Pergelissolo
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O permafrost ou pergelissolo (em português) é o tipo de solo encontrado na região do Ártico.
É constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados (do inglês perma = permanente, e frost = congelado, ou seja: solo permanentemente congelado). Esta camada é recoberta por uma camada de gelo e neve que, se no inverno chega a atingir 300 metros de profundidade em alguns locais, ao derreter-se no verão, reduz-se para de 0,5 a 2 metros, tornando a superfície do solo pantanosa, uma vez que as águas não são absorvidas pelo solo congelado.
Recomenda-se cuidado ao erigir edificações ou pavimentação neste tipo de solo, uma vez que, se a camada de permafrost for rompida, a edificação ou a pista pavimentada pode afundar no terreno. Árvores são inexistentes ou extremamente raras nesses locais (Na Islândia, Extremo Norte da Noruega e na Península de Kola é possível encontrar árvores, porém as chances são escassas).
Solo poligonal[editar | editar código-fonte]
Solo poligonal é um termo utilizado para descrever as formas distintas e muitas vezes simétricas que se formam no material superficial do solo em regiões periglaciais.
O platô de Storflaket próximo a Abisko, no norte da Suécia, exibe falhas em suas bordas devido ao degelo do permafrost.
Anéis de pedra em Spitsbergen.
Solifluxão em Svalbard.
Imagem da Phoenix durante sua aterrissagem no Vale Verde, no Polo Norte de Marte. O solo apresenta um padrão poligonal até onde a vista alcança.
Imagem obtida a partir de um helicóptero no Ártico Canadense.
O permafrost e o efeito estufa[editar | editar código-fonte]
O permafrost é definido como um solo permanentemente congelado que permanece a zero ou abaixo de zero graus Celsius por dois anos ou mais. Ele contém material orgânico que normalmente se decompõe lentamente. Mas quando o permafrost derrete, bactérias e fungos decompõem o carbono contido na matéria orgânica muito mais rapidamente, liberando-o na atmosfera como dióxido de carbono ou metano - gases de efeito estufa.[1][2]
Mas, de acordo com um novo estudo publicado recentemente na revista Bioscience, o permafrost no Hemisfério Norte contém mais de duas vezes a quantidade de carbono na atmosfera, e o rápido degelo pode torná-lo um contribuinte significativo para a mudança climática global.
A quantidade de dióxido de carbono que o permafrost irá adicionar à atmosfera depende da rapidez com que descongela, mas sua pesquisa indica que pode chegar a 1,1 bilhão de toneladas por ano se as atuais tendências de descongelamento continuarem.
Referências
- ↑ Reuters (18 de junho de 2019). «Scientists shocked by Arctic permafrost thawing 70 years sooner than predicted». The Guardian (em inglês). Consultado em 3 de janeiro de 2021
- ↑ U. N. Environment (4 de março de 2019). «Frontiers 2018/19: Emerging Issues of Environmental Concern». UNEP - UN Environment Programme (em inglês). Consultado em 3 de janeiro de 2021