Ácido graxo essencial

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Tipos de gorduras na comida
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Os ácidos graxos essenciais (português brasileiro) ou ácidos gordos essenciais (português europeu) são os ácidos graxos que não são produzidos bioquimicamente pelos seres humanos e devem ser adquiridos da dieta. O termo "àcido graxo essencial" refere-se aos ácidos graxos necessários aos processos biológicos e não à aqueles que funcionam como fonte de energia.[1]

Compreendem duas famílias: os ómega 3 e os ômega 6. Inicialmente, após a descoberta em 1923 do fato de que se tratavam de nutrientes essenciais, foram designados por vitamina F. Em 1930 Burr e Miller mostraram que eram mais bem classificados como gorduras do que como vitaminas.

Funções[editar | editar código-fonte]

Os efeitos biológicos dos ácidos graxos ω-3 e ω-6 são mediados por suas interações mútuas.

No corpo, ácidos graxos essenciais servem à múltiplas funções. Em cada uma delas, o equilíbrio da dieta entre ω-3 e ω-6 afeta fortemente a função.

  • Eles são modificados para fazer
    • a clássica eicosanoides (afetando inflamação e diversas outras funções celulares)
    • os endocanabinoides (afetando humor, comportamento e inflamação)
    • as lipoxinas que são um grupo de eicosanoids derivativas formadas através do caminho da lipo-oxigenase dos ω-3 e ω-6 (na presença de ácido acetilsalicílico, diminuindo a inflamação)
  • Eles formam tecidos adiposos (influenciando a sinalização celular)[2]
  • Eles agem no DNA (ativando ou inibindo a transcrição de fatores)[3]

Fontes alimentares[editar | editar código-fonte]

Algumas fontes alimentares de ácidos graxos ω-3 e ω-6 são peixes e mariscos, semente de linho, cannabis, óleo de soja, semente de chia, semente de abóbora, semente de girassol, e nozes.

Os Ácidos graxos essenciais participam de diversos processos metabólicos, e há evidência para sugerir que baixo níveis de ácidos graxos essenciais, ou o incorreto equilíbrio de tipos de ácidos graxos, pode ser fator de risco para diversas doenças, incluindo a Osteoporose.[4]

Fontes vegetais de ω-3 não contêm Ácido eicosapentaenoico (EPA) nem Ácido docosa-hexaenoico (DHA). O corpo humano pode (e em caso de uma dieta exclusivamente vegetariana frequentemente deverá, a menos que certas Algas ou suplementos derivados delas sejam consumidos) converter Ácido alfalinolênico (ALA) em EPA e na seqüencia em DHA. Entretanto isto necessita de mais esforço metabolico, o que é tido como a razão para a absorção de ácidos graxos ser maior quando a fonte alimentar é animal ao invés de vegetal.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Infopédia, Enciclopédia de língua portuguesa da Porto Editira. «Ácidos gordos essenciais». Consultado em 1 de outubro de 2014 
  2. Stillwell W, Shaikh SR, Zerouga M, Siddiqui R, Wassall SR (2005). «Docosahexaenoic acid affects cell signaling by altering lipid rafts». Reproduction, Nutrition, Development. 45 (5): 559–79. PMID 16188208. doi:10.1051/rnd:2005046 
  3. Calder PC (dezembro de 2004). «n-3 fatty acids, inflammation, and immunity--relevance to postsurgical and critically ill patients». Lipids. 39 (12): 1147–61. PMID 15736910. doi:10.1007/s11745-004-1342-z 
  4. Kruger MC, Horrobin DF (setembro de 1997). «Calcium metabolism, osteoporosis and essential fatty acids: a review». Progress in Lipid Research. 36 (2–3): 131–51. PMID 9624425. doi:10.1016/S0163-7827(97)00007-6 


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