Saltar para o conteúdo

Wikipédia:Convenção de nomenclatura/Nomes próprios

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

No que diz respeito às convenções propostas pelo Wikipedia:Livro de estilo com relação a nomes próprios, o artigo deve sempre ter o nome pelo qual é mais conhecido. Porém, devem existir redirecionamentos para as diferentes formas de escrita. Por exemplo, para o caso de Jorge Sampaio, deverá existir também um redireccionamento com o título Jorge Fernando Branco de Sampaio.

Ortografia dos antropónimos

[editar código-fonte]
  • 2.Exceções: Nomes de personalidades históricas lusófonas de tempos sem estabilização ortográfica notável deverão ser grafados de acordo com a forma gráfica pela qual são mais conhecidas presentemente no respectivo país de origem. Assim, Luís de Camões, D. Dinis, D. Inês de Castro e Eça de Queirós, mas também, Ruy Barbosa e João Baptista de Almeida Garrett. Pode-se acrescentar no início do artigo, entre parêntesis, o nome original, seguido de uma breve explicação ou nota, por exemplo: "Eça de Queirós (ou Queiroz)", com nota em Queiroz do estilo "Na grafia pelo qual era conhecido na época"; "Isabel de Aragão (ou, na grafia medieval, Yzabel)"; "D. Dinis (na grafia original, Diniz)".
  • 4. Nomes de personalidades estrangeiras da Antiguidade, Idade Média ou de outros tempos históricos recuados devem ser grafados de acordo com o nome pelo qual são mais conhecidos hoje em dia no país lusófono em cuja variante o artigo foi escrito originalmente (podendo haver referência a como são as outras variantes), seguindo-se uma explicação do nome original/mais conhecido globalmente e a que língua corresponde caso não haja coincidência. Assim, "Abderramão I (árabe: Abd al-Rahman)" e "Nicolau Nasoni (italiano: Niccoló Nasoni)". Se for necessária uma explicação mais longa, então, no lugar de um breve parênteses, desenvolve-se um período próprio (ou recorre-se, especialmente se for uma explicação bastante longa, a <ref>{{Notalingua|tema= }}</ref>). Aplica-se a mesma regra para determinadas personalidades contemporâneas, como papas e membros de famílias reais, constituindo uma ressalva ao ponto 3. Deste modo, "Carlos III do Reino Unido (inglês: Charles)", mas "Harry de Sussex (aportuguesando: Henrique)" se, como neste último caso, forem mais conhecidos pelo nome verdadeiro.
  • 5. Ademais, notas relativas à pronúncia (recorrendo-se ao Alfabeto Fonético Internacional), mudança(s) de nome (incluindo após casamento) ou ainda erros de regist(r)o - como, por exemplo, o que aconteceu com Cássia Kiss, regist(r)ada como Cássia Kis por erro do notário - poderão ser incluídas. Já qualquer outro tipo de anotações que não as supracitadas não deverão sê-lo.

Ocorrendo hipótese de homonímia, com a necessidade de desambiguação entre dois ou mais verbetes, considere que para os títulos simples deve dar preferência à personalidade mais antiga, relevante ou original - algo que pode ser aferido, se houver dúvidas, em consulta aos editores interessados nas páginas de discussão. Para os títulos, se for usar parêntesis, prefira a seguinte ordem:

  1. A profissão. Ex: Luís Silva (dentista) e Luís Silva (repórter)
    1. Conserve a profissão em minúsculo.
  2. A ano do nascimento: pode ocorrer que sejam ambos da mesma profissão. Assim, coloque: Luís Silva (1886) e Luís Silva (1944).
  3. Pode, ainda ocorrer que não se tenha a informação anterior - o ano de nascimento de um ou mais de um dos homônimos. Recomenda-se, então, usar o bom senso na escolha do elemento diferencial a ser colocado.
  4. Para alguns casos de homonímia entre descendentes, é possível indicar o grau de parentesco. Num exemplo concreto: Martin Luther King redireciona para Martin Luther King Jr.; neste caso criou-se o verbete Martin Luther King (pai), considerando a maior notoriedade do filho, também conhecido sem a partícula "Jr.".

Considere, ainda:

  1. Se o título do verbete for uma alcunha que não se enquadre nas razões preferenciais de importância, prefira criar o verbete para o nome completo do biografado, deixando a página de desambiguação de homonímia para criar os links (onde, então, poderá descrever as diferenças).
Ex:
  • [[Luís Silva]], futebolista conhecido como Totó.
  • [[José Silva]], repórter conhecido como Totó.
  1. Não escreva mais de uma palavra entre parêntesis, procure uma solução que torne a diferenciação o mais simples e óbvia.
  2. Em todos os casos, não sendo uma nova edição, considere usar as páginas de discussão dos verbetes, a fim de obter a participação de outros membros da comunidade. Em verbetes existentes, considere falar antes aos editores, convidando-os pelo histórico ao debate.
  3. Confira as ligações para o verbete de desambiguação: uma forma de "divulgar" o link com o diferencial é ajustando as ligações.

Casos concretos:

Traduções e transliterações

[editar código-fonte]

I. Antropónimos e topónimos derivados de línguas grafadas com o alfabeto latino:

  • 1. No respeito pelo Acordo Ortográfico de 1990 (e seus antecessores), devem ser usadas formas históricas portuguesas, traduções, aportuguesamentos e/ou adaptações (doravante designados como exónimos), quando estes:
    • a) Se baseiem em fontes lexicográficas, linguísticas e/ou académicas fiáveis e,
    • b) Tenham uso considerável em alguma das versões da língua portuguesa.
    • Ex.: Antuérpia e não Antwerpen ou Anvers, Estocolmo e não Stockholm, Munique e não München, Sevilha e não Sevilla, Estugarda e não Stuttgart (apenas em português europeu), Copérnico e não Kopernik, Cristóvão Colombo e não Cristoforo Colombo, Reiquiavique e não Reykjavík (apenas em português europeu), mas Oxford e não Oxónia, Buenos Aires e não Bons Ares, Los Angeles e não Os Anjos, Reykjavík e não Reiquiavique (apenas em português brasileiro).
  • 2. Usam-se também exónimos em nomes de santos e nobres que possuam correspondência em outros idiomas, a menos que sejam amplamente conhecidos por seu nome original na versão da língua portuguesa do artigo.
    • Ex.: João Nepomuceno e não Jan Nepomucký, Pedro Canísio e não Peter Kanis, Guilherme II e não Wilhelm II, mas Elizabeth II e não Isabel II (apenas em português brasileiro).
  • 3. Em todos os outros casos deverá ser usada a forma na língua original (ditos, endónimos).
    • Ex.: Washington, Durban, Melbourne, La Paz, Birkirkara, Ho Chi Minh, Marilyn Monroe, François Mitterrand.
  • 4. Em caso de existência de exónimos com uso considerável em apenas uma das versões da língua ou de exónimos diferentes em duas versões do português, deverá ser respeitada a regra do primeiro editor.

II. Antropónimos e topónimos derivados de línguas que não usam o alfabeto latino:

  • 1. Em primeira instância, aplicam-se também a estes antropónimos e topónimos os pontos 1, 2 e 4 do capítulo I.
    • Ex.: Moscovo (português europeu) ou Moscou (português brasileiro) e não Moskva, Pequim e não Běijīng, Cairo e não Al-Qāhira, Chipre e não Kýpros, Tamerlão e não Timur-i-Lenk, Saladino e não Ṣalāḥ ad-Dīn, Confúcio e não Kǒng Zǐ, Catarina, a Grande e não Yekaterina Vielikaya, Sérgio de Radonej e não Siergui Rádoniezhsky.
  • 2. Caso não haja exónimo histórico:
    • 2.1. Palavras em mandarim: será utilizado o pinyin.
      • Ex.: Shenzhen, Wuhan, Deng Xiaoping, Huang-Taiji
    • 2.2. Palavras em russo e ucraniano, serão usados os respectivos padrões oficiais da Wikipédia em português, explicados em WP:RUSSO e WP:UCRANIANO.
    • 2.3. Demais casos: preferência, nesta ordem:
      • a) Pela transliteração para o português, que tenha alguma fonte fiável comprovando o seu uso corrente. Caso não exista:
      • b) Pela transliteração utilizada internacionalmente mais próxima do português, que tenha alguma fonte fiável comprovando o seu uso corrente ou, no caso do cirílico, subsidiariamente o padrão ISO 9.
      • c) Em último caso, se não atendidos os itens a) e b), poderá ser usada uma transliteração utilizada internacionalmente cuja escrita possua divergência com a fonética da língua portuguesa.

III. Notas finais:

  • 1. Em existindo várias formas possíveis (endónimos e/ou exónimos), estas deverão estar explanados na introdução do artigo, com a devida fonte lexicográfica e de uso.
  • 2. Em casos em que a explicação das várias formas possíveis se torne longa demais para o texto introdutório ou caso haja formas gráficas em elevado número, deverão apresentar-se na introdução apenas as mais representativas, ficando a totalidade das possibilidades gráficas reservada para uma secção "Etimologia".
  • 3. Em casos de conflito e no caso de moções para alterar títulos de artigos, estes deverão ser discutidos na página de discussão do artigo, e em casos mais polêmicos, a discussão anunciada na Wikipedia:Esplanada/anúncios. Isso permite reunir o maior consenso possível em torno da aplicação dos capítulos I ou II ao caso específico. Nos casos menos polêmicos, que se enquadrem nas regras ou em consenso anteriores em casos semelhantes, basta a colocação da marca {{renomear página}}, efetuando-se a moção após um prazo razoável sem oposição. Editores mais preocupados com mudanças de títulos verifiquem periodicamente Categoria:!Páginas marcadas para serem renomeadas.

Referências

[editar código-fonte]