Saltar para o conteúdo

Adolfo Aizen: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 1: Linha 1:
'''Adolfo Aizen''' ([[Ekaterinoslav]], [[Rússia]], {{dni|10|6|1907|si|lang=br}} — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Rio de Janeiro|RJ]], {{morte|||1991}}) foi um [[jornalista]] e [[editor]] [[brasil]]eiro.
'''Adolfo Aizen''' ([[Ekaterinoslav]], [[Rússia]], {{dni|10|6|1907|si|lang=br}} — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Rio de Janeiro|RJ]], {{morte|||1991}}) foi um [[jornalista]] e [[editor]] [[russos|russo]], naturalizado [[brasil]]eiro.


Aizen, que é tido por muitos como o "pai dos quadrinhos", foi um dos principais responsáveis pela introdução no Brasil das [[Banda Desenhada|histórias em quadrinhos]] norte-americanas, como ''[[Mandrake]]'', ''[[Tarzan]]'', ''[[Dick Tracy]]'', ''[[Príncipe Valente]]'' e ''[[Flash Gordon]]''.
Aizen, que é tido por muitos como o "pai dos quadrinhos", foi um dos principais responsáveis pela introdução no Brasil das [[Banda Desenhada|histórias em quadrinhos]] norte-americanas, como ''[[Mandrake]]'', ''[[Tarzan]]'', ''[[Dick Tracy]]'', ''[[Príncipe Valente]]'' e ''[[Flash Gordon]]''.


Sempre acreditou-se que Aizen nasceu em [[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]], na [[Bahia]]. Mas o escritor [[Gonçalo Junior]], afirma em seu livro ''A Guerra dos Gibis'', de 2004, que Afonso Aizen era um [[judeu]] [[Russos|russo]] e não baiano (embora tenha morado na Bahia). Esse fato tem grande importância porque naquela época um estrangeiro não podia ser proprietário de uma empresa de comunicação no Brasil.<ref name="Guerra"/>
Sempre acreditou-se que Aizen nasceu em [[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]], na [[Bahia]]. Mas o escritor [[Gonçalo Junior]], afirma em seu livro ''A Guerra dos Gibis'', de 2004, que Afonso Aizen era um [[judeu]] [[Russos|russo]] nascido em [[Ekaterinoslav]] e não baiano (embora tenha morado na [[Salvador (Bahia)|Salvador]] e nunca esteve em Juazeiro). Esse fato tem grande importância porque naquela época um estrangeiro não podia ser proprietário de uma empresa de comunicação no Brasil.<ref name="Guerra"/>


Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1933, começa a trabalhar na editora "[[O Malho]]", responsável pela Revista [[O Tico-Tico]].<ref name="Guerra">{{Ref-livro|coautores=[[Gonçalo Junior]]|título=A guerra dos gibis: a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964|editor=[[Editora Companhia das Letras]] |publicação=[[2004]]|id=8535905820, 9788535905823}}</ref>
Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1933, começa a trabalhar na editora "[[O Malho]]", responsável pela revista [[O Tico-Tico]].<ref name="Guerra">{{Ref-livro|coautores=[[Gonçalo Junior]]|título=A guerra dos gibis: a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964|editor=[[Editora Companhia das Letras]] |publicação=[[2004]]|id=8535905820, 9788535905823}}</ref> Em 1934 lança o histórico "[[Suplemento Juvenil]]", com histórias de personagens dos quadrinhos estadunidenses cujos direitos autorais pertenciam a ''[[King Features Syndicate]]''<ref>{{citar web|url=http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/review_FlashGordonPlanetaMongo.cfm|titulo=Flash Gordon no Planeta Mongo (Ebal)|autor=Toni Rodrigues|data=|publicado=[[Universo HQ]]|acessodata=}}</ref>. Era suplemento, porque acompanhava um jornal (no caso, o jornal [[A Nação]]), da forma como faziam os [[tiras dominicais dos Estados Unidos|jornais]] de [[Nova Iorque]], com grande êxito.<ref name="Guerra"/> Com as ótimas vendas, o suplemento passou a circular pela editora "Grande Consórcio de Suplementos Nacionais", fundada por Aizen.<ref name="Guerra"/> O dono do jornal [[O Globo]] ([[Roberto Marinho]]) havia recusado a idéia de Aizen, mas quando viu o sucesso da concorrência, resolveu lançar também um suplemento infantil, que chamou de "[[O Globo Juvenil]]".


Aizen não gostou que a palavra "juvenil" tivesse sido usada e lançou uma revista no [[formato Standard]] chamada "O Lobinho", para evitar que seu concorrente utilizasse Globinho, segundo conta-se<ref name="Guerra"/>. A revista "[[O Gibi]]" também foi lançada (1939) para competir com a revista Mirim, de Aizen (primeira revista usar o [[comics|formato "comic book"]] no [[Brasil]]). <ref name="Guerra"/>
Em 1934 lança o histórico "[[Suplemento Juvenil]]", com histórias de personagens dos quadrinhos estadunidenses cujos direitos autorais pertenciam a ''[[King Features Syndicate]]''<ref>{{citar web|url=http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/review_FlashGordonPlanetaMongo.cfm|titulo=Flash Gordon no Planeta Mongo (Ebal)|autor=Toni Rodrigues|data=|publicado=[[Universo HQ]]|acessodata=}}</ref>.

Era suplemento, porque acompanhava um jornal (no caso, o jornal [[A Nação]]), da forma como faziam os [[tiras dominicais dos Estados Unidos|jornais]] de [[Nova Iorque]], com grande êxito.<ref name="Guerra"/> Com as ótimas vendas, o suplemento passou a circular pela editora "Grande Consórcio de Suplementos Nacionais", fundada por Aizen.<ref name="Guerra"/>

O dono do jornal [[O Globo]] ([[Roberto Marinho]]) havia recusado a idéia de Aizen, mas quando viu o sucesso da concorrência, resolveu lançar também um suplemento infantil, que chamou de "[[O Globo Juvenil]]".

Aizen não gostou que a palavra "juvenil" tivesse sido usada e lançou uma revista no [[formato Standard]] chamada "O Lobinho", para evitar que seu concorrente utilizasse Globinho, segundo conta-se<ref name="Guerra"/>.

A revista "[[O Gibi]]" também foi lançada (1939) para competir com a revista Mirim, de Aizen (primeira revista usar o [[comics|formato americano]] no [[Brasil]]). <ref name="Guerra"/>


Em 1945, Aizen funda a editora de revistas infantis Brasil-América ([[EBAL]]), pioneira na introdução de temas e heróies brasileiros nas histórias em quadrinhos.
Em 1945, Aizen funda a editora de revistas infantis Brasil-América ([[EBAL]]), pioneira na introdução de temas e heróies brasileiros nas histórias em quadrinhos.

Revisão das 01h22min de 8 de abril de 2012

Adolfo Aizen (Ekaterinoslav, Rússia, 10 de junho de 1907Rio de Janeiro, RJ, 1991) foi um jornalista e editor russo, naturalizado brasileiro.

Aizen, que é tido por muitos como o "pai dos quadrinhos", foi um dos principais responsáveis pela introdução no Brasil das histórias em quadrinhos norte-americanas, como Mandrake, Tarzan, Dick Tracy, Príncipe Valente e Flash Gordon.

Sempre acreditou-se que Aizen nasceu em Juazeiro, na Bahia. Mas o escritor Gonçalo Junior, afirma em seu livro A Guerra dos Gibis, de 2004, que Afonso Aizen era um judeu russo nascido em Ekaterinoslav e não baiano (embora tenha morado na Salvador e nunca esteve em Juazeiro). Esse fato tem grande importância porque naquela época um estrangeiro não podia ser proprietário de uma empresa de comunicação no Brasil.[1]

Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1933, começa a trabalhar na editora "O Malho", responsável pela revista O Tico-Tico.[1] Em 1934 lança o histórico "Suplemento Juvenil", com histórias de personagens dos quadrinhos estadunidenses cujos direitos autorais pertenciam a King Features Syndicate[2]. Era suplemento, porque acompanhava um jornal (no caso, o jornal A Nação), da forma como faziam os jornais de Nova Iorque, com grande êxito.[1] Com as ótimas vendas, o suplemento passou a circular pela editora "Grande Consórcio de Suplementos Nacionais", fundada por Aizen.[1] O dono do jornal O Globo (Roberto Marinho) havia recusado a idéia de Aizen, mas quando viu o sucesso da concorrência, resolveu lançar também um suplemento infantil, que chamou de "O Globo Juvenil".

Aizen não gostou que a palavra "juvenil" tivesse sido usada e lançou uma revista no formato Standard chamada "O Lobinho", para evitar que seu concorrente utilizasse Globinho, segundo conta-se[1]. A revista "O Gibi" também foi lançada (1939) para competir com a revista Mirim, de Aizen (primeira revista usar o formato "comic book" no Brasil). [1]

Em 1945, Aizen funda a editora de revistas infantis Brasil-América (EBAL), pioneira na introdução de temas e heróies brasileiros nas histórias em quadrinhos.

Teve três filhos, dois dos quais trabalharam com ele, como diretores, na EBAL: Paulo Adolfo Aizen (como diretor-gerente) e Naumin Aizen (como diretor-editorial).

Referências

  1. a b c d e f Editora Companhia das Letras (ed.). A guerra dos gibis: a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964. 2004. [S.l.: s.n.] 8535905820, 9788535905823  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  2. Toni Rodrigues. «Flash Gordon no Planeta Mongo (Ebal)». Universo HQ 

Ligações externas