Nicole d'Oresme
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Nicole d'Oresme | |
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Nascimento | 1 de janeiro de 1323 Fleury-sur-Orne |
Morte | 11 de julho de 1382 (59 anos) Lisieux |
Cidadania | França |
Alma mater | Universidade de Paris |
Ocupação | filósofo, matemático, economista, padre católico, astrônomo, musicólogo, professor, psicólogo, tradutor, físico, teólogo |
Empregador | Universidade de Paris |
Religião | Igreja Católica |
Nicole d' Oresme, Nicole Oresme, ou Nicolas de Oresme (c. 1323 - 11 de julho de 1382) foi um economista, filósofo, matemático, físico, astrônomo, biólogo, psicólogo, musicólogo, teólogo, tradutor para a língua francesa, conselheiro do rei Carlos V de França, Bispo de Lisieux e um dos principais fundadores e divulgadores das ciências modernas.[1][2]
Oresme combateu fortemente a astrologia e especulou sobre a possibilidade de haver outros mundos habitados no espaço. [carece de fontes] Ele foi o último grande intelectual europeu a ter crescido antes do surgimento da peste negra, evento que teve impacto bastante negativo na inovação intelectual no período final da Idade Média.
Filosofia natural[editar | editar código-fonte]
Nicole d'Oresme demonstrou que as razões propostas pela física Aristotélica contra o movimento do planeta Terra não eram válidas e invocou o argumento da simplicidade (da navalha de Ockham) a favor da teoria de que é a Terra que se move, e não os corpos celestiais.
No geral, o argumento de Oresme a favor do movimento terrestre é mais explícito e bem mais claro do que o que foi dado séculos depois por Copérnico.
Entre outras proezas, Oresme foi o descobridor da curvatura da luz através da refração atmosférica; embora, até hoje, o crédito por esse feito tenha sido dado a Robert Hooke. Oresme também estudou os movimentos uniforme e uniformemente variado, deduziu o teorema da velocidade média e a lei da queda dos corpos, que é mais frequentemente atribuída a Galileu.
Economia[editar | editar código-fonte]
Na economia, Nicole afirmava que o dinheiro é um produto originário do mercado, e não do Estado, que era uma mercadoria a mais e não apenas um meio de troca, e por isso, originalmente, certificadores privados informavam seus clientes sobre a pureza do metal usado nas moedas. Ele asseverou que a inflação é resultado da falsificação da pureza dos metais mediante um decreto do Estado, uma vez que este nacionalizou o dinheiro. Esta teoria econômica tem pontos em comum com a Teoria Austríaca do Ciclo Econômico contemporânea, que surgiu sete séculos mais tarde[3].
As principais reflexões de Nicole d'Oresme sobre a moeda são as seguintes:
1) A inflação é predominantemente uma criação dos governos.
2) Isso prejudica o comércio e a economia, e implica o declínio da civilização.
3) Não é necessário, de qualquer ponto de vista social mais amplo, não serve para nenhuma função social útil.
4) Cria vencedores e perdedores ilegítimos. Normalmente, beneficia o governo e seus aliados em detrimento dos cidadãos.
5) Portanto, abre o caminho para a tirania.
6) A maneira de se livrar dela é impedir que o governo se intrometa com dinheiro.
Referências
Ver também[editar | editar código-fonte]