Carl Wilhelm Scheele

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Carl Wilhelm Scheele
descoberta do oxigênio e do Bário
Nascimento 9 de dezembro de 1742
Stralsund
Morte 21 de maio de 1786 (43 anos)
Köping
Nacionalidade Sueco
Cidadania Suécia
Cônjuge Sara Margarethe Pohl
Alma mater
Ocupação químico, farmacêutico, farmacólogo
Campo(s) química

Carl Wilhelm Scheele (Stralsund, 9 de dezembro de 1742Köping, 21 de maio de 1786) foi um químico farmacêutico de origem sueca. Scheele nasceu em Stralsund, na Pomerânia (hoje Alemanha, na época uma província sueca). Foi o descobridor de muitas substâncias químicas, tendo descoberto o oxigênio antes de Joseph Priestley.

Scheele trabalhou como farmacêutico em Estocolmo, de 1770 até 1775 em Uppsala, posteriormente em Köping, também na Suécia, onde adquiriu a farmácia (local onde instalou o seu laboratório) da então viúva Sara Pohl, com quem se casou em seu leito de morte. Seus estudos levaram-no à descoberta do oxigênio e nitrogênio, entre 1772-1773, cujo trabalho publicou no seu livro "Chemische Abhandlung von der Luft und dem Feuer" ("Tratado Químico sobre Ar e Fogo") em 1777, perdendo parte da fama para Joseph Priestley, que descobriu independentemente (mas posteriormente) o oxigênio em 1774.

O francês Antoine Lavoisier também reivindicava a descoberta para sí. É dele o termo oxigênio ("Gerador de Ácidos") e Lavoisier o identificava como o "Ar Deflogisticado" de Priestley.

Scheele descobriu também outros elementos químicos, tais como o cloro (1774), o bário (1774), o manganês (1774), o molibdênio (1778) e o tungstênio (1781), assim como diversos compostos químicos, incluindo o ácido nítrico, o glicerol e o cianeto de hidrogênio (também conhecido como ácido prússico). Além disso, ele descobriu um processo semelhante à pasteurização.

Como muitos químicos da sua época, Scheele frequentemente trabalhou sob condições difíceis e perigosas, que explicam a sua morte prematura, que, curiosamente, foi devida à queda de um vidro contendo solução de ácido cianídrico (HCN), substância que ele mesmo descobriu e que ainda hoje é usada para casos de pena de morte nos Estados Unidos. Outras fontes afirmam que os sintomas referentes à morte de Scheele sugerem envenenamento por mercúrio.

Fatos[editar | editar código-fonte]

Apesar de hoje se ter consciência das descobertas de Scheele para o desenvolvimento da química, muitas dessas descobertas, à época, não lhe foram creditadas. Isso ocorria porque ele não publicava tudo o que fazia ou publicava em periódicos científicos pouco divulgados.

Flogista (veja Flogisto) convicto, e influenciado pela Alquimia, ao estudar o ácido clorídrico, o oxida (termo inexistente na época) com Dióxido de manganês (realiza deste modo, a primeira oxidação), obtendo o seu "Espírito de Sal Deflogisticado".

Hoje o "Gás Cloro" é o conhecido elemento cloro. Com ele, Scheele descobre e prepara, pela primeira vez, os hipocloritos (hipoclorito de sódio e hipoclorito de cálcio), componentes das modernas "Águas de lavadeira" e do "Cloro de piscina".

Por essas descobertas, Scheele poderia ser considerado o verdadeiro descobridor do oxigênio e da oxidação, pois o fizera experimentalmente, antes (1771-1773) de Priestley e de Lavoisier. Quando descobriu o cloro, em 1774, não o reconheceu como um elemento. Ele apenas acreditava que era um composto que continha um dos gases do ar.

Cerca de 30 anos depois, o Inglês Humphry Davy compreendeu que o gás era um elemento. Davy ainda daria o nome ao novo elemento por conta de sua aparência (cloro significa "verde-claro" em grego). Humphry Davy também levou a melhor sobre Scheele na descoberta do bário. O sueco fez o trabalho experimental importante, distinguindo a barita. Cerca de 30 anos depois, novamente, Davy conseguiu isolar o metal branco-prateado bário, que foi denominado segundo a palavra grega barys (que significa pesado).

Na descoberta do molibdênio, Scheele havia obtido uma substância ao qual estava certo de que era um novo elemento, que poderia ser isolado a uma temperatura elevada. Entretanto, o sueco não possuía um forno e passou essa substância a um amigo, Peter Jacob Hjelm, a quem foi creditado a descoberta do molibdênio.

Referências[editar | editar código-fonte]

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