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Protestos contra reforma judicial em Israel: diferenças entre revisões

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Os '''protestos contra reforma judicial em Israel''' começaram com a publicação dos detalhes da [[reforma judicial israelense de 2023]], que é considerada uma "revolução legal" e até mesmo um "golpe de regime" entre os [[Manifestação|manifestantes]]. Os principais centros de protesto são a {{ill|es|Praça HaBima|Plaza Habima}}<ref>{{citar web |autor=Alon Hachmon, Nadav Elimelech, Anna Barsky |url=https://www.maariv.co.il/news/politics/Article-972484 |titulo=הפגנת הענק בתל אביב: מעל למאה אלף איש מחו נגד הרפורמה המשפטית |titulotrad=A grande manifestação em Tel Aviv: mais de cem mil pessoas protestaram contra a reforma legal |website=[[Maariv]] |lingua=he |data=2023-01-14 |acessodata=2023-03-04}}</ref> e a {{ill|en|Rua Kaplan|Kaplan Street}}<ref>{{citar web |autor=Meir Turgeman, Einav Halabi, Raanan Ben Tzur, Eitan Glickman, Lior El-Hai, Ilana Kuriel, Nina Fox, Liran Levy, Daniel Salama, Hadar Gil-Ad, Korin Elbaz-Aloush, Ofir Yonatan |url=https://www.ynet.co.il/news/article/bjlcvdrpj |titulo=לקראת סיום המחאה בת"א: מאות חסמו את איילון דרום למשך יותר משעה |titulotrad=No final do protesto em Tel Aviv: centenas bloquearam Ayalon Darom por mais de uma hora |website=[[Yedioth Ahronoth|Ynet]] |lingua=he |data=2023-02-18 |acessodata=2023-03-04 |citacao=לקראת סיום ההפגנה המרכזית ברחוב קפלן בתל אביב, ירדו מאות מפגינים לנתיבי איילון, הדליקו אבוקות כחולות וחסמו למשך יותר משעה וחצי את נתיבי התנועה מדרך השלום לכיוון דרום (No final da manifestação principal na Kaplan Street em Tel Aviv, centenas de manifestantes desceram nas pistas de Ayalon, acenderam sinalizadores azuis e bloquearam as faixas de tráfego de Derech HaShalom em direção ao sul por mais de uma hora e meia).}}</ref> em [[Tel Aviv]], a [[Beit HaNassi|Casa do Presidente]]<ref>{{citar web |autor=Sistema Kolhair |url=https://www.kolhair.co.il/jerusalem-news/204844/ |titulo=שבת שביעית ברציפות: אלפים במחאה נגד המהפכה המשפטית מול בית הנשיא |titulotrad=Sétimo sábado consecutivo: milhares protestam contra a revolução legal em frente à Casa do Presidente |website=Kolhair.co.il |lingua=he |data=2023-02-25 |acessodata=2023-03-04}}</ref> e a [[Knesset]]<ref>{{citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/02/israel-tem-megaprotesto-contra-reforma-judicial-e-presidente-fala-em-pais-a-beira-do-colapso.shtml |titulo=Milhares em Israel vão às ruas contra reforma judicial, e presidente fala em país à beira do colapso |website=[[Folha de S.Paulo]] |data=2023-02-13 |acessodata=2023-02-23}}</ref> em [[Jerusalém]] e a {{ill|he|Praça Horev|כיכר חורב}}<ref name="Horev">{{citar web |autor=Anna Barsky, Arnold Nataev, Yuval Bagno, Matan Wasserman |url=https://www.maariv.co.il/news/politics/Article-981659 |titulo="זו המלחמה של הדור שלנו": כרבע מיליון מפגינים נגד הרפורמה בתל אביב וברחבי הארץ |titulotrad="Esta é a guerra da nossa geração": cerca de um quarto de milhão de manifestantes contra a reforma em Tel Aviv e em todo o país |website=Maariv |lingua=he |data=2023-02-18 |acessodata=2023-03-04}}</ref> em [[Haifa]]. A partir de fevereiro de 2023, manifestações de protesto começaram a ser realizadas em dezenas de outras localidades de Israel, das quais participaram centenas de milhares de participantes.<ref name="Horev"/>
Inicialmente os '''protestos contra reforma judicial em Israel e isac''' começaram com a publicação dos detalhes da [[reforma judicial israelense de 2023]], que é considerada uma "revolução legal" e até mesmo um "golpe de regime" entre os [[Manifestação|manifestantes]]. Os principais centros de protesto são a {{ill|es|Praça HaBima|Plaza Habima}}<ref>{{citar web |autor=Alon Hachmon, Nadav Elimelech, Anna Barsky |url=https://www.maariv.co.il/news/politics/Article-972484 |titulo=הפגנת הענק בתל אביב: מעל למאה אלף איש מחו נגד הרפורמה המשפטית |titulotrad=A grande manifestação em Tel Aviv: mais de cem mil pessoas protestaram contra a reforma legal |website=[[Maariv]] |lingua=he |data=2023-01-14 |acessodata=2023-03-04}}</ref> e a {{ill|en|Rua Kaplan|Kaplan Street}}<ref>{{citar web |autor=Meir Turgeman, Einav Halabi, Raanan Ben Tzur, Eitan Glickman, Lior El-Hai, Ilana Kuriel, Nina Fox, Liran Levy, Daniel Salama, Hadar Gil-Ad, Korin Elbaz-Aloush, Ofir Yonatan |url=https://www.ynet.co.il/news/article/bjlcvdrpj |titulo=לקראת סיום המחאה בת"א: מאות חסמו את איילון דרום למשך יותר משעה |titulotrad=No final do protesto em Tel Aviv: centenas bloquearam Ayalon Darom por mais de uma hora |website=[[Yedioth Ahronoth|Ynet]] |lingua=he |data=2023-02-18 |acessodata=2023-03-04 |citacao=לקראת סיום ההפגנה המרכזית ברחוב קפלן בתל אביב, ירדו מאות מפגינים לנתיבי איילון, הדליקו אבוקות כחולות וחסמו למשך יותר משעה וחצי את נתיבי התנועה מדרך השלום לכיוון דרום (No final da manifestação principal na Kaplan Street em Tel Aviv, centenas de manifestantes desceram nas pistas de Ayalon, acenderam sinalizadores azuis e bloquearam as faixas de tráfego de Derech HaShalom em direção ao sul por mais de uma hora e meia).}}</ref> em [[Tel Aviv]], a [[Beit HaNassi|Casa do Presidente]]<ref>{{citar web |autor=Sistema Kolhair |url=https://www.kolhair.co.il/jerusalem-news/204844/ |titulo=שבת שביעית ברציפות: אלפים במחאה נגד המהפכה המשפטית מול בית הנשיא |titulotrad=Sétimo sábado consecutivo: milhares protestam contra a revolução legal em frente à Casa do Presidente |website=Kolhair.co.il |lingua=he |data=2023-02-25 |acessodata=2023-03-04}}</ref> e a [[Knesset]]<ref>{{citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/02/israel-tem-megaprotesto-contra-reforma-judicial-e-presidente-fala-em-pais-a-beira-do-colapso.shtml |titulo=Milhares em Israel vão às ruas contra reforma judicial, e presidente fala em país à beira do colapso |website=[[Folha de S.Paulo]] |data=2023-02-13 |acessodata=2023-02-23}}</ref> em [[Jerusalém]] e a {{ill|he|Praça Horev|כיכר חורב}}<ref name="Horev">{{citar web |autor=Anna Barsky, Arnold Nataev, Yuval Bagno, Matan Wasserman |url=https://www.maariv.co.il/news/politics/Article-981659 |titulo="זו המלחמה של הדור שלנו": כרבע מיליון מפגינים נגד הרפורמה בתל אביב וברחבי הארץ |titulotrad="Esta é a guerra da nossa geração": cerca de um quarto de milhão de manifestantes contra a reforma em Tel Aviv e em todo o país |website=Maariv |lingua=he |data=2023-02-18 |acessodata=2023-03-04}}</ref> em [[Haifa]]. A partir de fevereiro de 2023, manifestações de protesto começaram a ser realizadas em dezenas de outras localidades de Israel, das quais participaram centenas de milhares de participantes.<ref name="Horev"/>


O protesto é principalmente sobre a oposição à reforma de Levin, mas também contra o fechamento da [[Corporação Israelita de Radiodifusão Pública]],<ref>{{citar web |autor=Sagi Bin Nun |url=https://e.walla.co.il/item/3554034 |titulo=עדיף שהפנים שלנו בעולם יהיו ניב סולטן ולא גלית דיסטל |titulotrad=É melhor que nosso rosto no mundo seja Niv Sultan e não Galit Distel |website=[[Walla!]] |lingua=he |data=2023-01-25 |acessodata=2023-03-04}}</ref> que para os manifestantes é uma aquisição governamental da mídia livre, contra a {{ill|en|coerção religiosa|State religion}} e contra a violação dos direitos [[LGBT]], como o direito de [[Casamento|casar]] e o direito de ser [[pai]]. Em resposta aos protestos, em 1 de março de 2023, {{ill|en|Yair Netanyahu|Yair Netanyahu}}, filho de [[Benjamin Netanyahu]], escreveu que os manifestantes são [[Terrorismo|terroristas]].<ref>{{citar web |autor=N12 |url=https://www.mako.co.il/news-politics/2023_q1/Article-78805680317a681027.htm |titulo=יאיר נתניהו תוקף את המפגינים: "טרוריסטים, בסוף הם יועמדו לדין" |titulotrad=Yair Netanyahu ataca os manifestantes: "Terroristas, no final serão processados" |website=Hevrat HaHadashot |lingua=he |data=2023-03-03 |acessodata=2023-03-04}}</ref><ref>{{citar web |autor=Maariv on-line |url=https://www.maariv.co.il/news/israel/Article-985256 |titulo=יאיר נתניהו תוקף את מובילי המחאה נגד הרפורמה במערכת המשפט: "טרוריסטים" |titulotrad=Yair Netanyahu ataca os líderes do protesto contra a reforma do sistema judicial: "terroristas" |website=Maariv |lingua=he |data=2023-03-03 |acessodata=2023-03-04}}</ref> Os líderes da luta contra a revolução legal anunciaram que entrariam em contato com as autoridades legais com a exigência de "investigar e processar o instigador".<ref>{{citar web |autor=Udi Segal, Lior Kenan |url=https://13tv.co.il/item/news/domestic/crime-and-justice/yair-netanyahu-903449343/ |titulo=אחרי שכינה את המוחים טרוריסטים: דרישה להעמדת יאיר נתניהו לדין |titulotrad=Depois de chamar os manifestantes de terroristas: uma demanda para processar Yair Netanyahu |website=Canal 13 |lingua=he |data=2023-03-03 |acessodata=2023-03-04}}</ref> Depois disso, Yair Netanyahu apagou suas palavras. Em 4 de março de 2023, o membro do Knesset {{ill|en|Hanoch Milwidsky|Hanoch Milwidsky}} do [[Likud]]<ref>[[Benjamin Netanyahu]] é o presidente do partido Likud.</ref> disse que os manifestantes não são terroristas, acrescentando: "Esta não é uma declaração digna de qualquer pessoa, certamente não do filho de um primeiro-ministro".<ref name="Israelhayom">{{citar web |autor=Yaron Doron |url=https://www.israelhayom.co.il/news/politics/article/13758773 |titulo=ח"כ מהליכוד נגד יאיר נתניהו: "המפגינים לא טרוריסטים" |titulotrad=Um MK do Likud contra Yair Netanyahu: "Os manifestantes não são terroristas" |website=[[Israel Hayom]] |lingua=he |data=2023-03-04 |acessodata=2023-03-04}}</ref> Um manifestante, Inbal Orpaz,<ref>{{Twitter|inbalorpaz|Inbal Orpaz}}</ref> apresentou uma queixa policial contra Yair Netanyahu.<ref name="Israelhayom"/>
O protesto é principalmente sobre a oposição à reforma de Levin, mas também contra o fechamento da [[Corporação Israelita de Radiodifusão Pública]],<ref>{{citar web |autor=Sagi Bin Nun |url=https://e.walla.co.il/item/3554034 |titulo=עדיף שהפנים שלנו בעולם יהיו ניב סולטן ולא גלית דיסטל |titulotrad=É melhor que nosso rosto no mundo seja Niv Sultan e não Galit Distel |website=[[Walla!]] |lingua=he |data=2023-01-25 |acessodata=2023-03-04}}</ref> que para os manifestantes é uma aquisição governamental da mídia livre, contra a {{ill|en|coerção religiosa|State religion}} e contra a violação dos direitos [[LGBT]], como o direito de [[Casamento|casar]] e o direito de ser [[pai]]. Em resposta aos protestos, em 1 de março de 2023, {{ill|en|Yair Netanyahu|Yair Netanyahu}}, filho de [[Benjamin Netanyahu]], escreveu que os manifestantes são [[Terrorismo|terroristas]].<ref>{{citar web |autor=N12 |url=https://www.mako.co.il/news-politics/2023_q1/Article-78805680317a681027.htm |titulo=יאיר נתניהו תוקף את המפגינים: "טרוריסטים, בסוף הם יועמדו לדין" |titulotrad=Yair Netanyahu ataca os manifestantes: "Terroristas, no final serão processados" |website=Hevrat HaHadashot |lingua=he |data=2023-03-03 |acessodata=2023-03-04}}</ref><ref>{{citar web |autor=Maariv on-line |url=https://www.maariv.co.il/news/israel/Article-985256 |titulo=יאיר נתניהו תוקף את מובילי המחאה נגד הרפורמה במערכת המשפט: "טרוריסטים" |titulotrad=Yair Netanyahu ataca os líderes do protesto contra a reforma do sistema judicial: "terroristas" |website=Maariv |lingua=he |data=2023-03-03 |acessodata=2023-03-04}}</ref> Os líderes da luta contra a revolução legal anunciaram que entrariam em contato com as autoridades legais com a exigência de "investigar e processar o instigador".<ref>{{citar web |autor=Udi Segal, Lior Kenan |url=https://13tv.co.il/item/news/domestic/crime-and-justice/yair-netanyahu-903449343/ |titulo=אחרי שכינה את המוחים טרוריסטים: דרישה להעמדת יאיר נתניהו לדין |titulotrad=Depois de chamar os manifestantes de terroristas: uma demanda para processar Yair Netanyahu |website=Canal 13 |lingua=he |data=2023-03-03 |acessodata=2023-03-04}}</ref> Depois disso, Yair Netanyahu apagou suas palavras. Em 4 de março de 2023, o membro do Knesset {{ill|en|Hanoch Milwidsky|Hanoch Milwidsky}} do [[Likud]]<ref>[[Benjamin Netanyahu]] é o presidente do partido Likud.</ref> disse que os manifestantes não são terroristas, acrescentando: "Esta não é uma declaração digna de qualquer pessoa, certamente não do filho de um primeiro-ministro".<ref name="Israelhayom">{{citar web |autor=Yaron Doron |url=https://www.israelhayom.co.il/news/politics/article/13758773 |titulo=ח"כ מהליכוד נגד יאיר נתניהו: "המפגינים לא טרוריסטים" |titulotrad=Um MK do Likud contra Yair Netanyahu: "Os manifestantes não são terroristas" |website=[[Israel Hayom]] |lingua=he |data=2023-03-04 |acessodata=2023-03-04}}</ref> Um manifestante, Inbal Orpaz,<ref>{{Twitter|inbalorpaz|Inbal Orpaz}}</ref> apresentou uma queixa policial contra Yair Netanyahu.<ref name="Israelhayom"/>

Revisão das 18h18min de 29 de março de 2023

Protestos contra reforma judicial em Israel
Parte de O protesto contra o trigésimo sétimo governo de Israel

Protestos perto do Azrieli Center, Tel Aviv, 4 de março de 2023
Período 7 de janeiro de 2023 (2023-01-07) – presente
Local Israel
Causas Reforma judicial israelense de 2023
Objetivos Anulação da legislação de reforma legal
Características Manifestações, discursos e bloqueio de rodovias
Situação Em andamento
Participantes do conflito
Manifestantes, sem liderança centralizada Israel Trigésimo sétimo governo de Israel [en]

Inicialmente os protestos contra reforma judicial em Israel e isac começaram com a publicação dos detalhes da reforma judicial israelense de 2023, que é considerada uma "revolução legal" e até mesmo um "golpe de regime" entre os manifestantes. Os principais centros de protesto são a Praça HaBima [es][1] e a Rua Kaplan [en][2] em Tel Aviv, a Casa do Presidente[3] e a Knesset[4] em Jerusalém e a Praça Horev [he][5] em Haifa. A partir de fevereiro de 2023, manifestações de protesto começaram a ser realizadas em dezenas de outras localidades de Israel, das quais participaram centenas de milhares de participantes.[5]

O protesto é principalmente sobre a oposição à reforma de Levin, mas também contra o fechamento da Corporação Israelita de Radiodifusão Pública,[6] que para os manifestantes é uma aquisição governamental da mídia livre, contra a coerção religiosa [en] e contra a violação dos direitos LGBT, como o direito de casar e o direito de ser pai. Em resposta aos protestos, em 1 de março de 2023, Yair Netanyahu [en], filho de Benjamin Netanyahu, escreveu que os manifestantes são terroristas.[7][8] Os líderes da luta contra a revolução legal anunciaram que entrariam em contato com as autoridades legais com a exigência de "investigar e processar o instigador".[9] Depois disso, Yair Netanyahu apagou suas palavras. Em 4 de março de 2023, o membro do Knesset Hanoch Milwidsky [en] do Likud[10] disse que os manifestantes não são terroristas, acrescentando: "Esta não é uma declaração digna de qualquer pessoa, certamente não do filho de um primeiro-ministro".[11] Um manifestante, Inbal Orpaz,[12] apresentou uma queixa policial contra Yair Netanyahu.[11]

Em 5 de março de 2023, os pilotos da El Al se recusaram a levar Benjamin Netanyahu e sua esposa para Roma.[13] A ministra dos transportes [en], Miri Regev, foi repreendida pelo gabinete do presidente do Likud, depois de anunciar que permitiria que outras companhias aéreas voassem com Netanyahu.[14] Dina Ben Tal [he], Diretor executivo da El Al, disse que o voo da El Al de Nethanyahu partiria no horário.[15] No mesmo dia, Netanyahu disse duas vezes em uma sessão do governo: "Os extremistas que lideram a reforma". Na terceira vez ele disse: "Os extremistas que lideram as manifestações".[16]

Em 23 de março de 2023 no canal 13, ex-vice-comandante Avi Davidovich da Polícia de Israel,[17] gritou com Goel Vaknin, um consultor estratégico, e disse-lhe palavras como "lixo filho do lixo", "merda filho da merda" and "vá para a porra da mãe" ("idi k yebeney materi" em russo).[18][19][20] Em 24 de março de 2023, o juiz Mario Klein, que nasceu no Brasil,[21] se recusou a liberar um manifestante da detenção e ordenou que a família do suspeito trouxesse o medicamento necessário ao centro de detenção. O juiz declarou em sua decisão: "O Estado de Israel está lidando com as ideologias islâmica e nazista (dos manifestantes) que ameaçam destruí-lo".[22]

Contexto

Esta seção é um excerto de Reforma judicial israelense de 2023.[editar]
Brasão de armas de Israel

Reforma judicial israelense de 2023 é um projeto de lei apresentado pelo vice-primeiro-ministro e ministro da justiça [es] Yariv Levin, com o apoio do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu,[23] com o objetivo de realizar mudanças fundamentais no ordenamento jurídico de Israel, inclusive aprovando a cláusula de sobrepor [en] e regulamentando a desqualificação de leis, extinguindo a Razoabilidade, definindo o papel de conselheiro jurídico [he] como um assessor não vinculante e alterando a composição do comitê da seleção dos juízes, aumentando o número de nomeados pelo Knesset.[24]

A reforma foi introduzida em 4 de janeiro de 2023, seis dias após a posse do trigésimo sétimo governo israelense, e provocou intenso debate público, apoio e protesto.[25][26][27]

Protestos

O cerco a Sara Netanyahu

Ficheiro:Demonstrating against judicial reform 250223 08.jpg
Um cartaz com imagens de Netanyahu e no sentido horário Rothman, Levin, Ben-Gvir e Smotrich [en] com a hebraico palavra em azul "Cazablan" (mentiroso e lixeiro) no padrão de Kazablan [en] e a palavra "Fascistas", Tel Aviv, 25 de fevereiro de 2023.
Uma manifestação contra o 37º governo perto do knesset, Jerusalém, 20 de fevereiro de 2023.

Em 1º de março de 2023, os opositores da reforma legal organizaram um "Dia Nacional da Disrupção" que incluiu manifestações em todo o país.[28][29]

No final do dia de protestos, milhares de pessoas foram à Praça Hamedina [en] em Tel Aviv e se manifestaram em frente à barbearia "Moshe VeLilosh", onde a esposa do primeiro-ministro, Sara Netanyahu, cortava o cabelo ao mesmo tempo.[30] Durante três horas, milhares de pessoas se manifestaram em frente à barbearia. A polícia envia centenas de policiais da polícia de fronteiras ao local, que ficaram entre os manifestantes e a barbearia.[31][32]

Uri Misgav [he], um jornalista do "Haaretz", escreveu que a barbearia tinha uma saída nos fundos, mas Sara Netanyahu não saiu por essa saída.[33]

Quando Sara Netanyahu precisava cortar o cabelo, o barbeiro a procurava na casa do primeiro-ministro. No dia da Disrupção Nacional, Sara Netanyahu optou por cortar o cabelo na Praça Hamedina, em Tel Aviv, e depois disse à mídia que poderia ter terminado em assassinato.[34][35][36] No final, ela saiu da barbearia com escolta policial a cavalo.[32][37][38]

Yair Nethanyahu disse que não sabia se sua mãe estava viva ou morta.[39] Benjamin Netanyahu disse que o cerco estava cruzando as linhas vermelhas.[32]

O protesto dos pilotos reservas

Em 5 de março de 2023, 37 dos 40 pilotos reservas de caça do Esquadrão 69 [en] anunciaram que não iriam ao treinamento, em protesto contra a revolução legal. Os pilotos anunciaram que participariam das atividades operacionais.[40]

O comandante da Aeronáutica Tomer Bar [en], informou chefe do Estado-Maior [en] Herzi Halevi, que alertou Netanyahu e o ministro da defesa, Yoav Gallant, sobre prejudicar a capacidade das IDF de travar uma guerra.[41] Os ex-comandantes da Aeronáutica, Alufs (generals) na reserva, enviaram uma carta contundente a Netanyahu e Gallant, na qual manifestavam preocupação com a revolução jurídica promovida pelo governo.[42] O ministro da informação [en], Galit Distel-Atbaryan [en], chamou os pilotos de "uma queda de fracos".[43] O ministro das comunicações [en] Shlomo Karhi [en] disse aos pilotos: "Nós vamos lidar sem você. Vá para o inferno".[44] Como resultado, manifestantes reservistas foram a sua casa com cartazes: "Cuidado, Munição não detonada".[45] Karhi disse: "Respeito aos patriotas que continuarão protegendo as crianças do envelope de Gaza mesmo que não gostem da política do governo".[45] Tami Arad, esposa do navegador aéreo militar [es] desaparecido Ron Arad [en], respondeu a Karhi que Arad era do Esquadrão 69 e foi ao inferno para proteger o estado de Israel, mas Karhi mal se alistou no exército.[46][47] O ministro da defesa, Gallant, disse sobre Karhi: "Aqueles que atacam soldados das FDI não têm lugar no sistema público".[48] Depois, os pilotos mudaram de ideia e compareceram ao serviço reserva.[49]

Em 27 de março de 2023, um técnico de aeronaves da Força Aérea Israelense disse ao apresentador Erel Segal na rádio 103fm que não chegaria às reservas em 2 de abril de 2023, afirmou que sem ele, um milhão de pilotos não podem operar um avião e afirmou que eles não têm sangue azul.[50][51]

Galeria à mostra

Esquadrão 69 da Força Aérea Israelense (FAI)

  • Esquadrão 69 da FAI, Israel, outubro de 2017
    Esquadrão 69 da FAI, Israel, outubro de 2017
  • Exercício Internacional Iniohos 2021, Grécia, abril de 2021
    Exercício Internacional Iniohos 2021, Grécia, abril de 2021
  • Exercício carvalho de juniperus com American B-52 e F-18, Israel, janeiro de 2023[52]
    Exercício carvalho de juniperus com American B-52 e F-18, Israel, janeiro de 2023[52]
  • Ron Arad, Navegador do Esquadrão 69
    Ron Arad, Navegador do Esquadrão 69
  • Técnicos da FAI, Esquadrão 69, maio de 2021
    Técnicos da FAI, Esquadrão 69, maio de 2021

Yuval Diskin [en], O ex-chefe do Shabak, sugeriu um plano para resolver a crise: A retirada de Netanyahu de toda atividade política em troca de anistia, a cessação da legislação para mudar o sistema legal, um governo de unidade nacional sem Netanyahu e o estabelecimento de uma constituição para Israel.[53]

Liquidação de conflito de interesses

Netanyahu foi acusado nos casos 1000, 2000 e 4000. Como resultado, uma petição foi apresentada ao Supremo Tribunal contra a continuidade do mandato de Netanyahu como primeiro-ministro enquanto as acusações contra ele estão pendentes. Em audiência perante 11 juízes da Suprema Corte, foi estabelecido um acordo de conflito de interesses, que vincula Netanyahu, e com base nesse acordo foi acordado que Netanyahu continuaria em seu cargo de primeiro-ministro. O acordo afirma que Netanyahu não fará nomeações no sistema de aplicação da lei e não interferirá na legislação para mudar o método de seleção de juízes em Israel.[54]

Yoav Gallant

Yoav Gallant, January 2023

Em 5 de março de 2023, Gallant recusou-se a atender telefonemas do ministro da segurança nacional [en], Itamar Ben-Gvir, alegando que Ben-Gvir estava vazando [es] o conteúdo das conversas. A resposta de Ben-Gvir foi: "É uma perda de tempo, não há ninguém com quem conversar do outro lado".[55] Em 7 de março de 2023, quarenta ex-policiais seniores se reuniram e pediram a demissão de Ben-Gvir, por falta de compreensão de seu papel. Eles também anunciaram que participarão com os aposentados da polícia no protesto em Tel Aviv contra a reforma legal à noite de sábado.[56]

Em 25 de março de 2023, Gallant disse que a legislação deveria ser interrompida. Os membros do Knesset David Bitan, Yuli Edelstein, Avi Dichter e Eli Dellal, todos do Likud, juntaram-se a ele. Em reação, Ben-Gvir disse que Netanyahu deveria demitir Gallant.[57][58][59]

Em 26 de março de 2023, Netanyahu demitiu Gallant, alegando que Gallant não impediu a recusa dos reservistas em servir nas FDI.[60][61][62][63] Em resposta, dezenas de milhares de manifestantes saíram naquele dia às 22h, bloquearam as pistas de Ayalon em Tel Aviv e fogueiras foram acesas na estrada até às 4h.[64][65][66][67]

Em 27 de março de 2023, Arnon Bar-David [en], presidente da Histadrut, entrou em greve no estado de Israel.[68][69] Naquele dia, às 20h, Netanyahu falou sobre o julgamento de Salomão, afirmou que os manifestantes estavam destruindo a nação e anunciou o atraso da legislação.[70] Em resposta ao discurso, Bar David encerrou a greve.[71] Benny Gantz e Yair Lapid, da oposição, disseram que concordariam em discutir a legislação na Casa do Presidente.[71] A Casa Branca disse que parabeniza a suspensão da legislação.[72][73] Em 28 de março de 2023, o presidente Joe Biden disse que Israel não pode continuar nesse caminho e que não convidará Netanyahu tão cedo.[74][75][76]

Ver também

Referências

  1. ↑ Alon Hachmon, Nadav Elimelech, Anna Barsky (14 de janeiro de 2023). «הפגנת הענק בתל אביב: מעל למאה אלף איש מחו נגד הרפורמה המשפטית» [A grande manifestação em Tel Aviv: mais de cem mil pessoas protestaram contra a reforma legal]. Maariv (em hebraico). Consultado em 4 de março de 2023 
  2. ↑ Meir Turgeman, Einav Halabi, Raanan Ben Tzur, Eitan Glickman, Lior El-Hai, Ilana Kuriel, Nina Fox, Liran Levy, Daniel Salama, Hadar Gil-Ad, Korin Elbaz-Aloush, Ofir Yonatan (18 de fevereiro de 2023). «לקראת סיום המחאה בת"א: מאות חסמו את איילון דרום למשך יותר משעה» [No final do protesto em Tel Aviv: centenas bloquearam Ayalon Darom por mais de uma hora]. Ynet (em hebraico). Consultado em 4 de março de 2023. לקראת סיום ההפגנה המרכזית ברחוב קפלן בתל אביב, ירדו מאות מפגינים לנתיבי איילון, הדליקו אבוקות כחולות וחסמו למשך יותר משעה וחצי את נתיבי התנועה מדרך השלום לכיוון דרום (No final da manifestação principal na Kaplan Street em Tel Aviv, centenas de manifestantes desceram nas pistas de Ayalon, acenderam sinalizadores azuis e bloquearam as faixas de tráfego de Derech HaShalom em direção ao sul por mais de uma hora e meia). 
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