Bandeira de Mello Filho

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Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho

Bandeira de Mello Filho em 2021.
Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça
Período 23 de fevereiro de 2021
até a atualidade
Antecessor Henrique Ávila
Conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público do Brasil
Período 25 de setembro de 2017
até 23 de fevereiro de 2021
Antecessor(a) Leonardo Carvalho
Sucessor(a) Engels Augusto Muniz
Secretário-Geral da Mesa do Senado Federal
Período 7 de abril de 2014
até 23 de fevereiro de 2021
Presidente do Senado Renan Calheiros
Antecessor(a) Cláudia Lyra do Nascimento
Sucessor(a) Gustavo Afonso Sabóia Vieira
Diretor-Geral do Senado Federal
Período Julho de 2014 a Março de 2015
Antecessor(a) Antonio Helder Rebouças
Sucessor(a) Ilana Trombka
Dados pessoais
Nascimento 17 de julho de 1979 (44 anos)
Recife, Pernambuco
Alma mater Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco
Cônjuge Gabriela Gatti

Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho (Recife, 17 de julho de 1979) é um servidor público e advogado brasileiro, que atualmente exerce o cargo de Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça. Anteriormente, foi Conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (2017 a 2021) e Secretário-geral da Mesa do Senado Federal (2014 a 2021).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Termo de Posse presidencial e vice-presiencial de 2019 assinado por Bandeira de Melo como Secretário Geral da Mesa Senatorial.

Formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, em 2001, onde colou o grau de Mestre em 2004, é consultor legislativo concursado do Senado Federal desde 2004.[1] No Senado Federal, foi Consultor-Geral Adjunto (abr. 2007 a abr. 2008), Advogado-Geral do Senado (out. 2008 a jan. 2011), Chefe de Gabinete da Presidência do Senado (fev. 2013 a maio 2014),[2] Diretor-Geral (mai. 2014 a fev.2015)[3] e Secretário-geral da Mesa (desde abr.2014[4] até fev. 2021, quando licenciou-se para assumir o CNJ).

De janeiro de 2011 a fevereiro de 2013 esteve cedido ao Ministério da Previdência Social, onde ocupou os cargos de Consultor Jurídico.[5] e de Chefe de Gabinete do então Ministro Garibaldi Alves Filho[6]

Por ocasião da obtenção de seu grau de Mestre em Direito, defendeu a dissertação intitulada "Novos Mecanismos de Prevenção à Corrupção em Licitações Públicas", pela qual obteve o conceito "aprovado com distinção".[7]

Foi designado pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski escrivão do processo de impeachment de Dilma Rousseff [8][9] e foi responsável por orientá-lo nas questões regimentais ao longo das sessões de pronúncia e julgamento.[10]

Luiz Fernando foi o técnico do Senado responsável pela orientação a respeito do fatiamento do impeachment que cassou o mandato de Dilma Rousseff, mas a permitiu continuar com seus direitos políticos.[11] Defendeu a possibilidade dessa aplicação separada das penas do impeachment em entrevistas[12] e artigos[13] publicados na sequência ao julgamento pelo Senado Federal.

Em 25 de setembro de 2017 tomou posse no cargo de Conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público, na vaga destinada a cidadão indicado pelo Senado Federal, para um mandato de dois anos, tendo sido reconduzido a novo mandato, exercido até 23 de fevereiro de 2021, quando renunciou para tomar posse no CNJ. Sucedeu nesta mesma cadeira o atual desembargador do Tribunal Regional Federal da 5a Região (TRF-5), Leonardo Carvalho e foi em seguida sucedido por Engels Augusto Muniz.

Em 1 de fevereiro de 2019 foi exonerado do cargo de Secretário-geral da Mesa do Senado Federal pelo Senador Davi Alcolumbre[14] por ter adotado medidas às vésperas da eleição que supostamente favoreciam o candidato a presidente do Senado, Renan Calheiros.[15] No entanto, sua exoneração foi tornada sem efeito um dia depois pelo Senador José Maranhão, que conduziu a sessão que elegeu o presidente do Senado.[16]Após ser eleito presidente do Senado Federal, o senador Davi Alcolumbre decidiu mantê-lo[17] no cargo de Secretário-geral e ao final de seu mandato como Presidente foi primeiro signatário da indicação de Bandeira de Mello ao Conselho Nacional de Justiça.[18]

Referências

  1. Conforme Diário Oficial da União de 22/03/2004, Seção 2. http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=2&pagina=40&data=22/03/2004
  2. Conforme Boletim Administrativo do Senado Federal de 25 de fevereiro de 2013 http://www.senado.gov.br/transparencia/SECRH/BASF/2013/02fev/Bap5168_1.pdf
  3. Conforme Boletim Administrativo do Senado Federal de 21 de maio de 2014 (edição suplementar), http://www.senado.gov.br/transparencia/SECRH/BASF/2014/05mai/Bap5488_1.pdf
  4. Conforme Boletim Administrativo do Senado Federal de 7 de abril de 2014 (edição suplementar) http://www.senado.gov.br/transparencia/SECRH/BASF/2014/04abr/Bap5459_1.pdf
  5. Conforme Diário Oficial da União de 28/01/2011, Seção 2. http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=2&pagina=2&data=28/01/2011
  6. Conforme Diário Oficial da União de 30/10/2012, Seção 2. http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=2&pagina=3&data=30/10/2012
  7. BANDEIRA, Luiz Fernando. Novos Mecanismos de Prevenção à Corrupção em Licitações Públicas (dissertação de mestrado). Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2004. http://repositorio.ufpe.br/bitstream/handle/123456789/4080/arquivo4973_1.pdf?sequence=1 Arquivado em 24 de setembro de 2016, no Wayback Machine.
  8. Conforme Diário do Congresso Nacional de 12 de maio de 2016, pág. 12 http://legis.senado.gov.br/diarios/BuscaDiario?datSessao=11/05/2016&tipDiario=2
  9. http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/secretario-geral-sera-escrivao-do-julgamento-do-impeachment
  10. «Com estilos diferentes, secretários auxiliam Lewandowski em questões técnicas do processo». "O Globo". 30 de agosto de 2016. Consultado em 22 de setembro de 2016 
  11. «Servidor que orientou fatiamento do impeachment diz que medida segue lei - 02/09/2016 - Poder - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 2 de setembro de 2016 
  12. «Secretários do STF e da mesa do Senado comentam bastidores do impeachment». "GloboNews". 6 de setembro de 2016 
  13. «Impedimento e inabilitação política são penas principais e independentes». "Consultor Jurídico". 22 de setembro de 2016. Consultado em 22 de setembro de 2016 
  14. «Urgente: ALCOLUMBRE EXONERA BANDEIRA». O Antagonista. 1 de fevereiro de 2019. Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  15. admin (1 de fevereiro de 2019). «Adversário de Renan demite secretário-geral do Senado que impediu que ele presidisse sessão desta sexta». Blog da Cidadania. Consultado em 2 de fevereiro de 2019 
  16. «José Maranhão cancela decisão demissão de ex-secretário-geral do Senado». Poder360. 2 de fevereiro de 2019. Consultado em 2 de fevereiro de 2019 
  17. «O longo teste de Bandeira de Mello». O Globo. Globo. Consultado em 21 de maio de 2020 
  18. «Ofício S n. 6/2020. Indicação do nome do Sr. LUIZ FERNANDO BANDEIRA DE MELLO FILHO para compor o Conselho Nacional de Justiça - CNJ, na vaga destinada ao Senado Federal.». 3 de dezembro de 2020 

Precedido por
Henrique Ávila
Lista de Conselheiros do CNJ
Cidadão de notório saber jurídico e reputação ilibada indicado pelo Senado Federal
2021 — 2025
Sucedido por
-

Ligações externas[editar | editar código-fonte]