Saltar para o conteúdo

Afastamento de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m +2
Linha 1: Linha 1:
{{Evento atual}}
{{Evento atual}}
{| class="wikitable sortable table" align="right" style="width: 260px; border:1px solid #aaa; margin-left:0.8em; font-size: 88%"
|+
! colspan="1" align="center" style="padding:0.3em; font-size: 115%; background:#99C1FF;" |'''Ação Cautelar 4070'''
|- style="text-align:center; background:#fff;"
| colspan="1" |[[Imagem:Supremo Brasil.jpg|250px]]<br />'''[[Supremo Tribunal Federal]]'''
|-
! colspan="1" align="center" style="padding:0.3em; font-size: 115%; background:#99C1FF;" |'''Informações sobre o caso'''
|-
| align="left" |'''Nome completo:''' [[Processo cautelar|Ação Cautelar]] 4070
|-
| align="left" |'''Autor da ação:''' [[Rodrigo Janot]]
|-
| align="left" |'''Acusado:''' [[Eduardo Cunha]] (PMDB-RJ)
|-
| align="left" |'''Acusações:''' obstrução de justiça (principal)
|-
| align="left" |'''Ministro encarregado:''' [[Teori Zavascki]]
|-
| align="left" |'''Decisão:''' Em decisão unânime, o plenário do Supremo Tribunal Federal referendou a [[liminar]] de Zavascki que suspendeu por tempo indeterminado o mandato de deputado federal e de [[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil|presidente da Câmara dos Deputados]] de Cunha.
|-
| align="left" |'''Consequências:''' [[Waldir Maranhão]] (PP-MA) assumiu interinamente a presidência da Câmara dos Deputados. Além disso, a linha de sucessão à [[Presidente do Brasil|presidência da República]] foi modificada temporariamente, sendo estabelecida em: [[Michel Temer]] (1º), [[Renan Calheiros]] (2º) e [[Ricardo Lewandowski]] (3º).
|-
! colspan="1" align="center" style="padding:0.3em; font-size: 115%; background:#99C1FF;" |'''Integrantes'''
|-
| align="left" | <center>'''Presidente do Supremo Tribunal Federal'''</center><center>[[Ricardo Lewandowski]]</center><center>'''Ministros do STF'''</center><center>[[Celso de Mello]] {{*}} [[Marco Aurélio Mello]] {{*}} [[Gilmar Mendes]] {{*}} [[Cármen Lúcia]] {{*}} [[Dias Toffoli]] {{*}} [[Luiz Fux]] {{*}} [[Rosa Weber]] {{*}} [[Teori Zavascki]] {{*}} [[Luís Roberto Barroso]] {{*}} [[Edson Fachin]]</center>
|}


O '''processo de afastamento de Eduardo Cunha''' consiste em uma liminar ou decisão provisória concedida pelo ministro do [[Supremo Tribunal Federal]] (STF), [[Teori Zavascki]], determinando na quinta-feira, 5 de maio de 2016, o afastamento do presidente da [[Câmara Federal]], [[Eduardo Cunha]] (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal. Mesmo com o afastamento, Eduardo Cunha permanece deputado, mas não pode exercer as atividades parlamentaristas, não podendo portanto presidir a Casa. Prossegue com a prerrogativa de foro privilegiado, com investigação no STF,<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1768000-teori-afasta-eduardo-cunha-do-mandato-na-camara.shtml|titulo=Teori afasta Eduardo Cunha da presidência da Câmara|publicado=Folha de São Paulo|autor=Márcio Falcão |data=5 de maio de 2016 |acessodata=5 de maio de 2016}}</ref> sendo réu na [[Operação Lava Jato]].<ref name=''elpais''>{{citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/05/politica/1462485563_198829.html |título=Perguntas e respostas para entender o afastamento de Eduardo Cunha|publicado=EL PAIS|autor= |data=5 de maio de 2016 |acessodata=6 de maio de 2016}}</ref>
O '''processo de afastamento de Eduardo Cunha''' consiste em uma liminar ou decisão provisória concedida pelo ministro do [[Supremo Tribunal Federal]] (STF), [[Teori Zavascki]], determinando na quinta-feira, 5 de maio de 2016, o afastamento do presidente da [[Câmara Federal]], [[Eduardo Cunha]] (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal. Mesmo com o afastamento, Eduardo Cunha permanece deputado, mas não pode exercer as atividades parlamentaristas, não podendo portanto presidir a Casa. Prossegue com a prerrogativa de foro privilegiado, com investigação no STF,<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1768000-teori-afasta-eduardo-cunha-do-mandato-na-camara.shtml|titulo=Teori afasta Eduardo Cunha da presidência da Câmara|publicado=Folha de São Paulo|autor=Márcio Falcão |data=5 de maio de 2016 |acessodata=5 de maio de 2016}}</ref> sendo réu na [[Operação Lava Jato]].<ref name=''elpais''>{{citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/05/politica/1462485563_198829.html |título=Perguntas e respostas para entender o afastamento de Eduardo Cunha|publicado=EL PAIS|autor= |data=5 de maio de 2016 |acessodata=6 de maio de 2016}}</ref>

Revisão das 19h27min de 6 de maio de 2016

Ação Cautelar 4070

Supremo Tribunal Federal
Informações sobre o caso
Nome completo: Ação Cautelar 4070
Autor da ação: Rodrigo Janot
Acusado: Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Acusações: obstrução de justiça (principal)
Ministro encarregado: Teori Zavascki
Decisão: Em decisão unânime, o plenário do Supremo Tribunal Federal referendou a liminar de Zavascki que suspendeu por tempo indeterminado o mandato de deputado federal e de presidente da Câmara dos Deputados de Cunha.
Consequências: Waldir Maranhão (PP-MA) assumiu interinamente a presidência da Câmara dos Deputados. Além disso, a linha de sucessão à presidência da República foi modificada temporariamente, sendo estabelecida em: Michel Temer (1º), Renan Calheiros (2º) e Ricardo Lewandowski (3º).
Integrantes
Presidente do Supremo Tribunal Federal
Ricardo Lewandowski
Ministros do STF
Celso de Mello  • Marco Aurélio Mello  • Gilmar Mendes  • Cármen Lúcia  • Dias Toffoli  • Luiz Fux  • Rosa Weber  • Teori Zavascki  • Luís Roberto Barroso  • Edson Fachin

O processo de afastamento de Eduardo Cunha consiste em uma liminar ou decisão provisória concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, determinando na quinta-feira, 5 de maio de 2016, o afastamento do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal. Mesmo com o afastamento, Eduardo Cunha permanece deputado, mas não pode exercer as atividades parlamentaristas, não podendo portanto presidir a Casa. Prossegue com a prerrogativa de foro privilegiado, com investigação no STF,[1] sendo réu na Operação Lava Jato.[2]

A decisão de afastamento é sustentada pelo fato dele (tanto no cargo de deputado como de presidente da Casa) interferir na investigação contra ele mesmo na Lava Jato; além de que, no exercício da Presidência da Câmara, se encontra na linha sucessória da presidência da República, portanto, não podendo ter denúncias no Supremo.Erro de citação: Elemento de abertura <ref> está mal formado ou tem um nome inválido

Antecedentes

Pedidos

O pedido de afastamento foi solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em dezembro de 2015, mas o ministro Teori Zavascki afirmou que precisou analisar a questão cautelosamente, pois havia receio de interferência da Corte em outro poder. Porém, a decisão aconteceu um dia depois de o ministro Marco Aurélio Mello decidir a colocação na pauta de julgamento de outro pedido de afastamento, feito pela Rede.Erro de citação: Elemento de abertura <ref> está mal formado ou tem um nome inválido

Linha sucessória da Presidência da República

Com o afastamento, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em seguimento, a linha sucessória da Presidência pode ser alterada, pois o presidente interino da câmara, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), não entra na linha sucessória, de acordo com a Mesa Diretora da Câmara.[3]

Sucessão na Presidência da Câmara dos Deputados

Existem duas vertentes sobre a sucessão de Eduardo Cunha, na Presidência da Câmara Federal.Erro de citação: Elemento de abertura <ref> está mal formado ou tem um nome inválido

  • A primeira diz que apenas a retirada definitiva do mandato e também do cargo de presidente da Câmara é feita pela própria Câmara. Então, Waldir Maranhão permanece no cargo até que o afastamento definitivo do deputado seja feito pelo Conselho de Ética, enquanto que a decisão do Supremo é temporária. Além disto, o cargo não se encontra vago, impossibilitando assim, novas eleições.
  • A segunda diz que apesar de não ser definitiva a decisão, já representa o afastamento definitivo da presidência; essa vertente entende que a decisão deixa claro que ele nunca assumirá a presidência do país por ser investigado pelo STF, estando impedido de permanecer na presidência da Câmara. Se esta última interpretação vencer, o presidente interino terá que convocar novas eleições para presidência em até cinco sessões legislativas.Erro de citação: Elemento de abertura <ref> está mal formado ou tem um nome inválido

Manutenção da suspensão do mandato

Onze ministros do STF decidiram, no dia 5 de maio de 2016, manter a suspensão do mandato e o afastamento por tempo indeterminado do deputado, que ratificou a liminar do ministro. Eles apontaram que o deputado abusou do cargo para atrapalhar as investigações da Lava Jato e o andamento do processo de cassação. O mesmo responde no Conselho de Ética da Câmara, devido ser réu e alvo de investigações na operação. Cunha disse que iria recorrer, mas descarta a hipótese em renunciar e diz que vem sofrendo ataques pelo processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.[4][5]

Repercussão internacional

Ele foi denominado pela imprensa internacional de poderoso rival e condutor do impeachment de Rousseff. Vários jornais da Europa, Estados Unidos e Argentina deram destaque ao seu afastamento.[6][7][8]

Reações

Bruno Cunha Lima

Para o deputado estadual Bruno Cunha Lima (PSDB-PB) a Faxina deve começar em casa, quem deve começar a fazer isso é a classe política, isso é bom para a classe política, isso acaba com o discurso da seletividade, de que a Lava Jato era destinada ao PT e aos partidos da base aliada. Tem que acabar com esse ideário, porque a justiça não é movida por bandeira política e, a partir de agora, é bom que o funil fique ainda mais estreito, que só passe quem deve estar na vida política que é quem está disposto a somar, quem está disposto a contribuir, porque se tiver qualquer outra finalidade, não, a vida política não é para esse tipo de gente.[9]

Dilma Rousseff

No mesmo dia do afastamento, na cerimônia do início da operação comercial da usina hidrelétrica Belo Monte, no Pará, a presidente Dilma Rousseff relatou sobre a situação - A única coisa que eu lamento, mas eu falo antes tarde do que nunca, é que infelizmente ele conseguiu. Vocês assistiram ele presidindo na cara de pau o processo na Câmara, lamentável processo na Câmara.Erro de citação: Elemento de abertura <ref> está mal formado ou tem um nome inválido[10]

Eugênio Aragão

Na manhã do dia do afastamento, o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, disse que vem tarde, quando participava da abertura do II Congresso Internacional de Direito Eleitoral, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Para ele, se a decisão tivesse sido antes, não teria havido admissibilidade do Processo de impeachment de Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, pois o processo foi desencadeado por uma atitude de vingança pelo fato do PT não querer dar apoio a ele na Comissão de Ética.[11]

Referências

  1. Márcio Falcão (5 de maio de 2016). «Teori afasta Eduardo Cunha da presidência da Câmara». Folha de São Paulo. Consultado em 5 de maio de 2016 
  2. «Perguntas e respostas para entender o afastamento de Eduardo Cunha». EL PAIS. 5 de maio de 2016. Consultado em 6 de maio de 2016 
  3. Pedro Ladeira/Folhapress (5 de maio de 2016). «Com o afastamento de Cunha, como fica a linha sucessória da Presidência?». UOL. Consultado em 5 de maio de 2016 
  4. Nathalia Passarinho e Renan Ramalho (5 de maio de 2016). «Supremo suspende mandato e afasta Cunha da presidência da Câmara». G1. Consultado em 5 de maio de 2016 
  5. Tatiane Barbosa (5 de maio de 2016). «Em cerimônia, Dilma Rousseff comenta sobre o afastamento de Eduardo Cunha». DM. Consultado em 5 de maio de 2016 
  6. «Imprensa internacional noticia o afastamento de Eduardo Cunha». G1. 5 de maio de 2016. Consultado em 5 de maio de 2016 
  7. «Afastamento de Eduardo Cunha repercute na imprensa internacional». R7. 5 de maio de 2016. Consultado em 6 de maio de 2016 
  8. «Ministro do STF afasta Cunha da Câmara; corte discute seu destino hoje». BBC Brasil. 5 de maio de 2016. Consultado em 6 de maio de 2016 
  9. Redação (5 de maio de 2016). «Deputado tucano comenta afastamento de Eduardo Cunha». Paraíba Online. Consultado em 5 de maio de 2016 
  10. «'Antes tarde do que nunca', diz Dilma sobre afastamento de Eduardo Cunha». Portal Brasil. 5 de maio de 2016. Consultado em 5 de maio de 2016 
  11. Sérgio Rodas (5 de maio de 2016). «Afastamento de Eduardo Cunha "vem tarde", diz ministro da Justiça». ConJur. Consultado em 5 de maio de 2016