Lilian Tintori: diferenças entre revisões

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=== Brasil ===
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[[Imagem:CRE - Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (16786077563).jpg|thumb|200px|direita|Diante da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil.]]

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Em [[7 de Maio]] de [[2015]], esteve diante da [[Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil]] <ref name="Mulheres de presos políticos da Venezuela pedem socorro ao Brasil pelo fim das execuções e tortura">[http://wn.com/mulheres_de_presos_pol%C3%ADticos_da_venezuela_pedem_socorro_ao_brasil_pelo_fim_das_execu%C3%A7%C3%B5es_e_tortura World News] - Mulheres de presos políticos da Venezuela pedem socorro ao Brasil pelo fim das execuções e tortura. {{es}} e {{pt}}. Acessado em 06/06/2015.</ref> acompanhada por Mitzy Capriles (esposa do prefeito de [[Caracas]], [[Antonio Ledezma]], também preso por fazer oposição ao governo) e Rosa Orozco, mãe de uma manifestante morta.<ref name="CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY.">[http://www.camara.leg.br/internet/sitaqweb/TextoHTML.asp?etapa=3&nuSessao=098.1.55.O&nuQuarto=150&nuOrador=1&nuInsercao=2&dtHorarioQuarto=16:58&sgFaseSessao=OD%20%20%20%20%20%20%20%20&Data=07/05/2015&txApelido=LUIZ%20CARLOS%20HAULY&txFaseSessao=Ordem%20do%20Dia%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20&dtHoraQuarto=16:58&txEtapa=Sem%20reda%C3%A7%C3%A3o%20final Câmara] - CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY. Acessado em 06/06/2015.</ref> As três cidadãs venezuelanas expuseram aos senadores brasileiros a situação de seu país e, definiram o regime lá em vigor como uma [[ditadura]].<ref name="CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY."/> Em suas declarações, denunciaram o aumento dos [[criminalidade|crimes]] [[violência|violentos]], a [[crise econômica]], o desabastecimento de produtos de primeira necessidade e, o desrespeito aos [[direitos humanos]] praticados governo venezuelano.<ref name="Mulheres de presos políticos da Venezuela pedem socorro ao Brasil pelo fim das execuções e tortura"/>
Em [[7 de Maio]] de [[2015]], esteve diante da [[Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil]] <ref name="Mulheres de presos políticos da Venezuela pedem socorro ao Brasil pelo fim das execuções e tortura">[http://wn.com/mulheres_de_presos_pol%C3%ADticos_da_venezuela_pedem_socorro_ao_brasil_pelo_fim_das_execu%C3%A7%C3%B5es_e_tortura World News] - Mulheres de presos políticos da Venezuela pedem socorro ao Brasil pelo fim das execuções e tortura. {{es}} e {{pt}}. Acessado em 06/06/2015.</ref> acompanhada por Mitzy Capriles (esposa do prefeito de [[Caracas]], [[Antonio Ledezma]], também preso por fazer oposição ao governo) e Rosa Orozco, mãe de uma manifestante morta.<ref name="CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY.">[http://www.camara.leg.br/internet/sitaqweb/TextoHTML.asp?etapa=3&nuSessao=098.1.55.O&nuQuarto=150&nuOrador=1&nuInsercao=2&dtHorarioQuarto=16:58&sgFaseSessao=OD%20%20%20%20%20%20%20%20&Data=07/05/2015&txApelido=LUIZ%20CARLOS%20HAULY&txFaseSessao=Ordem%20do%20Dia%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20&dtHoraQuarto=16:58&txEtapa=Sem%20reda%C3%A7%C3%A3o%20final Câmara] - CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY. Acessado em 06/06/2015.</ref> As três cidadãs venezuelanas expuseram aos senadores brasileiros a situação de seu país e, definiram o regime lá em vigor como uma [[ditadura]].<ref name="CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY."/> Em suas declarações, denunciaram o aumento dos [[criminalidade|crimes]] [[violência|violentos]], a [[crise econômica]], o desabastecimento de produtos de primeira necessidade e, o desrespeito aos [[direitos humanos]] praticados governo venezuelano.<ref name="Mulheres de presos políticos da Venezuela pedem socorro ao Brasil pelo fim das execuções e tortura"/>
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Em discurso, o deputado [[Luiz Carlos Hauly]] ([[PSDB]]-PR) protestou, acusando o governo brasileiro de omissão perante a situação de desrespeito aos direitos humanos no governo de [[Nicolás Maduro]].<ref name="CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY."/>
Em discurso, o deputado [[Luiz Carlos Hauly]] ([[PSDB]]-PR) protestou, acusando o governo brasileiro de omissão perante a situação de desrespeito aos direitos humanos no governo de [[Nicolás Maduro]].<ref name="CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY."/>

Em [[18 de Junho]], uma comitiva, formada por oito senadores oposicionistas brasileiros, esteve em Caracas atendendo ao apelo das cidadãs venezuelanas. Seu objetivo era contactar membros da oposição ao governo Maduro e informar-se sobre a crise político-econômica enfrentada pelo país. Mas, este grupo foi hostilizado por manifestantes partidários do governo e acabou retornando ao [[Brasil]] sem cumprir sua agenda.<ref>[http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,senadores-desistem-de-visita-a-presos-na-venezuela-e-preparam-volta-ao-brasil,1709167 Estadão] - Senadores brasileiros são hostilizados na Venezuela; Itamaraty cobra explicções. Erich Decat, 18/6/2015. Acessado em 25/06/2015.</ref> Este incidente causou mal-estar e o [[Congresso Brasileiro]] votou, no mesmo dia, uma [[moção de reprovação]] contra o governo da Venezuela.<ref>[http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/490610-APROVADA-MOCAO-DE-REPUDIO-A-PROTESTO-CONTRA-SENADORES-BRASILEIROS-NA-VENEZUELA.html Câmara] - Câmara aprova moção de repúdio a incidente com senadores brasileiros na Venezuela. 18/6/2015. Acessado em 25/06/2015.</ref> No dia 25, uma nova comitiva com quatro senadores que esteve no país, foi criticada pela oposição por ser composta apenas por senadores governistas <ref>[http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/06/senadores-chegam-venezuela-e-devem-encontrar-governo-e-oposicao.html G1] - Senadores chegam à Venezuela e devem encontrar governo e oposição. Acessado em 25/06/2015.</ref> e acusada de ser apenas uma resposta política ao incômodo causado pelo grupo anterior.<ref>[http://www.leiaja.com/politica/2015/06/23/nova-comissao-de-senadores-vai-venezuela-nesta-quarta/ Leia Já] - Nova comissão de senadores vai à Venezuela nesta quarta. 23/06/2015. Acessado em 25/06/2015.</ref>


=== Espanha ===
=== Espanha ===

Revisão das 19h49min de 25 de junho de 2015

Lilian Adriana Tintori Parra
Lilian Tintori
Lilian Tintori com a bandeira da Venezuela
num protesto em 26 de Fevereiro de 2014.
Nascimento 5 de maio de 1978 (46 anos)
Caracas
Venezuela Venezuela
Cônjuge Leopoldo López
Ocupação Ativista dos Direitos Humanos

Lilian Adriana Tintori Parra (Caracas, 5 de Maio de 1978) é uma ativista de direitos humanos venezuelana e esposa do líder político Leopoldo López, coordenador nacional do partido Voluntad Popular, preso pelo governo de Nicolás Maduro acusado de incitar e liderar as manifestações de 2014. Tintori também tem liderado grupos de oposição e resistência contra o regime venezuelano.[1]

Biografia

Filha de mãe venezuelana a pai argentino, refugiado na Venezuela por causa do Processo de Reorganização Nacional (ditadura argentina). É licenciada em ensino pré-escolar pela Universidade Católica Andrés Bello e possui especialização em comunicação política pela Universidade Central da Venezuela.[2] Foi apresentadora da Televen e RCTV (Radio Caracas Televisión), além de radialista nas redes La Mega, Hot 94 e Ateneo 100.7. Também foi animadora do programa Megavj do canal Puma TV. Foi campeã de kitesurf em 2003 e criadora da Fundación Porkite encarregada de recuperar e doar equipamentos usados neste esporte.

Em Maio de 2007, casou-se com Leopoldo López.[2] [3] O casal teve dois filhos: Manuela (2009) e Leopoldo Santiago (2013).[4]

Foi representante da Socieven, associação sem fins lucrativos, para a sensibilização quanto a surdez e distúrbio da fala. Tem colaborado com a Fundación BFC na campanha contra a violência de gênero e com a Fundación Jóvenes por los Derechos Humanos em diversos eventos.[2]

Apelos e reações internacionais

Lilian Tintori tem denunciado sistematicamente a situação dos dissidentes venezuelanos na mídia mundial e, busca apoios de líderes políticos de outras nações. Seus esforços conseguiram provocar reações em outros países:

Estados Unidos

Concedeu uma entrevista ao jornalista Jorge Ramos, da Univision, publicada em 12 de Abril de 2015. Naquela ocasião, denunciou que seu marido vem sofrendo torturas físicas e psicológicas na prisão.[5]

Entraron hombres armados y destrozaron su espacio, se robaron sus memorias: Todo lo que él escribe se lo robaron. Siete horas duró esta requisa, y lo metieron en una celda de castigo que se llama El Tigrito, me dijo, una noche, a la 1 de la mañana, le lanzaron por la ventana de su celda excremento humano y orina. Le cortaron el agua y la luz para que no se pudiera bañar. Eso es un trato absolutamente inhumano, de tortura.
Original {{{{{língua}}}}}: Homens armados entraram e destruíram seu espaço, roubaram seus escritos: tudo o que ele escreve é roubado. Esta requisição durou sete horas, e colocaram-no numa cela de castigo denominada "El Tigrito," contou-me que, uma noite, à 1:00h da manhã, lançaram fezes humanas e urina pela janela de sua cela. A água e a luz foram cortadas para impedi-lo de banhar-se. Este é um tratamento é absolutamente desumano, de tortura.
— (Lilian Tintori, sobre as condições do encarceramento de seu marido).[5]

Brasil

Diante da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil.
Na mesa, da esquerda para a direita: Aécio Neves, Mitzy Capriles, Aloysio Nunes, Lilian Tintori e Rosa Orozco.

Em 7 de Maio de 2015, esteve diante da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil [6] acompanhada por Mitzy Capriles (esposa do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, também preso por fazer oposição ao governo) e Rosa Orozco, mãe de uma manifestante morta.[7] As três cidadãs venezuelanas expuseram aos senadores brasileiros a situação de seu país e, definiram o regime lá em vigor como uma ditadura.[7] Em suas declarações, denunciaram o aumento dos crimes violentos, a crise econômica, o desabastecimento de produtos de primeira necessidade e, o desrespeito aos direitos humanos praticados governo venezuelano.[6]

Esperou por "um pronunciamento claro e contundente da presidente Dilma sobre a violação sistemática dos direitos humanos e da crise na Venezuela." [8] Também apelou para que a presidente interceda pelos 89 presos políticos de seu país e que envie observadores que atestem a legitimidade das próximas eleições parlamentares venezuelanas.[8]

Em discurso, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) protestou, acusando o governo brasileiro de omissão perante a situação de desrespeito aos direitos humanos no governo de Nicolás Maduro.[7]

Em 18 de Junho, uma comitiva, formada por oito senadores oposicionistas brasileiros, esteve em Caracas atendendo ao apelo das cidadãs venezuelanas. Seu objetivo era contactar membros da oposição ao governo Maduro e informar-se sobre a crise político-econômica enfrentada pelo país. Mas, este grupo foi hostilizado por manifestantes partidários do governo e acabou retornando ao Brasil sem cumprir sua agenda.[9] Este incidente causou mal-estar e o Congresso Brasileiro votou, no mesmo dia, uma moção de reprovação contra o governo da Venezuela.[10] No dia 25, uma nova comitiva com quatro senadores que esteve no país, foi criticada pela oposição por ser composta apenas por senadores governistas [11] e acusada de ser apenas uma resposta política ao incômodo causado pelo grupo anterior.[12]

Espanha

O ex-presidente do Governo da Espanha, Felipe González, afirmou que a mediação dos países membros da UNASUL (União de Nações Sul-Americanas) na questão venezuelana é insuficiente [13] e, ofereceu-se como mediador entre governo e oposição.[14] Ressaltou que o governo venezuelano só pode impedi-lo de tomar parte na defesa dos dissidentes apenas dentro das fronteiras do país: "O mundo da liberdade, democracia e direitos humanos vai muito além das fronteiras da Venezuela", afirmou.[15] Pretende dialogar com a oposição, assessorar a defesa de opositores presos e acompanhar o andamento dos processos.[16]

Prêmios e homenagens

Referências

  1. USA Today - Women in white protest violence in Venezuela. 26 de Fevereiro de 2014. (em inglês) Acessado em 14/04/2015.
  2. a b c d Daily Entertainment News - Lilian Tintori- Venezuelan Politician Leopoldo Lopez’s Wife. 18 de Fevereiro de 2014. (em inglês) Acessado em 14/04/2015.
  3. Web.archive.org - Oficina del alcalde. (em castelhano) Acessado em 14/04/2015.
  4. El Universal - Leopoldo López presenta a su hija Manuela por twitter. 20 de Setembro de 2009. (em castelhano) Acessado em 14/04/2015.
  5. a b La Prensa Grafica - La esposa rebelde. Jorge Ramos, 12 de Abril de 2015, (em castelhano). Acessado em 06/06/2015.
  6. a b World News - Mulheres de presos políticos da Venezuela pedem socorro ao Brasil pelo fim das execuções e tortura. (em castelhano) e (em português). Acessado em 06/06/2015.
  7. a b c Câmara - CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY. Acessado em 06/06/2015.
  8. a b Folha de S.Paulo - Mulher de opositor espera declaração contundente de Dilma contra Maduro. Patrícia Campos Mello, 6 de Maio de 2015. Acessado em 06/06/2015.
  9. Estadão - Senadores brasileiros são hostilizados na Venezuela; Itamaraty cobra explicções. Erich Decat, 18/6/2015. Acessado em 25/06/2015.
  10. Câmara - Câmara aprova moção de repúdio a incidente com senadores brasileiros na Venezuela. 18/6/2015. Acessado em 25/06/2015.
  11. G1 - Senadores chegam à Venezuela e devem encontrar governo e oposição. Acessado em 25/06/2015.
  12. Leia Já - Nova comissão de senadores vai à Venezuela nesta quarta. 23/06/2015. Acessado em 25/06/2015.
  13. Infobae - La mediación de la Unasur en Venezuela es "insuficiente". 30 de Março de 2015, (em castelhano). Acessado em 06/06/2015.
  14. El Mundo - La esposa de Leopoldo López dice que Felipe González estará en Venezuela el próximo 1 de junio. 27 de Maio de 2015. Acessado em 06/06/2015.
  15. El Universal - Felipe González says he will not disturb Venezuela's legal framework. Lopez Case, 15 de Maio de 2015, (em inglês). Acessado em 06/06/2015.
  16. Noticiaaldia - Lilian Tintori anuncia que Felipe González llegará este domingo para participar en la defensa de Leopoldo López. 5 de Junho de 2015, (em castelhano). Acessado em 06/06/2015.
  17. El Nacional - Cumbre Mundial de Comunicación Política pide liberación de Leopoldo López. 7 de Dezembro de 2014. (em castelhano) Acessado em 14/04/2015.

Ligações externas