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Boris Casoy: diferenças entre revisões

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Seu estilo é muito particular, já que não se furta de emitir sua própria opinião sobre os assuntos mais polêmicos, e gosta de utilizar frases-bordão, tais como "Isto é uma vergonha" ou "É preciso passar o Brasil a limpo". Casoy foi o primeiro âncora da televisão brasileira a se basear nas experiências dos âncoras norte-americanos.<ref name="Kushnir">Kushnir, p. 1202</ref>
Seu estilo é muito particular, já que não se furta de emitir sua própria opinião sobre os assuntos mais polêmicos, e gosta de utilizar frases-bordão, tais como "Isto é uma vergonha" ou "É preciso passar o Brasil a limpo". Casoy foi o primeiro âncora da televisão brasileira a se basear nas experiências dos âncoras norte-americanos.<ref name="Kushnir">Kushnir, p. 1202</ref>


Em 1968, participou do grupo [[Comando de Caça aos Comunistas|CCC]] (Comando de Caça aos Comunistas),uma organização direitista anticomunista brasileira, composta por estudantes e intelectuais, os quais, durante o Regime Militar no Brasil, agiram em favor do mesmo, denunciando, atacando, sequestrando e assassinando pessoas contrárias ao regime então vigente.
Em 1968, em reportagem sobre líderes estudantis, a revista ''[[O Cruzeiro (revista)|O Cruzeiro]]'' acusou-o de ter participado do grupo [[Comando de Caça aos Comunistas|CCC]] (Comando de Caça aos Comunistas), que combatia comunistas durante as décadas de [[década de 1960|1960]] e [[década de 1970|1970]]. Boris nega esta acusação até hoje e afirma não haver provas que comprovem sua suposta participação no CCC. Vinte anos depois, disse a respeito do episódio que tinha consciência do ''"quanto a imprensa pode estigmatizar alguém. Eu senti isso na carne. E não esqueço."''<ref name="Kushnir">Kushnir, p. 1201</ref>


Em um debate na [[Rede Globo]] com os candidatos à prefeitura de São Paulo, em novembro de [[1985]], perguntou ao então candidato pelo [[PMDB]], [[Fernando Henrique Cardoso]], se ele acreditava em Deus. O candidato não respondeu, afirmando que havia sido combinado previamente que esse assunto não seria levantado. A pergunta e a resposta foram considerados como fatores decisivos para a derrota do candidato do PMDB para [[Jânio Quadros]].<ref name="Kushnir">Kushnir, p. 1201</ref>
Em um debate na [[Rede Globo]] com os candidatos à prefeitura de São Paulo, em novembro de [[1985]], perguntou ao então candidato pelo [[PMDB]], [[Fernando Henrique Cardoso]], se ele acreditava em Deus. O candidato não respondeu, afirmando que havia sido combinado previamente que esse assunto não seria levantado. A pergunta e a resposta foram considerados como fatores decisivos para a derrota do candidato do PMDB para [[Jânio Quadros]].<ref name="Kushnir">Kushnir, p. 1201</ref>

Revisão das 15h08min de 24 de agosto de 2011

Boris casoy
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Nome completo Boris Casoy
Nascimento 13 de fevereiro de 1941 (83 anos)
São Paulo, SP
 Brasil
Nacionalidade Brasil brasileiro
Ocupação jornalista
Atividade 1968 - até hoje
Trabalhos notáveis Jornal da Noite

Boris Casoy (São Paulo, 13 de fevereiro de 1941) é um jornalista brasileiro. Atualmente apresenta o Jornal da Noite, na Band, além de ser um dos âncoras da rádio BandNews FM.

Infância e juventude

Último dos cinco filhos de imigrantes judeus russos que chegaram ao Brasil em 1928, Boris adquiriu poliomielite ao completar um ano de vida, junto com sua irmã gêmea. Na época não existia vacina. A doença deixou seqüelas físicas, mas a marca maior foi a psicológica, gerada pela discriminação na infância. Até os nove anos, Casoy praticamente não podia andar. Com essa idade, ele foi operado nos EUA e recuperou os movimentos. "Como não podia andar, era um grande ouvinte de rádio, admirava aquele milagre da transmissão da voz", contou em entrevista ao site Amputados Vencedores.[1]

Estudou os primeiros anos nos colégios Stanfford e Mackenzie. Foi reprovado diversas vezes no curso científico, uma vez que queria cursar o antigo clássico, em desacordo com o determinado pela família. Freqüentou o curso de Direito da Universidade Mackenzie, mas não o concluiu.

Sua vida profissional começou aos quinze anos, em 1956, trabalhando como narrador esportivo numa emissora de rádio e também como locutor na Rádio Eldorado.[carece de fontes?]

A carreira

No governo

Em 1968, foi nomeado Secretário de Imprensa de Herbert Levy, Secretário de Agricultura do governo Abreu Sodré, em São Paulo, permanecendo no cargo em 1969 com a mudança do titular da pasta.

Em 1970, foi assessor de imprensa de Luís Fernando Cirne Lima, Ministro de Agricultura do governo Médici.

Em 1971 e 1972, foi secretário de imprensa do prefeito de São Paulo, José Carlos Figueiredo Ferraz.

Na Folha de São Paulo

Em 1974, ingressou na Folha de São Paulo, seu primeiro trabalho em jornal, onde foi editor de política e, apenas três meses depois, chegou a editor-chefe. Permaneceu no jornal até junho de 1976, quando saiu para dirigir a Escola de Comunicação e o setor cultural da FAAP.

Retornou ao mesmo jornal em 1977, onde passou a escrever uma coluna sobre os bastidores políticos denominada "Painel". Em setembro, tornou-se o editor responsável pelo jornal, aos 36 anos, ficando no cargo até 1984, quando voltou a ser responsável pela coluna "Painel".

O período de Bóris como editor-chefe e diretor de redação foi marcado por grandes transformações no jornal, que consolidou a sua liderança dentro da imprensa brasileira e onde chegou a ser o colunista chefe da coluna Painel, uma das mais lidas do periódico.

Na televisão

Sua carreira televisiva teve início em 1961, quando atuou como repórter do programa Mosaico na TV, na TV Tupi,[2] então o canal 4 de São Paulo, mais antigo programa ininterrupto da TV brasileira, segundo o Guiness Book, e ainda com o mesmo produtor (Francisco Gotthilf).

Em 1988, Bóris voltou para a TV, pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), em 1988, para apresentar o TJ Brasil, lá ficando até 1997, onde formou parcerias com as jornalistas Lilian Witte Fibe e Salete Lemos, alcançando grande popularidade. Depois, foi contratado pela Rede Record junto com Salete, onde trabalhou durante oito anos, apresentando o Jornal da Record até dezembro de 2005, quando foi demitido.

Bóris chegou a trabalhar na TV JB, apresentando o Telejornal do Brasil, de segunda a sexta-feira, sempre às 22 horas, mas a TV JB saiu do ar em 17 de setembro de 2007.

Em 2008 foi para a a Rede Bandeirantes e atualmente é o âncora do Jornal da Noite.

Estilo e controvérsias

Seu estilo é muito particular, já que não se furta de emitir sua própria opinião sobre os assuntos mais polêmicos, e gosta de utilizar frases-bordão, tais como "Isto é uma vergonha" ou "É preciso passar o Brasil a limpo". Casoy foi o primeiro âncora da televisão brasileira a se basear nas experiências dos âncoras norte-americanos.[3]

Em 1968, participou do grupo CCC (Comando de Caça aos Comunistas),uma organização direitista anticomunista brasileira, composta por estudantes e intelectuais, os quais, durante o Regime Militar no Brasil, agiram em favor do mesmo, denunciando, atacando, sequestrando e assassinando pessoas contrárias ao regime então vigente.

Em um debate na Rede Globo com os candidatos à prefeitura de São Paulo, em novembro de 1985, perguntou ao então candidato pelo PMDB, Fernando Henrique Cardoso, se ele acreditava em Deus. O candidato não respondeu, afirmando que havia sido combinado previamente que esse assunto não seria levantado. A pergunta e a resposta foram considerados como fatores decisivos para a derrota do candidato do PMDB para Jânio Quadros.[3]

Polêmica demissão da Rede Record

No dia 30 de dezembro de 2005, a Rede Record anunciou a rescisão de contrato com o apresentador do Jornal da Record, em comum acordo entre ambos. No entanto, Casoy, já ex-Record, afirmou em várias entrevistas no decorrer de 2006 que fora demitido por motivos políticos e deixara a emissora por não concordar com as inovações do departamento de jornalismo da emissora. Em entrevista, Casoy afirmou que o PT pressionou a direção da Rede Record para tirá-lo da emissora.[4] A emissora ficou sem os anúncios publicitários das empresas federais, incluindo as propagandas da Petrobras.

Declarou que a emissora fora pressionada pelo governo Lula a demiti-lo, por conta das declarações sobre os casos dos prefeitos do PT assassinados no interior do estado de São Paulo, Toninho do PT (Campinas) e Celso Daniel (Santo André) e a corrupção do governo federal.

Boris Casoy declarou à revista Istoé Gente em abril de 2006: "Esse governo pressionou a Record [para me demitir]. Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu. Eram três assuntos que eles não queriam nem que se tocasse: Caso Banestado (comprado pelo Banco Itaú S.A) — remessa ilegal de dinheiro para aplicações no exterior; o compadre do Lula, Roberto Teixeira [advogado da Transbrasil, acusado de operar um esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras do PT] e o assassinato do Celso Daniel. Eu insistia que acabariam em pizza. (…) Houve o telefonema do Zé Dirceu [para a Record]. A diretoria me pôs a par: 'Ele disse que vai prejudicar a Record e você pessoalmente se não parar.' Essa foi a última [ameaça]… vinha uma série."[4]

Entre abril e setembro de 2007, chegou a apresentar o telejornal na TV JB, em parceria com a CNT, mas a parceria terminou conturbada.

Em 2008, Casoy foi contratado pela Rede Bandeirantes onde apresentou, a partir de 14 de abril do mesmo ano, o Jornal da Noite. Também recebeu a incumbência de comandar a cobertura das Eleições Municipais 2008 pelo canal da família Saad, tendo inclusive sido o âncora do primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado no dia 31 de julho de 2008. Atualmente, também é apresentador da BandNews FM.

Comentário sobre lixeiros

Em 31 de dezembro de 2009, após uma vinheta do Jornal da Band, da Rede Bandeirantes, chamando o intervalo comercial,[5] sem saber que o áudio ainda estava sendo transmitido, Casoy comentou em tom jocoso as imagens exibidas anteriormente, que mostravam uma dupla de garis desejando felicidades aos telespectadores da emissora.

.

O apresentador, por meio da assessoria de imprensa da Band, reconheceu a ofensa que cometeu contra os garis e se retratou durante a exibição do jornalístico[7] do dia posterior, com os seguintes dizeres:

.

Em 3 de março de 2010, Casoy e a Rede Bandeirantes não foram condenados por danos morais em ação movida pelo gari Marcelo Gomes de Brito, que sentiu-se ofendido pelo comentário pejorativo do âncora. Segundo decisão do juiz Cláudio Antônio de Carvalho Xavier, a repercussão do caso deve ser considerada. No entanto, "o autor da ação não foi a pessoa diretamente atingida pela prática do ato ilícito", uma vez que o comentário de Casoy fora dirigido à categoria.[9]

Referências

  1. "Jornalista Boris Casoy fala sobre sua deficiência", Amputados Vencedores, 1 de março de 2008
  2. "Boris Casoy estréia novo 'Jornal da Noite' hoje", Metro São Paulo, 14 de abril de 2008, pág. 13
  3. a b Kushnir, p. 1202 Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Kushnir" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  4. a b "“Fui tratado como bandido”", Rodrigo Cardoso, Istoé Gente número 346, 10 de abril de 2006
  5. «Bombou na web – Edição de 11 de janeiro». Época. 9 de janeiro de 2010. Consultado em 10 de janeiro de 2010 
  6. Boris Casoy ofende garis ao vivo no "Jornal da Band" - Folha Online, 1 de janeiro de 2010 (visitado em 5-1-2010).
  7. Boris Casoy pede "profundas desculpas" aos garis e aos telespectadores - Folha de S. Paulo, 1 de janeiro de 2010 (visitado em 5-1-2010).
  8. Boris Casoy comete gafe e humilha garis ao vivo - Portal Yahoo!, 1 de janeiro de 2010 (visitado em 5-1-2010).
  9. «Boris Casoy e Band são inocentados em processo movido por gari». Portal Meio Norte. 3 de março de 2010. Consultado em 5 de março de 2010 

Ligações externas

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