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Prosa romântica no Brasil: diferenças entre revisões

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A '''Prosa Romântica no Brasil''' é um movimento literário no [[Brasil]], que é inaugurada com o livro "A Moreninha", de [[Joaquim Manuel de Macedo]]. O romance brasileiro caracteriza-se por ser uma "adaptação" do romance europeu, com a conservação do caráter folhetinesco da [[Europa]], com início, meio e fim seguindo a ordem cronológica dos fatos.
A '''Prosa Romântica no Brasil''' é um movimento literário no [[Brasil]], que é inaugurada com o livro "A Moreninha", de [[Joaquim Manuel de Macedo]]. O romance brasileiro caracteriza-se por ser uma "adaptação" do romance europeu, com a conservação do caráter folhetinesco da [[Europa]], com início, meio e fim seguindo a ordem cronológica dos fatos.


=talita omance urbano. [[O Guarani]], [[Iracema]] e Diva, que é um dos romances indianistas do escritor brasileiro José de Alencar foi publicado em 1864. Também se pode considerar a continuação de Lucíola.
==Obras==
===José de Alencar===
[[Senhora]] de [[José de Alencar]], retrata a oposição do dinheiro e amor. [[Lucíola]], também de Alencar, retrata a prostituição do século XIX. É um romance urbano. [[O Guarani]], [[Iracema]] e Diva, que é um dos romances indianistas do escritor brasileiro José de Alencar foi publicado em 1864. Também se pode considerar a continuação de Lucíola.


===Noite na Taverna===
===Noite na Taverna===

Revisão das 18h37min de 18 de abril de 2013

A Prosa Romântica no Brasil é um movimento literário no Brasil, que é inaugurada com o livro "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo. O romance brasileiro caracteriza-se por ser uma "adaptação" do romance europeu, com a conservação do caráter folhetinesco da Europa, com início, meio e fim seguindo a ordem cronológica dos fatos.

=talita omance urbano. O Guarani, Iracema e Diva, que é um dos romances indianistas do escritor brasileiro José de Alencar foi publicado em 1864. Também se pode considerar a continuação de Lucíola.

Noite na Taverna

Noite na taverna, livro em que jovens embriagados contam histórias macabras de crimes e paixões. A obra de Álvares de Azevedo é o ponto mais alto do ultra-romantismo brasileiro. Apresenta sete contos marcados por violência, crime, incesto, traição e assassinato.

Inocência

Predefinição:Spoilers Inocência é considerada a obra-prima não só de Taunay, mas também do romance regionalista de nosso Romantismo, e sua qualidade resulta do equilíbrio alcançado na contraposição de vários aspectos: ficção e realidade, valores românticos e valores da realidade bruta do sertão, linguagem culta e linguagem regional. Trata-se de uma história de amor impossível, que envolve Cirino, prático de farmácia que se autopromovera a médico, e Inocência, uma Jovem do sertão do Mato Grosso, filha de Pereira, pequeno proprietário, representante típico da mentalidade vigente entre os habitantes daquela região.

A realização amorosa entre os jovens é inviável, porque Inocência fora prometida em casamento pelo pai a Manecão Doca, um rústico vaqueiro da região; e também porque Pereira exerce forte vigilância sobre a filha, pois, de acordo com os seus valores, ele tem de garantir a virgindade de Inocência até o dia do casamento.

Ao lado dos acontecimentos que constituem a trama amorosa, há também o choque de valores entre Pereira e Meyer, um naturalista alemão colecionador de borboletas que se hospedara na casa do pequeno proprietário.

O choque de valores entre os dois evidencia as diferenças entre o meio rural brasileiro e o meio urbano europeu.

O cabeleira

Ao acompanhar a trajetória do bandido, Franklin Távora oscila entre a análise objetiva e o recurso idealizante. José Gomes, o Cabeleira, nos é mostrado como fruto de circunstâncias ambientais e há registros interessantes sobre a vida nordestina, principalmente sobre a seca. Igualmente a pesquisa histórica que realizou acerca do cangaceiro é séria e confere valor documental ao texto. Aliás, todos os seus relatos têm um substrato no passado nordestino e não seria equivocado rotulá-los também de romances históricos.

Fora isso, Távora apresenta uma visão progressista sobre o cangaço, pois acredita que um bom sistema educacional resolveria muitos dos problemas do banditismo do mundo agrário. Revela assim a sua proximidade com aquela ideologia "ilustrada" que Castro Alves e outros românticos da última geração expressavam: a crença de que o progresso e a harmonia social viriam através do livro e da escola. Verdade que isso se dá no relato através de insistentes interrupções do narrador. Esses comentários marginais tornam-se, completamente inúteis à seqüência da ação romanesca.

Contudo, o pior problema do texto - no desenvolvimento da intriga e dos caracteres dos personagens - é o triunfo do mais rasteiro convencionalismo romântico. Levado ao crime "pelas baixas paixões que à sombra da ignorância e da impunidade haviam crescido sem freio", o cruel Cabeleira reencontra uma amiga de infância, a jovem Luisinha. De imediato, apaixona-se por ela e dispõe-se a mais completa regeneração, abandonando as armas e as forças do mal em troca da companhia da heroína. O amor que ambos vivem no sertão - enquanto a polícia persegue o cangaceiro - é de uma ênfase melodramática inverossímil. Mas Luisinha morre por causa de ferimento provocado por um incêndio e o Cabeleira acaba preso sem resistência. É julgado pelos seus crimes e enforcado.

O narrador aproveita-se desse final para manifestar sua indignação com a pena de morte e acusar a sociedade: A justiça executou o Cabeleira por crimes que tiveram sua principal origem na ignorância e na pobreza. Mas o responsável de males semelhantes não será primeiro que todos a sociedade que não cumpre o dever de difundir a instrução, fonte da moral, e de organizar o trabalho, fonte de riqueza?

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