Shun (imperador chinês)

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Shun (Chinês Tradicional: 舜) foi um líder legendário da China Antiga dos séculos XXIII a.C. - XXII a.C., entre os Três Augustos e os Cinco Imperadores, que com meio século de mandato foi um dos mais largos da história da China.[1][2]

O código de conduta ética e moral chinês tem uma história muito antiga que data do Imperador Shun em 2255 a.C.

Muitos séculos antes dos ensinamentos de Confúcio no séc. V a.C., o Imperador Shun foi conhecido como o fundador dos valores sociais chineses na família e entre os vários membros da sociedade.[1] Ele disse que deveria haver afeição entre pais e filhos, justiça entre o monarca e seus ministros, devoção entre marido e esposa, respeito pelos mais velhos, e confiança entre amigos.

Esses se tornaram o núcleo da cultura ética chinesa.[1] As histórias passadas sobre o Imperador Shun contam sobre sua grande magnanimidade e sua busca por bons exemplos.

O Imperador Shun cresceu como um cidadão comum durante o reino do Imperador Yao.[1][2] O Imperador Yao era um homem de grande caráter moral que valorizava a virtude.[1][2] Quando o reinado de Yao se aproximava do fim, ele compreendeu que nenhum de seus nove filhos tinha virtude para herdar o trono, então, ele despachou seus ministros em busca de um homem jovem que possuísse as grandes virtudes necessárias para ser um imperador.

Depois de um tempo de busca, todos os ministros recomendaram o jovem Shun de 30 anos como o escolhido, pois ele tinha a reputação de excepcional piedade filial, respeitando e cuidando dos mais velhos.[1][2]

Então, o Imperador Yao foi encontrá-lo, acompanhado de duas de suas filhas para se tornarem esposas de Shun.[1] Yao também recomendou a seus filhos que fizessem amizade com Shun e observassem como ele se conduzia e se ele era competente e verdadeiramente virtuoso.

Com a passagem do tempo, Shun provou-se digno.[1][2] No casamento, ele era honesto, generoso e tolerante. Consequentemente, as duas princesas foram esposas devotas e não menosprezaram Shun ou sua família, mesmo sendo elas mesmas da realeza.[1][2]

Shun era modesto, amigável e diligente.[1] Ele deu boas terras para outros cultivarem. Como resultado, as pessoas não disputavam umas com as outras sobre o limite das propriedades e se tornaram mais afetuosas.

Quando ia pescar, Shun não ocupava a parte do rio que abundava em peixes, e gradualmente as pessoas começaram a fazer o mesmo, deixando a melhor pesca para os outros.

O caráter de Shun influenciou profundamente as pessoas. Todos queriam ser vizinhos de Shun, e todos que viviam próximo dele sentiam-se inspirados a serem bons. Como resultado, em um ano, a área onde Shun vivia tornou-se uma vila, e no segundo ano, uma pequena cidade. No terceiro ano, a pequena cidade transformou-se numa grande cidade.

Quando Shun estava com 50 anos, o Imperador Yao pediu a Shun que servisse como imperador interino.[1] O grande caráter e habilidade de Shun convenceram o Imperador Yao. Quando ele tinha 61 anos, ele tornou-se o imperador oficial.[1]

O Imperador Shun reinou 39 anos, e o país estava em boa ordem. Ele reinou com compaixão, e todos o amavam e obedeciam. O Imperador Shun morreu aos 101 anos.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m Chen, Lianshan (2011). Chinese Myths and Legends (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press. pp. 118–122 
  2. a b c d e f Yang, Lihui; An, Deming; Turner, Jessica Anderson (2005). Handbook of Chinese Mythology (em inglês). Santa Bárbara: ABC-CLIO. pp. 202–203, 205 

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