Sequana

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Na religião galo-romana, Sequana era a deusa do rio Sena, particularmente das nascentes na origem do Sena, e da tribo gaulesa, os sequanos. As nascentes, chamadas Fontes Sequanae ("As nascentes de Sequana") estão localizadas em um vale no Châtillon Plateau, no noroeste de Dijon na Borgonha, e é aqui, que nos séculos II ou I A.C., que um santuário de cura foi estabelecido. O santuário foi mais tarde assumido pelos romanos, que construíram dois templos, com uma zona de colunata e outras estruturas relacionadas centralizadas na nascente e na piscina. Muitas dedicatórias foram feitas à Sequana em seu templo, incluindo um vaso grande inscrito com seu nome, e preenchido com modelos de parte do corpo humano em bronze e prata, a ser curados por ela. Imagens de madeira e pedra de membros, órgãos internos, cabeças e corpos completos, eram oferecidos a ela, na esperança de uma cura, tão bem quanto numerosas moedas e itens de joalheria. Doenças respiratórias e oculares eram comuns. Peregrinos eram frequentemente retratados carregando ofertas à deusa, incluindo dinheiro, fruta, ou um cão ou pássaro de estimação favorito.

Representações[editar | editar código-fonte]

Uma grande estátua de bronze de uma mulher, envolta em um longo vestido de solenidade e com um diadema sobre sua cabeça, é acreditada representar Sequana (Deyts p. 74). Está de pé em um barco, a proa na qual é moldada como a cabeça de um pato. A estátua agora está no Musée archéologique de Dijon.

Inscrições[editar | editar código-fonte]

Oito inscrições à Sequana são conhecidas, todas vindas das fontes do Sena. As seguintes são típicas (CIL 13, 02858):

Au(gusto) sac(rum) d(eae) Sequan(ae) e[x] / moni[tu]

e (CIL 13, 02862):

Aug(usto) sac(rum) / d(e)ae Seq(uanae) / Fl(avius) Flav(i)n(us) / pro sal(ute) / Fl(avi) Luna(ris) / nep(otis) sui / ex voto / v(otum) s(olvit) l(ibens) m(erito)

Algumas inscrições contém erros de escrita que podem dar uma dica para a pronúncia de Sequana em gaulês (CIL 13, 02863):

Aug(usto) sac(rum) d<e=O>a(e?) / <p=B>ro(!) / Se<q=C>uan(ae) / pro(!) / C(aius) M[3] / v(otum) s(olvit) l(ibens) m(erito)

Como o gaulês está na classificação no céltico-P, q não pode representar o kw indo-europeu. Algo como Sek-ooana é mais provável, a não ser que o dialeto local fosse céltico-Q (o que não é impossível).

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Bernard Jacomin ( 2006) " Les sources de la Seine" traces fossiles et repérages astronomiques au pays des Lingons.
  • Editions Yvelinédition ISBN 2-84668-049-3.
  • Corpus Inscriptionum Latinarum (CIL) vol XIII, Inscriptiones trium Galliarum et Germaniarum
  • Deyts, Simone (1992) Images des Dieux de la Gaule. Paris, Editions Errance. ISBN 2-87772-067-5.

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]