Somniosus microcephalus: diferenças entre revisões

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'''''Somniosus microcephalus''''' <small>(Bloch & Schneider, 1801)</small>, conhecido pelo nome comum de ''tubarão-da-groenlândia'', é um dos maiores [[tubarão|tubarões]] do mundo, chegando a medir mais de 6,5 metros de comprimento. Um espécimie com 7,3m é frequentemente mencionado na literatura especializada, e passou a ser aceito como o maior tamanho já notificado de um tubarão da [[Groenlândia]]. Em Janeiro de 1985 foi capturado na Ilha de May, [[Escócia]], um indivíduo com 6,4m de comprimento e pesando 1,021&nbsp;kg.
'''''Somniosus microcephalus''''' <small>(Bloch & Schneider, 1801)</small>, conhecido pelo nome comum de '''tubarão-da-groenlândia''', é um dos maiores [[tubarão|tubarões]] do mundo, chegando a medir mais de 6,5 metros de comprimento. Um espécimie com 7,3m é frequentemente mencionado na literatura especializada, e passou a ser aceito como o maior tamanho já notificado de um tubarão da [[Groenlândia]]. Em Janeiro de 1985 foi capturado na Ilha de May, [[Escócia]], um indivíduo com 6,4m de comprimento e pesando 1,021&nbsp;kg.
Esse animal é conhecido por sua aparência e movimentos indolentes se deslocando lentamente pela coluna d'água, diferentemente das outras espécies, que são mais agressivas<ref>[http://mais.uol.com.br/view/emhhisdhdode/caca-ao-tubarao-da-groenlandia-bbc-04024C99326AE4810326?types=A Caça ao tubarão da Groenlândia (BBC)]</ref>. Possui migração batimétrica passado o dia e a noite em profundidades distintas, e é geralmente cego, pois possui uma parasita associado que se alimenta de seus fluidos oculares.
Esse animal é conhecido por sua aparência e movimentos indolentes se deslocando lentamente pela coluna d'água, diferentemente das outras espécies, que são mais agressivas<ref>[http://mais.uol.com.br/view/emhhisdhdode/caca-ao-tubarao-da-groenlandia-bbc-04024C99326AE4810326?types=A Caça ao tubarão da Groenlândia (BBC)]</ref>. Possui migração batimétrica passado o dia e a noite em profundidades distintas, e é geralmente cego, pois possui uma parasita associado que se alimenta de seus fluidos oculares.

É a espécie de vertebrado com a vida útil mais longa conhecida (entre 120 e 392 anos), e está entre as maiores espécies existentes de tubarão.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.com/portuguese/geral-37057830|título=Como cientistas descobriram que tubarão de 400 anos é vertebrado mais velho do mundo|autor=Rebecca Morelle|publicado=BBC News|data=12 de agosto de 2016|acessodata=14 de agosto de 2016}}</ref> Devido ao seu habitat ser em grandes profundidades,<ref name="Yancey2014">{{citar periódico |autor=Paul H. Yancey, Mackenzie E. Gerringer, =Jeffrey C. Drazen, Ashley A. Rowden e Alan Jamieson|título=Marine fish may be biochemically constrained from inhabiting the deepest ocean depths |jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America |volume=111 |edição=12 |páginas=4461–5 |ano=2014 |pmid=24591588 |pmc=3970477 |bibcode=2014PNAS..111.4461Y |doi=10.1073/pnas.1322003111 }}</ref> ele tem uma elevada concentração de [[N-óxido de trimetilamina]] em sua carne, que a torna tóxica.<ref name=Anthoni1991>{{citar periódico |autor=Uffe Anthoni, Carsten Christophersen, Gram Carsten, Niels H. Nielsen e Per Nielsen |título=Poisonings from flesh of the Greenland shark Somniosus microcephalus may be due to trimethylamine |jornal=Toxicon |volume=29 |edição=10 |páginas=1205–12 |ano=1991 |pmid=1801314 |doi=10.1016/0041-0101(91)90193-U }}</ref> No entanto, na [[Islândia]] a carne da espécie é tratada para reduzir os níveis de toxinas e comida como uma iguaria.<ref>{{citar livro |último=Sidra |primeiro=Durst |capítulo=Hákarl |capítulourl=https://books.google.com/books?id=H6pIinfPtnQC&pg=PA91 |páginas=91–2 |editor= Jonathan Deutsch e Natalya Murakhver |ano=2012 |título=They Eat That? A Cultural Encyclopedia of Weird and Exotic Food from around the World: A Cultural Encyclopedia of Weird and Exotic Food from around the World |isbn=978-0-313-38059-4 }}</ref>


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Revisão das 16h44min de 14 de agosto de 2016

Como ler uma infocaixa de taxonomiaSomniosus microcephalus
tubarão-da-groenlândia
S. microcephalus
S. microcephalus
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Superordem: Selachimorpha
Ordem: Squaliformes
Família: Dalatiidae
Género: Somniosus
Espécie: S. microcephalus
Nome binomial
Somniosus microcephalus
(Bloch & Schneider, 1801)
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica do tubarão-da-groenlândia.
Distribuição geográfica do tubarão-da-groenlândia.

Somniosus microcephalus (Bloch & Schneider, 1801), conhecido pelo nome comum de tubarão-da-groenlândia, é um dos maiores tubarões do mundo, chegando a medir mais de 6,5 metros de comprimento. Um espécimie com 7,3m é frequentemente mencionado na literatura especializada, e passou a ser aceito como o maior tamanho já notificado de um tubarão da Groenlândia. Em Janeiro de 1985 foi capturado na Ilha de May, Escócia, um indivíduo com 6,4m de comprimento e pesando 1,021 kg. Esse animal é conhecido por sua aparência e movimentos indolentes se deslocando lentamente pela coluna d'água, diferentemente das outras espécies, que são mais agressivas[1]. Possui migração batimétrica passado o dia e a noite em profundidades distintas, e é geralmente cego, pois possui uma parasita associado que se alimenta de seus fluidos oculares.

É a espécie de vertebrado com a vida útil mais longa conhecida (entre 120 e 392 anos), e está entre as maiores espécies existentes de tubarão.[2] Devido ao seu habitat ser em grandes profundidades,[3] ele tem uma elevada concentração de N-óxido de trimetilamina em sua carne, que a torna tóxica.[4] No entanto, na Islândia a carne da espécie é tratada para reduzir os níveis de toxinas e comida como uma iguaria.[5]

Habitat e alimentação

É normalmente encontrado a mais de 1.200 metros de profundidade no Ártico e nos mares do norte do Atlântico, mas já foi observado em lugares tão distantes como a Argentina e a Antártica.

Alimentam-se principalmente de peixes, e algumas vezes até focas. Já foram encontradas partes de cavalos, ursos-polares e alces[6] em estômagos de tubarões da Groenlândia.

Sinônimos

Squalus squatina (non Linnaeus, 1758), Squalus carcharis (Gunnerus, 1776), Somniosus brevipinna (Lesueur, 1818), Squalus borealis (Scoresby, 1820), Squalus norvegianus (Blainville, 1825), Scymnus gunneri (Thienemann, 1828), Scymnus glacialis (Faber, 1829), Scymnus micropterus (Valenciennes, 1832), Leiodon echinatum (Wood, 1846), e Somniosus antarcticus (Whitley, 1939)

Utilização culinária

Este tubarão faz parte da gastronomia da Islândia, sendo o Hákarl a iguaria mais conhecida com ele confeccionada. Consiste em peixe putrefacto e seco.

Tanto na Groenlândia como na Islândia, a carne do turbarão-da-groenlândia é também utilizada como comida para cão, depois de seca.

Referências

  1. Caça ao tubarão da Groenlândia (BBC)
  2. Rebecca Morelle (12 de agosto de 2016). «Como cientistas descobriram que tubarão de 400 anos é vertebrado mais velho do mundo». BBC News. Consultado em 14 de agosto de 2016 
  3. Paul H. Yancey, Mackenzie E. Gerringer, =Jeffrey C. Drazen, Ashley A. Rowden e Alan Jamieson (2014). «Marine fish may be biochemically constrained from inhabiting the deepest ocean depths» 12 ed. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 111: 4461–5. Bibcode:2014PNAS..111.4461Y. PMC 3970477Acessível livremente. PMID 24591588. doi:10.1073/pnas.1322003111 
  4. Uffe Anthoni, Carsten Christophersen, Gram Carsten, Niels H. Nielsen e Per Nielsen (1991). «Poisonings from flesh of the Greenland shark Somniosus microcephalus may be due to trimethylamine» 10 ed. Toxicon. 29: 1205–12. PMID 1801314. doi:10.1016/0041-0101(91)90193-U 
  5. Sidra, Durst (2012). «Hákarl». In: Jonathan Deutsch e Natalya Murakhver. They Eat That? A Cultural Encyclopedia of Weird and Exotic Food from around the World: A Cultural Encyclopedia of Weird and Exotic Food from around the World. [S.l.: s.n.] pp. 91–2. ISBN 978-0-313-38059-4 
  6. Tubarão-da-Groenlândia ficou encalhado após tentar comer um alce, e moradores o devolveram ao mar