Juan María Bordaberry
Juan María Bordaberry Arocena | |
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Juan María Bordaberry Arocena | |
34° Presidente do Uruguai | |
Período | 1 de março de 1972 a 12 de junho de 1976 |
Antecessor(a) | Jorge Pacheco Areco |
Sucessor(a) | Alberto Demicheli |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de junho de 1928 Montevidéu, Uruguai |
Morte | 17 de julho de 2011 (83 anos) Montevidéu, Uruguai |
Primeira-dama | Josefina Herrán Puig |
Partido | Partido Nacional (Blanco) Partido Colorado |
Profissão | proprietário rural |
Juan María Bordaberry Arocena (Montevidéu, 17 de Junho de 1928 - Montevidéu, 17 de Julho de 2011[1]) foi um proprietário rural e o presidente do Uruguai entre 1972 e 1976. Até junho de 1973 governou como presidente constitucional e, de 27 de junho daquele ano até o fim de seu mandato, como ditador.[2]
Família
[editar | editar código-fonte]Filho do político Domingo Bordaberry e de Elisa Arocena.
Casado com Josefina Herrán, tiveram nove filhos: María, Juan, Martín, Pedro, Santiago, Pablo, Javier, Andrés e Ana.
Seu filho Pedro Bordaberry seguiu a vida política inclusive se candidatando à presidência do Uruguai em 2014 pelo Conservador Partido Colorado.[3]
Ditadura
[editar | editar código-fonte]Chegou à presidência pelo voto.[4] Em 27 de junho de 1973, Bordaberry dissolveu o parlamento e suspendeu a constituição, bem como os partidos políticos, associações e liberdades civis. Era uma figura decorativa nas mãos das forças armadas e seu regime se auto-declarava como cívico-militar.[4]
Compareceu à posse de Ernesto Geisel na presidência do Brasil em 1974.[4] Tratou na ocasião só de assuntos leves: um projeto de hidrelétrica em Jaguarão e exportação de carnes.[4]
As tensões com os militares aumentaram com o passar do tempo. Líderes militares suspenderam seu mandato em 1976, substituindo-o por Alberto Demicheli, supostamente menos resistente às suas ordens.
Bordaberry retornou a seu rancho após sua destituição. Ele não retornou à atenção pública até 2006, quando o Presidente Tabaré Vázquez iniciou investigações sobre abusos de direitos humanos ocorridos durante o governo de Bordaberry.
Em 2010, Juan Bordaberry foi condenado a 30 anos de prisão por violação da constituição e por ter participado do golpe. Foi julgado culpado de 14 assassinatos e desaparecimentos relacionados com a ditadura. Cumpriu três meses na prisão e foi transferido para a casa de um de seus filhos, em Montevidéu, por razões de saúde, onde ficou até falecer em 2011.[5]
Referências
- ↑ Juan Bordaberry Dies at 83; Led Uruguay in Dark Era
- ↑ «Falleció Juan María Bordaberry». Montevideo Portal (em espanhol). Consultado em 12 de julho de 2021
- ↑ Aires, Délis OrtizBuenos; Argentina (28 de outubro de 2014). «Eleição presidencial no Uruguai vai para o 2º turno com quadro definido». Jornal da Globo. Consultado em 12 de julho de 2021
- ↑ a b c d Gaspari, Elio (2014). A Ditadura Derrotada 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca. 544 páginas. ISBN 978-85-8057-432-6
- ↑ FORMER PRESIDENT JUAN MARIA BORDABERRY IS CONDEMNED TO THIRTY YEARS OF PRISION AND 15 YEARS OF PRECAUTIONARY DETENTION FOR THE OFFENSES OF “CRIMES AGAINST THE CONSTITUTION,” TWO “POLITICAL HOMICIDES” AND THE “FORCED DISAPPEARANCE” OF NINE CITIZENS
Precedido por Jorge Pacheco Areco |
Presidente do Uruguai 1972 - 1976 |
Sucedido por Alberto Demicheli |
- Nascidos em 1928
- Mortos em 2011
- Uruguaios de ascendência basca
- Ministros do Uruguai
- Presidentes do Uruguai
- Membros do Partido Colorado (Uruguai)
- Anticomunistas do Uruguai
- Ditadura civil-militar no Uruguai (1973-1985)
- Governantes depostos por golpe de Estado
- Políticos uruguaios do século XX
- Naturais de Montevidéu