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Gabriel Monteiro (político): diferenças entre revisões

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'''Gabriel Luiz Monteiro de Oliveira''' ([[Rio de Janeiro (município)|Rio de Janeiro]], [[4 de junho]] de [[1994]]) é um ex-policial militar, [[youtuber]], [[político]] e ex-membro do [[Movimento Brasil Livre]].<ref name="veja">{{citar web|url=https://vejario.abril.com.br/cidade/gabriel-monteiro-youtuber-bolsonarista-eleicoes/|título=Gabriel Monteiro: quem é o youtuber bolsonarista 3º colocado nas eleições|obra=Veja Rio|data=16 de novembro de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.boletimdaliberdade.com.br/2019/11/18/gabriel-monteiro-anuncia-saida-do-mbl-nova-diretriz-nao-agradou/|título=Gabriel Monteiro anuncia saída do MBL: nova diretriz não agradou|obra=Boletim da Liberdade|data=18 de novembro de 2019|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Em 2020, Monteiro foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, com mais de 60 mil votos. O conteúdo de seu canal no Youtube, no qual apresenta vídeos editados em que ele invade unidades de saúde estatais, acusa policiais de corrupção sem provas, gerou controvérsia.<ref name=":0">{{Citar web |ultimo=Fantti |primeiro=Bruna |url=https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2021/06/6176931-milicianos-diz-motorista-agredido-em-abordagem-de-gabriel-monteiro.html |titulo='Milicianos', diz motorista agredido em abordagem de Gabriel Monteiro {{!}} Rio de Janeiro |data=2021-06-27 |acessodata=2021-07-01 |website=O Dia |lingua=pt-BR}}</ref>
'''Gabriel Luiz Monteiro de Oliveira''' ([[Rio de Janeiro (município)|Rio de Janeiro]], [[4 de junho]] de [[1994]]) é um [[Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro|policial militar]], [[youtuber]], [[político]] e [[ativista]] brasileiro, ex-membro do [[Movimento Brasil Livre]].<ref name="veja">{{citar web|url=https://vejario.abril.com.br/cidade/gabriel-monteiro-youtuber-bolsonarista-eleicoes/|título=Gabriel Monteiro: quem é o youtuber bolsonarista 3º colocado nas eleições|obra=Veja Rio|data=16 de novembro de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.boletimdaliberdade.com.br/2019/11/18/gabriel-monteiro-anuncia-saida-do-mbl-nova-diretriz-nao-agradou/|título=Gabriel Monteiro anuncia saída do MBL: nova diretriz não agradou|obra=Boletim da Liberdade|data=18 de novembro de 2019|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Em 2020, Monteiro foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, com mais de 60 mil votos.


== Carreira na Polícia Militar ==
== Carreira na Polícia Militar ==
Ele fez o curso de formação de soldados no final de 2015,<ref name=diariodorio/> para entrar na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Como membro da instituição, Monteiro chamou atenção da mídia por acusações de corrupção (não comprovadas) que fez à corporação.<ref>{{citar web|url=https://extra.globo.com/noticias/brasil/eleicoes-2020/relembre-polemicas-de-gabriel-monteiro-terceiro-mais-votado-vereador-no-rio-24750436.html|título=Relembre polêmicas de Gabriel Monteiro, terceiro mais votado a vereador no Rio|obra=Extra Globo|data=16 de novembro de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Em março de 2020, ele se envolveu em uma polêmica após tratar o ex-comandante geral da Polícia Militar, Ibis Silva Pereira de "forma desrespeitosa", em pelo menos duas ocasiões", tendo filmado-o "sem autorização".<ref>{{citar web|url=https://www.osaogoncalo.com.br/seguranca-publica/79287/coronel-ibis-rebate-gabriel-monteiro-e-diz-que-o-youtuber-busca-holofotes-em-ano-eleitoral|título=Coronel Ibis rebate Gabriel Monteiro e diz que o youtuber busca holofotes em ano eleitoral|obra=O São Gonçalo|data=6 de março de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Segundo o processo do qual foi alvo, Gabriel teria se passado por estudante para conversar com o ex-comandante na [[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]] (Alerj), local onde o policial reformado trabalha. Ao atender o soldado, Ibis percebeu que Gabriel pretendia gravar um vídeo para o seu canal, onde ele questionou algumas ações do coronel.<ref name="IstoÉ">{{citar web|url=https://istoe.com.br/minha-vida-est%C3%A1-em-risco-diz-pm-que-perdeu-porte-de-arma-apos-polemica-com-ex-comandante-no-rj/|título=‘Minha vida está em risco’, diz PM que perdeu porte de arma após polêmica com ex-comandante no RJ|obra=[[IstoÉ]]|data=5 de março de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Consequentemente, ele teve o porte de armas suspenso e a identidade funcional da corporação. O ex-comandante classificou a atitude do soldado como uma transgressão "para fins de projeção pessoal" e o criticou por fazer uma acusação grave sem ter provas.<ref name=correio/>
Ele fez o curso de formação de soldados no final de 2015,<ref name=diariodorio/> para entrar na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Como membro da instituição, Monteiro chamou atenção da mídia pelas acusações de corrupção que fez à corporação.<ref>{{citar web|url=https://extra.globo.com/noticias/brasil/eleicoes-2020/relembre-polemicas-de-gabriel-monteiro-terceiro-mais-votado-vereador-no-rio-24750436.html|título=Relembre polêmicas de Gabriel Monteiro, terceiro mais votado a vereador no Rio|obra=Extra Globo|data=16 de novembro de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Em março de 2020, ele se envolveu em uma polêmica após tratar o ex-comandante geral da Polícia Militar, Ibis Silva Pereira de forma desrespeitosa, em pelo menos duas ocasiões", tendo filmado-o "sem autorização".<ref>{{citar web|url=https://www.osaogoncalo.com.br/seguranca-publica/79287/coronel-ibis-rebate-gabriel-monteiro-e-diz-que-o-youtuber-busca-holofotes-em-ano-eleitoral|título=Coronel Ibis rebate Gabriel Monteiro e diz que o youtuber busca holofotes em ano eleitoral|obra=O São Gonçalo|data=6 de março de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Segundo o processo do qual foi alvo, Gabriel teria se passado por estudante para conversar com o ex-comandante na [[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]] (Alerj), local onde o policial reformado trabalha. Ao atender o soldado, Ibis percebeu que Gabriel pretendia gravar um vídeo para o seu canal, onde ele questionou algumas ações do coronel.<ref name="IstoÉ">{{citar web|url=https://istoe.com.br/minha-vida-est%C3%A1-em-risco-diz-pm-que-perdeu-porte-de-arma-apos-polemica-com-ex-comandante-no-rj/|título=‘Minha vida está em risco’, diz PM que perdeu porte de arma após polêmica com ex-comandante no RJ|obra=[[IstoÉ]]|data=5 de março de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Consequentemente, ele teve o porte de armas suspenso e a identidade funcional da corporação. Em seu perfil no Instagram, Monteiro lamentou a punição e afirmou que o principal motivo para a possível expulsão seria o vídeo em que denuncia o envolvimento do coronel Íbis com traficantes do [[Comando Vermelho]], no [[Complexo da Maré]], Zona Norte do Rio.<ref>{{citar web|url=https://epoca.globo.com/rio/pm-youtuber-bolsonarista-perde-posse-de-arma-pode-ser-expulso-da-corporacao-24288421|título=PM E YOUTUBER BOLSONARISTA PERDE POSSE DE ARMA E PODE SER EXPULSO DA CORPORAÇÃO|último1=Virou|primeiro1=Filipe|último2=Zuazo|primeiro2=Pedro|publicado=[[Época (revista)|Época]]|data=5 de março de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref><ref name="IstoÉ"/> O ex-comandante classificou a atitude do soldado como uma transgressão "para fins de projeção pessoal" e o criticou por fazer uma acusação grave sem ter provas.<ref name=correio/>


No dia 4 de agosto de 2020, Monteiro foi expulso da Polícia Militar sobre acusações de [[deserção]], como é previsto no artigo 187 do [[Direito penal militar|código penal militar]], após não ter comparecido ao trabalho por mais de oito dias. Gabriel era lotado no 34º BPM (Bangu) e faltou o serviço para o qual foi escalado em 22 de julho e ficou até o dia 31 sem dar qualquer satisfação.<ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/rio/youtuber-gabriel-monteiro-expulso-da-pm-do-rio-por-desercao-24568166|título=Youtuber Gabriel Monteiro é expulso da PM do Rio por deserção|último1=Heringer|primeiro1=Carolina|último2=Soares|primeiro2=Rafael|publicado=Extra Globo|data=4 de agosto de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> No entanto, ele foi reintegrado sobre alegação que estava afastado por atestado assinado pela própria PM, mas o batalhão diz que ele nunca apresentou o documento.<ref name=correio>{{citar web|url=https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2020/08/05/interna-brasil,878578/youtuber-gabriel-monteiro-expulso-da-policia-militar-do-rio-de-janeiro.shtml|título=Youtuber Gabriel Monteiro é expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro|obra=[[Correio Braziliense]]|data=5 de agosto de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> No dia 14 de agosto de 2020, Monteiro anunciou nas redes sociais seu desligamento da Polícia Militar para poder seguir com a carreira política.<ref name=odia>{{citar web|url=https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2020/08/5970913-apos-ser-reintegrado-a-pm--gabriel-monteiro-se-despede-da-corporacao.html|título=Após ser reintegrado à PM, Gabriel Monteiro se despede da corporação|obra=[[O Dia]]|data=14 de agosto de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref>
No dia 4 de agosto de 2020, Monteiro foi expulso da Polícia Militar sobre acusações de [[deserção]], como é previsto no artigo 187 do [[Direito penal militar|código penal militar]], após não ter comparecido ao trabalho por mais de oito dias. Gabriel era lotado no 34º BPM (Bangu) e faltou o serviço para o qual foi escalado em 22 de julho e ficou até o dia 31 sem dar qualquer satisfação.<ref>{{citar web|url=https://oglobo.globo.com/rio/youtuber-gabriel-monteiro-expulso-da-pm-do-rio-por-desercao-24568166|título=Youtuber Gabriel Monteiro é expulso da PM do Rio por deserção|último1=Heringer|primeiro1=Carolina|último2=Soares|primeiro2=Rafael|publicado=Extra Globo|data=4 de agosto de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> No entanto, ele foi reintegrado sobre alegação que estava afastado por atestado assinado pela própria PM, mas o batalhão diz que ele nunca apresentou o documento.<ref name=correio>{{citar web|url=https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2020/08/05/interna-brasil,878578/youtuber-gabriel-monteiro-expulso-da-policia-militar-do-rio-de-janeiro.shtml|título=Youtuber Gabriel Monteiro é expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro|obra=[[Correio Braziliense]]|data=5 de agosto de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> No dia 14 de agosto de 2020, Monteiro anunciou nas redes sociais seu desligamento da Polícia Militar para poder seguir com a carreira política.<ref name=odia>{{citar web|url=https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2020/08/5970913-apos-ser-reintegrado-a-pm--gabriel-monteiro-se-despede-da-corporacao.html|título=Após ser reintegrado à PM, Gabriel Monteiro se despede da corporação|obra=[[O Dia]]|data=14 de agosto de 2020|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref>


== No YouTube ==
== No YouTube ==
Monteiro começou a postar vídeos no [[YouTube]] em 2018, abordando temas variados, em grande parte de política, anti-corrupção e anti-criminalidade. Em 2019, ele foi acusado de agressão após ter publicado um vídeo nas redes sociais que mostra ele desferindo um soco em um estudante após uma discussão, logo depois do velório da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, no entorno do cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio de Janeiro.<ref name=R7>{{citar web|url=https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/pm-agride-jovem-apos-velorio-de-agatha-mas-alega-legitima-defesa-03102019|título=PM agride jovem após velório de Ágatha, mas alega 'legítima defesa'|obra=[[R7]]|data=23 de setembro de 2019|acessodata=13 de fevereiro de 2021}}</ref> O PM fazia uma transmissão ao vivo em uma rede social em que falava sobre o trabalho diário da polícia militar nas comunidades, quando um rapaz o questionou sobre as mortes de inocentes durante as operações policiais contra o tráfico de drogas. No vídeo — gravado por um amigo do policial — o jovem, em tom exaltado, pergunta: "Quer falar de melhorias dentro de favela? Apreende 400 fuzis e mata mil pessoas? Mata uma criança de 8 anos?" O policial pede para o manifestante se acalmar várias vezes, mas ele continua gritando.<ref name=R7/> No entanto, ele dá um soco no rapaz e, em seguida, sai de carro do local.<ref>{{citar web|url=https://veja.abril.com.br/brasil/caso-agatha-quem-e-o-pm-que-agrediu-jovem-durante-enterro/|título=Caso Ágatha: Quem é o PM que agrediu jovem durante enterro|último=Romano|primeiro=Giovanna|publicado=[[Veja]]|data=23 de setembro de 2019|acessodata=13 de fevereiro de 2021}}</ref> Em uma página nas redes sociais, Gabriel Monteiro afirmou que não foi ao enterro ou velório da Ágatha. Ele disse ainda que, mesmo sendo agredido verbalmente, tentou acabar com a discussão e que não se aproximou mais do rapaz. "Se eu quisesse espancá-lo, no momento em que ele foi ao solo, teria chutado, contudo nem cheguei perto", escreveu ele. Ao publicar o vídeo completo da discussão em seu canal no YouTube, ele colocou como título: "Reagi, tive que usar legítima defesa". Ele afirmou ainda em outra publicação que teve o carro apedrejado.<ref name=R7/>
Em seu canal no [[YouTube]], Monteiro ganhou popularidade com vídeos em que procura ridicularizar defensores de bandeiras como o feminismo, o antifascismo e a descriminalização do aborto e das drogas. Também são constantes os ataques a indivíduos ligados a partidos de esquerda, muitas vezes filmadas sem autorização por ele e sua equipe.<ref>{{Citar web |url=https://blogs.oglobo.globo.com/sonar-a-escuta-das-redes/post/expulso-da-pm-youtuber-gabriel-monteiro-pode-ser-impedido-de-disputar-eleicoes-de-2020.html |titulo=Expulso da PM, youtuber Gabriel Monteiro pode ser impedido de disputar eleições de 2020 |acessodata=2021-07-01 |website=Sonar - A Escuta das Redes - O Globo |lingua=pt-br}}</ref>

No dia 17 de janeiro de 2020, ele chamou antenção da mídia mais uma vez quando postou um vídeo no YouTube em um formato muito conhecido atualmente, "Change my Mind" ("Mude a Minha Mente"), intitulado "Feminismo não é bom para as mulheres. Convença-me do contrário!", onde coloca uma mesa na calçada de uma rua movimentada e convida as pessoas a falarem sobre determinado assunto com ele, apresentando um contraponto à opinião dele, que no caso, se coloca contra o [[feminismo]].<ref name=guiame>{{citar web|url=https://m.guiame.com.br/gospel/videos/feminista-chora-ao-reconhecer-que-aborto-e-desumano.html|título=Feminista chora ao reconhecer que aborto "não é algo bom"|publicado=Guiame|data=20 de janeiro de 2020|acessodata=13 de fevereiro de 2021}}</ref> Em determinado ponto do vídeo, ele convence uma jovem feminista que chora, argumentando que o aborto é algo negativo à sociedade.<ref name=guiame/>


== Carreira na política ==
== Carreira na política ==
Nas eleições de 2020, Gabriel Monteiro filiou-se ao [[Partido Social Democrático (2011)|Partido Social Democrático]] (PSD) e se candidatou ao cargo de vereador para a cidade do Rio de Janeiro,<ref name=odia/> sendo o terceiro mais votado, com um total de 60 326 votos,<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes/2020/apuracao/1turno/rj/rio-de-janeiro/60011.shtml#|título=Rio de Janeiro - RJ|obra=[[Folha de São Paulo]]|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> à frente do experiente [[Cesar Maia]] ([[Democratas (Brasil)|DEM]]), pai do ex-presidente da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]], [[Rodrigo Maia]].<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2020/noticia/2020/11/16/veja-os-vereadores-eleitos-na-cidade-do-rio.ghtml|título=Veja os vereadores eleitos na cidade do Rio|obra=[[G1]]|data=16 de novembro de 2020|acessodata=13 de fevereiro de 2021}}</ref> Porém, antes de ser eleito, a sua campanha para vereador foi marcada por uma denúncia de uso de policiais militares trabalhando como seus seguranças. Ele foi flagrado em Campo Grande, na zona oeste do Rio, cercado por seguranças armados que usavam distintivos.<ref name=UOL>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/01/05/vereador-do-rio-diz-ter-sido-alvo-de-ataque-e-relata-carro-danificado.htm|título=Vereador do Rio diz ter sido alvo de ataque, mas blindagem evitou feridos|último=Campbell|primeiro=Tatiana|publicado=[[UOL]]|data=5 de janeiro de 2021|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Segundo o político, os agentes, que estavam sem farda, não trabalhavam naquele momento para a Polícia Militar. Na época, Monteiro disse que possuía um documento da PM que comprovava o direito de ter escolta policial. Apesar disso, a corporação informou que esse documento garantia a ele apenas uma escolta restrita ao domicílio eleitoral dele, em Copacabana, por uma viatura oficial e por agentes fardados.<ref name=UOL/>
Nas eleições de 2020, Gabriel Monteiro filiou-se ao [[Partido Social Democrático (2011)|Partido Social Democrático]] (PSD) e se candidatou ao cargo de vereador para a cidade do Rio de Janeiro,<ref name=odia/> sendo o terceiro mais votado, com um total de 60 326 votos,<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/eleicoes/2020/apuracao/1turno/rj/rio-de-janeiro/60011.shtml#|título=Rio de Janeiro - RJ|obra=[[Folha de São Paulo]]|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> à frente do experiente [[Cesar Maia]] ([[Democratas (Brasil)|DEM]]), pai do ex-presidente da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]], [[Rodrigo Maia]].<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2020/noticia/2020/11/16/veja-os-vereadores-eleitos-na-cidade-do-rio.ghtml|título=Veja os vereadores eleitos na cidade do Rio|obra=[[G1]]|data=16 de novembro de 2020|acessodata=13 de fevereiro de 2021}}</ref> Porém, antes de ser eleito, a sua campanha para vereador foi marcada por uma denúncia de uso de policiais militares trabalhando como seus seguranças. Ele foi flagrado em Campo Grande, na zona oeste do Rio, cercado por seguranças armados que usavam distintivos.<ref name=UOL>{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/01/05/vereador-do-rio-diz-ter-sido-alvo-de-ataque-e-relata-carro-danificado.htm|título=Vereador do Rio diz ter sido alvo de ataque, mas blindagem evitou feridos|último=Campbell|primeiro=Tatiana|publicado=[[UOL]]|data=5 de janeiro de 2021|acessodata=12 de fevereiro de 2021}}</ref> Segundo o político, os agentes, que estavam sem farda, não trabalhavam naquele momento para a Polícia Militar. Na época, Monteiro disse que possuía um documento da PM que comprovava o direito de ter escolta policial. Apesar disso, a corporação informou que esse documento garantia a ele apenas uma escolta restrita ao domicílio eleitoral dele, em Copacabana, por uma viatura oficial e por agentes fardados.<ref name=UOL/>


No dia 5 de janeiro de 2021, em uma publicação nas redes sociais, Monteiro alegou ter sido alvo de um ataque durante uma atividade parlamentar realizada na região da Gamboa, no centro do Rio de Janeiro.<ref name=Gazeta>{{citar web|url=https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/breves/vereador-gabriel-monteiro-afirma-ter-sido-alvo-de-ataque-durante-atividade-parlamentar/|título=Vereador Gabriel Monteiro afirma ter sido alvo de ataque durante atividade parlamentar|obra=[[Gazeta do Povo]]|data=6 de janeiro de 2021|acessodata=15 de fevereiro de 2021}}</ref><ref name=odia2>{{citar web|url=https://odia.ig.com.br/colunas/fabia-oliveira/2021/01/6058741-youtuber-e-vereador-gabriel-monteiro-sofre-um-ataque.html|título=Youtuber e vereador Gabriel Monteiro sofre um ataque|obra=O Dia|data=5 de janeiro de 2021|acessodata=15 de fevereiro de 2021}}</ref> A Polícia Civil do estado confirmou o registro do Boletim de Ocorrência na unidade, porém, sem confirmar a veracidade do relato de Monteiro.<ref>{{Citar web |url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2021/01/05/vereador-do-rio-diz-ter-sido-alvo-de-ataque-e-relata-carro-danificado.htm |titulo=Vereador do Rio diz ter sido alvo de ataque, mas blindagem evitou feridos [05/01/2021] |acessodata=2021-07-01 |website=noticias.uol.com.br |lingua=pt-br}}</ref>
No dia 5 de janeiro de 2021, em uma publicação nas redes sociais, Monteiro afirmou ter sido alvo de um ataque durante uma atividade parlamentar realizada na região da Gamboa, no centro do Rio de Janeiro.<ref name=Gazeta>{{citar web|url=https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/breves/vereador-gabriel-monteiro-afirma-ter-sido-alvo-de-ataque-durante-atividade-parlamentar/|título=Vereador Gabriel Monteiro afirma ter sido alvo de ataque durante atividade parlamentar|obra=[[Gazeta do Povo]]|data=6 de janeiro de 2021|acessodata=15 de fevereiro de 2021}}</ref><ref name=odia2>{{citar web|url=https://odia.ig.com.br/colunas/fabia-oliveira/2021/01/6058741-youtuber-e-vereador-gabriel-monteiro-sofre-um-ataque.html|título=Youtuber e vereador Gabriel Monteiro sofre um ataque|obra=O Dia|data=5 de janeiro de 2021|acessodata=15 de fevereiro de 2021}}</ref> Além de Monteiro, o seu chefe de gabinete, um fotógrafo e seguranças estavam no carro em que foram atacados e, o veículo, teria sido atingido supostamente por um projétil de arma de fogo.<ref name=Gazeta/> Ele declarou no ''twitter'': "Acabo de ser atacado durante atividade parlamentar, por Deus, o carro é blindado. Marginais não me intimidarão e os moradores de todas as regiões do Rio de Janeiro, desde que comecei no dia 1º, na posse, com um trabalho fiscalizador, clamam por mudanças. Neguei o recesso e estou trabalhando. Orem por mim".<ref name=odia2/>


=== Acusações de abuso de autoridade ===
=== Acusações de abuso de autoridade ===
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) ingressou com uma representação no [[Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro|Ministério Público]] do Rio contra Monteiro por suspeita de abuso de autoridade.<ref name="Brasil247">{{citar web|url=https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/cremerj-denuncia-vereador-youtuber-por-ameacar-e-prender-medica-em-upa|título=Cremerj denuncia 'vereador youtuber' por ameaçar e prender médica em UPA|obra=Brasil 247|data=4 de abril de 2021|acessodata=4 de abril de 2021}}</ref> O vereador tem exposto em suas redes sociais e no YouTube vídeos em que aparece ameaçando médicos e dando "voz de prisão" a uma médica.<ref name="OGlobo">{{citar web|url=https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/conselho-de-medicina-do-rio-denuncia-vereador-youtuber-por-prender-medica-em-upa.html|título=Conselho de Medicina do Rio denuncia 'vereador youtuber' por prender médica em UPA|último=Neto|primeiro=Nelson Lima|publicado=[[O Globo]]|data=4 de abril de 2021|acessodata=4 de abril de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210404163914/https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/conselho-de-medicina-do-rio-denuncia-vereador-youtuber-por-prender-medica-em-upa.html|arquivodata=4 de abril de 2021}}</ref> Em um vídeo postado no dia 31 de março de 2021, ele acionou a polícia para "denunciar" uma médica que supostamente teria negado atendimento a pacientes.<ref name="Brasil247"/> Na ação que corre no TJ do Rio, o Cremerj pede indenização solidária de quinhentos mil reais por dano moral coletivo contra a categoria. Já na denúncia ao Ministério Público, Monteiro pode ser investigado por abuso de autoridade — ao decretar a prisão de alguém sem base legal — e infração de medida sanitária preventiva.<ref name="OGlobo"/> Para o ''[[G1]]'', o conselho classificou a conduta de Monteiro como "inadequada" e um "abuso de autoridade".<ref name="G1">{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/05/cremerj-denuncia-vereador-gabriel-monteiro-por-abuso-de-autoridade-apos-prisao-de-medica-em-unidade-de-saude-do-rio.ghtml|título=Cremerj denuncia vereador Gabriel Monteiro por abuso de autoridade após prisão de médica em unidade de saúde do Rio|obra=[[G1]]|data=5 de abril de 2021|acessodata=5 de abril de 2021}}</ref>
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) ingressou com uma representação no [[Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro|Ministério Público]] do Rio contra Monteiro por suspeita de abuso de autoridade.<ref name="Brasil247">{{citar web|url=https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/cremerj-denuncia-vereador-youtuber-por-ameacar-e-prender-medica-em-upa|título=Cremerj denuncia 'vereador youtuber' por ameaçar e prender médica em UPA|obra=Brasil 247|data=4 de abril de 2021|acessodata=4 de abril de 2021}}</ref> O vereador tem exposto em suas redes sociais e no YouTube vídeos em que aparece ameaçando médicos e dando "voz de prisão" a profissionais.<ref name="OGlobo">{{citar web|url=https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/conselho-de-medicina-do-rio-denuncia-vereador-youtuber-por-prender-medica-em-upa.html|título=Conselho de Medicina do Rio denuncia 'vereador youtuber' por prender médica em UPA|último=Neto|primeiro=Nelson Lima|publicado=[[O Globo]]|data=4 de abril de 2021|acessodata=4 de abril de 2021|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210404163914/https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/conselho-de-medicina-do-rio-denuncia-vereador-youtuber-por-prender-medica-em-upa.html|arquivodata=4 de abril de 2021}}</ref> Em um vídeo postado no dia 31 de março de 2021, ele acionou a polícia para "denunciar" uma médica que supostamente teria negado atendimento a pacientes.<ref name="Brasil247"/> Na ação que corre no TJ do Rio, o Cremerj pede indenização solidária de quinhentos mil reais por dano moral coletivo contra a categoria. Já na denúncia ao Ministério Público, Monteiro pode ser investigado por abuso de autoridade — ao decretar a prisão de alguém sem base legal — e infração de medida sanitária preventiva.<ref name="OGlobo"/> Para o ''[[G1]]'', o conselho declarou: "Em relação ao vereador, o Conselho esclarece que a atitude tomada se deve a abordagem inadequada do próprio, caracterizando abuso de autoridade. O Conselho repudia qualquer tipo de desvio de trabalho do médico, caso ocorra, e reitera que qualquer denúncia será apurada com zelo, seguindo os ritos necessários”.<ref name="G1">{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/05/cremerj-denuncia-vereador-gabriel-monteiro-por-abuso-de-autoridade-apos-prisao-de-medica-em-unidade-de-saude-do-rio.ghtml|título=Cremerj denuncia vereador Gabriel Monteiro por abuso de autoridade após prisão de médica em unidade de saúde do Rio|obra=[[G1]]|data=5 de abril de 2021|acessodata=5 de abril de 2021}}</ref> Em suas redes sociais, o parlamentar se posicionou contra a acusação: "Posso ser preso, perder meu mandato, e ficar inelegível, por fiscalizar a máfia da saúde."<ref>{{citar web|url=https://www.osaogoncalo.com.br/politica/105717/cremerj-denuncia-vereador-por-dar-voz-de-prisao-a-medica|título=Cremerj denuncia vereador por dar voz de prisão a médica|obra=O São Gonçalo|data=4 de abril de 2021|acessodata=5 de abril de 2021}}</ref> Em outra publicação ele disse: “Eu super respeito quem não é adepto ao meu trabalho, minhas crenças, meus sonhos. Mas ser a favor da minha prisão por eu flagrar médicos cometendo crimes contra os mais pobres, não é certo! Enquanto eu tiver livre irei lutar contra a máfia da saúde, não sei até quando!”.<ref name="G1"/>


=== Suspeita de fiscalizações sem autorização ===
=== Suspeita de fiscalizações sem autorização ===
O vereador também está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio por realizar fiscalizações em unidades de saúde sem autorização da Prefeitura ou do Governo do estado e divulgou em redes sociais.<ref name="OSG>{{citar web|url=https://www.osaogoncalo.com.br/politica/106626/vereador-gabriel-monteiro-e-investigado-pela-camara|título=Vereador Gabriel Monteiro é investigado pela Câmara|obra=O São Gonçalo|data=25 de abril de 2021|acessodata=26 de abril de 2021}}</ref> O inquérito vai analisar se o político e sua equipe desrespeitaram os menores e os funcionários ao perturbar o descanso noturno das unidades de acolhimento, e se os expuseram ao risco de contágio de [[COVID-19]].<ref name="Extra">{{citar web|url=https://m.extra.globo.com/noticias/rio/mprj-investiga-se-vereador-gabriel-monteiro-violou-direitos-ao-fiscalizar-abrigos-da-prefeitura-24988455.html|título=MPRJ investiga se vereador Gabriel Monteiro violou direitos ao fiscalizar abrigos da prefeitura|último=Zuazo|primeiro=Pedro|publicado=[[Extra (jornal)|Extra]]|data=26 de abril de 2021|acessodata=26 de abril de 2021}}</ref> Uma das ações, em março de 2021, Monteiro invadiu, sem autorização, um abrigo de menores acompanhado de muitos assessores e seguranças causando uma aglomeração no local.<ref name="OSG /> Monteiro é alvo de 4 representações na câmara dos vereadores, a totalidade delas acusa o vereador de invadir abrigos e unidades de saúde sem autorização, violando normas sanitárias e adentrando durante o período noturno.<ref name=":1" /> Monteiro alegou que "...foi eleito para fiscalizar, para estar na rua."<ref name=":1">{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/23/camara-investiga-vereador-gabriel-monteiro-por-fiscalizacoes-em-unidades-de-saude-sem-autorizacao.ghtml|título=Vereador Gabriel Monteiro é investigado pela Câmara por fiscalizar unidades de saúde sem autorização|último1=Sponchiado|primeiro1=Bruno|último2=Schiavinato|primeiro2=Guilherme|último3=Boisson|primeiro3=Guilherme|último4=Figueiredo|primeiro4=Pedro|publicado=[[G1]]|data=23 de abril de 2021|acessodata=26 de abril de 2021}}</ref>
O vereador também está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio por realizar fiscalizações em unidades de saúde sem autorização da Prefeitura ou do Governo do estado e divulgou em redes sociais.<ref name="OSG>{{citar web|url=https://www.osaogoncalo.com.br/politica/106626/vereador-gabriel-monteiro-e-investigado-pela-camara|título=Vereador Gabriel Monteiro é investigado pela Câmara|obra=O São Gonçalo|data=25 de abril de 2021|acessodata=26 de abril de 2021}}</ref> O inquérito vai analisar se o político e sua equipe desrespeitaram os menores e os funcionários ao perturbar o descanso noturno das unidades de acolhimento, e se os expuseram ao risco de contágio pelo novo [[COVID-19|coronavírus]].<ref name="Extra">{{citar web|url=https://m.extra.globo.com/noticias/rio/mprj-investiga-se-vereador-gabriel-monteiro-violou-direitos-ao-fiscalizar-abrigos-da-prefeitura-24988455.html|título=MPRJ investiga se vereador Gabriel Monteiro violou direitos ao fiscalizar abrigos da prefeitura|último=Zuazo|primeiro=Pedro|publicado=[[Extra (jornal)|Extra]]|data=26 de abril de 2021|acessodata=26 de abril de 2021}}</ref> Uma das ações mais famosas foi em março de 2021, quando ele adentrou em um abrigo de menores acompanhado de muitos assessores e seguranças causando uma aglomeração no local.<ref name="OSG /> Por outro lado, o vereador alega que recebeu denúncias sobre as condições de funcionamento das unidades fiscalizadas, e afirma que a Lei Orgânica do Município, artigo 47, autoriza sua entrada nas unidades. <ref name="Extra" /> Ele também disse que foi autorizado por uma das unidades de saúde onde esteve e que estava com a roupa do hospital. Segundo ele, várias unidades tinham suspeitas de médicos fantasmas. Sobre os abrigos, ele disse que encontrou falta de alimentos e "flagrou um ovo vencido."<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/23/camara-investiga-vereador-gabriel-monteiro-por-fiscalizacoes-em-unidades-de-saude-sem-autorizacao.ghtml|título=Vereador Gabriel Monteiro é investigado pela Câmara por fiscalizar unidades de saúde sem autorização|último1=Sponchiado|primeiro1=Bruno|último2=Schiavinato|primeiro2=Guilherme|último3=Boisson|primeiro3=Guilherme|último4=Figueiredo|primeiro4=Pedro|publicado=[[G1]]|data=23 de abril de 2021|acessodata=26 de abril de 2021}}</ref>

=== Acusações de agressão ===
Em 2019, ele agrediu um estudante logo depois do velório da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, no entorno do cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio de Janeiro.<ref name="R7">{{citar web |url=https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/pm-agride-jovem-apos-velorio-de-agatha-mas-alega-legitima-defesa-03102019 |título=PM agride jovem após velório de Ágatha, mas alega 'legítima defesa' |data=23 de setembro de 2019 |acessodata=13 de fevereiro de 2021 |obra=[[R7]]}}</ref> Após o incidente, que foi divulgado por ele em seu canal no Youtube, Gabriel alegou "legítima defesa".<ref name="R7" /> Em junho de 2020, Monteiro, sem mandado judicial, agrediu e prendeu um motorista de caminhão que ele acusou falsamente de trabalhar para contravenção, Monteiro acusou o motorista de transportar máquinas caça-níqueis, mas depois de arrombar o cadeado descobriu que na verdade ele transportava apenas mesas de madeiras. Uma câmera de vigilância mostrou o motorista sendo agredido por homens que seriam seguranças do vereador. Um laudo do IML confirmou as agressões.<ref>{{Citar web |ultimo=Cavalcante |primeiro=Bruna Fantti e Aline |url=https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2021/06/6177705-camara-ira-apurar-conduta-de-gabriel-monteiro.html |titulo=Câmara irá apurar conduta de Gabriel Monteiro {{!}} Rio de Janeiro |data=2021-06-29 |acessodata=2021-07-01 |website=O Dia |lingua=pt-BR}}</ref><ref name=":0" />


== Vida pessoal ==
== Vida pessoal ==

Revisão das 22h03min de 1 de julho de 2021

Gabriel Monteiro
Gabriel Monteiro (político)
Nome completo Gabriel Luiz Monteiro de Oliveira[1]
Nascimento 4 de junho de 1994 (30 anos)
Rio de Janeiro, RJ[1]
Nacionalidade brasileiro
Ocupação
Carreira no YouTube
Servidor(es) YouTube
Período de atividade 2018–presente
Inscritos + 3,62 milhões
Visualizações + 408,9 milhões
Gabriel Monteiro
Vereador do Rio de Janeiro
Período 1º de janeiro de 2021
até atualidade
Dados pessoais
Nome completo Gabriel Luiz Monteiro de Oliveira
Nascimento 4 de junho de 1994 (30 anos)
Rio de Janeiro, RJ
 Brasil
Partido PSD (2020–presente)
Religião Evangélico
Profissão Youtuber, Político

Gabriel Luiz Monteiro de Oliveira (Rio de Janeiro, 4 de junho de 1994) é um policial militar, youtuber, político e ativista brasileiro, ex-membro do Movimento Brasil Livre.[2][3] Em 2020, Monteiro foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, com mais de 60 mil votos.

Carreira na Polícia Militar

Ele fez o curso de formação de soldados no final de 2015,[1] para entrar na Polícia Militar do Rio de Janeiro. Como membro da instituição, Monteiro chamou atenção da mídia pelas acusações de corrupção que fez à corporação.[4] Em março de 2020, ele se envolveu em uma polêmica após tratar o ex-comandante geral da Polícia Militar, Ibis Silva Pereira de forma desrespeitosa, em pelo menos duas ocasiões", tendo filmado-o "sem autorização".[5] Segundo o processo do qual foi alvo, Gabriel teria se passado por estudante para conversar com o ex-comandante na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), local onde o policial reformado trabalha. Ao atender o soldado, Ibis percebeu que Gabriel pretendia gravar um vídeo para o seu canal, onde ele questionou algumas ações do coronel.[6] Consequentemente, ele teve o porte de armas suspenso e a identidade funcional da corporação. Em seu perfil no Instagram, Monteiro lamentou a punição e afirmou que o principal motivo para a possível expulsão seria o vídeo em que denuncia o envolvimento do coronel Íbis com traficantes do Comando Vermelho, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio.[7][6] O ex-comandante classificou a atitude do soldado como uma transgressão "para fins de projeção pessoal" e o criticou por fazer uma acusação grave sem ter provas.[8]

No dia 4 de agosto de 2020, Monteiro foi expulso da Polícia Militar sobre acusações de deserção, como é previsto no artigo 187 do código penal militar, após não ter comparecido ao trabalho por mais de oito dias. Gabriel era lotado no 34º BPM (Bangu) e faltou o serviço para o qual foi escalado em 22 de julho e ficou até o dia 31 sem dar qualquer satisfação.[9] No entanto, ele foi reintegrado sobre alegação que estava afastado por atestado assinado pela própria PM, mas o batalhão diz que ele nunca apresentou o documento.[8] No dia 14 de agosto de 2020, Monteiro anunciou nas redes sociais seu desligamento da Polícia Militar para poder seguir com a carreira política.[10]

No YouTube

Monteiro começou a postar vídeos no YouTube em 2018, abordando temas variados, em grande parte de política, anti-corrupção e anti-criminalidade. Em 2019, ele foi acusado de agressão após ter publicado um vídeo nas redes sociais que mostra ele desferindo um soco em um estudante após uma discussão, logo depois do velório da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, no entorno do cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio de Janeiro.[11] O PM fazia uma transmissão ao vivo em uma rede social em que falava sobre o trabalho diário da polícia militar nas comunidades, quando um rapaz o questionou sobre as mortes de inocentes durante as operações policiais contra o tráfico de drogas. No vídeo — gravado por um amigo do policial — o jovem, em tom exaltado, pergunta: "Quer falar de melhorias dentro de favela? Apreende 400 fuzis e mata mil pessoas? Mata uma criança de 8 anos?" O policial pede para o manifestante se acalmar várias vezes, mas ele continua gritando.[11] No entanto, ele dá um soco no rapaz e, em seguida, sai de carro do local.[12] Em uma página nas redes sociais, Gabriel Monteiro afirmou que não foi ao enterro ou velório da Ágatha. Ele disse ainda que, mesmo sendo agredido verbalmente, tentou acabar com a discussão e que não se aproximou mais do rapaz. "Se eu quisesse espancá-lo, no momento em que ele foi ao solo, teria chutado, contudo nem cheguei perto", escreveu ele. Ao publicar o vídeo completo da discussão em seu canal no YouTube, ele colocou como título: "Reagi, tive que usar legítima defesa". Ele afirmou ainda em outra publicação que teve o carro apedrejado.[11]

No dia 17 de janeiro de 2020, ele chamou antenção da mídia mais uma vez quando postou um vídeo no YouTube em um formato muito conhecido atualmente, "Change my Mind" ("Mude a Minha Mente"), intitulado "Feminismo não é bom para as mulheres. Convença-me do contrário!", onde coloca uma mesa na calçada de uma rua movimentada e convida as pessoas a falarem sobre determinado assunto com ele, apresentando um contraponto à opinião dele, que no caso, se coloca contra o feminismo.[13] Em determinado ponto do vídeo, ele convence uma jovem feminista que chora, argumentando que o aborto é algo negativo à sociedade.[13]

Carreira na política

Nas eleições de 2020, Gabriel Monteiro filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD) e se candidatou ao cargo de vereador para a cidade do Rio de Janeiro,[10] sendo o terceiro mais votado, com um total de 60 326 votos,[14] à frente do experiente Cesar Maia (DEM), pai do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.[15] Porém, antes de ser eleito, a sua campanha para vereador foi marcada por uma denúncia de uso de policiais militares trabalhando como seus seguranças. Ele foi flagrado em Campo Grande, na zona oeste do Rio, cercado por seguranças armados que usavam distintivos.[16] Segundo o político, os agentes, que estavam sem farda, não trabalhavam naquele momento para a Polícia Militar. Na época, Monteiro disse que possuía um documento da PM que comprovava o direito de ter escolta policial. Apesar disso, a corporação informou que esse documento garantia a ele apenas uma escolta restrita ao domicílio eleitoral dele, em Copacabana, por uma viatura oficial e por agentes fardados.[16]

No dia 5 de janeiro de 2021, em uma publicação nas redes sociais, Monteiro afirmou ter sido alvo de um ataque durante uma atividade parlamentar realizada na região da Gamboa, no centro do Rio de Janeiro.[17][18] Além de Monteiro, o seu chefe de gabinete, um fotógrafo e seguranças estavam no carro em que foram atacados e, o veículo, teria sido atingido supostamente por um projétil de arma de fogo.[17] Ele declarou no twitter: "Acabo de ser atacado durante atividade parlamentar, por Deus, o carro é blindado. Marginais não me intimidarão e os moradores de todas as regiões do Rio de Janeiro, desde que comecei no dia 1º, na posse, com um trabalho fiscalizador, clamam por mudanças. Neguei o recesso e estou trabalhando. Orem por mim".[18]

Acusações de abuso de autoridade

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) ingressou com uma representação no Ministério Público do Rio contra Monteiro por suspeita de abuso de autoridade.[19] O vereador tem exposto em suas redes sociais e no YouTube vídeos em que aparece ameaçando médicos e dando "voz de prisão" a profissionais.[20] Em um vídeo postado no dia 31 de março de 2021, ele acionou a polícia para "denunciar" uma médica que supostamente teria negado atendimento a pacientes.[19] Na ação que corre no TJ do Rio, o Cremerj pede indenização solidária de quinhentos mil reais por dano moral coletivo contra a categoria. Já na denúncia ao Ministério Público, Monteiro pode ser investigado por abuso de autoridade — ao decretar a prisão de alguém sem base legal — e infração de medida sanitária preventiva.[20] Para o G1, o conselho declarou: "Em relação ao vereador, o Conselho esclarece que a atitude tomada se deve a abordagem inadequada do próprio, caracterizando abuso de autoridade. O Conselho repudia qualquer tipo de desvio de trabalho do médico, caso ocorra, e reitera que qualquer denúncia será apurada com zelo, seguindo os ritos necessários”.[21] Em suas redes sociais, o parlamentar se posicionou contra a acusação: "Posso ser preso, perder meu mandato, e ficar inelegível, por fiscalizar a máfia da saúde."[22] Em outra publicação ele disse: “Eu super respeito quem não é adepto ao meu trabalho, minhas crenças, meus sonhos. Mas ser a favor da minha prisão por eu flagrar médicos cometendo crimes contra os mais pobres, não é certo! Enquanto eu tiver livre irei lutar contra a máfia da saúde, não sei até quando!”.[21]

Suspeita de fiscalizações sem autorização

O vereador também está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio por realizar fiscalizações em unidades de saúde sem autorização da Prefeitura ou do Governo do estado e divulgou em redes sociais.[23] O inquérito vai analisar se o político e sua equipe desrespeitaram os menores e os funcionários ao perturbar o descanso noturno das unidades de acolhimento, e se os expuseram ao risco de contágio pelo novo coronavírus.[24] Uma das ações mais famosas foi em março de 2021, quando ele adentrou em um abrigo de menores acompanhado de muitos assessores e seguranças causando uma aglomeração no local.[23] Por outro lado, o vereador alega que recebeu denúncias sobre as condições de funcionamento das unidades fiscalizadas, e afirma que a Lei Orgânica do Município, artigo 47, autoriza sua entrada nas unidades. [24] Ele também disse que foi autorizado por uma das unidades de saúde onde esteve e que estava com a roupa do hospital. Segundo ele, várias unidades tinham suspeitas de médicos fantasmas. Sobre os abrigos, ele disse que encontrou falta de alimentos e "flagrou um ovo vencido."[25]

Vida pessoal

Gabriel Monteiro é um cristão evangélico e seu pai, Roberto Monteiro, é um pastor da Igreja Assembléia de Deus. Foi ele, aponta Gabriel, quem o incentivou a “ser cristão e gostar de política”.[2]

Referências

  1. a b c «Gabriel Monteiro». Diário do Rio. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  2. a b «Gabriel Monteiro: quem é o youtuber bolsonarista 3º colocado nas eleições». Veja Rio. 16 de novembro de 2020. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  3. «Gabriel Monteiro anuncia saída do MBL: nova diretriz não agradou». Boletim da Liberdade. 18 de novembro de 2019. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  4. «Relembre polêmicas de Gabriel Monteiro, terceiro mais votado a vereador no Rio». Extra Globo. 16 de novembro de 2020. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  5. «Coronel Ibis rebate Gabriel Monteiro e diz que o youtuber busca holofotes em ano eleitoral». O São Gonçalo. 6 de março de 2020. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  6. a b «'Minha vida está em risco', diz PM que perdeu porte de arma após polêmica com ex-comandante no RJ». IstoÉ. 5 de março de 2020. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  7. Virou, Filipe; Zuazo, Pedro (5 de março de 2020). «PM E YOUTUBER BOLSONARISTA PERDE POSSE DE ARMA E PODE SER EXPULSO DA CORPORAÇÃO». Época. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  8. a b «Youtuber Gabriel Monteiro é expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro». Correio Braziliense. 5 de agosto de 2020. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  9. Heringer, Carolina; Soares, Rafael (4 de agosto de 2020). «Youtuber Gabriel Monteiro é expulso da PM do Rio por deserção». Extra Globo. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  10. a b «Após ser reintegrado à PM, Gabriel Monteiro se despede da corporação». O Dia. 14 de agosto de 2020. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  11. a b c «PM agride jovem após velório de Ágatha, mas alega 'legítima defesa'». R7. 23 de setembro de 2019. Consultado em 13 de fevereiro de 2021 
  12. Romano, Giovanna (23 de setembro de 2019). «Caso Ágatha: Quem é o PM que agrediu jovem durante enterro». Veja. Consultado em 13 de fevereiro de 2021 
  13. a b «Feminista chora ao reconhecer que aborto "não é algo bom"». Guiame. 20 de janeiro de 2020. Consultado em 13 de fevereiro de 2021 
  14. «Rio de Janeiro - RJ». Folha de São Paulo. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  15. «Veja os vereadores eleitos na cidade do Rio». G1. 16 de novembro de 2020. Consultado em 13 de fevereiro de 2021 
  16. a b Campbell, Tatiana (5 de janeiro de 2021). «Vereador do Rio diz ter sido alvo de ataque, mas blindagem evitou feridos». UOL. Consultado em 12 de fevereiro de 2021 
  17. a b «Vereador Gabriel Monteiro afirma ter sido alvo de ataque durante atividade parlamentar». Gazeta do Povo. 6 de janeiro de 2021. Consultado em 15 de fevereiro de 2021 
  18. a b «Youtuber e vereador Gabriel Monteiro sofre um ataque». O Dia. 5 de janeiro de 2021. Consultado em 15 de fevereiro de 2021 
  19. a b «Cremerj denuncia 'vereador youtuber' por ameaçar e prender médica em UPA». Brasil 247. 4 de abril de 2021. Consultado em 4 de abril de 2021 
  20. a b Neto, Nelson Lima (4 de abril de 2021). «Conselho de Medicina do Rio denuncia 'vereador youtuber' por prender médica em UPA». O Globo. Consultado em 4 de abril de 2021. Cópia arquivada em 4 de abril de 2021 
  21. a b «Cremerj denuncia vereador Gabriel Monteiro por abuso de autoridade após prisão de médica em unidade de saúde do Rio». G1. 5 de abril de 2021. Consultado em 5 de abril de 2021 
  22. «Cremerj denuncia vereador por dar voz de prisão a médica». O São Gonçalo. 4 de abril de 2021. Consultado em 5 de abril de 2021 
  23. a b «Vereador Gabriel Monteiro é investigado pela Câmara». O São Gonçalo. 25 de abril de 2021. Consultado em 26 de abril de 2021 
  24. a b Zuazo, Pedro (26 de abril de 2021). «MPRJ investiga se vereador Gabriel Monteiro violou direitos ao fiscalizar abrigos da prefeitura». Extra. Consultado em 26 de abril de 2021 
  25. Sponchiado, Bruno; Schiavinato, Guilherme; Boisson, Guilherme; Figueiredo, Pedro (23 de abril de 2021). «Vereador Gabriel Monteiro é investigado pela Câmara por fiscalizar unidades de saúde sem autorização». G1. Consultado em 26 de abril de 2021 

Ligações externas