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Cabelo loiro: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Light hair coloration map.png|thumb|direita|Percentagem de pessoas de cabelos loiros em diferentes regiões da [[Europa]], de acordo com o antropólogo da universidade de Laval, Peter Frost. Quanto mais clara for a cor, maior é a porcentagem de pessoas loiras naquela região.]]</p>
[[Imagem:Light hair coloration map.png|thumb|direita|Percentagem de pessoas de cabelos loiros em diferentes regiões da [[Europa]], de acordo com o antropólogo da universidade de Laval, Peter Frost. Quanto mais clara for a cor, maior é a porcentagem de pessoas loiras naquela região.]]</p>


'''Louro''' (do [[latim]] ''laurus'') é uma [[cor]] dos [[cabelo]]s [[humano]]s que oscila entre o castanho claro e o amarelo dourado, caracterizada por baixos níveis de [[pigmento]]s escuros [[melanina|eumelanina]] e altos níveis de feomelanina.<ref>{{Citar web|url=http://www.tricologia.com.br/sobre_cabelos_6.asp|titulo=O aspecto dos cabelos|data=|acessodata=16 de dezembro de 2016|obra=www.tricologia.com.br|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
'''Louro''' (do [[latim]] ''laurus'') é uma [[cor]] dos [[cabelo]]s [[humano]]s que oscila entre o castanho claro ou “loiro escuro” e o amarelo dourado, caracterizada por baixos níveis de [[pigmento]]s escuros [[melanina|eumelanina]] e altos níveis de feomelanina.<ref>{{Citar web|url=http://www.tricologia.com.br/sobre_cabelos_6.asp|titulo=O aspecto dos cabelos|data=|acessodata=16 de dezembro de 2016|obra=www.tricologia.com.br|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>


Do castanho claro ao loiro claríssimo, os vários graus de loiro são encontrados naturalmente em menos de 2% da população adulta de todo o mundo.<ref>{{Citar web|url=http://webspace.ship.edu/cgboer/race.html|titulo=Race|data=|acessodata=16 de dezembro de 2016|obra=webspace.ship.edu|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
Do castanho claro ao loiro claríssimo, os vários graus de loiro são encontrados naturalmente em menos de 2% da população adulta de todo o mundo.<ref>{{Citar web|url=http://webspace.ship.edu/cgboer/race.html|titulo=Race|data=|acessodata=16 de dezembro de 2016|obra=webspace.ship.edu|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>

Revisão das 13h13min de 1 de abril de 2020

 Nota: Para a canção, veja Cabelo Loiro (canção).
Percentagem de pessoas de cabelos loiros em diferentes regiões da Europa, de acordo com o antropólogo da universidade de Laval, Peter Frost. Quanto mais clara for a cor, maior é a porcentagem de pessoas loiras naquela região.

Louro (do latim laurus) é uma cor dos cabelos humanos que oscila entre o castanho claro ou “loiro escuro” e o amarelo dourado, caracterizada por baixos níveis de pigmentos escuros eumelanina e altos níveis de feomelanina.[1]

Do castanho claro ao loiro claríssimo, os vários graus de loiro são encontrados naturalmente em menos de 2% da população adulta de todo o mundo.[2]

Outros termos para pessoas louras são laurícomos e lauricápilos (do latim, laurus, o louro, comma, cabeleira e capilum, cabelo), flavícomos (flavius, amarelo), fulvícomos (fulvius, cor de fogo) e blondícomos (blundus).

Origens

Cabelos louros ocorrem naturalmente em humanos de todas as etnias, mas em um grau tão pequeno que é difícil de ser notado na maior parte das populações. Em populações da Europa, a ocorrência de cabelos loiros é mais frequente. É uma das características de alguns fenótipos nos indivíduos brancos caucasianos.

Baseado em recentes estudos genéticos, é provável que humanos com cabelos louros tornaram-se mais numerosos na Europa cerca de onze mil anos atrás, durante a última Idade do Gelo.[3][4]

Distribuição pelo mundo

Cabelos loiros podem ser encontrados em todas as partes da Europa, principalmente nas populações do Norte da Europa, da Europa Central e Oriental. Em menor medida também é encontrado em populações berberes do norte de África,[5] e na Ásia, principalmente entre os pachtuns e os nuristanis.[6] Além da Europa, os descendentes de europeus que se espalharam pelo mundo também podem apresentar cabelos claros, notadamente nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália, Nova Zelândia e outros países de colonização anglo-saxã.

Portugal

Percentagem de cabelos loiros em Portugal continental.

Nos portugueses, há uma ocorrência relativamente expressiva de cabelos louros entre os nativos do norte de Portugal. Com efeito, nas regiões de Minho, Trás os Montes, Douro Litoral, Beira Litoral e Beira Alta, há a ocorrência de cabelos claros maior que no resto do país. A maior concentração nacional ocorre na região da Póvoa de Varzim, no litoral norte, onde atinge 14,3 a 15,1% da população.[7][8] De acordo com Carleton Coon, autor do livro de antropologia europeia "As Raças da Europa", cerca de 26% dos portugueses são loiros em criança, sendo apenas 10% da população portuguesa loira quando atinge a idade adulta.

Brasil

A apresentadora Angélica é um exemplo de loira brasileira.

O principal componente europeu dentro da população brasileira é o português, na sua maioria de feições morenas. Por esse fator e, particularmente pelo alto grau de miscigenação, no Brasil os cabelos loiros são pouco comuns, porém é notável a sua existência, principalmente entre os descendentes de alemães (a segunda maior diáspora fora da Alemanha) poloneses (terceira maior diáspora fora da Polônia), ucranianos, italianos (maior diáspora fora a Itália) e portugueses de imigração mais recente.

Ana Hickmann uma brasileira descendente de alemães.

A maior concentração de loiros no Brasil ocorre principalmente na Serra Gaúcha, no vale do Rio dos Sinos (Rio Grande do Sul) e no Vale do Itajaí (Santa Catarina), devido à forte presença de descendentes de imigrantes alemães. Cabelos loiros também são encontrados entre brasileiros de ascendência italiana e russa, localizados em todo o Sul e Sudeste do Brasil. Há também a significativa presença em comunidades de origem polaca e ucraniana, sobretudo no Paraná, além de uma minoria de origem Luso-espanhola com cabelos claros, sobretudo aqueles de ascendência galaico-portuguesa onde não occorreu miscigenação.

Há também zonas isoladas em que a população de cabelos naturalmente loiros atinge níveis estatisticamente altos. Um exemplo paradigmático são os gangarras do Bandeira, grupo de agricultores do agreste de Pernambuco, mais precisamente nos municípios de Santa Cruz do Capibaribe e Brejo da Madre de Deus.[9][10][11]

Melanésia

Duas garotas de Vanuatu, sendo uma delas loira.

Os cabelos louros surgiram também na Melanésia, independentemente da mutação genética que levou os europeus a terem cabelos louros.[12] Junto com os aborígenes da Austrália, os melanésios constituem um dos grupos que não possuem origem europeia mas têm cabelos louros. A origem dos cabelos louros dos melanésios foi traçada a uma mutação genética no gene TYRP1, única nesse grupo.

Nas Ilhas Salomão, a mutação em questão atinge a frequência de 26%.[13]

Ver também

Referências

  1. «O aspecto dos cabelos». www.tricologia.com.br. Consultado em 16 de dezembro de 2016 
  2. «Race». webspace.ship.edu. Consultado em 16 de dezembro de 2016 
  3. da Silva, Júlio. «A Civilização do Vale do Indo». Centro de Artes Orientais. Consultado em 16 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2007 
  4. Blond Hair Was A Way To Catch Scarce Males?, The Times, March 6, 2006 (em inglês).
  5. SNPA. «(Chapter XI, section 13) Eastern Barbary, Algeria and Tunisia» (em inglês). Consultado em 13 de março de 2013 
  6. Gray, John. (1977). The World of Hair, A Scientific Companion, Macmillan Press Limited
  7. Tamagnini Eusebio: "A Pigmentacao dos Portugueses". Coimbra: Universidade de Coimbra. Instituto de Antropologia Portuguesa, 1936. Contribuicoes para o Estudo da Antropologia Portuguesa. Vol. VI, no. 2, 1936 pp. 121–197.
  8. Mendes Correa: American Journal of Physical Anthropology, Vol 2, 1919.
  9. História de um povo em busca de suas raízes - Diário de Pernambuco
  10. Drama dos moradores do Bandeira é pano-de-fundo de documentário
  11. Falta de estudo aumenta estigma - Diário de Pernambuco, 7 de março de 2005
  12. Sindya N. Bhanoo (3 de maio de 2012). «Cabelos louros nas Ilhas Salomão». The New York Times. Consultado em 3 de maio de 2012 
  13. Kenny, Eimear E.; Timpson, Nicholas J. (2012). «Os cabelos louros melanésios são causados por uma mutação no gene TYRP1» (em inglês). 2012. Consultado em 24 de novembro de 2015 
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