Paulo Mata

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 Nota: Não confundir com Paulo Matta (jogador de vôlei).
Paulo Mata
Informações pessoais
Nome completo Paulo Carmo Corsino Mata
Data de nasc. 16 de julho de 1946 (77 anos)
Local de nasc. Itaparica, Bahia, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Informações profissionais
Posição Ex-meio-campista
Função treinador
Clubes de juventude
Vasco da Gama
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1965–1966
1967
1968
1968
1969
1970
1971
1972
1979
Vasco da Gama
Bahia
Bonsucesso
Náutico
Portuguesa-RJ
Bangu
Juventus-SP
Marília
Toronto Blizzard





21 (3)


Times/clubes que treinou
1985

1989
1994
1995
1996–1997
Bangu (juniores)
Al-Qotah
Porto Alegre-RJ
Royal Tai Navy
Al-Hilal Omdurman
Itaperuna

Paulo Carmo Corsino Mata, mais conhecido por Paulo Mata (Itaparica, 16 de julho de 1946) é um ex-futebolista e ex-treinador brasileiro.[1]

Em 2002, ele foi um dos entrevistados pelo cineasta Eduardo Coutinho que apareceu no documentário Edifício Master, onde contou um pouco de sua história nos gramados.[2]

Carreira como jogador[editar | editar código-fonte]

Ele jogou a histórica partida em que a Portuguesa-RJ ganhou do Real Madrid, então tricampeão do Campeonato Espanhol (1966/1967; 1967/1968; e 1968/1969), em pleno Estádio Santiago Bernabéu.[3]

Pelo Bangu, ele foi o autor do gol do empate entre Bangu e a histórica Seleção Brasileira de 1970, que meses mais tarde se sagraria tricampeã mundial, no México.[4]

Encerrou sua carreira futebolística pelo Toronto Blizzard, do Canadá, em 1979.[5]

Carreira como treinador[editar | editar código-fonte]

Folclórico protesto no campeonato carioca de 1997[editar | editar código-fonte]

Em 1997, quando era técnico do Itaperuna, em uma partida contra o Vasco da Gama válida pelo Campeonato Carioca daquele ano, Paulo, revoltado contra a arbitragem que havia expulsado o terceiro jogador de seu time no mesmo jogo, invadiu o campo e quase ficou nu em forma de protesto.[6] Quando estava sendo retirado de campo, disse: "Fiquei nu. Fiquei nu mesmo". Ele explicou que o ato foi direcionado, acima de tudo, à corrupção no futebol carioca. Segundo ele, a supremacia dos times grandes do Rio independe de qualquer elenco que os "pequenos" formem.[7]

"No dia, fiquei tão nervoso que tirei a camisa. Eu achava que estava de sunga. Se eu soubesse que estava sem sunga, eu nunca tiraria a calça. Na hora, aconteceu. É que no dia anterior, eu trabalhei de bermuda, e me deu uma assadura. Por isso, não coloquei a sunga."[6]
Paulo Mata, em entrevista ao GloboEsporte.com, alguns anos após o folclórico episódio.

Após este episódio, ele foi convidado a posar nu para uma revista masculina, mas recusou o convite por entender que sua atitude tinha um caráter político[8]. "Para você ver que, mesmo sem ganhar dinheiro há dez meses e com meu apartamento penhorado, recusei, pois conservo meu protesto até hoje", disse ele[8].

Discografia[editar | editar código-fonte]

Em 1996, lançou o CD de pagode "Eu me orgulho de ser brasileiro".[8]

Títulos[editar | editar código-fonte]

Bahia

Referências

  1. «Técnico passou por oito países». Folha de S.Paulo. 7 de fevereiro de 1998. Consultado em 2 de março de 2023 
  2. «Paulo Mata, um personagem futebolísito no universo de Eduardo Coutinho». Revista VEJA. 11 de fevereiro de 2014. Consultado em 2 de março de 2023 
  3. «Portuguesa entrega carta a cônsul geral da Espanha pedindo novo amistoso contra o Real Madrid». Globo Esporte. 5 de março de 2021. Consultado em 2 de março de 2023 
  4. «Cinquenta anos do amistoso que mudou o destino da seleção de 1970». Agência Brasil. Consultado em 2 de março de 2023 
  5. «Perfil de Paulo Mata». NASL. Consultado em 2 de março de 2023 
  6. a b «Técnico pelado, jogo alagado... Rio dá adeus a estádio repleto de peripécias». Globo Esporte. 28 de agosto de 2015. Consultado em 2 de março de 2023 
  7. «Técnico do Itaperuna faz 'strip' em protesto ao juiz». Folha de S.Paulo. 14 de março de 1997. Consultado em 2 de março de 2023 
  8. a b c «Treinador "striper' lança CD de pagode». Folha de S.Paulo. 7 de fevereiro de 1998. Consultado em 2 de março de 2023 
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