Miracatu: diferenças entre revisões
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Revisão das 17h35min de 28 de junho de 2017
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | miracatuense | ||
Localização | |||
![]() | |||
Localização de Miracatu no Brasil | |||
Mapa de Miracatu | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Municípios limítrofes | Iguape, Pedro de Toledo, Ibiúna , Juquiá e Juquitiba. | ||
Distância até a capital | 129 km | ||
História | |||
Fundação | 1872 (151–152 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Ezigomar Pessoa Junior (PSDB, 2017–2020) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 1 000,736 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[2]) | 20 595 hab. | ||
Densidade | 20,6 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Altitude | 27 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[3]) | 0,748 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 144 538,822 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 6 101,77 |
Miracatu é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na Microrregião de Registro e na Mesorregião do Litoral Sul Paulista, juntamente com Juquitiba, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, localizado na Serra do Cafezal[5].
Etimologia
O nome Miracatu deriva do Tupi-guarani e significa "Terra de gente boa." O primeiro nome dado por euro-brasileiros foi Fazenda da Prainha. Como a "prainha" acabou desaparecendo e havia um município no NE do pais com o mesmo nome, escolheu-se finalmente "Miracatu," refletindo a origem tupi-guarani.
História
Pré-colonial
Os primeiros indícios de ocupação humana na atual região do município de Miracatu, remontam desde o início do período Holoceno, há mais de 9,000 anos AP. Possivelmente eram povos que viviam na região litorânea, construtores de sambaquis e que migraram ou expandiram em direção ao planalto, através do rio Ribeira de Iguape e seus afluentes. Seus vestígios podem ser encontrados nos inúmeros sítios concheiros (sambaquis fluviais) existentes por todo Vale do Ribeira e, seus construtores, ocuparam a região até meados do século VIII d.C.[6]. Estes sítios arqueológicos representam a ocupação mais antiga que se conhece para o vale do Ribeira, representada por sítios caracterizados pela presença abundante de conchas de um gastrópode terrestre denominado Megalobulimus[7].
Posteriormente, a região foi ocupada por grupos caçadores-coletores, cujos sítios, a céu-aberto ou em abrigos e grutas, são diagnosticados pela ocorrência de abundante material lítico (lascas, raspadores diversos e pontas-de-projétil bifaciais), produzido pela técnica de lascamento da pedra, sílex em especial. Mais de 70 sítios líticos foram registrados na região, geralmente ocupando as porções mais fundas dos vales intermontanos[8].
Mais recentemente, a região foi ocupada por populações horticultoras, produtoras de cerâmica. Vários sítios arqueológicos foram encontrados na região, geralmente localizados em porções de relevo colinar, preferencialmente na média vertente. Associados às aldeias e acampamentos, ocorrem cemitérios constituídos por uma sucessão de montículos cônicos de terra e pedras, dispostas circularmente da base ao topo das elevações. As características gerais da cerâmica indígena, composta de vasilhas normalmente pequenas, de tipo em geral simples, feitas pela técnica do acordelamento e usando antiplástico de areia, permitem inseri-la na grande tradição ceramista meridional Itararé, associado aos grupos de língua Jê[9]. O único registro de grupos de língua tupi foi encontrado no município próximo de registro, com o seu material cerâmico associado à Tradição Tupiguarani[10].
Pós-1500
O município de Miracatu foi fundado em 1872, nas terras do francês Pierre Laragnoit, quando em julho de 1847, por um milhão de réis, Laragnoit comprou uma sesmaria de Domingos Pereira de Oliveira e sua esposa. O vilarejo que se formou à margem do Rio São Lourenço, emancipou-se de Iguape em 1938, tendo seu nome original, Prainha, substituído em 1944. O nome original, que o povoado ostentava desde 1830, deve-se à situação do povoado junto ao rio São Lourenço, onde aportavam canoas para o transporte de café, principalmente para Iguape. Este transporte, que também era feito pelo rio Ribeira, perdurou até 1914, “quando os trilhos da Sorocabana chegaram à região” [11].
Geografia
Localiza-se a uma latitude 24º16'53" sul e a uma longitude 47º27'35" oeste, estando a uma altitude de 27 metros. Sua população estimada em 2004 era de 33.134 habitantes.
Demografia
Dados do Censo - 2000
População total: 31.383
- Urbana: 19.912
- Rural: 11.471
- Homens: 16.558
- Mulheres: 14.825
- Densidade demográfica (hab./km²): 22,37
- Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 16,66
- Expectativa de vida (anos): 70,80
- Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 3,70
- Taxa de alfabetização: 86,03%
- Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,748
- IDH-M Renda: 0,664
- IDH-M Longevidade: 0,763
- IDH-M Educação: 0,817
(Fonte: IPEADATA)
Hidrografia
Rodovias
Administração
- Prefeito: Ezigomar Pessoa Junior (2017/2020)
- Vice-prefeito: Joaquim
- Presidente da câmara: Vinicius Brandão
Referências
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
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- ↑ FIGUTI, L. et al. Investigações Arqueológicas e Geofísicas nos Sambaquis Fluviais do Vale do Ribeira de Iguape, Estado de São Paulo. São Paulo, MAE/USP, 2004.
- ↑ BARRETO, C.N.G.B. A Ocupação Pré-Colonial do Vale do Ribeira de Iguape, SP: os sítios concheiros do médio curso. Dissertação de Mestrado. São Paulo, FFLCH-USP, 1988.
- ↑ DE BLASIS, P. D. Indicadores da Transição do Arcaico para o Formativo na Região Montanhosa do Médio Vale do Ribeira. In: M.C.TENÓRIO (Org.), Pré-História da Terra Brasilis. Rio de Janeiro, UFRJ, 1991: 273-284.
- ↑ GONZÁLEZ, E. M. R. Diversidade Cultural entre os Grupos Ceramistas do Sul-Sudeste Brasileiro: o caso do Vale do Ribeira de Iguape. In: M.C.TENÓRIO (Org.), Pré-História da Terra Brasilis. Rio de Janeiro, UFRJ, 1991: 293-306.
- ↑ SCATAMACCHIA, M. C. M. A Ocupação Tupi-Guarani do Estado de São Paulo: fontes etno-históricas e arqueológicas. DÉDALO, 23:197-221. 1984.
- ↑ SQUEFF, E. (Org.) A origem dos nomes dos municípios paulistas. São Paulo, CEPAM/Imprensa Oficial, 2003.