Casa de Orléans e Bragança: diferenças entre revisões

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== História ==
== História ==
=== Origem ===
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[[Ficheiro:Princesa Isabel com a Família.jpg|thumb|esquerda|300px|A familia imperial no exílio, 1914.]]
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Os dois filhos varões de Dom [[Pedro II do Brasil|Pedro II]] morreram na infância. Assim, a princesa [[Isabel do Brasil]] tornou-se a herdeira de seu pai e, recebeu o título de [[Príncipe Imperial do Brasil|Princesa Imperial do Brasil]].
Os dois filhos varões de [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]] morreram na infância. Assim, a princesa [[Isabel do Brasil]] tornou-se a herdeira de seu pai e, recebeu o título de [[Príncipe Imperial do Brasil|Princesa Imperial do Brasil]].


Desde o início dos anos 1860 a principal preocupação do imperador era encontrar maridos adequados para suas filhas. Seguindo o conselho de sua irmã, [[Francisca de Bragança]], o imperador finalmente escolheu dois netos do rei [[Luís Filipe I de França]], o príncipe [[Gastão de Orléans, Conde d'Eu|Gastão de Orléans]], [[Lista de condes d'Eu|Conde d'Eu]] e o príncipe [[Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota]], [[Ducado da Saxônia|Duque de Saxe]].
Desde o início dos anos 1860 a principal preocupação do imperador era encontrar maridos adequados para suas filhas. Seguindo o conselho de sua irmã, [[Francisca de Bragança]], o imperador finalmente escolheu dois netos do rei [[Luís Filipe I de França]], o príncipe [[Gastão de Orléans, Conde d'Eu|Gastão de Orleães]], [[Lista de condes d'Eu|Conde d'Eu]] e o príncipe [[Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota]], [[Ducado da Saxônia|Duque de Saxe]].


Os dois pretendentes chegaram juntos ao [[Rio de Janeiro]] em 2 de setembro de 1864, e as duas princesas foram livres para escolher seus maridos. Gastão foi imediatamente promovido a [[marechal]] do [[Exército Imperial Brasileiro]] e Luís Augusto a almirante da [[Armada Imperial Brasileira]]. Gastão se casaria com a princesa [[Leopoldina de Bragança|Leopoldina do Brasil]] e Augusto com Isabel.
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O casamento de Isabel com Gastão de Orléans foi celebrado em 15 de outubro de 1864, e assim nasceu o ramo brasileiro da Casa de Orleáns, que passou a ser chamado Casa de Orléans-Bragança. Príncipe francês por nascimento, Gastão renuncia aos seus direitos dinásticos franceses da linha orleanista. A continuidade da nova dinastia foi assegurada pelo nascimento em 1875 de um filho, [[Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança]], o primeiro filho do casal.
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=== Queda da monarquia ===
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A Casa de Orléans-Bragança nunca reinou sobre Brasil, pois [[Pedro II do Brasil|Pedro II]] foi deposto em 15 de novembro de 1889, após 48 anos de reinado, no que constituiu a [[Proclamação da República do Brasil|Proclamação da República]]. A [[constituição brasileira de 1891]] despiu a Casa de Orléans e Bragança e seus descendentes de todos os títulos nobiliárquicos, ordens honoríficas e distinções anteriormente válidas no país.<ref>{{Citar web |ultimo=Brasil |primeiro= |url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao91.htm |titulo=Constituição brasileira de 1891 |data=1891 |acessodata=2020-09-26 |website= |publicado=Presidência da República (Brasil) |em=art. 72}}</ref>
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== Membros ==
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=== Ramo de Vassouras ===
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O ramo de Vassouras é formado pelos descendentes do segundo filhos da princesa [[Isabel do Brasil|Isabel]], o príncipe [[Luís de Orléans e Bragança]], com sua esposa a princesa [[Maria Pia de Bourbon|Maria Pia das Duas Sicílias]], que foram pais de [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança]], casado com a princesa Maria Elizabeth da Baviera. O filho primogénito de Pedro Henrique e de Maria Elizabeth, [[Luís Gastão de Orléans e Bragança|Luiz]], é o atual Chefe da Casa Imperial do Brasil.
O ramo de Vassouras é formado pelos descendentes do segundo filhos da princesa [[Isabel do Brasil|Isabel]], o príncipe [[Luís de Orléans e Bragança|Luís de Orleães e Bragança]], com sua esposa a princesa [[Maria Pia de Bourbon|Maria Pia das Duas Sicílias]], que foram pais de [[Pedro Henrique de Orléans e Bragança|Pedro Henrique de Orleães e Bragança]], casado com a princesa Maria Isabel da Baviera.





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* [[Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança]]. Nascido em 1875, faleceu em 1940, filho primogênito de Isabel.
* [[Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança|Pedro de Alcântara de Orleães e Bragança]]. Nascido em 1875, faleceu em 1940, filho primogênito de Isabel.
** [[Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança]]. Nascido em 1913, morreu em 2007, filho de [[Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança]] e neto de Isabel.<Ref> Bodstein, Astrid (2006). The Imperial Family of Brazil. Royalty Digest Quarterly</ref>
** [[Pedro de Alcântara Gastão de Orléans e Bragança|Pedro de Alcântara Gastão de Orleães e Bragança]]. Nascido em 1913, morreu em 2007, filho de [[Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança|Pedro de Alcântara de Orleães e Bragança]] e neto de Isabel.<Ref> Bodstein, Astrid (2006). The Imperial Family of Brazil. Royalty Digest Quarterly</ref>
***Pedro Carlos de Orléans e Bragança. Nascido em 1945, filho mais velho do príncipe Pedro de Alcântara.<ref> Gutiérrez, Bernardo [http://www.publico.es/internacional/35312/la-familia-real-brasilena-defiende-los-nuevos-ideales ''La familia real brasileña defiende los nuevos ideales''], Príncipes Republicanos (09/01/2008)</ref> Ele abandonou as pretensões de seu pai e se declarou republicano.<ref>{{citar web|URL = http://www.publico.es/internacional/35312/la-familia-real-brasilena-defiende-los-nuevos-ideales|título = La familia real brasileña defiende los nuevos ideales|data = 2008|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
***Pedro Carlos de Orleães e Bragança. Nascido em 1945, filho mais velho do príncipe Pedro de Alcântara.<ref> Gutiérrez, Bernardo [http://www.publico.es/internacional/35312/la-familia-real-brasilena-defiende-los-nuevos-ideales ''La familia real brasileña defiende los nuevos ideales''], Príncipes Republicanos (09/01/2008)</ref> Ele abandonou as pretensões de seu pai e se declarou republicano.<ref>{{citar web|URL = http://www.publico.es/internacional/35312/la-familia-real-brasilena-defiende-los-nuevos-ideales|título = La familia real brasileña defiende los nuevos ideales|data = 2008|acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
****Pedro Tiago Maria de Orléans e Bragança. Nascido em 1979, filho e herdeiro de Pedro Carlos.
****Pedro Tiago Maria de Orleães e Bragança. Nascido em 1979, filho e herdeiro de Pedro Carlos.


== Ver também ==
== Ver também ==

Revisão das 21h40min de 15 de julho de 2022

Casa de Orleães e Bragança
Casa de Orléans e Bragança
Brasão da casa de Orleães e Bragança
Estado Império do Brasil (1822-1889)
Origem
Fundador Gastão de Orleães e
Isabel de Bragança
Fundação 1864
Casa originária Capetiana
Bragança
Atual soberano
Bertram de Orleães e Bragança
Último soberano Pedro II do Brasil
Linhagem secundária

A Casa de Orleães e Bragança, é um ramo descendente, por lado masculino, da Casa de Orleães, da França, e, pelo feminino da Casa de Bragança. A casa foi fundada com o casamento da herdeira do trono brasileiro, Isabel do Brasil e do principe francês Gastão de Orleães Conde d'Eu. Desde a Proclamação da República, em 1889, seus descendentes reivindicam o extinto trono imperial do Brasil abolido em 1889.

História

Origem

A familia imperial no exílio, 1914.

Os dois filhos varões de Dom Pedro II morreram na infância. Assim, a princesa Isabel do Brasil tornou-se a herdeira de seu pai e, recebeu o título de Princesa Imperial do Brasil.

Desde o início dos anos 1860 a principal preocupação do imperador era encontrar maridos adequados para suas filhas. Seguindo o conselho de sua irmã, Francisca de Bragança, o imperador finalmente escolheu dois netos do rei Luís Filipe I de França, o príncipe Gastão de Orleães, Conde d'Eu e o príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, Duque de Saxe.

Os dois pretendentes chegaram juntos ao Rio de Janeiro em 2 de setembro de 1864, e as duas princesas foram livres para escolher seus maridos. Gastão foi imediatamente promovido a marechal do Exército Imperial Brasileiro e Luís Augusto a almirante da Armada Imperial Brasileira. Gastão se casaria com a princesa Leopoldina do Brasil e Augusto com Isabel.

O casamento de Isabel com Gastão de Orleães foi celebrado em 15 de outubro de 1864, e assim nasceu o ramo brasileiro da Casa de Orleães, que passou a ser chamado Casa de Orleães e Bragança. Príncipe francês por nascimento, Gastão renuncia aos seus direitos dinásticos franceses da linha orleanista. A continuidade da nova dinastia foi assegurada pelo nascimento em 1875 de um filho, Pedro de Alcântara de Orleães e Bragança, o primeiro filho do casal.

Queda da monarquia

A Casa de Orleães e Bragança nunca reinou sobre Brasil, pois Pedro II foi deposto em 15 de novembro de 1889, após 48 anos de reinado, no que constituiu a Proclamação da República. A constituição brasileira de 1891 despiu a Casa de Orleães e Bragança e seus descendentes de todos os títulos nobiliárquicos, ordens honoríficas e distinções anteriormente válidas no país.[1]

Membros

Ver artigo principal: Questão dinástica brasileira

Em 30 de outubro de 1908 Pedro de Alcântara assinou um documento em que renunciava, por si e seus descendentes, à pretensão ao extinto trono brasileiro. Tal documento foi redigido por exigência de sua mãe, Isabel, por não aceitar que Pedro de Alcântara se casasse com Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz, a qual era de nobreza inferior, haja vista que seu pai teria sido o primeiro a ser titulado conde em sua família, e os seus antecedentes haviam sido até então barões.

Anos depois, a renúncia começou a se contestada pelos descendentes de Pedro de Alcântara, membros do chamado Ramo de Petrópolis. Uma disputa dinástica teve início em 1946, quando Pedro Gastão, filho mais velho de Pedro de Alcântara, repudiou a renúncia de seu pai e reivindicou a Chefia da Casa Imperial . Após a morte de Pedro Gastão em 2007, o seu filho mais velho, Pedro Carlos e os seus filhos declararam-se republicanos, acabando assim com a disputa.

Ramo de Vassouras

Ver artigo principal: Ramo de Vassouras

O ramo de Vassouras é formado pelos descendentes do segundo filhos da princesa Isabel, o príncipe Luís de Orleães e Bragança, com sua esposa a princesa Maria Pia das Duas Sicílias, que foram pais de Pedro Henrique de Orleães e Bragança, casado com a princesa Maria Isabel da Baviera.



Ramo de Petrópolis

Ver artigo principal: Ramo de Petrópolis

Ver também

Referências

  1. Brasil (1891). «Constituição brasileira de 1891». Presidência da República (Brasil). art. 72. Consultado em 26 de setembro de 2020 
  2. Bodstein, Astrid (2006). The Imperial Family of Brazil. Royalty Digest Quarterly
  3. Gutiérrez, Bernardo La familia real brasileña defiende los nuevos ideales, Príncipes Republicanos (09/01/2008)
  4. «La familia real brasileña defiende los nuevos ideales». 2008