Estado Independente da Croácia: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 5: Linha 5:
|continente = Europa
|continente = Europa
|estatuto = Reino
|estatuto = Reino
|estatuto_texto = Estado fantoche da [[Alemanha Nazista]] e da [[Império Italiano|Itália Fascista]]
|estatuto_texto = Estado aliado da [[Alemanha Nazista]] e da [[Império Italiano|Itália Fascista]]
|forma_de_governo = Monarquia
|forma_de_governo = Monarquia
|ano_início = 1941
|ano_início = 1941

Revisão das 19h04min de 21 de julho de 2018

Nezavisna Država Hrvatska
Estado Independente da Croácia

Estado aliado da Alemanha Nazista e da Itália Fascista


1941 – 1945
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Croácia
Localização de Croácia
O Estado Independente da Croácia em 1942
Continente Europa
Capital Zagreb
Língua oficial Croata
Governo Monarquia
Rei
 • 1941-1943 Tomislav II¹
Poglavnik
 • 1941-1945 Ante Pavelić
Primeiro-ministro
 • 1941-1943 Ante Pavelić
 • 1943-1945 Nikola Mandić
História
 • 10 de Abril de 1941 de 1941 Invasão da Iugoslávia
 • 19 de Maio de 1941 Croácia perde a Dalmácia para a Itália
 • 29 de Novembro de 1943 Declarada a República Federal Socialista da Jugoslávia
 • 8 de Maio de 1945 de 1945 Derrota pelo Exército Vermelho e Movimento Partisan Jugoslavo
População
 • 1941 est. 6,966,729 
Moeda Kuna
Membro de: Eixo
¹ O Rei Tomislav II residia em Itália e nunca visitou o seu reino. Pavelić governava o país em ditadura fascista.

O Estado Independente da Croácia (NDH, em croata Nezavisna Država Hrvatska) foi um estado aliado da Alemanha Nazi e da Itália Fascista,[1][2][3] estabelecido em uma parte do Eixo-Jugoslávia ocupada.

O NDH foi proclamado em 10 de Abril de 1941 por Slavko Kvaternik, deputado líder do Ustaše. O líder do estado foi Ante Pavelić. Oficialmente foi um reino com um soberano na figura de Tomislav II da Croácia da Casa de Saboia, mas este não possuía na realidade nenhum poder.

Da assinatura do Tratado de Roma em 18 de maio de 1941 até a capitulação italiana na Segunda Guerra Mundial em 8 de setembro de 1943, o estado foi um condomínio territorial da Alemanha e da Itália.[4][5][6][7] No seu julgamento, o Tribunal Militar de Nuremberg concluiu que o Estado Independente da Croácia não foi um estado soberano. De acordo com o tribunal, "A Croácia em todos os momentos esteve envolvida como um país ocupado".[8]

História

Precedentes

O movimento nacionalista croata teve precedente no escritor Pavao Ritter Vitezović em 1700, mas apenas encontrou sua primeira encarnação política em 1861 como o Partido dos Direitos da Croácia de Ante Starchevic e do futuro "Führer" Ante Pavelic[9], cujos seguintes pontos foram aplicados em 1941:[10]

  1. A criação de uma Grande Croácia com a Bósnia-Herzegovina e alguns outros territórios eslavos do Sul.
  2. Um extermínio ou expulsão de todos os sérvios ortodoxos de uma maior Croácia ou mesmo a sua Croacização.
  3. Reconhecimento apenas da minoria búlgara,italiana e alemã.[11]

Em 1895, uma facção racial do partido (Partido Puro dos Direitos) guiada por Josip Frank conduziu posteriormente durante a Primeira Guerra Mundial pogroms contra as minorias sérvias.[12][13] [14][15][16]

Segunda Guerra Mundial

O estado incluiu a totalidade da actual Bósnia e Herzegovina e grande parte da Croácia, com o norte da Dalmácia anexada à Itália, e Medimurje e Baranja do sul anexadas à Hungria. A metade norte do NDH encontrava-se na zona de influência militar alemã, com a Wehrmacht exercendo a ocupação, enquanto que a metade meridional era controlada pelo exército da Itália fascista. Após a capitulação da Itália em 1943, o NDH absorveu a Dalmácia do norte (Split e Šibenik).

grande parte da sua população não era croata, pois havia importantes núcleos de sérvios, bósnios muçulmanos(que eram considerados croatas étnicos), alemães, húngaros e outros grupos étnicos. O estado continuou com a política nazi de genocídio em massa, assim como a expulsão e conversão religiosa forçada dos sérvios ao catolicismo[17][18][19][20][21][22][23], numa tentativa de suprimir todos os grupos indesejados: sérvios, judeus, ciganos, croatas dissidentes e outros, chegando a matar até 100 mil pessoas durante a guerra, dos quais milhares eram da etnia sérvia.[24][25] O Estado-fantoche também foi pioneiro na construção de campos de concentração exclusivos para crianças.[26]

O Estado Independente da Croácia deixou de existir em Maio de 1945, com o avanço das forças partisan de Josip Broz Tito, seguidas pelo Exército Vermelho soviético. Nesse mesmo ano foi criada a República Federal Socialista da Jugoslávia.

Líderes

Líder do Ustaše e do E.I. da Croácia

Líderes militares

Líderes políticos

Ver também


Referências

  1. "Independent State of Croatia", Britannica Online Encyclopedia; retrieved 8 September 2009.
  2. "Croatia" Arquivado em 1 novembro 2009 na WebCite. Microsoft Encarta Online Encyclopedia; retrieved 8 September 2009.
  3. "Yugoslavia", Holocaust Encyclopedia. United States Holocaust Memorial Museum; retrieved 8 September 2009. Archived 31 October 2009.
  4. Tomasevich, 2001, p. 60. "Thus on 15 April 1941, Pavelić came to power, albeit a very limited power, in the new Ustasha state under the umbrella of German and Italian forces. On the same day German Führer Adolf Hitler and Italian Duce Benito Mussolini granted recognition to the Croatian state and declared that their governments would be glad to participate with the Croatian government in determining its frontiers."
  5. Graubard, Stephen R. (1993). Exit from Communism. p. 153. Transaction Publishers; ISBN 1-56000-694-3
    "Mussolini and Hitler installed the Ustašas in power in Zagreb, making them the nucleus of a dependent regime of the newly created Independent State of Croatia, an Italo-German condominium predicated on the abolition of Yugoslavia."
  6. Frucht, Richard C. (2005). Eastern Europe: An Introduction to the People, Lands, and Culture. p. 429. ABC-CLIO; ISBN 1-57607-800-0
    "The NDH was in fact an Italo-German condominium. Both Nazi Germany and fascist Italy had spheres of influence in the NDH and stationed their own troops there."
  7. Banac, Ivo (1988). With Stalin Against Tito: Cominformist Splits in Yugoslav Communism. Cornell University Press, pg. 4; ISBN 0-8014-2186-1
  8. Deutschland Military Tribunal 1950, pp. 1302–03.
  9. B. J. Fischer (ed.), Balkan Strongmen: Dictators and Authoritarian Rulers of Southeast Europe, Londres: C. Hurst & Co. (Publishers) Ltd, 2006, 228−271
  10. В. Крестић, Геноцидом до Велике Хрватске. Друго допуњено издање , Јагодина: Гамбит, 2002
  11. A. J. Bellamy, The Formation of Croatian National Identity: A Centuries-Old Dream, Manchester−New York: Manchester University Press, 2003
  12. M. Gross, Povijest pravaške ideologije, Zagreb: Institut za hrvatsku povijest, 1973; M. S. Spalatin, “The Croatian Nationalism of Ante Starčević, 1845−1871”, Journal of Croatian Studies, 15, 1975, 19−146; G. G
  13. Gilbert, “Pravaštvo and the Croatian National Issue”, East European Quarterly, 1, 1978, 57−68
  14. M. Gross. A. Szabo, Prema hrvatskome građanskom društvu. Društveni razvoj u civilnoj Hrvatskoj I Slavoniji šezdesetih I sedamdesetih godina 19. stoljeća, Zagreb: Globus nakladni zavod, 1992, 257−265
  15. Ј. Хорват, Странке код Хрвата и њихова идеологија, Београд: Политика, 1939
  16. В. Ћоровић, Црна књига: Патње Срба Босне и Херцеговине за време Светског Рата 1914−1918, Удружење ратних добровољаца, 1996
  17. М. А. Ривели, Надбискуп геноцида: Монсињор Степинац, Ватикан и усташка диктатура у Хрватској 1941−1945, Никшић−Јасен, 1999
  18. A. Benigar, Alojzije Stepinac hrvatski kardinal, Rim, 1974; S. Alexander, The Triple Myth. A Life of Archbishop Stepinac, Nova York, 1987
  19. М. А. Ривели, Бог је с нама: Црква Пија XII саучесника нацифашизма, Никшић: Јасен, 2003; Д. Р. Живојиновић, Ватикан, Католичка црква и југословенска власт 1941−1958, Београд: Просвета−Терсит, 1994, 11−127
  20. Tajni dokumenti o odnosima između Vatikana i ustaške NDH, Zagreb, 1948; V. Dedijer, Vatikan i Jasenovac. Dokumenti, Belgrado, 1987
  21. D. Živojinović, D. Lučić, Varvarstvo u ime Hristovo. Prilozi za Magnum Crimen, Beograd, 1988
  22. M. Bulajić, Misija Vatikana u Nezavisnoj Državi Hrvatskoj, I−II, Belgrado, 1992
  23. The Real Genocide in Yugoslavia
  24. V. Žerjavić, Population Losses in Yugoslavia 1941−1945, Zagreb: Hrvatski institut za povijest, 1997
  25. С. Аврамов, Геноцид у Југославији у светлости међународног права, Београд, 1992
  26. Michel Collon, Liars’ Poker, IAC, New York, 2002, p. 78