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'''Sua Majestade (S.M.)''' em [[inglês]]: '''Her Majesty (H.M.)''', em [[alemão]]: '''Seine Majestät (S.M.)''', em [[espanhol]]: '''Su Majestad (S.M.)''', em [[francês]]: '''Son Mejesté (S.M.)''', em [[italiano]]: '''Sua Maestà (S.M.)'''.
'''Sua Majestade (S.M.)''' é um tratamento destinado a monarcas. É uma palavra derivada do [[latim]] ''maiestas'', que significa ''grandeza''.


Mesmo que destronado um [[soberano]] perde o ''jus imperium'' (não governa) e o ''jus gladium'' (não obriga), mas conserva o ''jus majestatis'' (direito de ser tratado e protegido como majestade) e tal continuará para os respectivos pretendentes até que o trono seja eventualmente ocupado<ref>[http://tican.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=111:titulos-de-nobreza-ordens-de-cavalaria-e-fons-honorum&catid=36:de-saboia&Itemid=67 Títulos de Nobreza, Ordens de Cavalaria e Fons Honorum, por Saboia Bandeira de Mello, 06 de Agosto de 2012]</ref>.
== Descrição ==


== Origem ==
'''Majestade''' é um tratamento detido por [[Rei|reis e rainhas]], desde o ano de 1520 até o presente; No passado foi também detido por [[imperadore]]s juntamente com os reis, que como já mencionado detêm o tratamento até hoje. Cada soberano de natureza real foi passando a ser sua majestade ao longo do tempo, até chegar a totalidade dos reis como suas majestades.
Inicialmente, durante a [[República Romana]], a palavra ''maiestas'' era um estatuto legal e da dignidade do [[Estado]], que devia ser respeitada acima de todo o resto. Esta foi crucialmente definida pela existência de um crime específico, chamado [[Crime de lesa-majestade|''laesa maiestatis'']], literalmente "lesa majestade", que consiste na violação daquele estatuto supremo.


Diversos actos como o de celebrar uma festa num dia de luto público, o desprezo dos vários ritos do Estado e deslealdade na palavra ou acto foram punidos como crimes contra a majestade da [[república]]. No entanto, mais tarde, sob o [[Império Romano]], ele veio a significar um crime contra a dignidade do [[Imperador romano|imperador]]. Mesmo com acções indirectas, tais como o pagamento de um serviço num bordel com uma medalha que ostentasse o retrato do imperador poderia ser punido como um acto "maiestas".
== Significado ==


== Forma de tratamento ==
Majestade é sinônimo de [[sublimidade]], como tal a palavra como tratamento revela a natureza elevada dos reis, tornando eles personificação de alta grandeza.
Após a queda de [[Roma]], ''majestade'' foi usado para descrever um monarca da mais alta classificação - na verdade, era geralmente aplicado a [[Deus]]. O título foi, então, também assumido por reis de grandes potências como uma tentativa de auto-elogio e apesar de um suposto estilo real, como um rei ou rainha, que seria, assim, muitas vezes, ser chamado de "Sua Majestade Real". O primeiro [[Lista de reis de Inglaterra|rei inglês]] a usar este estilo, ''Majestade'', foi [[Henrique VIII de Inglaterra|Henrique VIII]] - anterioremente, os monarcas tinham utilizado a forma de tratamento de ''Sua graça''. Finalmente, o título ficou consagrado na lei, e foi assim que todos os reis e rainhas da [[Europa]] passaram a ostentar o título no dia-a-dia. Variações incluem ''[[Sua Majestade Católica]]'' em [[Espanha]] e ''[[Sua Majestade Britânica]]'' no [[Reino Unido]], quando usado para distinguir entre diversos monarcas.


Os [[principado]]s não foram agraciados com esse tratamento, mas sim com ''[[Sua Alteza]]'' ou ''[[Sua Alteza Sereníssima]]''. Numa nota, a quase todos os governantes dos estados-principados no [[Império Britânico]] foi negado o uso de ''Sua Majestade'', só sendo reconhecidos como Suas Altezas, um estilo comumente utilizado para filhos (e outros familiares), de uma majestade, uma vez que eles não eram soberanos da família real.
== Antecedência da criação do tratamento & origem ==

Após a queda de [[Império Romano|Roma]], majestade foi usado para descrever um soberano da mais alta classificação - na verdade, era geralmente aplicado a Deus, por causa da religiosidade da época.

Quando Carlos V tornou-se imperador do [[Sacro Império Romano-Germânico|Sacro Império]] ele decidiu que o tratamento de Alteza não era mais suficiente para o seu '''status imperial''', e proclamou majestade como tratamento oficial do imperador. Imediatamente, seu rival [[Francisco I da França]] também proclamou o tratamento como o do [[rei da França]], depois do ocorrido, sucessivos tratados tornaram majestade o tratamento oficial de reis & imperadores naquela época.

O título foi, então, também assumido por reis de grandes potências primeiramente, como uma tentativa de auto-elogio. Finalmente, o título ficou consagrado na lei, e foi assim que todos os reis e rainhas do mundo passaram a ostentar o tratamento no dia-a-dia.

== Variações ==

Variações incluem [[Sua Majestade Católica]] em Espanha e [[Sua Majestade Britânica]] no Reino Unido, quando usado para se distinguir entre diversos reis.


== Uso em África ==
Na maior parte da [[África]], onde possa haver reis e rainhas ou chefes, eles usam ''Sua Majestade'', em vez de ''Sua Alteza'' ou ''Sua Alteza Real'', independentemente dos reis ou chefes serem soberanos de qualquer território, já que a maioria são chefes de [[tribo]]s dentro de vários países da África.


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Revisão das 10h35min de 4 de setembro de 2016

Sua Majestade (S.M.) é um tratamento destinado a monarcas. É uma palavra derivada do latim maiestas, que significa grandeza.

Mesmo que destronado um soberano perde o jus imperium (não governa) e o jus gladium (não obriga), mas conserva o jus majestatis (direito de ser tratado e protegido como majestade) e tal continuará para os respectivos pretendentes até que o trono seja eventualmente ocupado[1].

Origem

Inicialmente, durante a República Romana, a palavra maiestas era um estatuto legal e da dignidade do Estado, que devia ser respeitada acima de todo o resto. Esta foi crucialmente definida pela existência de um crime específico, chamado laesa maiestatis, literalmente "lesa majestade", que consiste na violação daquele estatuto supremo.

Diversos actos como o de celebrar uma festa num dia de luto público, o desprezo dos vários ritos do Estado e deslealdade na palavra ou acto foram punidos como crimes contra a majestade da república. No entanto, mais tarde, sob o Império Romano, ele veio a significar um crime contra a dignidade do imperador. Mesmo com acções indirectas, tais como o pagamento de um serviço num bordel com uma medalha que ostentasse o retrato do imperador poderia ser punido como um acto "maiestas".

Forma de tratamento

Após a queda de Roma, majestade foi usado para descrever um monarca da mais alta classificação - na verdade, era geralmente aplicado a Deus. O título foi, então, também assumido por reis de grandes potências como uma tentativa de auto-elogio e apesar de um suposto estilo real, como um rei ou rainha, que seria, assim, muitas vezes, ser chamado de "Sua Majestade Real". O primeiro rei inglês a usar este estilo, Majestade, foi Henrique VIII - anterioremente, os monarcas tinham utilizado a forma de tratamento de Sua graça. Finalmente, o título ficou consagrado na lei, e foi assim que todos os reis e rainhas da Europa passaram a ostentar o título no dia-a-dia. Variações incluem Sua Majestade Católica em Espanha e Sua Majestade Britânica no Reino Unido, quando usado para distinguir entre diversos monarcas.

Os principados não foram agraciados com esse tratamento, mas sim com Sua Alteza ou Sua Alteza Sereníssima. Numa nota, a quase todos os governantes dos estados-principados no Império Britânico foi negado o uso de Sua Majestade, só sendo reconhecidos como Suas Altezas, um estilo comumente utilizado para filhos (e outros familiares), de uma majestade, uma vez que eles não eram soberanos da família real.

Uso em África

Na maior parte da África, onde possa haver reis e rainhas ou chefes, eles usam Sua Majestade, em vez de Sua Alteza ou Sua Alteza Real, independentemente dos reis ou chefes serem soberanos de qualquer território, já que a maioria são chefes de tribos dentro de vários países da África.

Referências

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