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António Horta Osório

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António Horta Osório
Nascimento 28 de janeiro de 1964
Lisboa
Cidadania Portugal, Reino Unido
Progenitores
  • António Lino de Sousa Horta Osório
Alma mater
Ocupação gestor bancário
Prêmios
  • Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial
  • Doutor Honoris Causa da Universidade de Edimburgo
  • honorary doctor of the University of Bath
  • Comendador da Ordem do Mérito
  • Commander of the Order of the Southern Cross
  • doctor honoris causa of the University of Warwick
Empregador(a) Credit Suisse

Sir António Mota de Sousa Horta Osório CvGDMGCME (Lisboa, Nossa Senhora de Fátima, 28 de Janeiro de 1964) é um economista, professor e banqueiro português.

Em 2021, foi nomeado cavaleiro, com o título Knight Bachelor, pela rainha Isabel II de Inglaterra[1].

É filho de António Lino de Sousa Horta Osório e de sua mulher Adélia Maria Mendonça Mota, neto materno de Carlos Cecílio Nunes Góis Mota e meio-primo em terceiro grau de Luís Horta e Costa e de Miguel António Igrejas Horta e Costa.

Licenciado em Gestão e Administração de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa, tendo sido nos últimos três anos do seu curso Professor Assistente de várias cadeiras do curso de Gestão de 1985 a 1990, e entre 1992 e 1996 Professor Convidado no seu programa MBA.[2] No último ano do curso, em 1987, ingressou no Citibank em Portugal, onde se tornaria responsável pela secção de mercado de capitais, e em 1991 concluiu o MBA no INSEAD, tendo ganho o Prémio Henry Ford II, para o Melhor Aluno. Foi então recrutado pela Goldman Sachs trabalhando em Nova Iorque e Londres, mas concentrando-se em atividades de finanças corporativas em Portugal.[3][4]

Em 1993 foi convidado por Emilio Botín para se juntar ao Grupo Santander e criou a partir do zero o Banco Santander de Negócios Portugal (BSNP), tornando-se o seu Presidente Executivo, e em 1996 acumulou as responsabilidades executivas em Portugal com a liderança das atividades do Grupo Santander no Brasil, também como Presidente Executivo. Em dezembro de 1997 juntou ainda a Presidência Executiva do Banco Santander Portugal e do BCI, o Banco de retalho do Grupo Santander em Portugal. Depois disso criou uma start-up em investimento, fusões e aquisições, em diferentes mercados.[3][5] Com o acordo de 1999-2000 entre Champalimaud, o Santander e a Caixa Geral de Depósitos, o Grupo Santander tornou-se o titular do Banco Totta e do Crédito Predial Português, para além do Banco Santander de Negócios e do Banco Santander Portugal. Foi também Diretor Geral e Membro do Comité de Direção do Banco Santander (Espanha) e Presidente do Conselho de Administração do Banco Santander Totta. [4]

Em 2003 fez o Advanced Management Program na Harvard Business School, em Novembro do ano seguinte foi convidado para Administrador Não-Executivo do Abbey National, após a compra deste pelo Banco Santander, e em Agosto de 2006 assumiu a Presidência Executiva do Banco, que comprou em 2008 os Bancos Alliance & Leicester e Bradford & Bingley, hoje fundidos num único banco, o Santander UK, que em 2010 adquiriu as atividades do Royal Bank of Scotland na Inglaterra e País de Gales, seguido em Junho de 2009 pela sua nomeação como Diretor Não-Executivo do Tribunal do Banco de Inglaterra, após o que se tornou Vice-Presidente Executivo do Grupo Santander e membro do seu Comité de Gestão.[3][4][5] Ganhou um Best Leader Award[3] e em novembro de 2010 foi nomeado Presidente do Lloyds Banking Group[6][7] - banco encarregado da emissão de notas na Escócia, as quais são por si assinadas -, mantendo o lugar de Administrador Não Executivo do Banco de Inglaterra, a título pessoal.[4]

É Cônsul Honorário de Singapura em Lisboa desde 2004.[4]

Em 2011 interrompeu temporariamente a sua carreira por esgotamento nervoso,[8] regressando no início do ano seguinte.[9] Em 2012, 2013 e 2014 foi considerado pelo Jornal de Negócios como o 39.º, 38.º e 44º. respetivamente a pessoa mais poderosa da Economia portuguesa.[10][11][12]

Em 2015 ocupou o 9.º lugar da lista dos líderes bancários mais bem pagos do mundo, com uma remuneração anual de 12,9 milhões de dólares, de acordo com a lista elaborada pelo Financial Times, este montante é alcançado entre o salário base, bónus em dinheiro e ações e opções, sendo este último formato o maior responsável pela origem da maioria da sua remuneração.[13]

Em 2016 causou um dano reputacional ao Lloyd's por ter viajado a título pessoal às suas expensas, mas as despesas foram todas reembolsadas com um pedido de desculpas.[14] A imprensa britânica, nomeadamente o jornal tablóide sensacionalista "The Sun" propagou isso, o que o banco imediatamente desmentiu. Horta Osório tinha pago todas as suas despesas do próprio bolso. O único comentário do Lloyd's foi: "We do not comment on personal issues", traduzindo para português: "não comentamos acontecimentos pessoais".

Em 2017 elogiou o Governador do Banco de Portugal Carlos Costa por ter sido o único com coragem para enfrentar Ricardo Salgado.[15]

Em 2017 foi Presidente do Júri do Fórum de Administradores e Gestores de Empresas no âmbito da iniciativa 40 Líderes Empresariais do Futuro, aberto a menores de 40 anos.

Condecorações

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Casamento e descendência

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Casou em Sintra, Montelavar, a 20 de Dezembro de 1987, com Ana Cristina Solano Polena da Costa Pinto (Lisboa, São Jorge de Arroios, 18 de Maio de 1964), Licenciada em Farmácia, filha de Fernando Eduardo da Costa Pinto e de sua mulher Elvira Maria Solano Polena, de ascendência Espanhola. Deste casamento tem duas filhas e um filho: Maria Sofia da Costa Pinto Horta Osório (Nova Iorque, 20 de setembro de 1991 (33 anos)), Margarida da Costa Pinto Horta Osório (Lisboa, São Jorge de Arroios, 15 de setembro de 1995 (29 anos)) e Pedro da Costa Pinto Horta Osório (São Paulo, 28 de outubro de 1998 (26 anos)).[4][17]

Referências

  1. ir António Horta Osório: português nomeado cavaleiro pela rainha Isabel II, Expresso, 11 de Junho de 2021
  2. «Curriculum Vitae» (PDF). Sítio "Compromisso Portugal. Consultado em 15 de fevereiro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 4 de junho de 2010 
  3. a b c d «Título ainda não informado (favor adicionar)» (em inglês). Bestleaderawards.com. Arquivado do original em 7 de julho de 2011 
  4. a b c d e f g "Ascendência e Descendência dos 1.ºs Barões de Santa Comba Dão"; Lisboa, 2011; Lourenço de Figueiredo Perestrelo Correia de Matos; página 152 a 153
  5. a b «Título ainda não informado (favor adicionar)» (em inglês). Santander.co.uk [ligação inativa]
  6. «Título ainda não informado (favor adicionar)» (em inglês). Bankingtimes.co.uk. Arquivado do original em 23 de setembro de 2013 
  7. «Título ainda não informado (favor adicionar)» (em inglês). British Broadcasting Corporation 
  8. Ana Isabel Ribeiro (4 de Novembro de 2011). «Nadar com os tubarões deu-lhe cabo dos nervos». Dinheiro Vivo. Consultado em 19 de Maio de 2017 [ligação inativa]
  9. Dinheiro Vivo (9 de Janeiro de 2017). «António Horta Osório: "Estou emocionado por estar de volta"». Dinheiro Vivo. Consultado em 19 de Maio de 2017 [ligação inativa]
  10. «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 11 de outubro de 2014. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014 
  11. «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 11 de outubro de 2014. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014 
  12. «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 11 de outubro de 2014. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014 
  13. «Horta Osório é o 9º mais bem pago na banca mundial» 
  14. Luís de M. Faria (24 de Agosto de 2016). «Horta Osório lamenta dano reputacional que causou ao Lloyds». Expresso. Consultado em 19 de Maio de 2017 
  15. Revista de Imprensa (20 de Maio de 2017). «Horta Osório diz que Carlos Costa "foi o único que teve coragem de enfrentar Ricardo Salgado"». O Jornal Económico. Consultado em 20 de Maio de 2017 
  16. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Mota de Sousa Horta Osório". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de julho de 2014 
  17. Anuário da Nobreza de Portugal, Volume III, 2006, Tomo III, pg. 1.573