Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Instituto de Química
IQ
Fundação 30 de janeiro de 1959 (65 anos)
Instituição mãe Universidade Federal do Rio de Janeiro
Tipo de instituição Federal
Localização Avenida Athos da Silveira Ramos, nº 149, Bloco A – 7º andar, Centro de Tecnologia
Rio de Janeiro, RJ,  Brasil
Campus Cidade Universitária
Página oficial iq.ufrj.br

O Instituto de Química (IQ) é uma unidade de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Visão geral[editar | editar código-fonte]

O Instituto de Química é parte integrante do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), que reúne atividades nas áreas de Química, Física, Matemática, Geologia, Geografia, Astronomia, Ciências Atuariais, Estatística, Meteorologia e Informática, além de contar com o Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (iNCE). Ocupa 4 andares do bloco A do prédio do Centro de Tecnologia (CT) e o Pólo Piloto de Xistoquímica, contando com laboratórios de pesquisa, bibliotecas, oficinas de vidro, mecânica e manutenção. Até então o IQ formou mais de 1000 bacharéis e licenciados e mais de 1200 teses de Mestrado e Doutorado foram defendidas.

O IQ organiza-se em cinco departamentos:

Além do Pólo de Xistoquímica Professor Cláudio Costa Neto, integrado ao Departamento de Química Orgânica.

História[editar | editar código-fonte]

O Instituto de Química foi criado em 1959 durante a gestão do magnífico reitor e ilustre historiador Pedro Calmon, pela resolução n.º 4, de 30 de janeiro de 1959, do Conselho Universitário da Universidade do Brasil. O artigo 1 da Resolução definia bem o seu alcance. "Art. 1. Fica criado na Universidade do Brasil, nos temos da letra h, do artigo 14 do seu estatuto, o Instituto de Química, destinado à pesquisa e ao ensino de Pós-Graduação de Química".

Com a re-estruturação da UFRJ, não mais Universidade do Brasil, o IQ foi mantido pelo Decreto número 60455a, de 13 de março de 1967 e constitui-se, atualmente numa Unidade do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza. O chamado Curso de Química, através do qual se diplomavam bacharéis e licenciados em química, até então sob a responsabilidade da Faculdade Nacional de Filosofia, passou a ser do Instituto de Química.

Pioneiro na pós-graduação brasileira, o Instituto de Química foi reconhecido já em 1969 como centro de excelência pelo Conselho Nacional de Pesquisas e credenciado em janeiro de 1972, pelo Conselho Federal de Educação.

Ensino[editar | editar código-fonte]

Graduação[editar | editar código-fonte]

Reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) com excelência de qualidade, os cursos de Química da UFRJ devem sua qualidade a qualificação dos docentes e a infra-estrutura do Instituto. Segundo avaliação feita pelo MEC dos cursos de graduação em todo o Brasil, o curso de Química possui o conceito máximo em todos os aspectos avaliados (instalações, corpo docente e projeto pedagógico). O corpo docente é constituído por 109 docentes com grau mínimo de Mestre ou Doutor em Ciências, dos quais a maior parte em regime de tempo integral e dedicação exclusiva.

Os cursos de graduação oferecidos pelo IQ são:

  • Química com Atribuições Tecnológicas
  • Bacharelado em Química
  • Licenciatura em Química

O IQ também ministra disciplinas relacionadas com a Química para outros institutos e escolas no âmbito da UFRJ.

Pós-graduação[editar | editar código-fonte]

Pioneiro na pós-graduação brasileira, o Instituto de Química foi reconhecido já em 1969 como centro de excelência pelo Conselho Nacional de Pesquisas (Processo nº 3003/69) e credenciado em janeiro de 1972, pelo Conselho Federal de Educação (Processos CFE nº 1536/69 e MEC nº 255062/71).

O IQ tem cursos de pós-graduação stricto sensu: mestrado e doutorado, nas diversas áreas de pesquisa da instituição e conta, atualmente, com três programas de Pós-Graduação:

  • Química (Conceito 7)
  • Ciência de Alimentos (Conceito 6)
  • Bioquímica (Conceito 6)

A história da Pós-Graduação em Química (PGQu) está intimamente ligada à história do Instituto de Química e do Programa de Pós-Graduação em Química Orgânica (PGQO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A PGQO foi a pioneira em pesquisas na área de química, com o inicio da atividades em 1963. Formada pela fusão dos quatro Programas de Química existentes no IQ (Química Orgânica, conceito 6;, Físico-Química, conceito 5; Química Inorgânica, conceito 4 e Química Analítica, conceito 3), iniciada em 2007, o PGQu é um dos melhores cursos de Pós-Graduação do país. No presente, a PGQu é reconhecida nacional e internacionalmente como centro de excelência em química (conceito 7, de um máximo de 7), de acordo com as avaliações da Capes.

O número de alunos matriculados nos programas de pós-graduação está em torno de 500, muitos dos quais pertencem aos quadros das Universidades do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e de outros estados, Embrapa, Fiocruz e Petrobras. O número expressivo de bolsistas representa aporte específico de auxílio à pesquisa obtidos pelos Coordenadores de projetos e orientadores dos programas de Pós-Graduação.

Na última década, o número de teses de mestrado decresceu de forma significativa, enquanto o de doutorado aumentou. Um dos fatores que podem ter contribuído para isso pode estar relacionado à admissão, por parte de alguns programas de doutorado, de alunos recém-graduados, suprimindo a passagem pelo mestrado para os alunos bem qualificados. A qualidade do corpo discente também é reflexo do Programa de Iniciação Científica desenvolvido no IQ. Os estudantes de Iniciação Científica freqüentam os laboratórios de pesquisas do Instituto de Química na proporção de 3 (três) estudantes de Iniciação por 1 (um) de Pós-Graduação. Em 2005 o IQ celebrou a defesa de sua 1000ª tese, considerando-se teses de mestrado e doutorado.

A produção científica dos docentes e pesquisadores do Instituto de Química está entre as mais expressivas do país. Centenas de artigos científicos são publicados a cada ano em periódicos indexados de alto índice de impacto. Nos últimos anos, patentes nacionais e internacionais têm sido depositadas por docentes do Instituto de Química. As atividades de pesquisa são financiadas pelo CNPq, CAPES, FAPERJ, FUJB e ANP. Professores do Instituto de Química também participam de projetos PRONEX/MCT e Institutos do Milênio. A partir de 1999, vários pesquisadores receberam apoio do programa Cientista de Nosso Estado, da FAPERJ. Outros projetos também começaram a ser financiados pelo PADCT, pela CAPES, e pela FUJB.

Extensão[editar | editar código-fonte]

Semana da Química[editar | editar código-fonte]

Algumas atividades de extensão já viraram tradições, como a Semana da Química, usualmente realizada em março/abril de cada ano. A organização da Semana da Química é iniciativa dos alunos de graduação e teve sua primeira versão em 1993, tendo sido repetida anualmente desde então. Uma das atrações são os minicursos normalmente oferecidos e uma boa chance de congraçamento com pessoas de outras instituições.

Museu de Química[editar | editar código-fonte]

O Museu de Química Professor Athos da Silveira Ramos iniciou as suas atividades no dia 13 de março de 2001, durante a IX Semana de Química do Instituto de Química. Ele tem por objetivo a preservação do passado histórico da Química em Brasil, em particular no Rio de Janeiro, constituindo-se numa iniciativa pioneira no Brasil, já que não existe um museu consagrado exclusivamente à Química. O nome dado ao museu é uma homenagem a um dos fundadores do Instituto. Sendo, por excelência, uma atividade cultural e de extensão, o museu da Química Professor Athos da Silveira Ramos se apresenta em exposições itinerantes em eventos e em locais onde um grande número de pessoas possa conhecer a trajetória da ciência química em nosso país. Ele também está aberto à visitação em sua sede, na sala 522 do bloco A do Centro de Tecnologia, onde cerca de 400 peças se acham em exposição. Além disso, conta com um espaço destinado à reserva técnica. Um escalonamento com monitores ajuda os visitantes a aproveitarem o acervo melhor e dá oportunidade aos estudantes em se aprimorarem em técnicas de apresentação.

Áreas de pesquisa[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]