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Ponte Mista de Marabá: diferenças entre revisões

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A '''Ponte Mista de Marabá''' ou '''Ponte rodoferroviária de Marabá''' é uma ponte mista que cruza o [[Rio Tocantins]] pouco antes da formação do [[lago artificial]] da [[hidrelétrica de Tucuruí]] dentro da área urbana de [[Marabá]]. Sua função inicial era fazer o cruzamento ferroviário, na seção em que está o Rio Tocantins, das cargas de minério ferro de [[Serra dos Carajás|Carajás]] que vão pela [[Estrada de Ferro Carajás|E.F. Carajás]] até o [[porto de Itaqui]].<ref>{{citar web |url=http://www.amantesdaferrovia.com.br/forum/topics/almanaque-geral-ferroviario?commentId=4981239%3AComment%3A208033&xg_source=activity |título=Almanaque Geral Ferroviário - M.M: - Pontes Ferrovárias |publicado=Amantes da Ferrovia |acessodata=7 de agosto de 2011 }}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>
A '''Ponte Mista de Marabá''' ou '''Ponte rodoferroviária de Marabá''' é uma ponte mista que cruza o [[Rio Tocantins]], pouco antes da formação do [[lago artificial]] da [[hidrelétrica de Tucuruí]] dentro da área urbana de [[Marabá]]. Sua função inicial era fazer o cruzamento ferroviário, na seção em que está o Rio Tocantins, das cargas de minério de ferro de [[Serra dos Carajás|Carajás]] que vão pela E.F. Carajás até o [[Porto de Itaqui]].<ref>{{citar web |url=http://www.amantesdaferrovia.com.br/forum/topics/almanaque-geral-ferroviario?commentId=4981239%3AComment%3A208033&xg_source=activity |título=Almanaque Geral Ferroviário - M.M: - Pontes Ferrovárias |publicado=Amantes da Ferrovia |acessodata=7 de agosto de 2011 }}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>


Hoje contudo esta tem a função permitir o cruzamento do transporte ferroviário pela [[Estrada de Ferro Carajás]], e o cruzamento rodoviário pela [[BR-155]].<ref>{{citar web|url=http://www.flickr.com/photos/tsomineiro/5873829601/ |título=Ponte Mista de Marabá |publicado= Flickr/Tarcísio Schnaider |acessodata=7 de agosto de 2011}}</ref> Ela é a principal ligação entre os núcleos periféricos e a centralidade de Marabá, também sendo responsável pela ligação do [[Região Geográfica Intermediária de Marabá|sudeste paraense]] com a costa norte brasileira.
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A necessidade de escoamento do [[minério de ferro]] da Serra de Carajás foi o principal dínamo que impulsionou a construção da ponte. O minério local somente poderia ser economicamente explorado se pudesse ser transportado para o exterior por meio de uma ferrovia até um porto adequado de exportação.<ref name="Mintransp">{{citar web |url=http://www2.transportes.gov.br/bit/pontes/PA/mista_maraba/GPTMISTA.htm |título=Ponte Mista de Marabá |publicado=Ministério dos Transportes |acessodata=7 de agosto de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090920012339/http://www.transportes.gov.br/bit/pontes/PA/mista_maraba/GPTMISTA.htm |arquivodata=2009-09-20 |urlmorta=yes }}</ref>
A necessidade de escoamento do [[minério de ferro]] da Serra de Carajás foi o principal dínamo que impulsionou a construção da ponte. O minério local somente poderia ser economicamente explorado se pudesse ser transportado para o exterior por meio de uma ferrovia até um porto adequado de exportação.<ref name="Mintransp">{{citar web |url=http://www2.transportes.gov.br/bit/pontes/PA/mista_maraba/GPTMISTA.htm |título=Ponte Mista de Marabá |publicado=Ministério dos Transportes |acessodata=7 de agosto de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090920012339/http://www.transportes.gov.br/bit/pontes/PA/mista_maraba/GPTMISTA.htm |arquivodata=2009-09-20 |urlmorta=yes }}</ref>


Com a construção da Estrada de Ferro Carajás, se tornou necessária uma ponte que devia transpor o grande Rio Tocantins. As obras foram iniciadas no segundo semestre de [[1983]] com o estudo dos prováveis locais para a construção da ponte. No início de [[1984]] as obras foram iniciadas de fato, sendo que aproximadamente um ano depois já estavam praticamente concluídas.<ref name="Mintransp"/>
Com a construção da Estrada de Ferro Carajás, se tornou necessária uma ponte que devia transpor o grande Rio Tocantins. As obras foram iniciadas no segundo semestre de [[1983]] com o estudo dos prováveis locais para a construção da ponte. No início de [[1984]], as obras foram iniciadas de fato, sendo que aproximadamente um ano depois já estavam praticamente concluídas.<ref name="Mintransp"/>


As dificuldades de construção eram consideráveis. O nível do Tocantins varia de 8 a 17 metros entre as estações e as chuvas frequentes impediam os trabalhos nas fundações durante a parte do ano. A velocidade de escoamento das águas do rio era de 2 m/s e o [[Leito aquático|leito do rio]] é rochoso, com ardósia em finas estratificações.<ref name="Mintransp"/>
As dificuldades de construção eram consideráveis. O nível do Tocantins varia de 8 a 17 metros entre as estações e as chuvas frequentes impediam os trabalhos nas fundações durante a parte do ano. A velocidade de escoamento das águas do rio era de 2 m/s e o [[Leito aquático|leito do rio]] é rochoso, com ardósia em finas estratificações.<ref name="Mintransp"/>


Segundo os propósitos da [[Companhia Vale do Rio Doce]] (CVRD) a ponte devia ser projetada exclusivamente para tráfego ferroviário. O [[Ministério dos Transportes (Brasil)|Ministério dos Transportes]], entretanto, exigiu que o projeto previsse no futuro o uso para rodovias. Foi então estabelecido que a obra fosse complementada em qualquer data futura para tráfego rodoviário, contudo sem interrupção da ferrovia.<ref name="Mintransp"/>
Segundo os propósitos da [[Companhia Vale do Rio Doce]] (CVRD), a ponte devia ser projetada exclusivamente para tráfego ferroviário. O [[Ministério dos Transportes (Brasil)|Ministério dos Transportes]], entretanto, exigiu que o projeto previsse no futuro, o uso para rodovias. Foi então estabelecido que a obra fosse complementada em qualquer data futura para tráfego rodoviário, contudo sem interrupção da ferrovia.<ref name="Mintransp"/>


Inicialmente foi pedido o projeto da construtora [[Alemanha|alemã]] Leonhardt-Andra que apresentou um anteprojeto de ponte empurrada exclusivamente ferroviária. A proposta não foi aceita pelo governo que queria empreiteiras brasileiras no consórcio. A [[CVRD]] (hoje [[Vale S.A.]]) no entanto afirmava que as empreiteiras brasileiras não estavam ainda em condições de executar obras tão audaciosas. Foi então contratado o [[engenheiro civil]] Jayme Mason para desenvolver o projeto final de engenharia, aproveitando algo da concepção originalmente proposta.<ref name="Mintransp"/>
Inicialmente foi pedido o projeto da construtora [[Alemanha|alemã]] Leonhardt-Andra que apresentou um anteprojeto de ponte empurrada exclusivamente ferroviária. A proposta não foi aceita pelo governo que queria empreiteiras brasileiras no consórcio. A CVRD (hoje Vale S.A.) no entanto afirmava que as empreiteiras brasileiras não estavam ainda em condições de executar obras tão audaciosas. Foi então contratado o [[engenheiro civil]] Jayme Mason para desenvolver o projeto final de engenharia, aproveitando algo da concepção originalmente proposta.<ref name="Mintransp"/>


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Revisão das 02h54min de 4 de dezembro de 2021

Ponte Mista de Marabá
Ponte Mista de Marabá
Ponte vista a partir do anel viário
Nome oficial Ponte Mista de Marabá
Arquitetura e construção
Material Estrutura mista com caixão trapezoidal metálico e laje de concreto protendido, pré-moldada, solidarizada por meio de conectores posteriormente grauteado
Estilo arquitetônico Ponte mista
Mantida por DNIT e Vale S.A.
Início da construção Janeiro de 1984
Data de abertura 28 de fevereiro de 1985
Comprimento total 2.340 metros
Geografia
Via 2 vias, parte da BR-155; Estrada de Ferro Carajás
Cruza Rio Tocantins
Localização Pará Pará
Coordenadas 5° 31' 58" S 49° 08' O

A Ponte Mista de Marabá ou Ponte rodoferroviária de Marabá é uma ponte mista que cruza o Rio Tocantins, pouco antes da formação do lago artificial da hidrelétrica de Tucuruí dentro da área urbana de Marabá. Sua função inicial era fazer o cruzamento ferroviário, na seção em que está o Rio Tocantins, das cargas de minério de ferro de Carajás que vão pela E.F. Carajás até o Porto de Itaqui.[1]

Hoje contudo esta tem a função permitir o cruzamento do transporte ferroviário pela Estrada de Ferro Carajás, e o cruzamento rodoviário pela BR-155.[2] Ela é a principal ligação entre os núcleos periféricos e a centralidade de Marabá, também sendo responsável pela ligação do sudeste paraense com a costa norte brasileira.

As faixas de rolamento ao longo da ponte são mão inglesa,[3] tendo ao centro a via férrea que atende ao transporte de cargas e passageiros entre os estados do Pará e Maranhão. Possui 2.340 m de extensão, sem juntas de dilatação e é formada por uma seção caixão metálica com laje de concreto protendido, pré-moldada em faixas.[4]

História

A necessidade de escoamento do minério de ferro da Serra de Carajás foi o principal dínamo que impulsionou a construção da ponte. O minério local somente poderia ser economicamente explorado se pudesse ser transportado para o exterior por meio de uma ferrovia até um porto adequado de exportação.[5]

Com a construção da Estrada de Ferro Carajás, se tornou necessária uma ponte que devia transpor o grande Rio Tocantins. As obras foram iniciadas no segundo semestre de 1983 com o estudo dos prováveis locais para a construção da ponte. No início de 1984, as obras foram iniciadas de fato, sendo que aproximadamente um ano depois já estavam praticamente concluídas.[5]

As dificuldades de construção eram consideráveis. O nível do Tocantins varia de 8 a 17 metros entre as estações e as chuvas frequentes impediam os trabalhos nas fundações durante a parte do ano. A velocidade de escoamento das águas do rio era de 2 m/s e o leito do rio é rochoso, com ardósia em finas estratificações.[5]

Segundo os propósitos da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a ponte devia ser projetada exclusivamente para tráfego ferroviário. O Ministério dos Transportes, entretanto, exigiu que o projeto previsse no futuro, o uso para rodovias. Foi então estabelecido que a obra fosse complementada em qualquer data futura para tráfego rodoviário, contudo sem interrupção da ferrovia.[5]

Inicialmente foi pedido o projeto da construtora alemã Leonhardt-Andra que apresentou um anteprojeto de ponte empurrada exclusivamente ferroviária. A proposta não foi aceita pelo governo que queria empreiteiras brasileiras no consórcio. A CVRD (hoje Vale S.A.) no entanto afirmava que as empreiteiras brasileiras não estavam ainda em condições de executar obras tão audaciosas. Foi então contratado o engenheiro civil Jayme Mason para desenvolver o projeto final de engenharia, aproveitando algo da concepção originalmente proposta.[5]

Por fim o consórcio para construção foi firmado entre a CVRD, o DNER (hoje DNIT) e as construtoras Batter e Usimec.[6] A ponte foi inaugurada em 28 de fevereiro de 1985 no final do regime militar pelo então presidente João Batista Figueiredo.[5]

Em 2017, a mesma foi restaurada pela Vale, em parceria com a Prefeitura de Marabá, ganhando iluminação com lâmpadas de LED, que são mais econômicas e duráveis.[7]

Referências

  1. «Almanaque Geral Ferroviário - M.M: - Pontes Ferrovárias». Amantes da Ferrovia. Consultado em 7 de agosto de 2011 [ligação inativa]
  2. «Ponte Mista de Marabá». Flickr/Tarcísio Schnaider. Consultado em 7 de agosto de 2011 
  3. «Pontes e viadutos em vigas mistas» (PDF). Instituto Brasileiro de Siderurgia/Cetro Brasileiro de Construção em Aço. Consultado em 7 de agosto de 2011. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016 
  4. «Construindo Pontes». IASD. Consultado em 7 de agosto de 2011 [ligação inativa]
  5. a b c d e f «Ponte Mista de Marabá». Ministério dos Transportes. Consultado em 7 de agosto de 2011. Arquivado do original em 20 de setembro de 2009 
  6. «Pontes, Passarelas e Viadutos». Usiminas Mecância. Consultado em 4 de setembro de 2012. Arquivado do original em 7 de agosto de 2011 
  7. «Ponte sobre o rio Tocantins iluminada». www.endireitado.com.br. Consultado em 1 de janeiro de 2018 

Ver também

Ligações externas

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