Procarionte: diferenças entre revisões

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Esta definição engloba todos os organismos dos domínios [[Bacteria]] e [[Archaea]]. Tais células possuem diversas outras diferenças se compararmos com as [[eukaryota|células eucarióticas]]. As células procarióticas não possuem a maior parte das [[organelas]] (o [[ribossomo]] é presente), seu [[DNA]] é cíclico, a fluidez de suas membranas são controladas apenas por [[fosfolipídios]] (e não por fosfolipídios e [[esterol|esteróis]] como em células eucarióticas), elas não se juntam formando [[pluricelular|organismos pluricelulares]], já que não têm a capacidade de formar tecidos, etc.<ref>http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biocelulas.php A sua principal característica é a ausência de carioteca individualizando o núcleo celular, pela ausência de alguns organelas e pelo pequeno tamanho que se acredita que se deve ao fato de não possuírem compartimentos membranosos originados por evaginação ou invaginação.</ref>
Esta definição engloba todos os organismos dos domínios [[Bacteria]] e [[Archaea]]. Tais células possuem diversas outras diferenças se compararmos com as [[eukaryota|células eucarióticas]]. As células procarióticas não possuem a maior parte das [[organelas]] (o [[ribossomo]] é presente), seu [[DNA]] é cíclico, a fluidez de suas membranas são controladas apenas por [[fosfolipídios]] (e não por fosfolipídios e [[esterol|esteróis]] como em células eucarióticas), elas não se juntam formando [[pluricelular|organismos pluricelulares]], já que não têm a capacidade de formar tecidos, etc.<ref>http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biocelulas.php A sua principal característica é a ausência de carioteca individualizando o núcleo celular, pela ausência de alguns organelas e pelo pequeno tamanho que se acredita que se deve ao fato de não possuírem compartimentos membranosos originados por evaginação ou invaginação.</ref>


Nos procariontes, todos os componentes intracelulares solúveis em água (proteínas, DNA e metabólitos) estão localizados juntos no citoplasma cercados pela membrana celular, e não em compartimentos celulares separados. As bactérias, no entanto, possuem microcompartimentos bacterianos baseados em proteínas, que se pensa agirem como organelas primitivas fechadas em cascas de proteínas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kerfeld|primeiro=Cheryl A.|ultimo2=Sawaya|primeiro2=Michael R.|ultimo3=Tanaka|primeiro3=Shiho|ultimo4=Nguyen|primeiro4=Chau V.|ultimo5=Phillips|primeiro5=Martin|ultimo6=Beeby|primeiro6=Morgan|ultimo7=Yeates|primeiro7=Todd O.|data=2005-08-05|titulo=Protein Structures Forming the Shell of Primitive Bacterial Organelles|url=http://science.sciencemag.org/content/309/5736/936|jornal=Science|lingua=en|volume=309|numero=5736|paginas=936–938|doi=10.1126/science.1113397|issn=0036-8075|pmid=16081736}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Murat|primeiro=Dorothee|ultimo2=Byrne|primeiro2=Meghan|ultimo3=Komeili|primeiro3=Arash|data=2010-10-01|titulo=Cell Biology of Prokaryotic Organelles|url=http://cshperspectives.cshlp.org/content/2/10/a000422|jornal=Cold Spring Harbor Perspectives in Biology|lingua=en|volume=2|numero=10|paginas=a000422|doi=10.1101/cshperspect.a000422|issn=1943-0264|pmc=PMC2944366|pmid=20739411}}</ref>Alguns procariontes, como as cianobactérias, podem formar grandes colônias. Outros, como [[Mixobactéria|mixobactérias]], têm estágios multicelulares em seus ciclos de vida.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kaiser|primeiro=Dale|data=2003-10|titulo=Coupling cell movement to multicellular development in myxobacteria|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15040179|jornal=Nature Reviews. Microbiology|volume=1|numero=1|paginas=45–54|doi=10.1038/nrmicro733|issn=1740-1526|pmid=15040179}}</ref>
Nos procariontes, todos os componentes intracelulares solúveis em água (proteínas, DNA e metabólitos) estão localizados juntos no citoplasma cercados pela membrana celular, e não em compartimentos celulares separados. As bactérias, no entanto, possuem microcompartimentos bacterianos baseados em proteínas, que se pensa agirem como organelas primitivas fechadas em cascas de proteínas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kerfeld|primeiro=Cheryl A.|ultimo2=Sawaya|primeiro2=Michael R.|ultimo3=Tanaka|primeiro3=Shiho|ultimo4=Nguyen|primeiro4=Chau V.|ultimo5=Phillips|primeiro5=Martin|ultimo6=Beeby|primeiro6=Morgan|ultimo7=Yeates|primeiro7=Todd O.|data=2005-08-05|titulo=Protein Structures Forming the Shell of Primitive Bacterial Organelles|url=http://science.sciencemag.org/content/309/5736/936|jornal=Science|lingua=en|volume=309|numero=5736|paginas=936–938|doi=10.1126/science.1113397|issn=0036-8075|pmid=16081736}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Murat|primeiro=Dorothee|ultimo2=Byrne|primeiro2=Meghan|ultimo3=Komeili|primeiro3=Arash|data=2010-10-01|titulo=Cell Biology of Prokaryotic Organelles|url=http://cshperspectives.cshlp.org/content/2/10/a000422|jornal=Cold Spring Harbor Perspectives in Biology|lingua=en|volume=2|numero=10|paginas=a000422|doi=10.1101/cshperspect.a000422|issn=1943-0264|pmc=PMC2944366|pmid=20739411}}</ref>Alguns procariontes, como as [[Cyanobacteria|cianobactérias]], podem formar grandes colônias. Outros, como [[Mixobactéria|mixobactérias]], têm estágios multicelulares em seus ciclos de vida.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kaiser|primeiro=Dale|data=2003-10|titulo=Coupling cell movement to multicellular development in myxobacteria|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15040179|jornal=Nature Reviews. Microbiology|volume=1|numero=1|paginas=45–54|doi=10.1038/nrmicro733|issn=1740-1526|pmid=15040179}}</ref>


Estudos moleculares forneceram a compreensão sobre a evolução e as interrelações dos três domínios de espécies biológicas, Archea, Eukarya e [[Bactéria|Bacteria]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Sung|primeiro=Kwang Hoon|ultimo2=Song|primeiro2=Hyun Kyu|data=2014|titulo=Insights into the molecular evolution of HslU ATPase through biochemical and mutational analyses|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25050622|jornal=PloS One|volume=9|numero=7|paginas=e103027|doi=10.1371/journal.pone.0103027|issn=1932-6203|pmc=PMC4106860|pmid=25050622}}</ref> Os eucariotos são organismos, incluindo humanos, cujas células possuem um núcleo bem delimitado de membrana (contendo DNA cromossômico) e organelas. A divisão entre procariontes e eucariotos reflete a existência de dois níveis muito diferentes de organização celular. Tipos distintos de procariontes incluem [[Extremófilo|extremófilos]] e [[Metanogênese|metanogênicos]]; estes são comuns em alguns [[ambientes extremos]].<ref>{{Citar web|url=http://projects.ncsu.edu/project/bio183de/Black/prokaryote/prokaryote1.html|titulo=Prokaryotes|acessodata=2018-07-22|obra=projects.ncsu.edu}}</ref>
Estudos moleculares forneceram a compreensão sobre a evolução e as interrelações dos três domínios de espécies biológicas, Archea, Eukarya e [[Bactéria|Bacteria]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Sung|primeiro=Kwang Hoon|ultimo2=Song|primeiro2=Hyun Kyu|data=2014|titulo=Insights into the molecular evolution of HslU ATPase through biochemical and mutational analyses|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25050622|jornal=PloS One|volume=9|numero=7|paginas=e103027|doi=10.1371/journal.pone.0103027|issn=1932-6203|pmc=PMC4106860|pmid=25050622}}</ref> Os eucariotos são organismos, incluindo humanos, cujas células possuem um núcleo bem delimitado de membrana (contendo DNA cromossômico) e organelas. A divisão entre procariontes e eucariotos reflete a existência de dois níveis muito diferentes de organização celular. Tipos distintos de procariontes incluem [[Extremófilo|extremófilos]] e [[Metanogênese|metanogênicos]]; estes são comuns em alguns [[ambientes extremos]].<ref>{{Citar web|url=http://projects.ncsu.edu/project/bio183de/Black/prokaryote/prokaryote1.html|titulo=Prokaryotes|acessodata=2018-07-22|obra=projects.ncsu.edu}}</ref>
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== Transferência de DNA ==
== Transferência de DNA ==
[[Ficheiro:Célula Procariota.ogv|miniaturadaimagem|Animação em 3D de uma célula procariótica que mostra todos os elementos que a compõe. ]]
[[Ficheiro:Célula Procariota.ogv|miniaturadaimagem|Animação em 3D de uma célula procariótica que mostra todos os elementos que a compõe. ]]
As bactérias têm uma grande necessidade de regular sua expressão gênica. Elas desenvolveram mecanismos para reprimir a transcrição de todos os genes que codificam enzimas não necessárias em determinado momento, e para ativar outros que codificam aquelas que são necessárias.
As bactérias têm uma grande necessidade de regular sua [[Expressão génica|expressão gênica]]. Elas desenvolveram mecanismos para reprimir a transcrição de todos os genes que codificam enzimas não necessárias em determinado momento, e para ativar outros que codificam aquelas que são necessárias.


A transferência de DNA entre as células procarióticas ocorre em bactérias e archaea, embora tenha sido principalmente estudada em bactérias. Nas bactérias, a transferência de genes ocorre por três processos. Estas são (1) [[transdução]] mediada por vírus bacteriano ([[Fago|bacteriófago]]), (2) [[Conjugação (biologia)|conjugação]] mediada por plasmídeo e (3) [[Transformação bacteriana|transformação natural]]. A transdução de [[Gene|genes]] bacterianos pelo bacteriófago parece refletir um erro ocasional durante a montagem intracelular de partículas virais, em vez de uma adaptação da bactéria hospedeira. A transferência de DNA bacteriano está sob o controle dos genes do bacteriófago em vez dos genes bacterianos, a transferência pode ocorrer também quando as bactérias captam DNAs circulantes oriundas de bactérias mortas, há poucas evidencias que indicam que este método é significativo.[https://books.google.com.br/books?id=OFDWCwAAQBAJ&lpg=PA20&dq=transferencia%20de%20dna%20%2B%20bacteriano&hl=pt-BR&pg=PA21#v=onepage&q=transferencia%20de%20dna%20+%20bacteriano&f=false]
A transferência de DNA entre as células procarióticas ocorre em bactérias e archaea, embora tenha sido principalmente estudada em bactérias. Nas bactérias, a transferência de genes ocorre por três processos. Estas são (1) [[transdução]] mediada por vírus bacteriano ([[Fago|bacteriófago]]), (2) [[Conjugação (biologia)|conjugação]] mediada por plasmídeo e (3) [[Transformação bacteriana|transformação natural]]. A transdução de [[Gene|genes]] bacterianos pelo bacteriófago parece refletir um erro ocasional durante a montagem intracelular de partículas virais, em vez de uma adaptação da bactéria hospedeira. A transferência de DNA bacteriano está sob o controle dos genes do bacteriófago em vez dos genes bacterianos, a transferência pode ocorrer também quando as bactérias captam DNAs circulantes oriundas de bactérias mortas, há poucas evidencias que indicam que este método é significativo.[https://books.google.com.br/books?id=OFDWCwAAQBAJ&lpg=PA20&dq=transferencia%20de%20dna%20%2B%20bacteriano&hl=pt-BR&pg=PA21#v=onepage&q=transferencia%20de%20dna%20+%20bacteriano&f=false]


A espécie bacteriana ''[[Escherichia coli]]'' se destaca como organismo modelo e como ferramenta biológica para pesquisas científicas.A conjugação no sistema de E. coli bem estudado controlada por genes de plasmídeo e uma adaptação para distribuir cias de um plasmídeo de um hospedeiro bacteriano para outro. Pouco frequentemente durante este processo, um plasmídeo pode integrar-se no cromossoma bacteriano do hospedeiro e subsequentemente transferir parte do DNA bacteriano hospedeiro para outra bactéria. A transferência mediada por plasmídeos do DNA bacteriano do hospedeiro (conjugação) também parece ser um processo acidental em vez de uma adaptação bacteriana.
A espécie bacteriana ''[[Escherichia coli]]'' se destaca como [[Organismo-modelo|organismo modelo]] e como ferramenta biológica para pesquisas científicas.A conjugação no sistema de E. coli bem estudado controlada por genes de plasmídeo e uma adaptação para distribuir cias de um plasmídeo de um hospedeiro bacteriano para outro. Pouco frequentemente durante este processo, um [[plasmídeo]] pode integrar-se no cromossoma bacteriano do hospedeiro e subsequentemente transferir parte do DNA bacteriano hospedeiro para outra bactéria. A transferência mediada por plasmídeos do DNA bacteriano do hospedeiro (conjugação) também parece ser um processo acidental em vez de uma adaptação bacteriana.


A transformação bacteriana natural envolve a transferência de DNA de uma bactéria para outra através do meio interveniente. Ao contrário da transdução e conjugação, a transformação é claramente uma adaptação bacteriana para a transferência de DNA, porque depende de numerosos produtos genéticos bacterianos que interagem especificamente para realizar esse processo complexo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Chen|primeiro=Inês|ultimo2=Dubnau|primeiro2=David|data=2004-03|titulo=DNA uptake during bacterial transformation|url=http://www.nature.com/articles/nrmicro844|jornal=Nature Reviews Microbiology|lingua=En|volume=2|numero=3|paginas=241–249|doi=10.1038/nrmicro844|issn=1740-1526}}</ref>
A transformação bacteriana natural envolve a transferência de DNA de uma bactéria para outra através do meio interveniente. Ao contrário da transdução e conjugação, a transformação é claramente uma adaptação bacteriana para a transferência de DNA, porque depende de numerosos produtos genéticos bacterianos que interagem especificamente para realizar esse processo complexo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Chen|primeiro=Inês|ultimo2=Dubnau|primeiro2=David|data=2004-03|titulo=DNA uptake during bacterial transformation|url=http://www.nature.com/articles/nrmicro844|jornal=Nature Reviews Microbiology|lingua=En|volume=2|numero=3|paginas=241–249|doi=10.1038/nrmicro844|issn=1740-1526}}</ref>


Para uma bactéria se ligar, pegar e recombinar o DNA doador em seu próprio cromossomo, ele deve primeiro entrar em um estado fisiológico especial chamado competência. Cerca de 40 genes são necessários em ''Bacillus subtilis'' para o desenvolvimento de competência.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Solomon|primeiro=J. M.|ultimo2=Grossman|primeiro2=A. D.|data=1996-4|titulo=Who's competent and when: regulation of natural genetic competence in bacteria|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8901420|jornal=Trends in genetics: TIG|volume=12|numero=4|paginas=150–155|issn=0168-9525|pmid=8901420}}</ref> O comprimento do DNA transferido durante a transformação de B. subtilis pode ser de até um terço do cromossomo inteiro. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Akamatsu|primeiro=T.|ultimo2=Taguchi|primeiro2=H.|data=2001-4|titulo=Incorporation of the whole chromosomal DNA in protoplast lysates into competent cells of Bacillus subtilis|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11388459|jornal=Bioscience, Biotechnology, and Biochemistry|volume=65|numero=4|paginas=823–829|doi=10.1271/bbb.65.823|issn=0916-8451|pmid=11388459}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Saito|primeiro=Yukiko|ultimo2=Taguchi|primeiro2=Hisataka|ultimo3=Akamatsu|primeiro3=Takashi|data=2006-3|titulo=Fate of transforming bacterial genome following incorporation into competent cells of Bacillus subtilis: a continuous length of incorporated DNA|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16716928|jornal=Journal of Bioscience and Bioengineering|volume=101|numero=3|paginas=257–262|doi=10.1263/jbb.101.257|issn=1389-1723|pmid=16716928}}</ref> A transformação é um modo comum de transferência de DNA, e 67 espécies procarióticas são até agora conhecidas por serem naturalmente competentes para a transformação. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Johnsborg|primeiro=Ola|ultimo2=Eldholm|primeiro2=Vegard|ultimo3=Håvarstein|primeiro3=Leiv Sigve|data=2007-12|titulo=Natural genetic transformation: prevalence, mechanisms and function|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17997281|jornal=Research in Microbiology|volume=158|numero=10|paginas=767–778|doi=10.1016/j.resmic.2007.09.004|issn=0923-2508|pmid=17997281}}</ref>
Para uma bactéria se ligar, pegar e recombinar o DNA doador em seu próprio cromossomo, ele deve primeiro entrar em um estado fisiológico especial chamado [[Competência Natural|competência]]. Cerca de 40 genes são necessários em ''[[Bacillus subtilis]]'' para o desenvolvimento de competência.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Solomon|primeiro=J. M.|ultimo2=Grossman|primeiro2=A. D.|data=1996-4|titulo=Who's competent and when: regulation of natural genetic competence in bacteria|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8901420|jornal=Trends in genetics: TIG|volume=12|numero=4|paginas=150–155|issn=0168-9525|pmid=8901420}}</ref> O comprimento do DNA transferido durante a transformação de B. subtilis pode ser de até um terço do cromossomo inteiro. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Akamatsu|primeiro=T.|ultimo2=Taguchi|primeiro2=H.|data=2001-4|titulo=Incorporation of the whole chromosomal DNA in protoplast lysates into competent cells of Bacillus subtilis|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11388459|jornal=Bioscience, Biotechnology, and Biochemistry|volume=65|numero=4|paginas=823–829|doi=10.1271/bbb.65.823|issn=0916-8451|pmid=11388459}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Saito|primeiro=Yukiko|ultimo2=Taguchi|primeiro2=Hisataka|ultimo3=Akamatsu|primeiro3=Takashi|data=2006-3|titulo=Fate of transforming bacterial genome following incorporation into competent cells of Bacillus subtilis: a continuous length of incorporated DNA|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16716928|jornal=Journal of Bioscience and Bioengineering|volume=101|numero=3|paginas=257–262|doi=10.1263/jbb.101.257|issn=1389-1723|pmid=16716928}}</ref> A transformação é um modo comum de transferência de DNA, e 67 espécies procarióticas são até agora conhecidas por serem naturalmente competentes para a transformação. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Johnsborg|primeiro=Ola|ultimo2=Eldholm|primeiro2=Vegard|ultimo3=Håvarstein|primeiro3=Leiv Sigve|data=2007-12|titulo=Natural genetic transformation: prevalence, mechanisms and function|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17997281|jornal=Research in Microbiology|volume=158|numero=10|paginas=767–778|doi=10.1016/j.resmic.2007.09.004|issn=0923-2508|pmid=17997281}}</ref>


Entre archaea, Halobacterium volcanii forma pontes citoplasmáticas entre as células que parecem ser usadas para a transferência de DNA de uma célula para outra. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Rosenshine|primeiro=I.|ultimo2=Tchelet|primeiro2=R.|ultimo3=Mevarech|primeiro3=M.|data=1989-09-22|titulo=The mechanism of DNA transfer in the mating system of an archaebacterium|url=http://science.sciencemag.org/content/245/4924/1387|jornal=Science|lingua=en|volume=245|numero=4924|paginas=1387–1389|doi=10.1126/science.2818746|issn=0036-8075|pmid=2818746}}</ref> Outra Archea, ''Sulfolobus solfataricus'', transfere o DNA entre as células por contato direto. Frols et al.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Fröls|primeiro=Sabrina|ultimo2=Ajon|primeiro2=Malgorzata|ultimo3=Wagner|primeiro3=Michaela|ultimo4=Teichmann|primeiro4=Daniela|ultimo5=Zolghadr|primeiro5=Behnam|ultimo6=Folea|primeiro6=Mihaela|ultimo7=Boekema|primeiro7=Egbert J.|ultimo8=Driessen|primeiro8=Arnold J. M.|ultimo9=Schleper|primeiro9=Christa|data=2008-10-09|titulo=UV-inducible cellular aggregation of the hyperthermophilic archaeon Sulfolobus solfataricus is mediated by pili formation|url=http://doi.wiley.com/10.1111/j.1365-2958.2008.06459.x|jornal=Molecular Microbiology|lingua=en|volume=70|numero=4|paginas=938–952|doi=10.1111/j.1365-2958.2008.06459.x|issn=0950-382X}}</ref> descobriram que a exposição de ''S. solfataricus'' a agentes que danificam o DNA induz a agregação celular, e sugeriu que a agregação celular pode aumentar a transferência de DNA entre as células para proporcionar maior reparo do DNA danificado por meio de recombinação homóloga.
Entre archaea, ''[[Halobacterium volcanii]]'' forma pontes citoplasmáticas entre as células que parecem ser usadas para a transferência de DNA de uma célula para outra. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Rosenshine|primeiro=I.|ultimo2=Tchelet|primeiro2=R.|ultimo3=Mevarech|primeiro3=M.|data=1989-09-22|titulo=The mechanism of DNA transfer in the mating system of an archaebacterium|url=http://science.sciencemag.org/content/245/4924/1387|jornal=Science|lingua=en|volume=245|numero=4924|paginas=1387–1389|doi=10.1126/science.2818746|issn=0036-8075|pmid=2818746}}</ref> Outra Archea, ''[[Sulfolobus solfataricus]]'', transfere o DNA entre as células por contato direto. Frols et al.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Fröls|primeiro=Sabrina|ultimo2=Ajon|primeiro2=Malgorzata|ultimo3=Wagner|primeiro3=Michaela|ultimo4=Teichmann|primeiro4=Daniela|ultimo5=Zolghadr|primeiro5=Behnam|ultimo6=Folea|primeiro6=Mihaela|ultimo7=Boekema|primeiro7=Egbert J.|ultimo8=Driessen|primeiro8=Arnold J. M.|ultimo9=Schleper|primeiro9=Christa|data=2008-10-09|titulo=UV-inducible cellular aggregation of the hyperthermophilic archaeon Sulfolobus solfataricus is mediated by pili formation|url=http://doi.wiley.com/10.1111/j.1365-2958.2008.06459.x|jornal=Molecular Microbiology|lingua=en|volume=70|numero=4|paginas=938–952|doi=10.1111/j.1365-2958.2008.06459.x|issn=0950-382X}}</ref> descobriram que a exposição de ''S. solfataricus'' a agentes que danificam o DNA induz a agregação celular, e sugeriu que a agregação celular pode aumentar a transferência de DNA entre as células para proporcionar maior reparo do DNA danificado por meio de [[recombinação homóloga]].


== Sociabilidade ou Agregação ==
{{Referências}}
[[Ficheiro:Anillo de la vida.png|miniaturadaimagem|[[Árvore filogenética|Árvore Filogenética]] mostrando a diversidade de procariotos e a origem dos Eucariotos. ]]
Embora os procariontes sejam considerados estritamente unicelulares, a maioria pode formar comunidades agregadas estáveis.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/671491817|título=Brock biology of microorganisms|ultimo=1949-|primeiro=Madigan, Michael T.,|edicao=13th ed|local=San Francisco|isbn=9780321649638|oclc=671491817}}</ref> Quando essas comunidades estão envoltas em uma matriz polimérica estabilizadora ("slime"), elas podem ser chamadas de "[[Biofilme|biofilmes]]".<ref>{{Citar periódico|data=2007|titulo=Direct Observations|url=http://link.springer.com/10.1007/978-3-540-68022-2_2|lingua=en|local=Berlin, Heidelberg|publicado=Springer Berlin Heidelberg|paginas=3–84|doi=10.1007/978-3-540-68022-2_2|isbn=9783540680215}}</ref> Células em biofilmes frequentemente mostram padrões distintos de expressão gênica (diferenciação fenotípica) no tempo e no espaço. Além disso, como ocorre com eucariotos multicelulares, essas mudanças na expressão geralmente parecem resultar da sinalização célula a célula, um fenômeno conhecido como sensoriamento de quórum.

Os biofilmes podem ser altamente heterogêneos e estruturalmente complexos e podem se ligar a superfícies sólidas, ou existir em interfaces líquido-ar ou, potencialmente, até mesmo em interfaces líquido-líquido. Os biofilmes bacterianos são frequentemente constituídos por [[microcolônias]] (massas de bactérias e matriz aproximadamente em forma de cúpula) separadas por "vazios" através dos quais o meio (por exemplo, água) pode fluir facilmente. As microcolônias podem se unir acima do substrato para formar uma camada contínua, fechando a rede de canais que separam as microcolônias. Essa complexidade estrutural - combinada com observações de que a limitação de oxigênio (um desafio onipresente para qualquer coisa crescendo em tamanho além da escala de [[Difusão molecular|difusão]]) é pelo menos parcialmente aliviada pelo movimento do meio em todo o biofilme - levou alguns a especular que isso pode constituir um [[sistema circulatório]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Costerton|primeiro=J. W.|ultimo2=Lewandowski|primeiro2=Z.|ultimo3=Caldwell|primeiro3=D. E.|ultimo4=Korber|primeiro4=D. R.|ultimo5=Lappin-Scott|primeiro5=H. M.|data=1995|titulo=Microbial biofilms|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8561477|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=49|paginas=711–745|doi=10.1146/annurev.mi.49.100195.003431|issn=0066-4227|pmid=8561477}}</ref> e muitos pesquisadores começaram a chamar comunidades procarióticas multicelulares (por exemplo<ref>{{Citar periódico|ultimo=Shapiro|primeiro=J. A.|data=1998|titulo=Thinking about bacterial populations as multicellular organisms|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9891794|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=52|paginas=81–104|doi=10.1146/annurev.micro.52.1.81|issn=0066-4227|pmid=9891794}}</ref>).

Expressão celular diferencial, comportamento coletivo, sinalização, [[morte celular programada]] e (em alguns casos) dispersão biológica discreta<ref>{{Citar periódico|ultimo=Chua|primeiro=Song Lin|ultimo2=Liu|primeiro2=Yang|ultimo3=Yam|primeiro3=Joey Kuok Hoong|ultimo4=Chen|primeiro4=Yicai|ultimo5=Vejborg|primeiro5=Rebecca Munk|ultimo6=Tan|primeiro6=Bryan Giin Chyuan|ultimo7=Kjelleberg|primeiro7=Staffan|ultimo8=Tolker-Nielsen|primeiro8=Tim|ultimo9=Givskov|primeiro9=Michael|data=2014-07-21|titulo=Dispersed cells represent a distinct stage in the transition from bacterial biofilm to planktonic lifestyles|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25042103|jornal=Nature Communications|volume=5|paginas=4462|doi=10.1038/ncomms5462|issn=2041-1723|pmid=25042103}}</ref> parecem todos apontar nessa direção. No entanto, essas colônias raramente são fundadas por um único fundador (da mesma forma que [[Animalia|animais]] e [[Plantae|plantas]] são fundadas por células individuais), o que apresenta várias questões teóricas. A maioria das explicações de [[Cooperação (biologia)|cooperação]] e a [[evolução]] da multicelularidade focalizaram a alta relação entre membros de um grupo (ou colônia, ou organismo completo). Se uma cópia de um gene está presente em todos os membros de um grupo, comportamentos que promovem a cooperação entre membros podem permitir que esses membros tenham (em média) maior [[Fitness (genética)|aptidão]] do que um grupo similar de indivíduos solitários<ref>{{Citar periódico|ultimo=Hamilton|primeiro=W. D.|data=1964-7|titulo=The genetical evolution of social behaviour. II|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/5875340|jornal=Journal of Theoretical Biology|volume=7|numero=1|paginas=17–52|issn=0022-5193|pmid=5875340}}</ref>.

Se esses casos de [[Sociedade (biologia)|sociabilidade]] procariótica se revelarem a regra e não a exceção, isso terá sérias implicações para a maneira como vemos os procariontes em geral e a maneira como lidamos com eles na [[medicina]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/209988885|título=Control of biofilm infections by signal manipulation|ultimo=Naomi.|primeiro=Balaban,|data=2008|editora=Springer|local=Berlin|isbn=9783540738534|oclc=209988885}}</ref> Os biofilmes bacterianos podem ser 100 vezes mais resistentes aos antibióticos do que os unicelulares de vida livre e podem ser quase impossíveis de serem removidos das superfícies após colonizá-los.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Costerton|primeiro=J. W.|ultimo2=Stewart|primeiro2=P. S.|ultimo3=Greenberg|primeiro3=E. P.|data=1999-05-21|titulo=Bacterial biofilms: a common cause of persistent infections|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10334980|jornal=Science (New York, N.Y.)|volume=284|numero=5418|paginas=1318–1322|issn=0036-8075|pmid=10334980}}</ref> Outros aspectos da cooperação bacteriana - como a conjugação bacteriana e a [[patogenicidade]] mediada pelo sensor de quorum - apresentam desafios adicionais aos pesquisadores e profissionais médicos que buscam tratar as doenças associadas.

== Meio Ambiente ==
Os procariontes diversificaram-se grandemente ao longo de sua longa existência. O metabolismo dos procariontes é muito mais variado que o dos eucariotos, levando a muitos tipos procarióticos altamente distintos. Por exemplo, além de usar fotossíntese ou compostos orgânicos para energia, como os eucariotos, os procariontes podem obter energia a partir de [[Composto inorgânico|compostos inorgânicos]], como o [[sulfeto de hidrogênio]]. Isso permite que os procariontes prosperem em ambientes hostis, tão frios quanto a superfície da neve da Antártida, estudados em [[criobiologia]] ou tão quentes quanto [[Fonte hidrotermal|fontes hidrotermais]] submarinas e fontes termais terrestres.

Os procariontes vivem em quase todos os ambientes da Terra. Algumas arqueas e bactérias são extremófilas, prosperando em condições adversas, como altas temperaturas ([[Organismo termófilo|termofílicos]]) ou alta salinidade ([[Halofilia|halófilos]]).<ref>{{Citar periódico|ultimo=Rycroft|primeiro=Michael J.|data=2010-12-15|titulo=The Plasma and Radiation Environment in Earth Orbit|url=http://dx.doi.org/10.1002/9780470686652.eae323|jornal=Encyclopedia of Aerospace Engineering|local=Chichester, UK|publicado=John Wiley & Sons, Ltd|isbn=9780470754405}}</ref>Muitas arqueas crescem como [[plâncton]] nos oceanos. Os procariontes [[Simbiose|simbióticos]] vivem nos corpos de outros organismos, incluindo os humanos.[https://books.google.com.br/books?id=QcU0yde9PtkC&lpg=PA534&dq=procariontes&hl=pt-BR&pg=PA537#v=onepage&q=procariontes&f=false]

== Classificação ==
[[Ficheiro:Tree of Living Organisms 2.png|miniaturadaimagem|Árvore filogenética e simbiogênica dos organismos vivos, mostrando as origens dos eucariontes e procariontes]]
[[Ficheiro:Primordial biogenesis.svg|miniaturadaimagem|Diagrama da origem da vida com os eucariotos aparecendo mais cedo, não derivados de procariotas, como proposto por [[Richard Engel|Richard Egel]] em 2012. Essa visão, uma das muitas sobre as posições relativas dos procariotos e eucariotos, implica que o ancestral comum universal era relativamente grande e complexo.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Egel|primeiro=Richard|data=2012-01-23|titulo=Primal eukaryogenesis: on the communal nature of precellular States, ancestral to modern life|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25382122|jornal=Life (Basel, Switzerland)|volume=2|numero=1|paginas=170–212|doi=10.3390/life2010170|issn=2075-1729|pmc=PMC4187143|pmid=25382122}}</ref>]]
Em 1977, [[Carl Woese]] propôs dividir os procariontes em Bacteria e Archaea (originalmente Eubacteria e Archaebacteria) por causa das grandes diferenças na estrutura e genética entre os dois grupos de organismos. Archaea eram originalmente considerados extremófilos, vivendo apenas em condições inóspitas, como extremos de [[temperatura]], [[pH]] e [[radiação]], mas desde então foram encontrados em todos os tipos de [[Habitat|habitats]]. O arranjo resultante de Eukaryota (também chamado de "Eucarya"), Bacteria e Archaea é chamado de sistema de três [[Domínio (biologia)|domínios]], substituindo o tradicional sistema de dois impérios.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Woese|primeiro=C. R.|data=1994-3|titulo=There must be a prokaryote somewhere: microbiology's search for itself|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8177167|jornal=Microbiological Reviews|volume=58|numero=1|paginas=1–9|issn=0146-0749|pmc=PMC372949|pmid=8177167}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Sapp|primeiro=Jan|data=2005-6|titulo=The prokaryote-eukaryote dichotomy: meanings and mythology|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15944457|jornal=Microbiology and molecular biology reviews: MMBR|volume=69|numero=2|paginas=292–305|doi=10.1128/MMBR.69.2.292-305.2005|issn=1092-2172|pmc=PMC1197417|pmid=15944457}}</ref>

== Evolução ==
Um modelo atual amplamente difundido da evolução dos primeiros organismos vivos é que estes eram uma forma de procariontes, que podem ter evoluído a partir de [[protocélulas]], enquanto os eucariontes evoluíram mais tarde na história da vida.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Zimmer|primeiro=Carl|data=2009-08-07|titulo=Origins. On the origin of eukaryotes|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19661396|jornal=Science (New York, N.Y.)|volume=325|numero=5941|paginas=666–668|doi=10.1126/science.325_666|issn=1095-9203|pmid=19661396}}</ref> Alguns autores questionaram essa conclusão, argumentando que o conjunto atual de espécies procarióticas pode ter evoluído a partir de ancestrais eucarióticos mais complexos através de um processo de simplificação.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Brown|primeiro=James R.|data=2003-2|titulo=Ancient horizontal gene transfer|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12560809|jornal=Nature Reviews. Genetics|volume=4|numero=2|paginas=121–132|doi=10.1038/nrg1000|issn=1471-0056|pmid=12560809}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Forterre|primeiro=P.|ultimo2=Philippe|primeiro2=H.|data=1999-10|titulo=Where is the root of the universal tree of life?|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10497338|jornal=BioEssays: News and Reviews in Molecular, Cellular and Developmental Biology|volume=21|numero=10|paginas=871–879|doi=10.1002/(SICI)1521-1878(199910)21:103.0.CO;2-Q|issn=0265-9247|pmid=10497338}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Poole|primeiro=A.|ultimo2=Jeffares|primeiro2=D.|ultimo3=Penny|primeiro3=D.|data=1999-10|titulo=Early evolution: prokaryotes, the new kids on the block|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10497339|jornal=BioEssays: News and Reviews in Molecular, Cellular and Developmental Biology|volume=21|numero=10|paginas=880–889|doi=10.1002/(SICI)1521-1878(199910)21:103.0.CO;2-P|issn=0265-9247|pmid=10497339}}</ref> Outros argumentaram que os três domínios da vida surgiram simultaneamente, a partir de um conjunto de células variadas que formaram um único [[pool genético]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Woese|primeiro=C.|data=1998-06-09|titulo=The universal ancestor|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9618502|jornal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America|volume=95|numero=12|paginas=6854–6859|issn=0027-8424|pmc=PMC22660|pmid=9618502}}</ref> Essa controvérsia foi resumida em 2005:<ref>{{Citar periódico|ultimo=Sapp|primeiro=Jan|data=2003-09-25|titulo=Molecular Evolution and Microbial Phylogeny|url=http://dx.doi.org/10.1093/acprof:oso/9780195156195.003.0018|publicado=Oxford University Press|paginas=217–233|isbn=9780195156195}}</ref>

Não há consenso entre os biólogos sobre a posição dos eucariotos no esquema global da [[evolução celular]]. As opiniões atuais sobre a origem e posição dos eucariotos abrangem um amplo espectro incluindo as visões de que eucariotos surgiram primeiro na evolução e que procariontes descendem deles, que eucariontes surgiram contemporaneamente com eubactérias e archeabacteria e, portanto, representam uma linha primária de descendência de igual idade e como os procariontes, que eucariontes surgiram através de um evento simbiótico que implica uma origem endossimbiótica do núcleo, que eucariotos surgiram sem [[endossimbiose]] e que os eucariontes surgiram através de um evento simbiótico que implica uma origem endossimbiótica simultânea do flagelo e do núcleo, além de muitos outros. modelos, que foram revistos e resumidos em outros lugares.

Os mais antigos procariotos [[Fóssil|fossilizados]] conhecidos foram depositados há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, apenas cerca de 1 bilhão de anos após a formação da crosta terrestre. Os eucariotos só aparecem no registro fóssil posteriormente, e podem ter se formado a partir da endossimbiose de múltiplos ancestrais procariontes. Os mais antigos eucariotos fósseis conhecidos têm cerca de 1,7 bilhão de anos. No entanto, algumas evidências genéticas sugerem que os eucariotos surgiram já há 3 bilhões de anos.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Blanchard|primeiro=Olivier|data=2000-02|titulo=What do we know about Macroeconomics that Fisher and Wicksell did not?|url=http://dx.doi.org/10.3386/w7550|local=Cambridge, MA}}</ref>

Enquanto a Terra é o único lugar no universo onde a vida é conhecida, alguns sugeriram que há evidências em [[Marte]] de procariontes fósseis ou vivos. <ref>{{Citar periódico|ultimo=McSween|primeiro=H. Y.|data=1997-7|titulo=Evidence for life in a martian meteorite?|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11541665|jornal=GSA today: a publication of the Geological Society of America|volume=7|numero=7|paginas=1–7|issn=1052-5173|pmid=11541665}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=McKay|primeiro=D. S.|ultimo2=Gibson|primeiro2=E. K.|ultimo3=Thomas-Keprta|primeiro3=K. L.|ultimo4=Vali|primeiro4=H.|ultimo5=Romanek|primeiro5=C. S.|ultimo6=Clemett|primeiro6=S. J.|ultimo7=Chillier|primeiro7=X. D.|ultimo8=Maechling|primeiro8=C. R.|ultimo9=Zare|primeiro9=R. N.|data=1996-08-16|titulo=Search for past life on Mars: possible relic biogenic activity in martian meteorite ALH84001|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8688069|jornal=Science (New York, N.Y.)|volume=273|numero=5277|paginas=924–930|issn=0036-8075|pmid=8688069}}</ref> No entanto, essa possibilidade continua a ser assunto de considerável debate e [[ceticismo]].<ref>{{Citar periódico|data=2006-10-02|titulo=Strategies and Policies for New Space Faring Nations|url=http://dx.doi.org/10.2514/6.iac-06-e3.1.a.08|jornal=57th International Astronautical Congress|local=Reston, Virigina|publicado=American Institute of Aeronautics and Astronautics|doi=10.2514/6.iac-06-e3.1.a.08|isbn=9781624100420}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Scott|primeiro=E. R.|data=1999-02-25|titulo=Origin of carbonate-magnetite-sulfide assemblages in Martian meteorite ALH84001|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11542931|jornal=Journal of Geophysical Research|volume=104|numero=E2|paginas=3803–3813|issn=0148-0227|pmid=11542931}}</ref>

== Relação com eucariotos ==
[[Ficheiro:Celltypes.svg|miniaturadaimagem|Comparação de eucariontes vs. procariontes]]
A divisão entre procariontes e eucariontes é geralmente considerada a distinção ou diferença mais importante entre os organismos. A distinção é que as células eucarióticas têm um núcleo "verdadeiro" contendo seu DNA, enquanto as células procarióticas não têm um núcleo. Tanto os eucariotos como os procariontes contêm grandes estruturas de [[Ácido ribonucleico|RNA]] / proteína chamadas ribossomos, que produzem [[Proteína|proteínas]].

Outra diferença é que os ribossomos nos procariontes são menores que nos eucariotos. No entanto, duas organelas encontradas em muitas células eucarióticas, mitocôndrias e cloroplastos, contêm ribossomos de tamanho e composição semelhantes aos encontrados em procariotos.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/48122761|título=Molecular biology of the cell|ultimo=Bruce,|primeiro=Alberts,|ultimo2=Julian,|primeiro2=Lewis,|ultimo3=Martin,|primeiro3=Raff,|ultimo4=Keith,|primeiro4=Roberts,|ultimo5=Peter,|primeiro5=Walter,|data=2002|editora=Garland Science|edicao=4th ed|local=New York|isbn=0815332181|oclc=48122761}}</ref> Esta é uma das muitas evidências de que as mitocôndrias e os cloroplastos são descendentes de bactérias de vida livre. Esta teoria sustenta que as primeiras células eucarióticas absorveram as células procarióticas primitivas por [[fagocitose]] e se adaptaram para incorporar suas estruturas, levando às mitocôndrias que vemos hoje.

O [[genoma]] de um procarioto é mantido dentro de um complexo DNA / proteína no citosol chamado [[Nucleoide|nucleóide]], que não possui um envelope nuclear.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Thanbichler|primeiro=Martin|ultimo2=Wang|primeiro2=Sherry C.|ultimo3=Shapiro|primeiro3=Lucy|data=2005-10-15|titulo=The bacterial nucleoid: a highly organized and dynamic structure|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15988757|jornal=Journal of Cellular Biochemistry|volume=96|numero=3|paginas=506–521|doi=10.1002/jcb.20519|issn=0730-2312|pmid=15988757}}</ref> O complexo contém uma única molécula cíclica, de cadeia dupla, de DNA cromossômico estável, em contraste com os múltiplos cromossomos lineares, compactos e altamente organizados encontrados em células eucarióticas. Além disso, muitos genes importantes de procariontes são armazenados em estruturas separadas de DNA circular chamadas plasmídeos.<ref name=":0">{{Citar livro|url=http://dx.doi.org/10.2458/azu_jmmss_v5i2_davis|título=Teaching GLM Concepts: Explicating the Connections|data=2003|editora=University of Arizona Libraries}}</ref> Como os eucariotos, os procariotos podem duplicar parcialmente o material genético e podem ter uma composição cromossômica [[Haploide|haplóide]] parcialmente replicada, uma condição conhecida como [[Merodiploide|merodiploidia]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Johnston|primeiro=Calum|ultimo2=Caymaris|primeiro2=Stéphanie|ultimo3=Zomer|primeiro3=Aldert|ultimo4=Bootsma|primeiro4=Hester J.|ultimo5=Prudhomme|primeiro5=Marc|ultimo6=Granadel|primeiro6=Chantal|ultimo7=Hermans|primeiro7=Peter W. M.|ultimo8=Polard|primeiro8=Patrice|ultimo9=Martin|primeiro9=Bernard|data=2013|titulo=Natural genetic transformation generates a population of merodiploids in Streptococcus pneumoniae|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24086154|jornal=PLoS genetics|volume=9|numero=9|paginas=e1003819|doi=10.1371/journal.pgen.1003819|issn=1553-7404|pmc=PMC3784515|pmid=24086154}}</ref>

Os procariotas não possuem mitocôndrias e cloroplastos. Em vez disso, processos como a [[fosforilação oxidativa]] e a fotossíntese ocorrem através da membrana celular procariótica.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Harold|primeiro=F. M.|data=1972-6|titulo=Conservation and transformation of energy by bacterial membranes|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/4261111|jornal=Bacteriological Reviews|volume=36|numero=2|paginas=172–230|issn=0005-3678|pmc=PMC408323|pmid=4261111}}</ref> No entanto, os procariontes possuem algumas estruturas internas, como o citoesqueleto procariótico.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Shih|primeiro=Yu-Ling|ultimo2=Rothfield|primeiro2=Lawrence|data=2006-9|titulo=The bacterial cytoskeleton|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16959967|jornal=Microbiology and molecular biology reviews: MMBR|volume=70|numero=3|paginas=729–754|doi=10.1128/MMBR.00017-06|issn=1092-2172|pmc=PMC1594594|pmid=16959967}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo=Michie|primeiro=Katharine A.|ultimo2=Löwe|primeiro2=Jan|data=2006-06|titulo=Dynamic Filaments of the Bacterial Cytoskeleton|url=http://dx.doi.org/10.1146/annurev.biochem.75.103004.142452|jornal=Annual Review of Biochemistry|volume=75|numero=1|paginas=467–492|doi=10.1146/annurev.biochem.75.103004.142452|issn=0066-4154}}</ref> Tem sido sugerido que a ordem bacteriana [[Planctomycetes]] tem uma membrana ao redor de seu nucleóide e contém outras estruturas celulares ligadas à membrana.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Fuerst|primeiro=John A.|data=2005|titulo=Intracellular compartmentation in planctomycetes|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15910279|jornal=Annual Review of Microbiology|volume=59|paginas=299–328|doi=10.1146/annurev.micro.59.030804.121258|issn=0066-4227|pmid=15910279}}</ref> No entanto, investigações posteriores revelaram que as células de Planctomycetes não são compartimentadas ou nucleadas e como os outros sistemas de membrana bacteriana estão todos interconectados.<ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Santarella-Mellwig|primeiro=Rachel|ultimo2=Pruggnaller|primeiro2=Sabine|ultimo3=Roos|primeiro3=Norbert|ultimo4=Mattaj|primeiro4=Iain W.|ultimo5=Devos|primeiro5=Damien P.|data=2013|titulo=Three-dimensional reconstruction of bacteria with a complex endomembrane system|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23700385|jornal=PLoS biology|volume=11|numero=5|paginas=e1001565|doi=10.1371/journal.pbio.1001565|issn=1545-7885|pmc=PMC3660258|pmid=23700385}}</ref>

As células procarióticas são geralmente muito menores que as células eucarióticas.<ref name=":0" /> Portanto, os procariotos têm uma relação área-volume-superfície maior, dando-lhes uma [[Metabolismo basal|taxa metabólica]] mais alta, uma taxa de crescimento mais alta e, como consequência, um tempo de geração mais curto do que os eucariotos.<ref name=":1" />{{Referências}}


==Ligações externas==
==Ligações externas==

Revisão das 11h17min de 22 de julho de 2018

Wikcionário
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O Wikcionário tem o verbete procarionte.
Esquema mostrando estruturas de uma célula procarionte flagelada.

Procariontes, procariotes ou procariotos (originado do latim pro- primitivo e carionte - relativo à carioteca) são organismos unicelulares na sua vasta maioria e não apresentam seu material genético delimitado por uma membrana. Estes seres não possuem nenhum tipo de compasso interno por membranas estando ausentes várias outras organelas, como as mitocôndrias, o Complexo de Golgi e o fuso mitótico.[1][2] Acredita-se que os primeiros organismos vivos tenham sido procariontes.

Esta definição engloba todos os organismos dos domínios Bacteria e Archaea. Tais células possuem diversas outras diferenças se compararmos com as células eucarióticas. As células procarióticas não possuem a maior parte das organelas (o ribossomo é presente), seu DNA é cíclico, a fluidez de suas membranas são controladas apenas por fosfolipídios (e não por fosfolipídios e esteróis como em células eucarióticas), elas não se juntam formando organismos pluricelulares, já que não têm a capacidade de formar tecidos, etc.[3]

Nos procariontes, todos os componentes intracelulares solúveis em água (proteínas, DNA e metabólitos) estão localizados juntos no citoplasma cercados pela membrana celular, e não em compartimentos celulares separados. As bactérias, no entanto, possuem microcompartimentos bacterianos baseados em proteínas, que se pensa agirem como organelas primitivas fechadas em cascas de proteínas.[4][5]Alguns procariontes, como as cianobactérias, podem formar grandes colônias. Outros, como mixobactérias, têm estágios multicelulares em seus ciclos de vida.[6]

Estudos moleculares forneceram a compreensão sobre a evolução e as interrelações dos três domínios de espécies biológicas, Archea, Eukarya e Bacteria.[7] Os eucariotos são organismos, incluindo humanos, cujas células possuem um núcleo bem delimitado de membrana (contendo DNA cromossômico) e organelas. A divisão entre procariontes e eucariotos reflete a existência de dois níveis muito diferentes de organização celular. Tipos distintos de procariontes incluem extremófilos e metanogênicos; estes são comuns em alguns ambientes extremos.[8]

Estrutura

Deinococcus radiodurans: um procariota.

Além do núcleo, os procariontes também não possuem outras organelas celulares (como mitocôndrias ou cloroplastos) e o seu citoplasma não é dividido em compartimentos, ao contrário do que acontece nos eucariontes. O DNA dos procariontes, geralmente composto por um único cromossoma circular, encontra-se localizado numa zona chamada nucleóide no citoplasma. Este não constitui, no entanto, um verdadeiro núcleo. Também pode existir DNA sob a forma de anéis, os plasmídeos. Os mesossomos, invaginações na membrana citoplasmática, estão incluídos na composição dos procariotos.

Os procariotas têm um citoesqueleto procariótico, embora mais primitivo do que o dos eucariotos. Além dos homólogos de actina e tubulina (MreB e FtsZ), o bloco de construção helicoidalmente flagelado, a flagelina, é uma das proteínas citoesqueléticas mais importantes das bactérias, pois fornece bases estruturais de quimiotaxia, a resposta fisiológica celular básica das bactérias. Pelo menos alguns procariontes também contêm estruturas intracelulares que podem ser vistas como organelas primitivas. Organelas membranosas (ou membranas intracelulares) são conhecidas em alguns grupos de procariontes, tais como vacúolos ou sistemas de membranas dedicados a propriedades metabólicas especiais, como a fotossíntese ou quimiossíntese. Além disso, algumas espécies também contêm micro compartimentos contendo carboidratos, que têm funções fisiológicas distintas (por exemplo, carboxossomos ou vacúolos gasosos).

A maioria dos procariotos está entre 1 µm e 10 µm, mas eles podem variar em tamanho de 0,2 µm (Mycoplasma genitalium) a 750 µm (Thiomargarita namibiensis).

Os procariontes apresentam metabolismos muito diversificados, o que é refletido na sua capacidade de colonização de diferentes ambientes, tais como tratos digestivos de animais, ambientes vulcânicos, ambientes salobros, etc. Apesar de não possuírem organelas celulares, podem conduzir seus processos metabólicos na membrana celular. A maioria possui parede celular, algo que não acontece com certos tipos de células eucarióticas (como as dos animais).

Morfologia

Células procarióticas têm várias formas; as quatro formas básicas de bactérias são: [9][10]

Coco - esférico

Bacilos - em forma de bastonete

Espiroqueta - em forma de espiral

Vibrião - em forma de vírgula

Reprodução

São unicelulares em sua grande maioria (a exceção é a Magnetoglobus multicellularis). A forma mais comum de reprodução é assexuadamente por fissão binária. Outras formas de recombinação de DNA entre procariontes incluem a transformação e a transdução. Estas podem ocorrer entre organismos de diferentes gêneros, emprestando características de um gênero a outro diferente. Um exemplo deste processo, chamado de transgênese, é a aquisição de resistência a antibióticos através da transferência de plasmídeos contendo genes que conferem essa resistência.[11]

Transferência de DNA

Animação em 3D de uma célula procariótica que mostra todos os elementos que a compõe.

As bactérias têm uma grande necessidade de regular sua expressão gênica. Elas desenvolveram mecanismos para reprimir a transcrição de todos os genes que codificam enzimas não necessárias em determinado momento, e para ativar outros que codificam aquelas que são necessárias.

A transferência de DNA entre as células procarióticas ocorre em bactérias e archaea, embora tenha sido principalmente estudada em bactérias. Nas bactérias, a transferência de genes ocorre por três processos. Estas são (1) transdução mediada por vírus bacteriano (bacteriófago), (2) conjugação mediada por plasmídeo e (3) transformação natural. A transdução de genes bacterianos pelo bacteriófago parece refletir um erro ocasional durante a montagem intracelular de partículas virais, em vez de uma adaptação da bactéria hospedeira. A transferência de DNA bacteriano está sob o controle dos genes do bacteriófago em vez dos genes bacterianos, a transferência pode ocorrer também quando as bactérias captam DNAs circulantes oriundas de bactérias mortas, há poucas evidencias que indicam que este método é significativo.[1]

A espécie bacteriana Escherichia coli se destaca como organismo modelo e como ferramenta biológica para pesquisas científicas.A conjugação no sistema de E. coli bem estudado controlada por genes de plasmídeo e uma adaptação para distribuir cias de um plasmídeo de um hospedeiro bacteriano para outro. Pouco frequentemente durante este processo, um plasmídeo pode integrar-se no cromossoma bacteriano do hospedeiro e subsequentemente transferir parte do DNA bacteriano hospedeiro para outra bactéria. A transferência mediada por plasmídeos do DNA bacteriano do hospedeiro (conjugação) também parece ser um processo acidental em vez de uma adaptação bacteriana.

A transformação bacteriana natural envolve a transferência de DNA de uma bactéria para outra através do meio interveniente. Ao contrário da transdução e conjugação, a transformação é claramente uma adaptação bacteriana para a transferência de DNA, porque depende de numerosos produtos genéticos bacterianos que interagem especificamente para realizar esse processo complexo.[12]

Para uma bactéria se ligar, pegar e recombinar o DNA doador em seu próprio cromossomo, ele deve primeiro entrar em um estado fisiológico especial chamado competência. Cerca de 40 genes são necessários em Bacillus subtilis para o desenvolvimento de competência.[13] O comprimento do DNA transferido durante a transformação de B. subtilis pode ser de até um terço do cromossomo inteiro. [14] [15] A transformação é um modo comum de transferência de DNA, e 67 espécies procarióticas são até agora conhecidas por serem naturalmente competentes para a transformação. [16]

Entre archaea, Halobacterium volcanii forma pontes citoplasmáticas entre as células que parecem ser usadas para a transferência de DNA de uma célula para outra. [17] Outra Archea, Sulfolobus solfataricus, transfere o DNA entre as células por contato direto. Frols et al.[18] descobriram que a exposição de S. solfataricus a agentes que danificam o DNA induz a agregação celular, e sugeriu que a agregação celular pode aumentar a transferência de DNA entre as células para proporcionar maior reparo do DNA danificado por meio de recombinação homóloga.

Sociabilidade ou Agregação

Árvore Filogenética mostrando a diversidade de procariotos e a origem dos Eucariotos.

Embora os procariontes sejam considerados estritamente unicelulares, a maioria pode formar comunidades agregadas estáveis.[19] Quando essas comunidades estão envoltas em uma matriz polimérica estabilizadora ("slime"), elas podem ser chamadas de "biofilmes".[20] Células em biofilmes frequentemente mostram padrões distintos de expressão gênica (diferenciação fenotípica) no tempo e no espaço. Além disso, como ocorre com eucariotos multicelulares, essas mudanças na expressão geralmente parecem resultar da sinalização célula a célula, um fenômeno conhecido como sensoriamento de quórum.

Os biofilmes podem ser altamente heterogêneos e estruturalmente complexos e podem se ligar a superfícies sólidas, ou existir em interfaces líquido-ar ou, potencialmente, até mesmo em interfaces líquido-líquido. Os biofilmes bacterianos são frequentemente constituídos por microcolônias (massas de bactérias e matriz aproximadamente em forma de cúpula) separadas por "vazios" através dos quais o meio (por exemplo, água) pode fluir facilmente. As microcolônias podem se unir acima do substrato para formar uma camada contínua, fechando a rede de canais que separam as microcolônias. Essa complexidade estrutural - combinada com observações de que a limitação de oxigênio (um desafio onipresente para qualquer coisa crescendo em tamanho além da escala de difusão) é pelo menos parcialmente aliviada pelo movimento do meio em todo o biofilme - levou alguns a especular que isso pode constituir um sistema circulatório[21] e muitos pesquisadores começaram a chamar comunidades procarióticas multicelulares (por exemplo[22]).

Expressão celular diferencial, comportamento coletivo, sinalização, morte celular programada e (em alguns casos) dispersão biológica discreta[23] parecem todos apontar nessa direção. No entanto, essas colônias raramente são fundadas por um único fundador (da mesma forma que animais e plantas são fundadas por células individuais), o que apresenta várias questões teóricas. A maioria das explicações de cooperação e a evolução da multicelularidade focalizaram a alta relação entre membros de um grupo (ou colônia, ou organismo completo). Se uma cópia de um gene está presente em todos os membros de um grupo, comportamentos que promovem a cooperação entre membros podem permitir que esses membros tenham (em média) maior aptidão do que um grupo similar de indivíduos solitários[24].

Se esses casos de sociabilidade procariótica se revelarem a regra e não a exceção, isso terá sérias implicações para a maneira como vemos os procariontes em geral e a maneira como lidamos com eles na medicina.[25] Os biofilmes bacterianos podem ser 100 vezes mais resistentes aos antibióticos do que os unicelulares de vida livre e podem ser quase impossíveis de serem removidos das superfícies após colonizá-los.[26] Outros aspectos da cooperação bacteriana - como a conjugação bacteriana e a patogenicidade mediada pelo sensor de quorum - apresentam desafios adicionais aos pesquisadores e profissionais médicos que buscam tratar as doenças associadas.

Meio Ambiente

Os procariontes diversificaram-se grandemente ao longo de sua longa existência. O metabolismo dos procariontes é muito mais variado que o dos eucariotos, levando a muitos tipos procarióticos altamente distintos. Por exemplo, além de usar fotossíntese ou compostos orgânicos para energia, como os eucariotos, os procariontes podem obter energia a partir de compostos inorgânicos, como o sulfeto de hidrogênio. Isso permite que os procariontes prosperem em ambientes hostis, tão frios quanto a superfície da neve da Antártida, estudados em criobiologia ou tão quentes quanto fontes hidrotermais submarinas e fontes termais terrestres.

Os procariontes vivem em quase todos os ambientes da Terra. Algumas arqueas e bactérias são extremófilas, prosperando em condições adversas, como altas temperaturas (termofílicos) ou alta salinidade (halófilos).[27]Muitas arqueas crescem como plâncton nos oceanos. Os procariontes simbióticos vivem nos corpos de outros organismos, incluindo os humanos.[2]

Classificação

Árvore filogenética e simbiogênica dos organismos vivos, mostrando as origens dos eucariontes e procariontes
Diagrama da origem da vida com os eucariotos aparecendo mais cedo, não derivados de procariotas, como proposto por Richard Egel em 2012. Essa visão, uma das muitas sobre as posições relativas dos procariotos e eucariotos, implica que o ancestral comum universal era relativamente grande e complexo.[28]

Em 1977, Carl Woese propôs dividir os procariontes em Bacteria e Archaea (originalmente Eubacteria e Archaebacteria) por causa das grandes diferenças na estrutura e genética entre os dois grupos de organismos. Archaea eram originalmente considerados extremófilos, vivendo apenas em condições inóspitas, como extremos de temperatura, pH e radiação, mas desde então foram encontrados em todos os tipos de habitats. O arranjo resultante de Eukaryota (também chamado de "Eucarya"), Bacteria e Archaea é chamado de sistema de três domínios, substituindo o tradicional sistema de dois impérios.[29][30]

Evolução

Um modelo atual amplamente difundido da evolução dos primeiros organismos vivos é que estes eram uma forma de procariontes, que podem ter evoluído a partir de protocélulas, enquanto os eucariontes evoluíram mais tarde na história da vida.[31] Alguns autores questionaram essa conclusão, argumentando que o conjunto atual de espécies procarióticas pode ter evoluído a partir de ancestrais eucarióticos mais complexos através de um processo de simplificação.[32] [33] [34] Outros argumentaram que os três domínios da vida surgiram simultaneamente, a partir de um conjunto de células variadas que formaram um único pool genético.[35] Essa controvérsia foi resumida em 2005:[36]

Não há consenso entre os biólogos sobre a posição dos eucariotos no esquema global da evolução celular. As opiniões atuais sobre a origem e posição dos eucariotos abrangem um amplo espectro incluindo as visões de que eucariotos surgiram primeiro na evolução e que procariontes descendem deles, que eucariontes surgiram contemporaneamente com eubactérias e archeabacteria e, portanto, representam uma linha primária de descendência de igual idade e como os procariontes, que eucariontes surgiram através de um evento simbiótico que implica uma origem endossimbiótica do núcleo, que eucariotos surgiram sem endossimbiose e que os eucariontes surgiram através de um evento simbiótico que implica uma origem endossimbiótica simultânea do flagelo e do núcleo, além de muitos outros. modelos, que foram revistos e resumidos em outros lugares.

Os mais antigos procariotos fossilizados conhecidos foram depositados há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, apenas cerca de 1 bilhão de anos após a formação da crosta terrestre. Os eucariotos só aparecem no registro fóssil posteriormente, e podem ter se formado a partir da endossimbiose de múltiplos ancestrais procariontes. Os mais antigos eucariotos fósseis conhecidos têm cerca de 1,7 bilhão de anos. No entanto, algumas evidências genéticas sugerem que os eucariotos surgiram já há 3 bilhões de anos.[37]

Enquanto a Terra é o único lugar no universo onde a vida é conhecida, alguns sugeriram que há evidências em Marte de procariontes fósseis ou vivos. [38] [39] No entanto, essa possibilidade continua a ser assunto de considerável debate e ceticismo.[40][41]

Relação com eucariotos

Comparação de eucariontes vs. procariontes

A divisão entre procariontes e eucariontes é geralmente considerada a distinção ou diferença mais importante entre os organismos. A distinção é que as células eucarióticas têm um núcleo "verdadeiro" contendo seu DNA, enquanto as células procarióticas não têm um núcleo. Tanto os eucariotos como os procariontes contêm grandes estruturas de RNA / proteína chamadas ribossomos, que produzem proteínas.

Outra diferença é que os ribossomos nos procariontes são menores que nos eucariotos. No entanto, duas organelas encontradas em muitas células eucarióticas, mitocôndrias e cloroplastos, contêm ribossomos de tamanho e composição semelhantes aos encontrados em procariotos.[42] Esta é uma das muitas evidências de que as mitocôndrias e os cloroplastos são descendentes de bactérias de vida livre. Esta teoria sustenta que as primeiras células eucarióticas absorveram as células procarióticas primitivas por fagocitose e se adaptaram para incorporar suas estruturas, levando às mitocôndrias que vemos hoje.

O genoma de um procarioto é mantido dentro de um complexo DNA / proteína no citosol chamado nucleóide, que não possui um envelope nuclear.[43] O complexo contém uma única molécula cíclica, de cadeia dupla, de DNA cromossômico estável, em contraste com os múltiplos cromossomos lineares, compactos e altamente organizados encontrados em células eucarióticas. Além disso, muitos genes importantes de procariontes são armazenados em estruturas separadas de DNA circular chamadas plasmídeos.[44] Como os eucariotos, os procariotos podem duplicar parcialmente o material genético e podem ter uma composição cromossômica haplóide parcialmente replicada, uma condição conhecida como merodiploidia.[45]

Os procariotas não possuem mitocôndrias e cloroplastos. Em vez disso, processos como a fosforilação oxidativa e a fotossíntese ocorrem através da membrana celular procariótica.[46] No entanto, os procariontes possuem algumas estruturas internas, como o citoesqueleto procariótico.[47] [48] Tem sido sugerido que a ordem bacteriana Planctomycetes tem uma membrana ao redor de seu nucleóide e contém outras estruturas celulares ligadas à membrana.[49] No entanto, investigações posteriores revelaram que as células de Planctomycetes não são compartimentadas ou nucleadas e como os outros sistemas de membrana bacteriana estão todos interconectados.[50]

As células procarióticas são geralmente muito menores que as células eucarióticas.[44] Portanto, os procariotos têm uma relação área-volume-superfície maior, dando-lhes uma taxa metabólica mais alta, uma taxa de crescimento mais alta e, como consequência, um tempo de geração mais curto do que os eucariotos.[50]

Referências

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Ligações externas

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