Carta de corso: diferenças entre revisões
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A '''carta de corso''' (do [[latim]] ''cursus'', «corrida»), ou '''carta de marca''', era um documento emitido pelo [[governo]] de um [[país]] pelo qual seu dono era autorizado a atacar [[navio]]s ([[pirata]]s) e povoados ([[base]]s), de [[nação|nações]] [[inimigo|inimigas]]. Desta forma convertendo o proprietário da carta em membro da [[marinha]] daquele país, conforme a chamada "Lei do Mar" (Tratado Internacional da época, quando se criou esse instrumento jurídico internacional)<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL882461-5602,00-PIRATAS+JA+FORAM+FUNCIONARIOS+DE+REIS+EM+ACOES+NOS+MARES.html |título=Piratas já foram 'funcionários' de reis em ações nos mares |acessodata=08/11/2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado= |páginas= |língua= |língua2= |língua3= |lang= |citação= }}</ref>. |
A '''carta de corso''' (do [[latim]] ''cursus'', «corrida»), ou '''carta de marca''', era um documento emitido pelo [[governo]] de um [[país]] pelo qual seu dono era autorizado a atacar [[navio]]s ([[pirata]]s) e povoados ([[base]]s), de [[nação|nações]] [[inimigo|inimigas]]. Desta forma convertendo o proprietário da carta em membro da [[marinha]] daquele país, conforme a chamada "Lei do Mar" (Tratado Internacional da época, quando se criou esse instrumento jurídico internacional)<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL882461-5602,00-PIRATAS+JA+FORAM+FUNCIONARIOS+DE+REIS+EM+ACOES+NOS+MARES.html |título=Piratas já foram 'funcionários' de reis em ações nos mares |acessodata=08/11/2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado= |páginas= |língua= |língua2= |língua3= |lang= |citação= }}</ref>. |
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A cartas de corso |
A cartas de corso foram muito utilizadas na [[Idade Média]] e na [[Idade Moderna]], quando os países não tinham condições de manter marinhas próprias, ou suficientemente grandes. Foram utilizadas por todas as grandes nações marítimas{{Carece de fontes}}, principalmente pela [[França]] e a [[Inglaterra]], também pela [[Espanha]], mas em menor grau e mais tardiamente. |
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O texto da carta normalmente autorizava o seu agente a ultrapassar a fronteira (''marco'' do país), e ali buscar, tomar ou destruir barcos e frotas inimigas, que eram os famosos piratas que infestavam os mares e prejudicavam a [[navegação]]. |
O texto da carta normalmente autorizava o seu agente a ultrapassar a fronteira (''marco'' do país), e ali buscar, tomar ou destruir barcos e frotas inimigas, que eram os famosos piratas que infestavam os mares e prejudicavam a [[navegação]]. |
Revisão das 20h08min de 18 de março de 2014
A carta de corso (do latim cursus, «corrida»), ou carta de marca, era um documento emitido pelo governo de um país pelo qual seu dono era autorizado a atacar navios (piratas) e povoados (bases), de nações inimigas. Desta forma convertendo o proprietário da carta em membro da marinha daquele país, conforme a chamada "Lei do Mar" (Tratado Internacional da época, quando se criou esse instrumento jurídico internacional)[1].
A cartas de corso foram muito utilizadas na Idade Média e na Idade Moderna, quando os países não tinham condições de manter marinhas próprias, ou suficientemente grandes. Foram utilizadas por todas as grandes nações marítimas[carece de fontes], principalmente pela França e a Inglaterra, também pela Espanha, mas em menor grau e mais tardiamente.
O texto da carta normalmente autorizava o seu agente a ultrapassar a fronteira (marco do país), e ali buscar, tomar ou destruir barcos e frotas inimigas, que eram os famosos piratas que infestavam os mares e prejudicavam a navegação.
As cartas de corso foram abolidas pela Declaração de Paris de 1856, em um anexo ao tratado que encerrou a Guerra da Crimeia. Os Estados Unidos, entretanto, foram um dos países que não ratificaram esta declaração.
Benefícios da carta de corso
Para o proprietário
- Utilização dos portos do país que outorgava a carta;
- Acesso a mantimentos de forma igual ou similar à dos navios regulares da marinha do país em questão;
- Liberdade de mostrar a carta ao exército inimigo, em caso de captura, podendo solicitar tratamento igual ao de prisioneiro de guerra, em vez de pirata, evitando assim a pena normal de enforcamento;
- Ter a patente de corsário e sentir-se membro da marinha;
- Mostrar a carta para poder recrutar a tripulação.
Para o país outorgante
- Poder controlar o dono da carta (Luís XIV e outros monarcas franceses exigiam fianças dos donos de navios, para garantir o controle);
- Dispor de uma marinha sem necessidade de investimento na construção de barcos, recrutamento da tripulação, armamento, etc.
- Ter direito a parte dos lucros obtidos no corso;
- Poder alegar que as ações realizadas contra países com quem não estavam em guerra, mas se queria punir, eram obra de piratas, alheios a sua vontade.
Bibliografia
- Defesa Militar, Princípios irmãos J. S. Vasconcellos Editora Exército Brasileiro, 1939.
Ver também
Referências
- ↑ «Piratas já foram 'funcionários' de reis em ações nos mares». Consultado em 8 de novembro de 2012