa foi por isso chamada de "Amiga", que significa "namorada" em espanhol. O projeto era o de criar aquele que seria o videogame definitivo da década de 1980, e o console então em desenvolvimento foi chamado de "Lorraine".

A idéia original consistia em unir um teclado e um disk-drive a sofisticados sistemas de tarefas múltiplas ("multitasking") e a um leque abrangente de periféricos. À medida em que o projeto tomava forma, algumas idéias para novos jogos foram surgindo, perdendo-se tempo no desenvolvimento desses projetos paralelos. Com isso, na Primavera de 1984 a Amiga Computer Inc. encontrava-se na falência.

Para salvá-la, existiam contatos de vários interessados em potencial, inclusive a Sony, a Philips e a própria Apple. Ninguém se interessou, exceto Jack Tramiel. O fundador da Commodore havia recentemente deixado a empresa e comprado a enferma Atari, da Warner Bros. Ele necessitava de um microcomputador potente para superar a concorrência e insuflar nova vida à Atari. Depois de acaloradas conversações, um acordo foi fechado. Foi quando, à ultima hora, a Commodore surgiu e adquiriu a companhia: o nome "Lorraine" foi preterido em favor do nome "AMIGA", e Tramiel rapidamente lançou o computador Atari ST para fazer face a esta nova ameaça da Commodore. As duas máquinas viriam efetivamente a se tornar fortes competidoras. Recorde-se que, à época, a Commodore atingira a marca do primeiro milhão de computadores domésticos vendidos, com o Commodore VIC-20, um que se constituía num respeitável cartão de visitas.

A esta ponto, o projeto "AMIGA" já estava definido: um microprocessador MOTOROLA 68000 de 32 Bits, e 4 coprocessadores customizados gerenciavam uma resolução gráfica de até 640 X 400 pixels, 32 cores de uma paleta de até 4096 tonalidades, som estéreo de até 4 canais, drive interno de 3,5 polegadas, recurso de multi-tasking, etc. O sistema incorporou e desenvolveu ainda o recurso de interface iconográfica com o usuário, utilizado inicialmente pelo Macintosh e desenvolvido mais tarde nos IBM/PC com o nome de "Windows".

O Amiga 1000

Apesar de se constituir num computador perfeito para o hobbysta, a Commodore tentou vender inicialmente o "AMIGA" como uma máquina para negócios, talvez impressionada pelo sucesso do lançamento, em 1981, do microcomputador PC, pela IBM. Em 1985 foi lançado o "AMIGA 1000", mas o seu marketing se revelou um desastre em poucos meses. Os prejuízos nas vendas levaram à conclusão de que o design econômico da máquina, e o seu teclado de 89 teclas não haviam convencido o público-alvo, ao mesmo tempo que haviam espantado qualquer usuário potencial de um micro para lazer. A pressa no lançamento, além disso, havia deixado que passassem para o consumidor falhas, que noutra máquina, teriam sido eliminadas na prancheta de desenho.

O Amiga 500 e o Amiga 2000

O verdadeiro sucesso do "AMIGA" não veio antes do redesenhado A500, lançado em 1987, com design corrigido, sistema operacional refeito, uma política de preços menores e um marketing mais agressivo. Tão importante quanto isso, a Commodore uniu-se a empresas de desenvolvimento de software como a Ocean para desenvolver jogos, e a Gold Disk para desenvolver aplicativos, tendo como resultado uma série de bem-sucedidos pacotes.

O A500 era voltado para um segmento mais popular de consumo (jogos e aplicações leves), incorporando CPU e teclado num mesmo gabinete, emulando o IBM/PC via software, com 512 Kb de fábrica e capacidade de expansão.

Imadiatamente em seguida foi lançado o AMIGA 2000, uma versão profissional da linha, com um design mais sofisticado e capacidade de emular o IBM/PC-AT via hardware. Com 1 Mb de fábrica, podia ser expandido com o processador original (o MOTOROLA 68000) até 9 Mb, e com um 68020/30 e um MMU, até aos Gigabytes.

As melhorias do projeto incluíam ainda um teclado do tipo PC/AT com 104 teclas e uma revisão abrangente das falhas originais de projeto, bem como a incorporação de diversas melhorias à mecânica das máquinas, facilitando a sua manutenção. Por ser um projeto de arquitetura "aberta", em pouco tempo uma série de outras empresas pode oferecer ao consumidor uma gama variada de periféricos e programas, que expandiram bastante os recursos originais. O usuário de AMIGA dispunha, à época, de uma biblioteca de programas nada desprezível, à qual se somam ainda, via emuladores/conversores, as de IBM/PC e Apple/Mac.

Da década de 1990 aos nossos dias

Na década de 1990 foram lançados o A3000, com desenho de uma "low workstation", linhas sóbrias e perfil compacto, a A1500, e o A 500P. No Brasil o A600 destinava-se a suprir a lacuna aberta com o fim da reserva de mercado. Finalmente foi lançado o A1200 com 2M de RAM e processador de 32 bits e ainda sua versão em video game: o AMIGA CD32.

Desde então, a família sofreu com a massificação do PC e do Microsoft Windows. Entretanto, ainda é bastante utilizada em mesas de edição em emissoras de TV e por alguns utilizadores fiéis em Portugal, no Brasil e em outros países, que continuam a utilizar esse hardware assim como a desenvolver e traduzir software para o mesmo.

O Amiga ainda é produzido, mas agora com processadores CPUs RISC PowerPC G3, G4+, etc. em placas-mãe AmigaOne, Pegasus e Sam440.

Juliana Minha melhor amiga

Características

Uma das características do AMIGA é o "boot" do seu DOS. O AMIGA/DOS não é residente, e para isso o usuário dispõe de um programa - o Workbench - que é carregado na memória e de onde os demais são rodados. Para simplificar, a maioria dos programas (ou discos com programas), vêm com um "boot-block" standard desse Workbench, que ocupa os dois primeiros blocos de armazenamento de um disco formatado como Amiga/Dos.

A informação requerida para identificar um disco formatado como AMIGA/DOS, é um pequeno trecho de informações que deixa algumas centenas de bytes livres no "boot-block" (isso pode ser constatado com uma ferramenta para examinar os setores/trilhas de um disco, como o DiskX de Steve Tibbett).

Alguns programadores utilizam esse espaço para exibir mensagens contínuas, melodias ou imagens. Cópias de programas violados por "hackers" costumam exibir as suas "marcas" imediatamente após a mensagem que indica estar sendo carregado o sistema operacional. Foi nesse espaço que os primeiros espécimes de vírus do AMIGA se emboscaram.

Embora pouco divulgado, o Amiga foi o precursor de muitos dos recursos utilizados nos actuais sistemas operativos, sendo um dos primeiros sistemas operativos - o Workbench - a utilizar multi-tarefa em tempo real. O AmigaOS - Workbench, Sistema Operativo da plataforma Amiga foi atualizado até meados de 1999 pela Commodore e o Sistema Operativo AmigaOS, mais conhecido por Workbench, continua a ser actualizado, encontrando-se na versão 4.0.

O Sistema Operativo AmigaOS - Workbench da versão 1.0 até à versão 3.9 utiliza os processadores CPUs da família Motorola 68000 até ao 68060. O novo Sistema Operativo AmigaOS 4.0 e versões posteriores só funcionaram nos Amiga com processadores CPUs PowerPC.

Características sonoras

Ver artigo principal: Tracker Music

Lista de versões

O Amiga conheceu várias versões desde o seu lançamento em 23 de Julho de 1985:

  • Amiga 1000 (1985 a 1987)
  • Amiga 500 (1987 a 1991)
  • Amiga 2000 (1987 a 1992)
  • Amiga 2500 (1989 a 1990) - foi um modelo variante do A2000
  • Amiga 3000 (junho de 1990 a 1992)
  • Amiga 3000UX (1990 a 1992) foi uma versão UNIX do A3000
  • Amiga 1500 (1990 a 1991) foi um modelo variante do A2000, comercializado apenas no Reino Unido
  • Amiga 3000T (1991 a 1992)
  • CDTV (março de 1991 a 1992)
  • Amiga 500+ (1991 a 1992) - foi um modelo de exportação para mercados fora dos EUA
  • Amiga 600 (março de 1992) - a versão brasileira foi montada pela PCI Componentes da Amazônia S.A.
  • Amiga 4000 (setembro de 1992 a 1994)
  • Amiga 1200 (outubro de 1992 a 1994) - montado pela empresa alemã ESCOM de 1995 a 1996; a versão brasileira foi montada pela PCI Componentes da Amazônia S.A.
  • Amiga 4000/030 (abril de 1993 a 1994)
  • Amiga CD32 (setembro de 1993 a 1994) - a versão brasileira foi montada pela PCI Componentes da Amazônia S.A.
  • Amiga 4000T (1994) - montado pela empresa alemã ESCOM de 1995 a 1996 e pela empresa americana QuikPak em 1997
  • AmigaOne (2002 a 2004) - com processadores Motorola PowerPC

Uso Profissional

  • Uso na NASA em Sistemas de Visão Sintética (Synthetic vision system - simulação do ambiente externo para pilotagem em visibilidade baixa ou zero) e em Telemetria (ver link abaixo em "Ligações Externas").
  • Edição de Video (efeitos, animações, legendagem, etc)
  • Edição de Áudio (MIDI, sequenciador, compositor, etc)

TV e cinema

Abaixo, uma pequena lista dos locais onde o Amiga atuou:

No Brasil

No exterior

Filmes onde o Amiga fez uma ponta

Ligações externas


Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Amiga
Ícone de esboço Este artigo sobre informática é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.