Mós (Espanha)
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Município | ||||
Pazo de Mos | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | Mosense | |||
Localização | ||||
Localização do concelho de Mos na Galiza | ||||
Localização de Mós na Espanha | ||||
Coordenadas | 42° 13′ N, 8° 36′ O | |||
País | Espanha | |||
Comunidade autónoma | Galiza | |||
Província | Pontevedra | |||
Comarca | Vigo | |||
Alcaide | Nidia Arévalo (2011, PPdeG) | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 53,2 km² | |||
População total (2021) [1] | 15 190 hab. | |||
Densidade | 285,5 hab./km² | |||
Altitude | 400 m | |||
Código postal | 3641x | |||
Código do INE | 36033 | |||
Website | www.mos.es |
Mós[2] (em galego, Mos) é um município (concello em galego) da província de Pontevedra, Galiza, noroeste de Espanha. Pertence à comarca de Vigo, tem 53,2 km² de área e em 2021 a população do município era de 15 190 habitantes (densidade: 285,5 hab./km²).[1] O seu gentílico em galego é mosense.
Situa-se no vale do rio Louro, um afluente do rio Minho que cruza o município de nordeste a sudoeste e ao qual aflui o ribeiro Perral. Faz parte da comarca histórica do Vale da Louriña (ou Terras de A Louriña). Encontra-se a pouco mais de 12 km a leste-sudeste de Vigo, 7 km a norte do Porrinho e 22 km a norte de Tui e da fronteira portuguesa (distâncias por estrada).
O município tem dez paróquias: Cela, Dornelas, Guizán, Louredo, Mos, Pereiras, Petelos, Sanguiñeda, Tameiga e Torroso.
História
[editar | editar código-fonte]Em Mos existem abundantes vestígios arqueológicos que testemunham uma ocupação intensa do território. No entanto, além da existência de povoamentos pré-históricos documentados pelo castro de Torroso Campo de Mamoas e da Pedra Cavaleira (dólmen com restos de corredor incipiente), não há dados até à romanização. Durante o período romano, o território de Mos era atravessado pela estrada romana que ligava Bracara Augusta (atual Braga) a Lugo e Astorga, a Via XIX no Itinerário de Antonino.
Em meados do século XIII a vila era conhecida com o nome de Molis. As dez paróquias da parte mais alta do Vale da Louriña, que constituem o atual concelho de Mos, estavam primitivamente divididas em três jurisdições distintas, pertencentes à antiga província de Tui. O Conde de Salvaterra administrava as paróquias de Cela, Dornelas, Petelos e Sanguiñeda, enquanto que Louredo, Guizán, Pereiras e Tameiga dependiam do Conde de Maceda, que era também proprietário do Pazo de Santo Antoíño. Contudo, a casa mais influente na região era a do Marquês de Mos, que detinha a jurisdição as paróquias de Mos e Torroso. O ayuntamiento de Mos começou a usar o título de villa (vila) no último terço do século XVII, uso que manteve até ao início do século XIX.
Entre 1685 e 1686, Gabriel de Quirós recebe o título de Marquês de Mos das mãos de Carlos II. Desde 1776 que tem grandeza de Espanha, uma mercê outorgada por a Benito Correa y Sarmiento, quarto marquês de Mos. Em 1810 foram unidos os marquesados de Mos e de Valadares, pela morte do titular do segundo sem descendência. Em 1908, com a morte do marquês de La Vega de Armijo e de Mos, a propriedade passa para uma sobrinha, María Vinials, marquesa de Ayerbe.
Com a criação dos primeiros municípios constitucionais em Espanha, em 1833, foi criado o concelho de Mos, desde o início formado pelas atuais dez paróquias. A única mudança importante deu-se em 1935, com a polémica transferência da capital de Mos para Petelos.
Património histórico e monumental
[editar | editar código-fonte]Da época romana conserva-se um marco miliário da estrada romana entre Braga e Lugo. Atualmente parte dessa via faz parte do Caminho Português de Santiago.
O pazo (palácio) de Mos, datado do século XVI e recentemente restaurado, deu nome ao município e o seu escudo deu origem ao atual brasão da vila.
O pazo de Santo Antoíño situa-se na paróquia de Louredo. Foi construído no século XIV e reconstruído no século XVIII. Tem uma capela do século XVI.
Há numerosas igrejas espalhadas pelas paróquias, entre elas a de Louredo, que conserva o seu tímpano românico, embora tenha sido restaurada no século XVIII. A igreja de Guizán também conserva a porta românica e a igreja de Sanguiñeda, datada de 1685, conta com esculturas que se supõe serem procedentes de um templo românico anterior.
As últimas administrações municipais têm vindo a restaurar muitos moinhos abandonados há décadas.
Geografia
[editar | editar código-fonte]Paróquia | Bairros e localidades |
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Cela (San Pedro) | Arufe, Atín, Cabanelas, Coto, Herville, Iglesia, Pardellas, Sequeiros |
Dornelas (Santa María) | Brea, Castros, Cotiño, Pedreira |
Guizán (Santa María) | Fraela, Rejomil, Sobrans |
Louredo (San Salvador) | Arrufana, Candosa, Casanova, Cortiñas, Eiragrande, Enxertado, Pantaño, Pombal, Quintal, San Antoíño, Torroira |
Mos (Santa Eulalia) | Cantín, Castro, Espain, Gándara, Pedrapinta, Regadas, Rúa, Santa Marta, Sobrado, Zapateira |
Pereiras (San Miguel) | Campo de Eiro, Casal, Casalmorto, A Florida, San Rafael, Roublín, As Vides |
Petelos (San Mamede) | Rubial, Balteiro, Barro, Estivada, Laxe, Porteliña, Regenjo, Veigadaña |
Sanguiñeda (Santa María) | Agueiro, Amieirolongo, Ansar, Áreas, Cerqueirás, Angustias, Monte, Piñeiro |
Tameiga (San Martiño) | Bosende, Camaña, Casal, Igrexa, Pedraucha, Puxeiros, Rans, Rebullón, San Eleuterio |
Torroso (San Mamede) | Barreiros, Cabezal, Carballeira, Cerdedelo, Cotofe, Fontiña, Iglesia, Louriño, Outeiro, Peinador, San Xoán, Seixabre y Texe |
Demografia
[editar | editar código-fonte]População de de Mos (1900 – 2021) | |||||||||||
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1900 | 1930 | 1950 | 1981 | 1991 | 1996 | 2001 | 2004 | 2009 | 2021 | ||
6 094 | 7 367 | 8 876 | 13 102 | 13 435 | 13 755 | 14 127 | 14 214 | 14 650 | 15 190 | ||
20,9% | 20,5% | 47,6% | 2,5% | 2,4% | 2,7% | 0,6% | 3,1% | 3,7% |
Notas e referências
[editar | editar código-fonte]- Texto inicialmente baseado na tradução dos artigos «Mos» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão) e «Mos» na Wikipédia em galego (acessado nesta versão).
- ↑ a b «Cifras oficiales de población resultantes de la revisión del Padrón municipal a 1 de enero» (ZIP). www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estatística de Espanha. Consultado em 19 de abril de 2022 Erro de citação: Código
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inválido; o nome "pop1" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes - ↑ «Significado de mosense no Dicionário Estraviz». www.estraviz.org. Consultado em 29 de julho de 2021