Robert Mugabe: diferenças entre revisões
Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel Edição móvel avançada |
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta |
||
Linha 87: | Linha 87: | ||
{{referências}} |
{{referências}} |
||
== Bibliografia == |
|||
{{InícioRef|30em}} |
|||
*{{cite book |last=Alao |first=Abiodun |year=2012 |title=Mugabe and the Politics of Security in Zimbabwe |location=Montreal and Kingston |publisher=McGill-Queen's University Press |isbn=978-0-7735-4044-6 |ref=harv}} |
|||
*{{cite book |last=Blair |first=David |year=2002 |title=Degrees in Violence: Robert Mugabe and the Struggle for Power in Zimbabwe |location=London and New York |publisher=Continuum |isbn=978-0-8264-5974-9 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last1=Chigora |first1=Percyslage |last2=Guzura |first2=Tobias |title=The Politics of the Government of National Unity (GNU) and Power Sharing in Zimbabwe: Challenges and Prospects for Democracy |journal=African Journal of History and Culture |volume=3 |number=2 |pages=20–26 |year=2011 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last=Gallagher |first=Julia |title=The Battle for Zimbabwe in 2013: From Polarisation to Ambivalence |journal=Journal of Modern African Studies |year=2015 |volume=53 |number=1 |pages=27–49 |doi=10.1017/S0022278X14000640 |ref=harv|url=https://eprints.soas.ac.uk/26245/1/gallagher-the-battle-for-zimbabwe-in-2013.pdf }} |
|||
*{{cite book |last=Holland |first=Heidi |year=2008 |title=Dinner with Mugabe: The Untold Story of a Freedom Fighter Who Became a Tyrant |location=London |publisher=Penguin |isbn=978-0-14-104079-0 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last=Howard-Hassmann |first=Rhoda E. |title=Mugabe's Zimbabwe, 2000–2009: Massive Human Rights Violations and the Failure to Protect |journal=Human Rights Quarterly |volume=32 |number=4 |year=2010 |pages=898–920 |ref=harv|doi=10.1353/hrq.2010.0030 }} |
|||
*{{cite book |last=Meredith |first=Martin |year=2002 |title=Our Votes, Our Guns: Robert Mugabe and the Tragedy of Zimbabwe |location=New York |publisher=Public Affairs |isbn=978-1-58648-186-5 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last=Ndlovu-Gatsheni |first=Sabelo J. |year=2009 |title=Making Sense of Mugabeism in Local and Global Politics: 'So Blair, keep your England and let me keep my Zimbabwe' |journal=Third World Quarterly |volume=30 |number=6 |pages=1139–1158 |doi=10.1080/01436590903037424 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last=Ndlovu-Gatsheni |first=Sabelo J. |contribution=Introduction: Mugabeism and Entanglements of History, Politics, and Power in the Making of Zimbabwe |title=Mugabeism? History, Politics, and Power in Zimbabwe |editor=Sabelo J. Ndlovu-Gatsheni |year=2015 |pages=1–25 |location=New York |publisher=Palgrave Macmillan |isbn=978-1-137-54344-8 |ref=harv}} |
|||
*{{cite book |last=Norman |first=Andrew |year=2008 |title=Mugabe: Teacher, Revolutionary, Tyrant |location=Stroud |publisher=The History Press |isbn=978-1-86227-491-4 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last1=Onslow |first1=Sue |last2=Redding |first2=Sean |year=2009 |title=Wasted Riches: Robert Mugabe and the Desolation of Zimbabwe |journal=Georgetown Journal of International Affairs |volume=10 |number=1 |pages=63–72 |jstor=43134191 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last=Shire |first=George |year=2007 |title=The Case for Robert Mugabe: Sinner or Sinned Against? |journal=The Black Scholar |volume=37 |number=1 |pages=32–35 |jstor=41069872 |ref=harv|doi=10.1080/00064246.2007.11413379 }} |
|||
*{{cite journal |last=Sithole |first=Masipula |year=2001 |title=Fighting Authoritarianism in Zimbabwe |journal=Journal of Democracy |volume=2 |number=1 |pages=160–169 |doi=10.1353/jod.2001.0015 |ref=harv}} |
|||
*{{cite book |last1=Smith |first1=David |last2=Simpson |first2=Colin |year=1981 |title=Mugabe |location=London |publisher=Sphere Books |isbn=978-0-7221-7868-3 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last=Tendi |first=Blessing-Miles |year=2011 |title=Robert Mugabe and Toxicity: History and Context Matter |journal=Representation |volume=47 |number=3 |pages=307–318 |doi=10.1080/00344893.2011.596439 |ref=harv}} |
|||
*{{cite journal |last=Tendi |first=Blessing-Miles |year=2013 |title=Robert Mugabe's 2013 Presidential Election Campaign |journal=Journal of Southern African Studies |volume=39 |number=4 |pages=963–970 |doi=10.1080/03057070.2013.858537 |ref=harv}} |
|||
{{RefFim}} |
|||
== Ligações externas == |
== Ligações externas == |
Revisão das 03h30min de 7 de setembro de 2019
Robert Mugabe | |
---|---|
Robert Mugabe | |
2.º Presidente do Zimbábue | |
Período | 31 de dezembro de 1987 a 21 de novembro de 2017[1] |
Primeiro-ministro | Morgan Tsvangirai (2009-2013) |
Antecessor(a) | Canaan Banana |
Sucessor(a) | Emmerson Mnangagwa |
1.º Primeiro-ministro do Zimbábue | |
Período | 18 de abril de 1980 a 31 de dezembro de 1987 |
Presidente | Canaan Banana |
Antecessor(a) | Nenhum (Cargo criado) |
Sucessor(a) | Morgan Tsvangirai (em 2009) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 21 de fevereiro de 1924 Salisbúria, Rodésia do Sul |
Morte | 6 de setembro de 2019 (95 anos)[2] Hospital Gleneagles, Singapura |
Primeira-dama | Sally Hayfron (1961-1992) Grace Marufu (1996-2019) |
Filhos(as) | 4 |
Partido | ZANU-PF |
Robert Gabriel Mugabe (Salisbúria, 21 de fevereiro de 1924 — Singapura, 6 de setembro de 2019) foi um político do Zimbábue. Teve um papel de liderança na Guerra Civil da Rodésia como líder da União Nacional Africana do Zimbábue,[3] liderando o país após a guerra, inicialmente como primeiro-ministro, de 1980 a 1987, e depois como presidente com poderes executivos totais até novembro de 2017, quando foi afastado do cargo pelos militares.[4][5][6]
Tendo dominado a política no Zimbábue por quase quatro décadas, Mugabe foi uma figura controversa dentro e fora do seu país. Seus apoiadores enaltecem seu papel como um "herói revolucionário" africano que lutou para libertar o Zimbábue do colonialismo e do imperialismo britânico. Seus críticos, por outro lado, o rotulam como um "ditador" que destruiu a economia do país, governava com altos índices de corrupção, racismo e abusos constantes de direitos humanos.[7]
Mugabe iniciou a vida pública na União Popular Africana do Zimbábue (ZAPU) em 1960,[8] divergindo da mesma na década de 1970, em que participou da União Nacional Africana do Zimbábue (ZANU), presidindo-a em 1977,[3] participando ainda de seu braço militar, o Exército Africano da Liberação Nacional de Zimbábue (ZANLA),[9] e criando um partido daquela, a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF).[10] Durante as décadas de 1970 e 1980 Mugabe identificava-se ao público como um revolucionário marxista-leninista aos moldes de Fidel Castro.[11] A partir da década de 1990, passou a identificar-se apenas como um socialista, e sua doutrina tem sido descrita como "mugabismo".[12]
Biografia
Primeiros anos e início da ativismo político
Mugabe pertencente à uma tribo denominada shona, filho de um fazendeiro local, foi educado numa escola de jesuítas. Foi professor primário na antiga Rodésia, Zâmbia e Gana entre os anos 1942-1949 e 1955-1960. Possui diplomas de inglês, história e educação nas mais prestigiadas universidades africanas e obteve uma licenciatura em Economia na Universidade de Londres.[13]
Participou no movimento de Joshua Nkomo, a União Popular Africana do Zimbábue (ZAPU), em 1960.[14][8] ocupando ainda alguns cargos na União Nacional Africana do Zimbábue.[15] Foi preso em 1964 devido às suas atividades políticas revolucionárias,[16] sendo libertado em 1974,[17] no contexto do governo de minoria branca de Ian Smith.[18]
Guerrilha e ZANU
Mugabe tinha pretensões de juntar-se à guerrilha do ZANU,[19] mas a prisão de conhecidos lhe deixou temoroso.[20] Mugabe exilou-se, voltando dois anos mais tarde,[21] em que passou a visitar campos do braço militar da ZANU, o Exército Africano da Liberação Nacional de Zimbábue (ZANLA), para conquistar o apoio de oficiais.[9] Mugabe conquistou o respeito dos mesmos, tornando-se presidente da ZANU em 77,[3] período em que começou a desconfiar de oficiais da ZANLA, aprisionando-os.[22]
A ZANLA entrou em uma guerra com o governo de Smith, que terminou com 30 mil casualidades.[23] A guerrilha iniciou atacando lojas e fazendas brancas,[24] até ter a capacidade de tomar cidades.[25] Ao fim da guerra, a guerrilha levara vantagem.[26] Nesse período, Mugabe propagandeava-se no rádio como um revolucionário marxista como Fidel Castro e Vladimir Lenin,[11][22] sendo apoiado pelo partido comunista chinês.[27] Durante a guerrilha, Mugabe reiteradamente apoiou a violência contra a minoria branca.[28] Ao fim da guerra, Nkomo se apresentava como moderado, enquanto Mugabe mantinha a retórica revolucionária e marxista.[29] O cessar-fogo veio com o acordo de paz de Lancaster House, que Mugabe assinou relutantemente.[30]
Carreira política e ZANU-PF
Com o acordo de paz de Lancaster House, assinado em Londres em 1979, após meses de negociações, Mugabe voltou para a ex-Rodésia e foi calorosamente recebido.[31] Mugabe, com pretensões políticas, ficou em uma casa em Mount Pleasant, um subúrbio branco.[32] Mugabe foi orientado a não alienar o eleitorado branco,[33] dessa forma, durante sua campanha política Mugabe evitou a retórica revolucionária e marxista.[34] Nesse ponto, Mugabe se distanciava de Nkomo assim como o ZANU distanciava-se do ZAPU,[35] e funda a União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF).[10] Era previsto que o partido de Mugabe ganharia as eleições com base na divisão étnica do país - Mugabe era o candidato Shona, comunidade que compunha 70% da população do país, enquanto Nkomo era Ndebele, uma tribo que compunha 20% da população.[36] Para muitos brancos esse era um prospecto tenebroso, devido à retórica marxista e racista que Mugabe adotara durante os tempos de guerrilha.[28]
Primeiro-ministro e presidente
Esta página ou seção foi marcada para revisão devido a incoerências ou dados de confiabilidade duvidosa.Novembro de 2017) ( |
Tornou-se primeiro-ministro da ex-Rodésia (já depois do fim do governo liderado por Ian Smith) em 1980, ao vencer as primeiras eleições democráticas.[37] Em abril do mesmo ano, é declarada a independência do país que passou a ser designado por Zimbabwe ("Zimbábue" em português).
Em 1982 passa a liderar o país sozinho, rompendo a coligação de Unidade Nacional de dois anos com Joshua Nkomo e pondo termo a uma ligação que imperava, desde 1976, com a União Popular Africana do Zimbábue (ZAPU) de Joshua Nkomo, em que votava a maioria dos membros da etnia ndeble. Este processo de separação despoletou violentos confrontos entre as duas facções, originando uma onda de repressão contra os membros da ZAPU e os ndeble.
Passando a centralizar o poder e obtendo cada vez mais autoridade, termina com o sistema parlamentar, instaurando um sistema com um maior pendor presidencialista. É eleito Presidente em 1984, 1990, 1996 e 2002 em eleições consideradas, por muitos, ilegais e fora do controlo democrático, habitual de um estado de direito.
A derrota no referendo de 2000, que possibilitaria uma revisão constitucional , foi um dos únicos reveses do regime ditatorial de Robert Mugabe, contudo isso não impediu o seu governo de concretizar em pleno os seus objectivos de Reforma Agrária por ele preconizados, retirando terras a agricultores brancos e entregando-as a membros do seu partido. Com isto, a produção agrícola caiu para valores muito baixos e o país, antes exportador de produtos agrícolas, passou a importador, a haver fome nas cidades e a um clima de hiper-inflação, que tornou a moeda local com valores ridiculamente elevados e ao seu posterior desaparecimento. Actualmente, estima-se que o Zimbabwe seja um dos países com maior número de pessoas a viverem abaixo do limiar de pobreza.
Nos anos dos seus mandato, Mugabe, sendo um marxista que se afastou completamente dos seus ideais com o fim da União Soviética, deu seguimento a um conjunto de políticas de carácter socializante, nacionalizando várias indústrias ao mesmo tempo que expropriava várias terras dos seus proprietários originais e seguia os seus planos de aumento de impostos e de controlo de preços, alastrando assim o controle do estado sobre os diversos setores da economia. Promoveu investimentos no setor educacional e elevou a qualidade de vida do Zimbábue a níveis anormais para países emergentes. Em 1991, promoveu um programa de austeridade visando absorver os profissionais graduados do sistema educacional, com o auxílio logístico e financeiro do FMI, o que resultou em uma queda brusca no estilo de vida da maioria pobre. Resultando em uma marginalização crescente da população, o programa foi cancelado pelo FMI.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/ca/%D0%9F%D1%80%D0%B5%D0%B7%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BD%D1%82_%D0%A0%D0%BE%D1%81%D1%81%D0%B8%D0%B8_%D0%92%D0%BB%D0%B0%D0%B4%D0%B8%D0%BC%D0%B8%D1%80_%D0%9F%D1%83%D1%82%D0%B8%D0%BD_%D1%81_%D0%9F%D1%80%D0%B5%D0%B7%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BD%D1%82%D0%BE%D0%BC_%D0%97%D0%B8%D0%BC%D0%B1%D0%B0%D0%B1%D0%B2%D0%B5_%D0%A0%D0%BE%D0%B1%D0%B5%D1%80%D1%82%D0%BE%D0%BC_%D0%9C%D1%83%D0%B3%D0%B0%D0%B1%D0%B5_2.jpg/300px-%D0%9F%D1%80%D0%B5%D0%B7%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BD%D1%82_%D0%A0%D0%BE%D1%81%D1%81%D0%B8%D0%B8_%D0%92%D0%BB%D0%B0%D0%B4%D0%B8%D0%BC%D0%B8%D1%80_%D0%9F%D1%83%D1%82%D0%B8%D0%BD_%D1%81_%D0%9F%D1%80%D0%B5%D0%B7%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BD%D1%82%D0%BE%D0%BC_%D0%97%D0%B8%D0%BC%D0%B1%D0%B0%D0%B1%D0%B2%D0%B5_%D0%A0%D0%BE%D0%B1%D0%B5%D1%80%D1%82%D0%BE%D0%BC_%D0%9C%D1%83%D0%B3%D0%B0%D0%B1%D0%B5_2.jpg)
O progresso econômico e social do governo Mugabe que começou no final da década de 1980 e foi até meados dos anos 90 acabou desaparecendo no fim dessa mesma década. No começo dos anos 2000, a economia do Zimbábue começou a entrar em rápido declínio. Corrupção, má gestão e problemas no cenário macro-econômico mundial começaram a causar dificuldades para o país e puxaram a qualidade de vida do povo para baixo. Conforme a situação da nação piorava, o governo ia ficando cada vez mais centralizado e repressão a oposição aumentou, atraindo condenação de dentro e fora do país. A União Africana, os Estados Unidos e a União Europeia passaram a colocar o Zimbábue sob pesadas sanções econômicas, isolando a nação. Mugabe afirmou que essas ações externas contra ele eram uma forma de "neo-colonialismo" e culpou o Ocidente pelos problemas econômicos do país.[38][39][40][41] O conjunto dessas e outras políticas particulares de seu governo levaram a denominação de "mugabismo".[12]
Robert Mugabe venceu as eleições convocadas para o dia 28 de junho de 2008, sendo reconduzido mais uma vez ao poder, desta feita pela sexta vez consecutiva, por desistência de Morgan Tsvangirai, que tinha ganho a primeira volta, após vários dos seus apoiantes terem sido assassinados. Com o apoio internacional, houve uma partilha de poder que durou cerca de quatro anos, mas o Governo de Unidade Nacional revelou-se ineficaz para acabar com as fortes tensões e evitar confrontos sangrentos entre os apoiantes de Mugabe e Tsvangirai. Em 31 de junho de 2013 Robert Mugabe foi novamente reeleito, apesar da oposição e observadores considerarem fraudulenta a eleição.
Crise política e renúncia
Em 6 de novembro de 2017, Mugabe dispensou seu vice-presidente, Emmerson Mnangagwa. Isso gerou especulações de que ele pretendia nomear sua esposa, Grace, para o cargo, com o intuito de fazê-la sua sucessora. Grace Mugabe era impopular dentro do partido e nos círculos políticos. Uma semana mais tarde, a 15 de novembro de 2017, o Exército Nacional do Zimbábue perpetrou um golpe de estado, ocupando prédios governamentais e colocando o presidente Mugabe sob prisão domiciliar. Oficiais das forças armadas afirmaram que estavam limpando os "criminosos" do círculo de Mugabe.[42][43][44]
Em 19 de novembro, Mugabe foi oficialmente dispensado da liderança do seu partido, o ZANU-PF, e Emmerson Mnangagwa foi apontado para ocupar seu lugar.[45] O partido também deu a Mugabe um ultimato para ele renunciar a presidência do país ou um processo de impeachment seria aberto contra ele. O presidente foi a público na televisão e afirmou que se recusava a renunciar.[46] No dia seguinte, seu partido anunciou que pediria formalmente seu impeachment na Assembléia.[47]
Em 21 de novembro de 2017, após muita pressão interna, foi confirmada a renúncia de Mugabe à presidência do Zimbábue.[48] Segundo acertado em negociação, os negócios da família de Mugabe permaneceriam intocados, com ele ganhando $10 milhões em troca e também foi declarado que sua imunidade processual permaneceria, acabando com a possibilidade dele ser julgado por crimes financeiros ou contra a humanidade cometidos durante os trinta anos do seu governo.[49]
Morte
Robert Mugabe morreu aos 95 anos, no dia 6 de setembro de 2019, num hospital de Singapura, onde estava internado desde abril do mesmo ano.[50][51]
Referências
- ↑ [1]
- ↑ [2]
- ↑ a b c Smith & Simpson 1981, p. 101; Norman 2008, p. 62.
- ↑ «Militares do Zimbábue negam golpe mas anunciam operação contra assessores do presidente». Correio do Povo. 15 de novembro de 2017. Consultado em 15 de novembro de 2017
- ↑ «Mugabe é destituído do cargo de presidente do partido». www.correiodopovo.com.br. Consultado em 19 de novembro de 2017
- ↑ «Mugabe renuncia à presidência do Zimbábue, diz agência». G1. Consultado em 21 de novembro de 2017
- ↑ David Blair (2002). Degrees in Violence: Robert Mugabe and the Struggle for Power in Zimbabwe. [S.l.]: Continuum. ISBN 978-0-8264-5974-9
- ↑ a b Norman 2008, p. 44.
- ↑ a b Smith & Simpson 1981, p. 81.
- ↑ a b Norman 2008, p. 70.
- ↑ a b Blair 2002, p. 23.
- ↑ a b Ndlovu-Gatsheni 2009, p. 1151.
- ↑ Blair 2002, p. 26.
- ↑ Smith & Simpson 1981, pp. 33–34; Meredith 2002, pp. 24–25.
- ↑ Smith & Simpson 1981, p. 49; Meredith 2002, p. 32; Norman 2008, p. 46.
- ↑ Smith & Simpson 1981, p. 49; Meredith 2002, p. 33.
- ↑ Blair 2002, p. 22; Meredith 2002, p. 37; Norman 2008, p. 59.
- ↑ Meredith 2002, p. 33; Norman 2008, p. 51.
- ↑ Meredith 2002, p. 4.
- ↑ Blair 2002, p. 23; Meredith 2002, pp. 4–5.
- ↑ Meredith 2002, p. 5.
- ↑ a b Blair 2002, p. 24.
- ↑ Blair 2002, p. 10.
- ↑ Smith & Simpson 1981, p. 83; Norman 2008, p. 60.
- ↑ Smith & Simpson 1981, pp. 115–116.
- ↑ Smith & Simpson 1981, p. 109.
- ↑ Smith & Simpson 1981, p. 88.
- ↑ a b Blair 2002, p. 11.
- ↑ Holland 2008, p. 61.
- ↑ Meredith 2002, p. 8.
- ↑ Meredith 2002, p. 9; Norman 2008, p. 70.
- ↑ Blair 2002, p. 13; Norman 2008, p. 71.
- ↑ Meredith 2002, p. 9; Norman 2008, p. 101; Tendi 2011, p. 313.
- ↑ Meredith 2002, p. 9.
- ↑ Meredith 2002, p. 38; Norman 2008, p. 70.
- ↑ Blair 2002, p. 12.
- ↑ Há 30 anos em ZH - Mugabe forma governo livre na Rodésia Zero Hora, acessado em 1º de abril de 2010
- ↑ Alao, Abiodun (2012). Mugabe and the Politics of Security in Zimbabwe. Montreal and Kingston: McGill-Queen's University Press. ISBN 978-0-7735-4044-6
- ↑ Gallagher, Julia (2015). «The Battle for Zimbabwe in 2013: From Polarisation to Ambivalence». Journal of Modern African Studies. 53 (1). doi:10.1017/S0022278X14000640
- ↑ Howard-Hassmann, Rhoda E. (2010). «Mugabe's Zimbabwe, 2000–2009: Massive Human Rights Violations and the Failure to Protect». Human Rights Quarterly. 32 (4)
- ↑ Meredith, Martin (2002). Our Votes, Our Guns: Robert Mugabe and the Tragedy of Zimbabwe. New York: Public Affairs. ISBN 978-1-58648-186-5
- ↑ CNN, David McKenzie, Brent Swails and Angela Dewan,. «Zimbabwe in turmoil after apparent coup». CNN. Consultado em 15 de novembro de 2017
- ↑ «Zimbabwe's Robert Mugabe confined to home as army takes control». The Guardian. Consultado em 15 de novembro de 2017
- ↑ «Stunned Zimbabweans face uncertain future without Mugabe». Consultado em 21 de novembro de 2017
- ↑ «Ruling party sacks Mugabe as leader». BBC. Consultado em 19 de novembro de 2017
- ↑ «Robert Mugabe, in Speech to Zimbabwe, Refuses to Say if He Will Resign». The New York Times. 19 de novembro de 2017. Consultado em 20 de novembro de 2017
- ↑ Emma Graham-Harrison; Jason Burke (28 de novembro de 2017). «Impeachment proceedings against Mugabe begin in Zimbabwe». The Guardian
- ↑ «Robert Mugabe renuncia à presidência do Zimbábue após 37 anos no poder». G1
- ↑ Burke, Jason (26 de novembro de 2017). «Zimbabwe: Robert Mugabe to get $10m payoff and immunity for his family». The Observer (em inglês). ISSN 0029-7712. Consultado em 28 de novembro de 2017
- ↑ «Zimbabwe's ex-president Robert Mugabe dies» (em inglês). 6 de setembro de 2019
- ↑ «Robert Mugabe, que governou o Zimbábue por 37 anos, morre aos 95». G1. Consultado em 6 de setembro de 2019
Bibliografia
- Alao, Abiodun (2012). Mugabe and the Politics of Security in Zimbabwe. Montreal and Kingston: McGill-Queen's University Press. ISBN 978-0-7735-4044-6
- Blair, David (2002). Degrees in Violence: Robert Mugabe and the Struggle for Power in Zimbabwe. London and New York: Continuum. ISBN 978-0-8264-5974-9
- Chigora, Percyslage; Guzura, Tobias (2011). «The Politics of the Government of National Unity (GNU) and Power Sharing in Zimbabwe: Challenges and Prospects for Democracy». African Journal of History and Culture. 3 (2): 20–26
- Gallagher, Julia (2015). «The Battle for Zimbabwe in 2013: From Polarisation to Ambivalence» (PDF). Journal of Modern African Studies. 53 (1): 27–49. doi:10.1017/S0022278X14000640
- Holland, Heidi (2008). Dinner with Mugabe: The Untold Story of a Freedom Fighter Who Became a Tyrant. London: Penguin. ISBN 978-0-14-104079-0
- Howard-Hassmann, Rhoda E. (2010). «Mugabe's Zimbabwe, 2000–2009: Massive Human Rights Violations and the Failure to Protect». Human Rights Quarterly. 32 (4): 898–920. doi:10.1353/hrq.2010.0030
- Meredith, Martin (2002). Our Votes, Our Guns: Robert Mugabe and the Tragedy of Zimbabwe. New York: Public Affairs. ISBN 978-1-58648-186-5
- Ndlovu-Gatsheni, Sabelo J. (2009). «Making Sense of Mugabeism in Local and Global Politics: 'So Blair, keep your England and let me keep my Zimbabwe'». Third World Quarterly. 30 (6): 1139–1158. doi:10.1080/01436590903037424
- Ndlovu-Gatsheni, Sabelo J. (2015). Sabelo J. Ndlovu-Gatsheni, ed. «Mugabeism? History, Politics, and Power in Zimbabwe». New York: Palgrave Macmillan: 1–25. ISBN 978-1-137-54344-8
|contribution=
ignorado (ajuda) - Norman, Andrew (2008). Mugabe: Teacher, Revolutionary, Tyrant. Stroud: The History Press. ISBN 978-1-86227-491-4
- Onslow, Sue; Redding, Sean (2009). «Wasted Riches: Robert Mugabe and the Desolation of Zimbabwe». Georgetown Journal of International Affairs. 10 (1): 63–72. JSTOR 43134191
- Shire, George (2007). «The Case for Robert Mugabe: Sinner or Sinned Against?». The Black Scholar. 37 (1): 32–35. JSTOR 41069872. doi:10.1080/00064246.2007.11413379
- Sithole, Masipula (2001). «Fighting Authoritarianism in Zimbabwe». Journal of Democracy. 2 (1): 160–169. doi:10.1353/jod.2001.0015
- Smith, David; Simpson, Colin (1981). Mugabe. London: Sphere Books. ISBN 978-0-7221-7868-3
- Tendi, Blessing-Miles (2011). «Robert Mugabe and Toxicity: History and Context Matter». Representation. 47 (3): 307–318. doi:10.1080/00344893.2011.596439
- Tendi, Blessing-Miles (2013). «Robert Mugabe's 2013 Presidential Election Campaign». Journal of Southern African Studies. 39 (4): 963–970. doi:10.1080/03057070.2013.858537