Si Versailles m'était conté...

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Si Versailles m'etáit conté...
Si Versailles m'était conté...
Cartaz promocional do filme.
No Brasil Se Versalhes Falasse
Se Versalhes Falasse...
Nos Estados Unidos Royal Affairs in Versailles
 França Itália
1954 •  cor •  165 min 
Gênero comédia dramática
ficção histórica
Direção Sacha Guitry
Produção Sacha Guitry
Ignace Morgenstern
Produção executiva Clément Duhour
Roteiro Francine Corteggiani
Sacha Guitry
Música Jean Françaix
Cinematografia Pierre Montazel
Direção de arte Raymond Gabutti
Figurino Magguy Rouff
Monique Dunand
Edição Raymond Lamy
Companhia(s) produtora(s) Cocinor
Distribuição Cocinor (França)
Times Film Corporation (Estados Unidos)
Mondial (Reino Unido)
Lançamento
  • 9 de março de 1954 (1954-03-09) (França)[1]
  • 8 de março de 1957 (1957-03-08) (Estados Unidos)[2]
Idioma francês
Receita £ 6.986.788 (França)[3][4]
US$ 900.000 (Estados Unidos)[5]

Si Versailles m'était conté... (bra: Se Versalhes Falasse ou Se Versalhes Falasse...)[6][7] é um filme franco-italiano de 1954, dos gêneros comédia dramática e ficção histórica, dirigido por Sacha Guitry. A produção conta com a participação de diversas estrelas e personalidades da indústria de entretenimento na época, incluindo Édith Piaf, Orson Welles, Jean Marais, Gérard Philipe e Claudette Colbert.[8] O filme foi distribuído nos Estados Unidos como Royal Affairs in Versailles.[2]

Descrito como "um filme histórico que mostra Versalhes desde os seus primórdios até aos dias de hoje", a trama retrata a história de diversas personalidades que já viveram no Palácio de Versalhes.[9][10]

O filme, um dos últimos de Guitry, é considerado uma das suas maiores produções, notável pela presença de um grande número de atores franceses conhecidos.[11] Um ator desconhecido que interpretou um personagem importante é Gilbert Bokanowski (creditado como Gilbert Boka), interpretando Luís XVI. Bokanowski era, na verdade, o gerente de produção do filme, e foi escalado por causa de sua semelhança com o monarca.[12]

"Si Versailles m’était conté..." é a primeira de três produções de Guitry com temas semelhantes. As outras duas são "Napoléon" (1955) e "Si Paris nous était conté" (1956).[11]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Após a ordenação de sua fundação, a subsequente expansão do Palácio de Versalhes começa pelo autocrático Luís XIV (Georges Marchal / Sacha Guitry). Detalhes sobre os assuntos pessoais – além das intrigas pessoais e políticas – dos reis da França são acompanhados até o início da Revolução Francesa. Após esse período, a narrativa é atualizada rapidamente. Personalidades ilustres visitam e percorrem os vastos corredores do Palácio, deixando sua marca eterna com suas presenças e as histórias de amor e vida que ali viveram.[8][13]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

Este foi o primeiro filme a receber permissão para ser filmado no Palácio de Versalhes, embora tenha sido criticado pelo comitê responsável pelo local devido à sua falta de precisão histórica.[14]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Bosley Crowther, em sua crítica para o The New York Times, escreveu que os atores "... estão ótimos. E, Deus sabe, o filme também. O cenário, os figurinos, a elegância nas cores que raramente são vistos. M. Guitry tem seu desfile. É seu drama que é pobre. Talvez seja difícil ser convincente em apoio ao direito divino dos reis".[2]

A empresa alemã Zweitausendeins escreveu sobre o filme: "Apesar de um grande elenco de personalidades históricas, arranjos visuais elegantes, atores renomados e algumas alfinetadas irônicas, o espetáculo divertido não ganha uma base sólida e às vezes é um pouco arrastado".[15]

A revista TV Guide, em sua crítica do filme, escreveu: "Guitry admitiu que ele se preocupa menos com a precisão do que com a atmosfera da época ou, usando suas palavras, seu 'coração'. Isso não é importante para Guitry, já que, embora Robespierre e Maria Antonieta nunca tenham se conhecido, eles se conhecem no filme. A alegria que Guitry encontra está em imaginar o que teria ocorrido se eles tivessem se conhecido. Esta abordagem um tanto escandalosa da história não foi bem recebida pelo comitê responsável por Versalhes. Se o filme segue ou não fielmente documentos e cronologia é irrelevante; o que torna Royal Affairs in Versailles tão interessante é que o público sente que visitou Versalhes durante os anos 1700".[14]

Bilheteria[editar | editar código-fonte]

O filme foi a produção de maior sucesso do ano na França, arrecadando £ 6.986.788 nacionalmente e US$ 900.000 nos Estados Unidos.[3][4][5]

Referências

  1. «Si Versailles m'était conté... de Sasha Guitry» (em francês). Unifrance. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 
  2. a b c Crowther, Bosley (9 de março de 1957). «Screen: 'Royal Affairs in Versailles'; French Import Aims at Palace Pageantry Guitry, the Director, Stars as Louis XIV The Cast»Subscrição paga é requerida. The New York Times (em inglês). Consultado em 8 de fevereiro de 2024 
  3. a b Soyer, Renaud (30 de maio de 2010). «Box Office Figures for Jean Marais films». Box Office Story. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 
  4. a b «Si Versailles m'était conté... (1954)». JP Box-Office. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 
  5. a b Moskowitz, Gene (19 de janeiro de 1955). «French Films 52% of French Market». Variety. p. 12. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 – via Internet Archive 
  6. Lopes, Paulo Silva (2005). Grandes Astros do Cinema. [S.l.]: AGE Ltda. p. 95. ISBN 978-8574972541. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 – via Google Livros 
  7. «Se Versalhes Falasse... (1954)». Brasil: AdoroCinema. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 
  8. a b Erickson, Hal. «Royal Affairs in Versailles (1954)». AllMovie. Consultado em 8 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2015 
  9. Lanzoni, R. (30 de outubro de 2014). French Comedy on Screen: A Cinematic History. [S.l.]: Palgrave Macmillan US. p. 98. ISBN 978-1-137-10019-1 
  10. Maltin, Leonard (2011) [2010]. Leonard Maltin's Movie Guide (em inglês). Nova Iorque: New American Library. ISBN 978-0451230874 
  11. a b «Si Versailles m'était conté... (1954)» (em francês). French Films. Consultado em 8 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2015 
  12. «Si Versailles m'était conté – Film (1954)». SensCritique (em francês). Consultado em 8 de fevereiro de 2024 
  13. Maltin, Leonard. «Royal Affairs in Versailles (1954)». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 8 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2015 
  14. a b «Royal Affairs in Versailles (1954)». TV Guide (em inglês). Consultado em 31 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2015 
  15. «Versailles - Könige und Frauen (1954) – Filmlexikon». Zweitausendeins (em alemão). Consultado em 31 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]