Eleições presidenciais portuguesas de 1958
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Eleição presidencial de 1958 Presidente para o período 1958-1965 | |||||||||||
8 de junho de 1958 | |||||||||||
Tipo de eleição: | Presidencial | ||||||||||
Américo Tomás - | |||||||||||
Votos: | 765 081 | ||||||||||
76.4% | |||||||||||
Humberto Delgado - | |||||||||||
Votos: | 236 057 | ||||||||||
23.6% | |||||||||||
![]() Presidente de Portugal | |||||||||||
As eleições presidenciais portuguesas de 1958 realizaram-se no período denominado Estado Novo, o regime liderado pelo primeiro-ministro António de Oliveira Salazar.
O então Presidente Francisco Craveiro Lopes entrou em conflito com Salazar e não procurou obter um segundo mandato. O candidato do regime de Salazar e da União Nacional, o partido único, foi o ministro dos assuntos navais, almirante Américo Tomás. A oposição democrática apoiou o general Humberto Delgado, que concorreu como candidato independente numa tentativa de mudar o regime.
O escrutínio oficial deu 76,4% a Tomás e cerca de 23% a Delgado. A polícia secreta do regime, a PIDE, assediou os apoiantes de Humberto Delgado, e houve muitos relatos de fraude eleitoral.[1][2]. Delgado contestou os resultados e houve pequenas correcções, que depois de analisadas pelos tribunais retiraram cerca de 6000 votos a Américo Tomás[1].
No entanto, fosse qual fosse o resultado, o clima de medo, inevitável num país onde a policia política continuava a actuar abertamente, inevitavelmente condicionou as eleições de 1958. Os resultados chocaram a classe dirigente da ditadura, e em 1959 a responsabilidade da eleição dos presidentes passou a ser uma competência da Assembleia Nacional.