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Chrysophyta: diferenças entre revisões

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São microorganismos que apresentam cromatóforos verde-amarelados com clorofilas ''a'' e ''b'', beta-caroteno e uma xantofila chamada heteroxantina; esses cromatóforos são em forma de discos e numerosos, a membrana celular aparece dividida em duas metades. Os elementos móveis de reprodução apresentan dois flagelos desiguais. Já foi verificada reprodução sexuada em alguns gêneros. Vivem de preferência em água doce e algumas são terrestres, vivendo na lama à beira de lagos e rios. Já foram classificadas 6 ordens e 21 famílias. Todas as ''Heterokontae'' são [[haplobionte]]s, com divisão reducional na germinação do zigoto.
São microorganismos que apresentam cromatóforos verde-amarelados com clorofilas ''a'' e ''b'', beta-caroteno e uma xantofila chamada heteroxantina; esses cromatóforos são em forma de discos e numerosos, a membrana celular aparece dividida em duas metades. Os elementos móveis de reprodução apresentan dois flagelos desiguais. Já foi verificada reprodução sexuada em alguns gêneros. Vivem de preferência em água doce e algumas são terrestres, vivendo na lama à beira de lagos e rios. Já foram classificadas 6 ordens e 21 famílias. Todas as ''Heterokontae'' são [[haplobionte]]s, com divisão reducional na germinação do zigoto.


=== Classe Chrysophyceae ===
=== Classe Chrysophyceaee ===
Esta classe é composta por 6 ''Ordens'' e 25 ''Famílias'':
Esta classe é composta por 6 ''Ordens'' e 25 ''Famílias'':



Revisão das 18h13min de 9 de maio de 2017

Como ler uma infocaixa de taxonomiaChrysophyta
Diatomáceas Classe Bacillariophyceae
Diatomáceas Classe Bacillariophyceae
Classificação científica
Reino: Protista
Divisão: Chrysophyta
  • Classes:
    • Heterokontae
    • Chrysophyceae
    • Bacillariophyceae

A Divisão Chrysophyta engloba todos os microorganismos que possuem cromatóforos com pigmentos fotossintéticos clorofilas a, b, c; beta-caroteno, fucoxantina e outras xantofilas.

  • Locomoção:
    • As formas unicelulares podem ser móveis ou imóveis.
    • Nas formas móveis o movimento é dado por correntes citoplasmáticas
    • Nas formas imóveis aparecem formas coloniais, formas filamentosas ramificadas ou não.
  • Reserva de energia:
    • Óleo;
    • Leocozina;
    • Volutina;
    • Não há formação de amido.
  • Estrutura:
  • Nos gêneros filamentosos a membrana celular é formada por duas metades que se recobrem de pectina impregnada com sílica.
  • Reprodução:
    • A reprodução assexuada ocorre por simples divisão, formação de zoósporos ou aplanósporos e um esporo especial com a membrana impregnada de sílica o estatósporo.
    • A reprodução sexuada é em geral isogâmica podendo ocorrer entretanto anisogamia e também mais raramente a oogamia.
    • Em certos casos desenvolve-se um tipo especial de zoósporo multiflagelado chamado cenozoósporo.
  • Os gametas zoósporos são biflagelados e estes flagelos podem ser de diveros tamanhos e tipos de organização:
    • Flagelo curto, tipo chicote e;
    • Flagelo longo, tipo de filamento axial com uma dupla de fileiras de cílios muitos delicados.
  • Ecologia:

São em sua grande maioria microorganismos de vida livre, podem aparecer em formas coloniais, formas filamentosas ramificados ou não. São predominantemente aquáticos marinhos ou dulcícolas.

Divisão Chrysophyta

  • No total são cerca de 300 gêneros com aproximadamente 10.000 espécies

Classe Heterokontae (Xanthophyceae)

São microorganismos que apresentam cromatóforos verde-amarelados com clorofilas a e b, beta-caroteno e uma xantofila chamada heteroxantina; esses cromatóforos são em forma de discos e numerosos, a membrana celular aparece dividida em duas metades. Os elementos móveis de reprodução apresentan dois flagelos desiguais. Já foi verificada reprodução sexuada em alguns gêneros. Vivem de preferência em água doce e algumas são terrestres, vivendo na lama à beira de lagos e rios. Já foram classificadas 6 ordens e 21 famílias. Todas as Heterokontae são haplobiontes, com divisão reducional na germinação do zigoto.

Classe Chrysophyceaee

Esta classe é composta por 6 Ordens e 25 Famílias:

Ordem Heterotrichales

Principal família: Tribonemataceae.

Família Tribonemataceae

Em Tribonema aparecem filamentos não ramificados com as células formadas por peças em forma de H deitado. A reprodução assexuada se faz por aplanósporos ou por zoósporos. Vivem em água doce.

Ordem Heterosiphonales

Principais famílias: Botrydiaceae e Vaucheriaceae.

Família Botrydiaceae

Em Botrydium, os microorganismos são cenocíticos e compostos de duas porções, uma rizoidal ramificada que penetra no substrato e outra porção vesicular erecta que pode medir de 1 a 2 mm. A reprodução assexuada se faz por meio de aplanósporos ou zoósporos. Vivem sobre a lama nas margens de rios e lagos, são terrestres.

Família Vaucheriaceae

Em Vaucheria aparecem filamentos cenocíticos abundantes e bastante ramificados. A reprodução assexuada é feita através da formação de cenozoósporos produzidos em zoosporângios localizados no ápice dos filamentos. Cada zoosporângio produz um só zoósporo multiflagelado. A reprodução sexuada é oogâmica. Os oogônios são laterais e cada um contém uma única oosfera. Os anterozóides são biflagelados e são lançados ativamente contra uma papila que se desenvolveu no oogônio maduro. A Valcheria é um exemplo daptação desses microorganismos aos mais diferentes ambientes, pois podem ser encontradas espécies terrestres, espéciers dulcícolas, e espécies marinhas. As algas aqui incluídas possuem um ou dois cromatóforos com cor marrom-dourada. Esses cromatóforos contém clorofila a, beta-caroteno e xantofilas luteína e fucoxantina, em algumas espécies a membrana celular é impregnada de sílica ou carbonato de cálcio. Em Vaucheria ocorre a formação de estatóporos, durante a vida podem ocorrer várias transformações nesses microorganismos por exemplo: Na reprodução assexual observada em Chromulina, microorganismos solitários de vida livre se dividem por cissiparidade longitudinal, originando dois indivíduos onde um é o clone do outro. Após essa divisão esses dois indivíduos podem se separar e cada um seguir sua própria vida livre ou, podem também optar por permanecerem juntos e continuarem a se dividirem várias vezes até formar pequenas esferas onde existem milhares deles reunidos e onde todos batendo os flagelos num mesmo rítmo impulsionam essa bola formada de forma que esta bolinha vai se movimentando pela água afora procurando correntezas que os levem para bem longe afins de viajarem todos juntos e se disseminarem pelo ambiente mas mantendo essa formação com todos reunidos, não é uma colônia é apenas uma formação estratégica onde os indivíduos ficam posicionados uns ao lado dos outros formando essa pequena bola e, ao chegar num lugar interessante, todos eles param de bater os flagelos, retraem seus flagelos para dentro da célula e essa bola afunda e a formação então adquire aparência de uma bolinha dourada ou marrom amarelada, de aspecto mucigelatinoso, parada, grudada no fundo sobre algum substrato do biótopo. Essa formação pode a qualquer instante ser desfeita e os indivíduos simplesmente são dispersados, nadam para todos os lados seguindo cada um por si como indivíduos solitários e de vida livre. Nesses microorganismo pode também ocorrer reprodução sexual por isogamia.

Dinobryon Ordem Chrysomonadales

Ordem Chrysomonadales

Dentre os grupos encontrados em água doce e no mar destaca-se a ordem Chrysomonadales com os seguintes exemplos Chromulina, Mallomonas, Synura, Dinobryon e Hymenomonas. *Mallomonas é unicelular de vida livre, apresentando minúsculas placas de sílica sobre a membrana

  • Synura é colonial de vida livre, apresentando também pequenas placas silicosas, cada placa com um espinho, revestindo a membrana.
  • Dinobryun é de vida livre mas podem aparecer em formação unida.
Família Coccolithophoridaceae
  • Hymenomonas é marinho, sendo incluído na família Coccolithophoridaceae (Coccolithineae). São microorganismos com grãos calcários na membrana celular. Outros representantes desta família são importantes fósseis conhecidos desde o Paleozóico.

Classe Bacillariophyceae

  • Diatomeae, estão incluídas nesta classe as algas conhecidas como diatomáceas. São microorganismos, unicelulares de vida livre, podendo aparecerem reunidos em filamentos revestidos por uma capa mucilagenosa. A membrana celular é de pectina impregnada com bastante sílica dividida em duas porções, a epiteca que se encaixa por cima, e a hipoteca que fica por baixo. A célula contém de 2 a muitos cromatóforos de cor marrom dourada. Nestes plastos aparece clorofila a e c, beta-caroteno e várias xantofilas, principalmente fucoxantina e diatoxantina. A substância de reserva é óleo, leucosina e volutina. A reprodução assexuada é por simples divisão, recebendo cada célula filha como herança uma epiteca ou uma hipoteca, refazendo depois a outra metade. A reprodução sexuada é isogâmica ou heterogâmica com gametas capazes de se deslocar com movimentos amebóides; pode ocorrer também reprodução oogâmica com formação de anterozóides e oosferas. O zigoto formado cresce bastante se tornando um auxósporo antes de iniciar a produção da nova membrana. A autogamia é relativamente rara, mas ocorrem em certos gêneros. Pode ocorrer também em alguns gêneros a formação de estatósporos. As diatomáceas são microorganismos diplóides, ocorrendo a redução cromática na formação dos gametas, são portanto seres haplobiontes diplontes. A porção silicosa das membranas das diatomáceas é praticamente indestrutível porque uma vez produzida passa por herança às células filhas, ocorrendo a morte desses microorganismos essas carapaças sedimentam no fundo constituindo um tipo especial de rocha chamado diatomito (Kieselgur) que é formada essencialmente por epitecas e hipotecas vazias de diatomáceas. O diatomito é utilizado para a fabricação da dinamite, a rocha é muito porosa e absorve a nitroglicerina explosiva mantendo-a armazenada dentro dessas carapaças fósseis. Existem depósitos de diatomito com centenas de metros de espessura e muitos quilômetros de extensão, no Brasil aparecem na região nordeste.

Subclasse 1. Centricae

Nesta subclasse os microorganismos apresentam simetria radial, possuem vários cromatóforos e se reproduzem por autogamia. Pode ocorrer também conjugação entre um indivíduo e outro. A membrana não possui rafe e são todas imóveis. A maioria das formas é planctônica, ocorrendo tanto em água doce como no mar, sendo um dos principais componentes do fitoplancto. Reconhecemos 3 ordens com 9 famílias. Gêneros frequentes são: Coscinodiscus no plâncton, Melosira vive sobre algas, é uma epífita, Rhizosolenia ocorre no plâncton, Chaetoceros aparecem como filamentos planctônicos, Biddulphia planctônicas e epífitas, Triceratium ocorre no plâncton.

Subclasse 2. Pennatae

Nesta subclasse reconhecemos 4 ordens com 9 famílias. Os gêneros mais frequentes são: Tabellaria , Licmophora, Diatoma, Synedra, Pinnularia, Navicula, Amphora, Nitzschia, Surirella. São microorganismos que apresentam simetria bilateral, podendo a carapaça pode apresentar rafe (sulco longitudinal no centro de cada valva); são dotados de movimentos. Em geral ocorrem apenas dois plastos em cada célula. A reprodução sexuada, em geral é isogâmica ocorrendo conjugação. Existem formas planctônicas pelágicas como também formas fixas no benton e nestes casos formam grandes aglomerações que parecem colônias. Existem algumas em água doce mas a maioria são importantes elementos do fitoplâncton marinho.

Pigmentos fotossintetizantes

Grupo Pigmentos fotossintetizantes Substância de reserva
Euglenófitas Clorofilas A e B Paramilo
Dinoflagelados Clorofilas A e C Óleo e amido
Diatomáceas Clorofilas A e C Clisolaminarina
Feófitas (algas pardas) Clorofilas A e C Laminarina e manitol
Rodófitas (algas vermelhas) Clorofilas A e D Amido da florídeas
Clorófitas (algas verdes) Clorofilas A e B Amido

Ver também

Referências bibliográficas

  • F. Oltmanns, Morphologie und Biologie der Algen, 2ª ed., vol. I, 1922;
  • F.E. Fritsch, The structure and reproduction of the algae, vol.I, 1935;
  • F.E. Fritsch, "Crysophyta" in G.M. Smith, Manual of phycology, 1951;
  • Botânica: Introdução à taxonomia vegetal por A.B.Joly, 3ª Edição, São Paulo, Editora Nacional, 1976.

Ligações externas

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