Aribert Reimann

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Aribert Reimann
Aribert Reimann
Nascimento 4 de março de 1936
Berlim
Morte 13 de março de 2024 (88 anos)
Berlim
Cidadania Alemanha
Progenitores
  • Wolfgang Reimann
Alma mater
Ocupação compositor, pianista, libretista
Prêmios
  • Ordem do Mérito para as Artes e Ciência (1993)
  • Ordem do Mérito de Berlim
  • Grã-cruz do Mérito com Estrela da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha (1995)
  • Prêmio Bach da cidade livre e hanseática de Hamburgo (1987)
  • Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha (1985)
  • Ordem Maximiliana da Baviera para Ciência e Arte (2003)
  • Prêmio de arte de Berlim (2002)
  • Arnold Schönberg Prize (2006)
  • Robert Schumann Prize for Poetry and Music (2016)
  • Prêmio de Música Ernst von Siemens (2011)
  • Cruz de Oficial da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha (1999)
  • Frankfurter Musikpreis (1991)
Empregador(a) Universidade das Artes de Berlim
Instrumento piano

Aribert Reimann (Berlim, 4 de março de 193613 de março de 2024) foi um compositor, pianista e acompanhante alemão, conhecido especialmente por suas óperas literárias. Sua versão do Rei Lear de Shakespeare, a ópera Lear, foi escrita por sugestão de Dietrich Fischer-Dieskau, que cantou o papel-título. Sua ópera Medea, inspirada na peça teatral de Grillparzer, estreou em 2010 na Ópera Estatal de Viena. Ele foi um professor de Lied contemporâneo em Hamburgo e Berlim. Em 2011, ele recebeu o Prêmio Ernst von Siemens de Música pelo trabalho de sua carreira.

Vida e carreira[editar | editar código-fonte]

Reimann nasceu em Berlim. Estudou composição, contraponto e piano na Escola de Música de Berlim com Boris Blacher e Ernst Pepping, entre outros. Durante seus estudos, ele trabalhou como acompanhante na Ópera Alemã de Berlim.  Suas primeiras apresentações como pianista e acompanhante foram em 1957. No início dos anos 1970, ele se tornou membro da Academia de Artes da Alemanha em Berlim. Ele foi professor de Lied contemporâneo na Escola de Música de Hamburgo de 1974 a 1983, e Escola de Artes de Berlin de 1983 a 1998.[1]

Além de seu trabalho como compositor e professor de música, Reimann é co-editor e pianista da série de CDs Edition Zeitgenössisches Lied (canção contemporânea) da gravadora Orfeo, edição, juntamente com Axel Bauni.[1]

A reputação de Reimann como compositor aumentou muito com várias grandes óperas literárias, incluindo Lear e Das Schloß. Além disso, escreveu música de câmara, obras orquestrais e canções. Ele foi homenageado várias vezes, incluindo a Grã-Cruz do Mérito da República Federal da Alemanha e a Ordem do Mérito de Berlim.[1]

Convidado por Walter Fink, foi o sétimo compositor apresentado no Komponistenporträt anual do Festival de Música de Rheingau em 1997, em canções e música de câmara com o Quarteto Auryn, tocando ele próprio piano.[1]

A sua obra comissionada, Cantus for Clarinet and Orchestra, dedicada ao clarinetista e compositor Jörg Widmann, foi estreada a 13 de Janeiro de 2006, no Large Broadcasting Hall do WDR em Colónia, Alemanha, na presença do compositor, que afirma que a obra foi inspirada nas composições para clarinete de Claude Debussy.[1]

Sua ópera Medea, em homenagem a Franz Grillparzer, foi estreada na Ópera Estatal de Viena em 2010, dirigida por Michael Boder, com Marlis Petersen no papel-títular.[1]

Em 2011 recebeu o Prêmio Ernst von Siemens de Música "pelo trabalho de sua vida".[1]

Morreu em 13 de março de 2024, aos 88 anos, em Berlim.[2]

Trabalhos[editar | editar código-fonte]

Palco[editar | editar código-fonte]

Orquestral[editar | editar código-fonte]

  • Variações para orquestra;
  • Nahe Ferne (Distância Próxima);
  • Cantus für Klarinette und Orchester (Cantus para clarinete e orquestra)
  • Sieben Fragmente für Orchester in memoriam Robert Schumann (Sete Fragmentos para Orquestra, in memoriam Robert Schumann) (1988);
  • Concerto para violino (1996).[5]

Música vocal[editar | editar código-fonte]

  • Zyklus nach Gedichten von Paul Celan für Bariton und Klavier (Ciclo baseado na poesia de Paul Celan para barítono e piano) (1956);
  • Wolkenloses Christfest Requiem nach Gedichten von Otfried Büthe, dedicado a Dietrich Fischer-Dieskau e Siegfried Palm (1974);[6]
  • Nachtstück II für Baryton und Klavier (1978);
  • Unrevealed, Lord Byron to Augusta Leigh für Bariton und Streichquartett (1981);
  • Requiem für Sopran, Mezzosopran, Bariton, gemischten Chor und Orchester unter Verwendung des lateinischen Requiemtextes und von Versen aus dem Buch Hiob (1982);
  • Shine and Dark für Bariton und Klavier (mão esquerda) (1989);
  • Entsorgt für Bariton-Solo (1989);
  • Eingedunkelt für Alt-Solo (Eingedunkelt para Alto Solo) (1992);
  • Fünf Lieder nach Gedichten von Paul Celan für Countertenor und Klavier (Cinco canções baseadas na poesia de Paul Celan para contratenor e piano) (1994/2001);
  • An Hermann für Tenor und Klavier (2008).

Referências

  1. a b c d e f g «Ernst von Siemens Musikpreis 2011: "Nobelpreis der Musik" an Aribert Reimann | BR-KLASSIK | BR». Bavarian Radio Online. Consultado em 4 de março de 2021. Arquivado do original em 4 de fevereiro de 2011 
  2. «Aribert Reimann gestorben». Frankfurter Allgemeine Zeitung (em alemão). 14 de março de 2024. Consultado em 14 de março de 2024 
  3. Anselm Weyer: Günter Grass und die Musik. Peter Lang, Frankfurt/M. 2006, ISBN 978-3-631-55593-4.
  4. «Deutsche Oper Berlin». deutscheoperberlin.de. Consultado em 17 de novembro de 2023. Arquivado do original em 8 de outubro de 2017 
  5. von Rhein, John (17 de maio de 1997). «Aribert Reimann Violin Chicago». Chicago, Illinois. Chicago Tribune. 121 páginas. Consultado em 4 de março de 2021 
  6. «Schott Music - Shop - Aribert Reimann - Wolkenloses Christfest». schott-musik.de. Consultado em 4 de março de 2021. Arquivado do original em 9 de setembro de 2012 

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

  • Luigi Bellingardi, Alcune riflessioni sulla »Gespenstersonate« di Aribert Reimann, in: Sabine Ehrmann-Herfort/Markus Engelhardt (eds.), »Vanitatis fuga, Aeternitatis amor«. Wolfgang Witzenmann zum 65. Geburtstag, »Analecta Musicologica«, vol. 36, Laaber (Laaber) 2005, pp. 689–695.
  • Siglind Bruhn, Aribert Reimanns Vokalmusik. Waldkirch, Edition Gorz 2016. ISBN 978-3-938095-21-8
  • Wolfgang Burde, Aribert Reimann, Mainz (Schott) 2005.
  • Albert Gier, Zurück zu Shakespeare! Claus H. Hennebergs Lear-Libretto für Aribert Reimann und seine englische Übersetzung von Desmond Clayton, in: Herbert Schneider/Rainer Schmusch (eds.), Librettoübersetzung: Interkulturalität im europäischen Musiktheater, Hildesheimn (Olms) 2009, »Musikwissenschaftliche Publikationen«, vol. 32), pp. 329–349.
  • Kii-Ming Lo, Unsichtbarer Herrscher über ein gehorsames Volk. Aribert Reimanns Oper »Das Schloß« nach Franz Kafka, in: Peter Csobádi, Gernot Gruber, Ulrich Müller et al. (eds.), »Weine, weine, du armes Volk!« ─ Das verführte und betrogene Volk auf der Bühne, »Kongreßbericht Salzburg 1994«, Anif/Salzburg (Müller-Speiser) 1995, pp. 663–674.
  • Jürgen Maehder, Aribert Reimanns »Nachtstück« ─ Studien zu musikalischer Struktur und Sprachvertonung, in: Aurora (»Jahrbuch der Eichendorff-Gesellschaft«) 36/1976, p. 107-121.
  • Jürgen Maehder, Aribert Reimanns »Lear« ─ Anmerkungen zu einigen Strukturproblemen der Literaturoper, program book for the world premiere at the Bavarian State Opera in Munich, München (Bayerische Staatsoper) 1978, pp. 61–73.
  • Jürgen Maehder, Anmerkungen zu einigen Strukturproblemen der Literaturoper, in: Klaus Schultz (ed.), Aribert Reimanns »Lear«. Weg einer neuen Oper, München (dtv) 1984, pp. 79–89.
  • Jürgen Maehder, Aribert Reimann and Paul Celan: The Setting of Hermetic Poetry in the Contemporary German Lied, in: Claus Reschke/Howard Pollack (eds.), German Literature and Music. An Aesthetic Fusion: 1890─1989, »Houston German Studies«, vol. 8, München (Fink) 1992, pp. 263–292.
  • Jürgen Maehder, Étude sur le théâtre musical d'Aribert Reimann ─ de »Lear« à »La sonate des spectres«, programme de salle pour l'Opéra National du Rhin, Strasbourg (TNOR) 1998, pp. 27–45.
  • Jürgen Maehder, Untersuchungen zum Musiktheater Aribert Reimanns. Musikalische Dramaturgie in »Lear« und »Die Gespenstersonate«, in: Jürgen Kühnel/Ulrich Müller/Oswald Panagl (eds.), Musiktheater der Gegenwart. Text und Komposition, Rezeption und Kanonbildung, Anif/Salzburg (Müller-Speiser) 2008.
  • Jürgen Maehder, Aribert Reimann et Paul Celan. La mise en musique de la poésie hermétique dans le lied allemand contemporain, in: Antoine Bonnet/ Frédéric Marteau (eds.), Paul Celan, la poésie, la musique. »Avec une clé changeante«, Paris (Hermann) 2015.
  • Klaus Schultz (ed.), Aribert Reimanns »Lear«. Weg einer neuen Oper, München (dtv) 1984.
  • Ulrich Tadday (ed.), Aribert Reimann, »Musik-Konzepte«, vol. 139, München (text + kritik) 2008.
  • Anselm Weyer: Günter Grass und die Musik (= »Kölner Studien zur Literaturwissenschaft«, vol. 16). Peter Lang, Frankfurt am Main u. a. 2007, ISBN 978-3-631-55593-4 (Zugleich: Köln, Universität, Dissertation, 2005).
  • Sigrid Wiesmann (ed.), Für und Wider die Literaturoper, »Thurnauer Schriften zum Musiktheater«, vol. 6, Laaber (Laaber) 1982.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Aribert Reimann