Onicomicose: diferenças entre revisões

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A onicomicose é uma infecção que acomete a lâmina ungueal (unha), que apresenta como agente etiológico os fungos. O comprometimento pode ocorrer em apenas uma unha, ou em várias. Em pacientes com AIDS, por exemplo, é comum o acometimento de múltiplas unhas. Esta afecção afeta aproximadamente 20% da população mundial adulta entre 40 a 60 anos de idade. É mais frequente em mulheres, devido ao hábito de frequentar manicures e pedicures. Raramente afeta crianças, talvez pelo rápido crescimento da u
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{{Info/Patologia
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<!-- Definição e sintomas -->
'''Onicomicose''' ou '''tinha das unhas''' é uma [[Micose|infeção fúngica]] das unhas.<ref name=AFP2013/> Os sintomas são descoloração branca ou amarela da unha, espessamento da unha e [[Onicólise|separação da unha da pele]].<ref name=AFP2013/><ref name=Mer2017>{{citar web|título=Onicomicose - Dermatologic Disorders |url=https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-dermatol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-das-unhas/onicomicose |website=Merck Manuals Professional Edition |acessodata=2 de junho de 2018 |data=fevereiro de 2017}}</ref> Embora possa afetar todas as unhas, é mais comum nas unhas dos pés.<ref name=Mer2017/> Entre as possíveis complicações está a [[Celulite (infecção)|Celulite]] da perna.<ref name=Mer2017/>


<!-- Causa e diagnósticos -->
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A onicomicose pode ser causada por diversos fungos, sendo os mais comuns [[dermatófito]]s e ''[[Fusarium]]''.<ref name=Mer2017/> Entre os [[fatores de risco]] estão o [[pé de atleta]], outras doenças da unha, exposição a alguém com a doença, [[doença arterial periférica]] e [[imunossupressão]].<ref name=Mer2017/> O diagnóstico é geralmente suspeitado com base na aparência e confirmado com exames de laboratório.<ref name=AFP2013/>
Por Débora Carvalho Meldau


<!-- Tratamento -->
A '''onicomicose''' é uma infecção que acomete a lâmina ungueal (unha), que apresenta como agente etiológico os fungos. O comprometimento pode ocorrer em apenas uma unha, ou em várias. Em pacientes com AIDS, por exemplo, é comum o acometimento de múltiplas unhas.
A onicomicose não requer necessariamente tratamento.<ref name=Mer2017/> O [[antifúngico]] [[terbinafina]] por via oral aparenta ser o mais eficaz, estando no entanto associado a problemas no fígado.<ref name=AFP2013/><ref>{{citar periódico|último1 =Kreijkamp-Kaspers |primeiro1 =S |último2 =Hawke |primeiro2 =K |último3 =Guo |primeiro3 =L |último4 =Kerin |primeiro4 =G |último5 =Bell-Syer |primeiro5 =SE |último6 =Magin |primeiro6 =P |último7 =Bell-Syer |primeiro7 =SV |último8 =van Driel |primeiro8 =ML |título=Oral antifungal medication for toenail onychomycosis. |periódico=The Cochrane database of systematic reviews |data=14 de julho de 2017 |volume=7 |páginas=CD010031 |doi=10.1002/14651858.CD010031.pub2 |pmid=28707751}}</ref> Cortar as unhas de forma rente durante o tratamento também aparenta ter utilidade.<ref name=AFP2013/> Existe um verniz contendo [[ciclopirox]], embora não seja tão eficaz.<ref name=AFP2013/> Em metade dos casos que são tratados, a doença volta a ocorrer.<ref name=AFP2013/> Não voltar a usar o mesmo calçado após o tratamento pode diminuir o risco de recorrência.<ref name=Mer2017/>


<!-- Epidemiologia e cultura -->
Esta afecção afeta aproximadamente 20% da população mundial adulta entre 40 a 60 anos de idade. É mais frequente em mulheres, devido ao hábito de frequentar manicures e pedicures. Raramente afeta crianças, talvez pelo rápido crescimento da unha, complicando o desenvolvimento do microrganismo.
A onicomicose ocorre em cerca de 10% da população adulta.<ref name=AFP2013>{{citar periódico|vauthors=Westerberg DP, Voyack MJ |título= Onychomycosis: current trends in diagnosis and treatment. |periódico= American Family Physician | volume = 88 |número= 11 |páginas= 762–70 |data=1 de dezembro de 2013 | pmid = 24364524 }}</ref> A doença afeta com maior frequência pessoas idosas<ref name=AFP2013/> e é mais comum entre homens do que entre mulheres.<ref name=Mer2017/> Os casos de onicomicose correspondem a cerca de metade dos casos de doenças das unhas.<ref name=AFP2013/> A causa fúngica da condição foi determinada pela primeira vez em 1853 por [[Georg Meissner]].<ref>{{citar livro|último1 =Rigopoulos |primeiro1 =Dimitris |último2 =Elewski |primeiro2 =Boni |último3 =Richert |primeiro3 =Bertrand |título=Onychomycosis: Diagnosis and Effective Management |data=2018 |publicado=John Wiley & Sons |isbn=9781119226505 |url=https://books.google.ca/books?id=EMZaDwAAQBAJ&pg=PT22 |língua=en}}</ref>

Inicialmente, o acometimento pode ser subungueal (sob a unha), distal (nas extremidades) e/ou lateral e superficial. Todas essas formas podem vir a comprometer a unha por completo. Mais comumente, inicia-se na borda distal, levando a unha à opacidade, apresentando detritos córneos abaixo da placa ungueal.

Existem diversas formas de manifestação clínica desta afecção, dentre elas estão:

* Deslocamento da borda livre: esta é a forma mais freqüente. A unha se desprende do seu leito, normalmente começando pelo canto, ficando ôca. Pode ocorrer aglomeração de material sob a unha.
* Espessamento: as unhas ficam mais espessas, endurecidas e grossas. Pode estar associada à dor e apresentar aspecto de “unha em telha” ou “unha de gavião”.
* Leuconíquia: são manchas brancas na superfície da lâmina ungueal.
* Destruição e deformidades: a unha torna-se frágil, quebradiça, rompendo-se na parte anterior, ficando deformada.
* Paroníquia (unheiro): o contorno da unha inflama, ficando dolorida, inchada e avermelhada. O resultado disso é uma unha ondulada, que apresenta alterações em sua superfície.

O diagnóstico é feito por meio da identificação do fungo, que pode ser através de um exame direto, sem que seja necessário cultivo. As culturas são difíceis de serem obtidas e é empregada na elucidação da espécie. Não é recomendado realizar o tratamento sistêmico sem antes ter um exame micológico positivo. O diagnóstico diferencial importante deve ser feito com a psoríase.

A prevenção é feito por meio de adoção de determinados hábitos higiênicos, como por exemplo, evitar a umidade nos pés por muito tempo. O uso de sapatos fechados que atrapalham a ventilação e o contato dos pés com chão de locais públicos, como banheiros, piscinas e saunas, também são fatores de risco.

Aconselha-se o uso de meias de algodão, pois estas absorvem melhor a umidade dos pés quando comparada com as meias de nylon, bem como a exposição dos calçados ao sol, pois os raios ultravioletas dificultam o desenvolvimento de fungos.

==Transmissão==
Existem diferentes fontes de infecção, como o solo, animais, pessoas, alicates, tesouras, entre outros instrumentos utilizados na manicure e pedicure. As unhas mais comumente afetadas são as dos pés, em consequência do uso de sapatos fechados, o que propicia um ambiente ideal (umidade, temperatura e ausência de luz) para o desenvolvimento do agente.

==Tratamento==
O tratamento pode ser local (cremes, soluções ou esmaltes), sistêmico ou combinado. A escolha da terapêutica irá depender do quadro clínico apresentado pelo paciente. A melhora demora ser observada, devido ao lento crescimento das unhas; as unhas dos pés demoram até 12 meses para se renovar por completo, sendo que o tratamento deve ser mantido por todo esse período.


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Revisão das 16h52min de 3 de junho de 2018

Onicomicose
Onicomicose
Unha do pé afetada por onicomicose
Sinónimos Tinha das unhas[1] tinea unguium[1]
Especialidade Infectologia
Sintomas Descoloração branca ou amarela da unha, espessamento da unha[2][3]
Complicações Celulite na perna[3]
Início habitual Homens mais velhos[2][3]
Causas Infeção por fungos[3]
Fatores de risco Pé de atleta, outras doenças da unha, exposição a alguém com a condição, doença arterial periférica, imunossupressão[3]
Método de diagnóstico Baseado na aparência, confirmado por exames de laboratório[2]
Condições semelhantes Psoríase, dermatite crónica, paroníquia crónica, trauma na unha[2]
Tratamento Nenhum, antimicóticos, cortar as unhas rente à pele[2][3]
Medicação Terbinafina, ciclopirox[2]
Prognóstico Recorrência frequente[2]
Frequência ~10% dos adultos[2]
Classificação e recursos externos
CID-11 e 410058129 1731433055 e 410058129
DiseasesDB 13125
MedlinePlus 001330
eMedicine 1105828
MeSH D014009
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Onicomicose ou tinha das unhas é uma infeção fúngica das unhas.[2] Os sintomas são descoloração branca ou amarela da unha, espessamento da unha e separação da unha da pele.[2][3] Embora possa afetar todas as unhas, é mais comum nas unhas dos pés.[3] Entre as possíveis complicações está a Celulite da perna.[3]

A onicomicose pode ser causada por diversos fungos, sendo os mais comuns dermatófitos e Fusarium.[3] Entre os fatores de risco estão o pé de atleta, outras doenças da unha, exposição a alguém com a doença, doença arterial periférica e imunossupressão.[3] O diagnóstico é geralmente suspeitado com base na aparência e confirmado com exames de laboratório.[2]

A onicomicose não requer necessariamente tratamento.[3] O antifúngico terbinafina por via oral aparenta ser o mais eficaz, estando no entanto associado a problemas no fígado.[2][4] Cortar as unhas de forma rente durante o tratamento também aparenta ter utilidade.[2] Existe um verniz contendo ciclopirox, embora não seja tão eficaz.[2] Em metade dos casos que são tratados, a doença volta a ocorrer.[2] Não voltar a usar o mesmo calçado após o tratamento pode diminuir o risco de recorrência.[3]

A onicomicose ocorre em cerca de 10% da população adulta.[2] A doença afeta com maior frequência pessoas idosas[2] e é mais comum entre homens do que entre mulheres.[3] Os casos de onicomicose correspondem a cerca de metade dos casos de doenças das unhas.[2] A causa fúngica da condição foi determinada pela primeira vez em 1853 por Georg Meissner.[5]

Referências

  1. a b Rapini, Ronald P.; Bolognia, Jean L.; Jorizzo, Joseph L. (2007). Dermatology: 2-Volume Set. St. Louis: Mosby. p. 1135. ISBN 1-4160-2999-0 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r Westerberg DP, Voyack MJ (1 de dezembro de 2013). «Onychomycosis: current trends in diagnosis and treatment.». American Family Physician. 88 (11): 762–70. PMID 24364524 
  3. a b c d e f g h i j k l m n «Onicomicose - Dermatologic Disorders». Merck Manuals Professional Edition. Fevereiro de 2017. Consultado em 2 de junho de 2018 
  4. Kreijkamp-Kaspers, S; Hawke, K; Guo, L; Kerin, G; Bell-Syer, SE; Magin, P; Bell-Syer, SV; van Driel, ML (14 de julho de 2017). «Oral antifungal medication for toenail onychomycosis.». The Cochrane database of systematic reviews. 7: CD010031. PMID 28707751. doi:10.1002/14651858.CD010031.pub2 
  5. Rigopoulos, Dimitris; Elewski, Boni; Richert, Bertrand (2018). Onychomycosis: Diagnosis and Effective Management (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons. ISBN 9781119226505 
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