Mosteiro de São Bento (João Pessoa)
Mosteiro de São Bento | |
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Tipo | mosteiro, património cultural |
Inauguração | 1585 (439 anos) |
Geografia | |
Coordenadas | {{#coordinates:}}: latitude inválida |
Localização | João Pessoa - Brasil |
Patrimônio | bem tombado pelo IPHAN, Património de Influência Portuguesa (base de dados) |
O Mosteiro de São Bento, localizado no centro histórico da cidade brasileira de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, é um conjunto em estilo barroco, construído pelos monges Beneditinos, formado pelo mosteiro e a igreja, considerado um dos mais importantes do Brasil.[1][2] A construção do mosteiro data do século XVII, e da igreja, do século XVIII,[3] sendo esta tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 10 de janeiro de 1957.[4][5] Em 1995 o conjunto foi restaurado e atualmente no seu interior se realizam concertos de música e missas cantadas.[6][7]
Numa das primeiras iconografias da cidade, denominada ‘Capitania da Paraiba a 6 graos a sul da Equinothial 1609’ e inserida no documento “Relação das praças fortes e coisas de importância que Sua Majestade tem na costa do Brasil”, Diogo de Campos Moreno relata a construção do mosteiro de São Bento na então cidade de Philipeia:
“Nessa povoação, a que chamam cidade, há três mosteiros, com seus frades, a saber, um de São Francisco, que bastava, mui bem acabado e capaz de muitos religiosos, um do Carmo, que se vai fazendo, e um de São Bento que se fabrica e uma Casa da Misericórdia mui bem lavrada e a Sé mais pobre que todas, porque não é particular (Ministério do Reino, Colecção de plantas, mapas e outros documentos iconográficos, doc. 68, Torre do Tombo, Referência PT/TT/MR/1/68).” [8]
O complexo formado pela igreja e pelo mosteiro foi construído sob invocação de Nossa Senhora do Monte Serrat. A obra do templo atual iniciou em 1721.[1] Já a primitiva Igreja de São Bento foi construída quando da chegada dos beneditinos em João Pessoa, quando ainda era a Capitania Real da Paraíba, por volta de 1585.[1] Foi um dos primeiros e principais locais para cultos religiosos estabelecidos em João Pessoa. E, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba, este conjunto se encontra entre os monumentos mais importantes do país, no seu estilo e de sua época.[3]
Em 1921, houve um conflito entre o Mosteiro de São Bento e a jurisdição do então Arcebispo da Paraíba, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, o que resultou no fechamento do Mosteiro e seus membros tiveram que ser repartidos para outros mosteiros.[9] Por esta causa permaneceu fechado por anos até ser reaberto em 1995.[10]
O conjunto passou por uma intensa recuperação, tendo suas obras encerrada e reabertura ao público em 1995.[11]
Ver Também
[editar | editar código-fonte]- Convento e Igreja de Nossa Senhora do Carmo
- Centro Cultural São Francisco
- Centro Histórico de João Pessoa
- Igreja de São Frei Pedro Gonçalves
- Igreja da Misericórdia
Referências
- ↑ a b c «João Pessoa – Igreja de São Bento». iPatrimônio. Consultado em 14 de dezembro de 2019
- ↑ LINS, Guilherme Gomes da Silveira d'Ávila (2019). Uma contribuição para os primórdios da História dos Beneditinos na Paraíba. Edição ilustrada com gravuras do Século XVII e de fotografias atuais. João Pessoa: MCV Editora
- ↑ a b Ronei Marcos de Moraes. «Igreja e Mosteiro de São Bento». Departamento de Estatística da UFPB. Consultado em 17 de dezembro de 2012
- ↑ IPHAN. «Igreja de São Bento (João Pessoa, PB)». Arquivo Noronha Santos. Livro do tombo. Consultado em 22 de Fevereiro de 2013
- ↑ Arquidiocese da Paraíba. «Igrejas tombadas». Arquivo Eclesiástico da Paraíba. Consultado em 22 de Fevereiro de 2013. Arquivado do original em 12 de novembro de 2010
- ↑ Brasil Channel. «João Pessoa - Arquitetura». Consultado em 17 de dezembro de 2012
- ↑ a-brasil.com. «João Pessoa - Mosteiro de São Bento». Consultado em 17 de dezembro de 2012
- ↑ Pereira, Luciano Schaefer (2017). «A paisagem cultural da Capitania da Parahyba, Brasil, na ótica da iconografia do período colonial». PASOS Revista de turismo y patrimonio cultural (1): p. 142. ISSN 1695-7121. doi:10.25145/j.pasos.2017.15.009. Consultado em 8 de novembro de 2023
- ↑ «João Pessoa – Igreja de São Bento | ipatrimônio». Consultado em 6 de fevereiro de 2024
- ↑ www.de.ufpb.br http://www.de.ufpb.br/~ronei/JoaoPessoa/sbento.htm. Consultado em 6 de fevereiro de 2024 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ JPAC&VB. «Pontos Turísticos de João Pessoa». Consultado em 17 de dezembro de 2012
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- LINS, Guilherme Gomes da Silveira d'Ávila. Uma contribuição para os primórdios da História dos Beneditinos na Paraíba. Edição ilustrada com gravuras do Século XVII e de fotografias atuais. João Pessoa: MCV Editora, 2019.
- SCOCUGLIA, Jovanka Baracuhy Cavalcanti. Revitalização Urbana e (re)invenção do centro histórico na cidade de João Pessoa (1987-2002). João Pessoa: Editora Universitária /UFPB, 2004 (a).
- PEREIRA , Luciano Schaefer. A paisagem cultural da Capitania da Parahyba, Brasil, na ótica da iconografia do período colonial. Pasos - Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, Tenerife, España, v. 15, ed. 1, p. 139-162, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.25145/j.pasos.2017.15.009