Tubo digestivo: diferenças entre revisões

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{{Em construção}}{{Info/Anatomia
{{Sem-fontes|data=setembro de 2013}}
| Nome = Digestão
[[File:Желудочно-кишечный тракт (пищеварительная система) человека.jpg|thumb|right|282px|<center> {{PAGENAME}} </center>]]
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O '''tubo digestivo''' é uma estrutura presente nos [[Bilateria]] ([[animalia|animais]] [[triploblástico]]s e em [[Platelminto]]s) e [[Cnidaria]], sendo o canal que traz o alimento ao interior do corpo, o [[digestão|digere]], e conduz os metabólitos de volta ao meio externo. Em todos os casos, é uma cavidade formada pela [[endoderme]] no momento do fechamento do [[embrião]], e pode se apresentar em inúmeros níveis de complexidade, dependendo do grupo taxonômico.
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O trato gastrointestinal (tubo digestivo, canal alimentar) é o trato ou passagem do sistema digestivo que vai da [[boca]] ao [[ânus]].<ref name=":0">{{Citar web|ultimo=BVS|primeiro=Ministério da Saúde|url=https://bvsms.saude.gov.br/29-5-dia-mundial-da-saude-digestiva/|titulo=29/5 – Dia Mundial da Saúde Digestiva {{!}} Biblioteca Virtual em Saúde MS|acessodata=2023-11-24|lingua=pt-BR}}</ref> O trato GI contém todos os principais órgãos do [[sistema digestivo]], em humanos e outros animais, incluindo [[esófago]], [[estômago]] e [[Intestino|intestinos]]. Os alimentos ingeridos pela boca são [[Digestão|digeridos]] para extrair [[Nutriente|nutrientes]] e absorver energia, e os resíduos são expelidos pelo ânus na forma de [[fezes]].


A maioria dos animais tem um trato digestivo completo ou "intestino direto". As exceções são as mais primitivas: as [[Porifera|esponjas]] têm pequenos poros (óstios) em todo o corpo para digestão e um poro dorsal maior (ósculo) para excreção, as geleias de favo têm boca ventral e poros anais dorsais, enquanto [[Cnidaria|cnidários]] e [[Acoela|acoelas]] têm um único poro para tanto digestão quanto excreção.<ref name="CK12">{{cite web|url=https://www.ck12.org/book/ck-12-biology/section/17.2/|title=Overview of Invertebrates|date=6 de outubro de 2015|access-date=24 de novembro de 2023|website=www.ck12.org}}</ref><ref name="RuppertBarnes2004BilateriaGut2">{{cite book|url=https://archive.org/details/isbn_9780030259821/page/203|title=Invertebrate Zoology|publisher=Brooks / Cole|chapter=Introduction to Bilateria|isbn=978-0-03-025982-1|vauthors=Ruppert EE, Fox RS, Barnes RD|edition=7|year=2004|page=197 [https://archive.org/details/isbn_9780030259821/page197]}}</ref>
Em todos estes animais, o conjunto básico do tubo digestivo inclui: [[boca]] (por onde o alimento entra, e onde muitas vezes ocorre a digestão mecânica), [[Esófago|esôfago]] (tubo revestido de musculatura lisa que conduz o alimento pelo tubo digestivo), [[intestino]] (onde ocorre toda ou parte da digestão química) e [[ânus]] (por onde são eliminados os restos). Este é o plano básico presentes nos [[Platelminto]]s e diversos organismos simples, cuja alimentação não exige estruturas especiais para sua digestão e absorção.


O trato gastrointestinal humano consiste no esôfago, estômago e intestinos e é dividido em trato gastrointestinal superior e inferior.<ref name=":0" /> O trato gastrointestinal inclui todas as estruturas entre a boca e o ânus,<ref>{{Citar web|url=https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-digestorio.htm|titulo=Sistema digestório: funções, órgãos, resumo|acessodata=2023-11-24|website=Mundo Educação|lingua=pt-br}}</ref> formando uma passagem contínua que inclui os principais órgãos da digestão, o estômago, o [[intestino delgado]] e o [[intestino grosso]]. O sistema digestivo humano completo é composto pelo trato gastrointestinal mais os órgãos acessórios da digestão ([[língua]], [[Glândula salivar|glândulas salivares]], [[pâncreas]], [[fígado]] e [[vesícula biliar]]). O trato também pode ser dividido em intestino anterior, intestino médio e intestino posterior, refletindo a origem [[Embriologia|embriologica]] de cada segmento. Todo o trato gastrointestinal humano tem cerca de nove metros de comprimento na [[autópsia]]. É consideravelmente mais curto no corpo vivo porque os intestinos, que são tubos de tecido [[Músculo liso|múscular liso]], mantêm o [[tónus muscular]] constante em um estado semi-tenso, mas podem relaxar em alguns pontos para permitir a distensão local e o [[movimento peristáltico]].<ref name="G. C. J. P. pp. 290–294">{{cite journal |title=Anatomical study of the length of the human intestine |date=2002-12-01 |journal=Surgical and Radiologic Anatomy |issue=5 |last2=C. |first2=Destrieux |pages=290–294 |doi=10.1007/s00276-002-0057-y |issn=0930-1038 |pmid=12497219 |last3=J. |first3=Desmé |last4=P. |first4=Bertrand |last5=S. |first5=Velut |volume=24 |last1=G. |first1=Hounnou |s2cid=33366428}}</ref><ref name="Raines Arbour Thompson Figueroa-Bodine pp. 67–72">{{cite journal |title=Variation in small bowel length: Factor in achieving total enteroscopy? |date=2014-05-26 |journal=Digestive Endoscopy |issue=1 |last2=Arbour |first2=Adrienne |pages=67–72 |doi=10.1111/den.12309 |issn=0915-5635 |pmid=24861190 |last3=Thompson |first3=Hilary W. |last4=Figueroa-Bodine |first4=Jazmin |last5=Joseph |first5=Saju |volume=27 |last1=Raines |first1=Daniel |s2cid=19069407}}</ref>
Animais [[celoma]]dos possuem uma tendência à complexidade do tubo digestivo maior do que os [[pseudoceloma]]dos e acelomados, e mesmo animais simples, de corpo vermiforme, possuem alguma especialização.


O trato gastrointestinal contém a [[microbiota intestinal]], com cerca de 1.000 [[Estirpe|estirpes]] diferentes de [[Bactéria|bactérias]] desempenhando diversas funções na manutenção da [[Sistema imunitário|saúde imunológica]] e do [[metabolismo]], além de muitos outros [[Micro-organismo|micro-organismos]].<ref>{{cite journal |title=Role of intestinal microbiota and metabolites on gut homeostasis and human diseases |journal=BMC Immunology |issue=1 |last2=Zhang |first2=J |year=2017 |pages=2 |doi=10.1186/s12865-016-0187-3 |pmc=5219689 |pmid=28061847 |volume=18 |doi-access=free |last1=Lin |first1=L}}</ref><ref>{{cite journal |title=The gut microbiota and host health: A new clinical frontier |journal=Gut |issue=2 |last2=Adams |first2=D. H |year=2015 |pages=330–339 |doi=10.1136/gutjnl-2015-309990 |pmc=4752653 |pmid=26338727 |last3=Fava |first3=F |last4=Hermes |first4=G. D |last5=Hirschfield |first5=G. M |last6=Hold |first6=G |last7=Quraishi |first7=M. N |last8=Kinross |first8=J |last9=Smidt |first9=H |volume=65 |last1=Marchesi |first1=J. R |last10=Tuohy |first10=K. M |last11=Thomas |first11=L. V |last12=Zoetendal |first12=E. G |last13=Hart |first13=A}}</ref><ref name="Clarke2014rev">{{cite journal |title=Minireview: Gut Microbiota: The Neglected Endocrine Organ |journal=Molecular Endocrinology |issue=8 |last2=Stilling |first2=Roman M |year=2014 |pages=1221–38 |doi=10.1210/me.2014-1108 |pmc=5414803 |pmid=24892638 |last3=Kennedy |first3=Paul J |last4=Stanton |first4=Catherine |last5=Cryan |first5=John F |last6=Dinan |first6=Timothy G |volume=28 |last1=Clarke |first1=Gerard}}</ref> As células do trato gastrointestinal liberam h[[hormônios]] para ajudar a regular o processo digestivo. Esses hormônios digestivos, incluindo [[gastrina]], [[secretina]], [[colecistocinina]] e [[grelina]], são mediados por mecanismos intracrinos ou [[Autócrino|autócrinos]], indicando que as células que liberam esses hormônios são estruturas conservadas ao longo da [[evolução]].<ref>Nelson RJ. 2005. Introduction to [[Neuroendocrinology|Behavioral Endocrinology]]. Sinauer Associates: Massachusetts. p 57.</ref>
Em [[ser humano|seres humanos]], o tubo digestivo é constituído por: boca, [[faringe]], esôfago, [[cárdia]], [[estômago]], [[piloro]], [[intestino delgado]] ([[duodeno]], [[jejuno]] e [[íleo]]), [[intestino grosso]](cego e cólon), [[reto]] e ânus. Há ainda [[osso]]s, [[músculo]]s e [[glândula]]s anexos que auxiliam a digestão, como [[dente]]s, [[língua]], [[glândula salivar|glândulas salivares]], [[pâncreas]], [[fígado]], [[vesícula biliar]], baço e [[apêndice vermiforme|apêndice]] (embora este último não tenha propriamente uma função na digestão). O tubo digestivo é maior do que o individuo a que pertence, o seu [[intestino delgado]] chega a ter cerca de 8 metros de comprimento, encontra-se todo enrolado.


== Trato gastrointestinal humano ==
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=== Estrutura ===
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== Referências ==
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[[Categoria:Anatomia animal]]
[[Categoria:Sistema digestivo]]
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<references />{{Portal3|Biologia|Zoologia}}

Revisão das 08h53min de 24 de novembro de 2023

Digestão

Diagrama de estômago, intestinos e reto humano
Detalhes
Sistema Sistema digestivo
Vascularização Aorta abdominal
Drenagem venosa Veia gástrica direita, Veia gástrica esquerda

O trato gastrointestinal (tubo digestivo, canal alimentar) é o trato ou passagem do sistema digestivo que vai da boca ao ânus.[1] O trato GI contém todos os principais órgãos do sistema digestivo, em humanos e outros animais, incluindo esófago, estômago e intestinos. Os alimentos ingeridos pela boca são digeridos para extrair nutrientes e absorver energia, e os resíduos são expelidos pelo ânus na forma de fezes.

A maioria dos animais tem um trato digestivo completo ou "intestino direto". As exceções são as mais primitivas: as esponjas têm pequenos poros (óstios) em todo o corpo para digestão e um poro dorsal maior (ósculo) para excreção, as geleias de favo têm boca ventral e poros anais dorsais, enquanto cnidários e acoelas têm um único poro para tanto digestão quanto excreção.[2][3]

O trato gastrointestinal humano consiste no esôfago, estômago e intestinos e é dividido em trato gastrointestinal superior e inferior.[1] O trato gastrointestinal inclui todas as estruturas entre a boca e o ânus,[4] formando uma passagem contínua que inclui os principais órgãos da digestão, o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso. O sistema digestivo humano completo é composto pelo trato gastrointestinal mais os órgãos acessórios da digestão (língua, glândulas salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar). O trato também pode ser dividido em intestino anterior, intestino médio e intestino posterior, refletindo a origem embriologica de cada segmento. Todo o trato gastrointestinal humano tem cerca de nove metros de comprimento na autópsia. É consideravelmente mais curto no corpo vivo porque os intestinos, que são tubos de tecido múscular liso, mantêm o tónus muscular constante em um estado semi-tenso, mas podem relaxar em alguns pontos para permitir a distensão local e o movimento peristáltico.[5][6]

O trato gastrointestinal contém a microbiota intestinal, com cerca de 1.000 estirpes diferentes de bactérias desempenhando diversas funções na manutenção da saúde imunológica e do metabolismo, além de muitos outros micro-organismos.[7][8][9] As células do trato gastrointestinal liberam hhormônios para ajudar a regular o processo digestivo. Esses hormônios digestivos, incluindo gastrina, secretina, colecistocinina e grelina, são mediados por mecanismos intracrinos ou autócrinos, indicando que as células que liberam esses hormônios são estruturas conservadas ao longo da evolução.[10]

Trato gastrointestinal humano

Estrutura

A estrutura e a função podem ser descritas tanto como anatomia macroscópica quanto como anatomia microscópica. O trato em si é dividido em tratos superior e inferior, e os intestinos delgado e grosso.[11]

Referências

  1. ↑ a b BVS, Ministério da Saúde. «29/5 – Dia Mundial da Saúde Digestiva | Biblioteca Virtual em Saúde MS». Consultado em 24 de novembro de 2023 
  2. ↑ «Overview of Invertebrates». www.ck12.org. 6 de outubro de 2015. Consultado em 24 de novembro de 2023 
  3. ↑ Ruppert EE, Fox RS, Barnes RD (2004). «Introduction to Bilateria». Invertebrate Zoology 7 ed. [S.l.]: Brooks / Cole. p. 197 [1]. ISBN 978-0-03-025982-1 
  4. ↑ «Sistema digestório: funções, órgãos, resumo». Mundo Educação. Consultado em 24 de novembro de 2023 
  5. ↑ G., Hounnou; C., Destrieux; J., Desmé; P., Bertrand; S., Velut (1 de dezembro de 2002). «Anatomical study of the length of the human intestine». Surgical and Radiologic Anatomy. 24 (5): 290–294. ISSN 0930-1038. PMID 12497219. doi:10.1007/s00276-002-0057-y 
  6. ↑ Raines, Daniel; Arbour, Adrienne; Thompson, Hilary W.; Figueroa-Bodine, Jazmin; Joseph, Saju (26 de maio de 2014). «Variation in small bowel length: Factor in achieving total enteroscopy?». Digestive Endoscopy. 27 (1): 67–72. ISSN 0915-5635. PMID 24861190. doi:10.1111/den.12309 
  7. ↑ Lin, L; Zhang, J (2017). «Role of intestinal microbiota and metabolites on gut homeostasis and human diseases». BMC Immunology. 18 (1). 2 páginas. PMC 5219689Acessível livremente. PMID 28061847. doi:10.1186/s12865-016-0187-3Acessível livremente 
  8. ↑ Marchesi, J. R; Adams, D. H; Fava, F; Hermes, G. D; Hirschfield, G. M; Hold, G; Quraishi, M. N; Kinross, J; Smidt, H; Tuohy, K. M; Thomas, L. V; Zoetendal, E. G; Hart, A (2015). «The gut microbiota and host health: A new clinical frontier». Gut. 65 (2): 330–339. PMC 4752653Acessível livremente. PMID 26338727. doi:10.1136/gutjnl-2015-309990 
  9. ↑ Clarke, Gerard; Stilling, Roman M; Kennedy, Paul J; Stanton, Catherine; Cryan, John F; Dinan, Timothy G (2014). «Minireview: Gut Microbiota: The Neglected Endocrine Organ». Molecular Endocrinology. 28 (8): 1221–38. PMC 5414803Acessível livremente. PMID 24892638. doi:10.1210/me.2014-1108 
  10. ↑ Nelson RJ. 2005. Introduction to Behavioral Endocrinology. Sinauer Associates: Massachusetts. p 57.
  11. ↑ Thomasino, Anne Marie (2001). «Length of a Human Intestine». The Physics Factbook 
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