Lilian Tintori: diferenças entre revisões

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Lilian Tintori with Venezuelan Flag.jpg|Com a [[bandeira da Venezuela]] num protesto em 26 de Fevereiro de 2014.</big>
|Em 21 de Março de 2014, com seu marido Leopoldo López, durante o [[batismo]] de seu filho Leopoldo Santiago.
Imagem:MCM LT 2014 Venezuelan Protests.jpg|Abraçada a [[María Corina Machado]] durante manifestação da oposição em 26 de Março de 2014.
Imagem:MCM LT 2014 Venezuelan Protests.jpg|Abraçada a [[María Corina Machado]] durante manifestação da oposição em 26 de Março de 2014.
Imagem:2015 Venezuela protest 20 February.jpg|Protesto em 20 de Fevereiro de 2015.
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No livro ''[[Preso pero libre: Notas desde la cárcel del líder venezolano]]'', Leopoldo López descreve a experiência de sua prisão.<ref name="Preso pero libre: Notas desde la cárcel del líder venezolano"/>


=== Brasil ===
=== Brasil ===

Revisão das 16h27min de 23 de fevereiro de 2017

Lilian Adriana Tintori Parra
Lilian Tintori
Lilian Tintori durante uma conferência sobre direitos humanos na Real Casa de Correos (Madri, 15 de Março de 2016) durante a qual foi apresentado o livro Preso pero libre de autoria de seu marido Leopoldo López.[1]
Nascimento 5 de maio de 1978 (46 anos)
Caracas
Venezuela Venezuela
Cônjuge Leopoldo López
Ocupação Ativista dos Direitos Humanos

Lilian Adriana Tintori Parra (Caracas, 5 de Maio de 1978) é uma ativista de direitos humanos venezuelana e esposa do líder político Leopoldo López, coordenador nacional do partido Voluntad Popular, preso pelo governo de Nicolás Maduro acusado de incitar e liderar as manifestações de 2014. Tintori também tem liderado grupos de oposição e resistência contra o regime venezuelano.[2]

Biografia

Filha de mãe venezuelana a pai argentino, refugiado na Venezuela por causa do Processo de Reorganização Nacional (ditadura argentina). É licenciada em ensino pré-escolar pela Universidade Católica Andrés Bello e possui especialização em comunicação política pela Universidade Central da Venezuela.[3] Foi apresentadora da Televen e RCTV (Radio Caracas Televisión), além de radialista nas redes La Mega, Hot 94 e Ateneo 100.7. Também foi animadora do programa Megavj do canal Puma TV. Foi campeã de kitesurf em 2003 e criadora da Fundación Porkite encarregada de recuperar e doar equipamentos usados neste esporte.

Em Maio de 2007, casou-se com Leopoldo López.[3] [4] O casal teve dois filhos: Manuela (2009) e Leopoldo Santiago (2013).[5]

Foi representante da Socieven, associação sem fins lucrativos, para a sensibilização quanto a surdez e distúrbio da fala. Tem colaborado com a Fundación BFC na campanha contra a violência de gênero e com a Fundación Jóvenes por los Derechos Humanos em diversos eventos.[3]

Apelos e reações internacionais

Lilian Tintori tem denunciado sistematicamente a situação dos dissidentes venezuelanos na mídia mundial e, busca apoios de líderes políticos de outras nações. Seus esforços conseguiram provocar reações em outros países:

Estados Unidos

Concedeu uma entrevista ao jornalista Jorge Ramos, da Univision, publicada em 12 de Abril de 2015. Naquela ocasião, denunciou que seu marido vem sofrendo torturas físicas e psicológicas na prisão.[6]

Entraron hombres armados y destrozaron su espacio, se robaron sus memorias: Todo lo que él escribe se lo robaron. Siete horas duró esta requisa, y lo metieron en una celda de castigo que se llama El Tigrito, me dijo, una noche, a la 1 de la mañana, le lanzaron por la ventana de su celda excremento humano y orina. Le cortaron el agua y la luz para que no se pudiera bañar. Eso es un trato absolutamente inhumano, de tortura.
Original {{{{{língua}}}}}: Homens armados entraram e destruíram seu espaço, roubaram seus escritos: tudo o que ele escreve é roubado. Esta requisição durou sete horas, e colocaram-no numa cela de castigo denominada "El Tigrito," contou-me que, uma noite, à 1:00h da manhã, lançaram fezes humanas e urina pela janela de sua cela. A água e a luz foram cortadas para impedi-lo de banhar-se. Este é um tratamento é absolutamente desumano, de tortura.
— (Lilian Tintori, sobre as condições do encarceramento de seu marido).[6]

No livro Preso pero libre: Notas desde la cárcel del líder venezolano, Leopoldo López descreve a experiência de sua prisão.[1]

Brasil

Diante da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil.
Na mesa, da esquerda para a direita: Aécio Neves, Mitzy Capriles, Aloysio Nunes, Lilian Tintori e Rosa Orozco.

Em 7 de Maio de 2015, esteve diante da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado Federal do Brasil [7] acompanhada por Mitzy Capriles (esposa do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, também preso por fazer oposição ao governo) e Rosa Orozco, mãe de uma manifestante morta.[8] As três cidadãs venezuelanas expuseram aos senadores brasileiros a situação de seu país e, definiram o regime lá em vigor como uma ditadura.[8] Em suas declarações, denunciaram o aumento dos crimes violentos, a crise econômica, o desabastecimento de produtos de primeira necessidade e, o desrespeito aos direitos humanos praticados governo venezuelano.[7]

Esperou por "um pronunciamento claro e contundente da presidente Dilma sobre a violação sistemática dos direitos humanos e da crise na Venezuela." [9] Também apelou para que a presidente interceda pelos 89 presos políticos de seu país e que envie observadores que atestem a legitimidade das próximas eleições parlamentares venezuelanas.[9]

Em discurso, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) protestou, acusando o governo brasileiro de omissão perante a situação de desrespeito aos direitos humanos no governo de Nicolás Maduro.[8]

Em 18 de Junho, uma comitiva, formada por oito senadores oposicionistas brasileiros, esteve em Caracas atendendo ao apelo das cidadãs venezuelanas. Seu objetivo era contactar membros da oposição ao governo Maduro e informar-se sobre a crise político-econômica enfrentada pelo país. Mas, este grupo foi hostilizado por manifestantes partidários do governo e acabou retornando ao Brasil sem cumprir sua agenda.[10] Este incidente causou mal-estar e o Congresso Brasileiro votou, no mesmo dia, uma moção de reprovação contra o governo da Venezuela.[11] No dia 25, uma nova comitiva com quatro senadores que esteve no país, foi criticada pela oposição por ser composta apenas por senadores governistas [12] e acusada de ser apenas uma resposta política ao incômodo causado pelo grupo anterior.[13]

Espanha

O ex-presidente do Governo da Espanha, Felipe González, afirmou que a mediação dos países membros da UNASUL (União de Nações Sul-Americanas) na questão venezuelana é insuficiente [14] e, ofereceu-se como mediador entre governo e oposição.[15] Ressaltou que o governo venezuelano só pode impedi-lo de tomar parte na defesa dos dissidentes apenas dentro das fronteiras do país: "O mundo da liberdade, democracia e direitos humanos vai muito além das fronteiras da Venezuela", afirmou.[16] Pretende dialogar com a oposição, assessorar a defesa de opositores presos e acompanhar o andamento dos processos.[17]

Prêmios e homenagens

Referências

  1. a b Preso pero libre: Notas desde la cárcel del líder venezolano. Autor: Leopoldo López. Grupo Planeta, 2016, ISBN 9788499424903 (em castelhano) Adicionado em 23/02/2017.
  2. USA Today - Women in white protest violence in Venezuela. 26 de Fevereiro de 2014. (em inglês) Acessado em 14/04/2015.
  3. a b c d Daily Entertainment News - Lilian Tintori- Venezuelan Politician Leopoldo Lopez’s Wife. 18 de Fevereiro de 2014. (em inglês) Acessado em 14/04/2015.
  4. Web.archive.org - Oficina del alcalde. (em castelhano) Acessado em 14/04/2015.
  5. El Universal - Leopoldo López presenta a su hija Manuela por twitter. 20 de Setembro de 2009. (em castelhano) Acessado em 14/04/2015.
  6. a b La Prensa Grafica - La esposa rebelde. Jorge Ramos, 12 de Abril de 2015, (em castelhano). Acessado em 06/06/2015.
  7. a b World News - Mulheres de presos políticos da Venezuela pedem socorro ao Brasil pelo fim das execuções e tortura. (em castelhano) e (em português). Acessado em 06/06/2015.
  8. a b c Câmara - CÂMARA DOS DEPUTADOS, sessão: 098.1.55.O, Orador: LUIZ CARLOS HAULY. Acessado em 06/06/2015.
  9. a b Folha de S.Paulo - Mulher de opositor espera declaração contundente de Dilma contra Maduro. Patrícia Campos Mello, 6 de Maio de 2015. Acessado em 06/06/2015.
  10. Estadão - Senadores brasileiros são hostilizados na Venezuela; Itamaraty cobra explicções. Erich Decat, 18/6/2015. Acessado em 25/06/2015.
  11. Câmara - Câmara aprova moção de repúdio a incidente com senadores brasileiros na Venezuela. 18/6/2015. Acessado em 25/06/2015.
  12. G1 - Senadores chegam à Venezuela e devem encontrar governo e oposição. Acessado em 25/06/2015.
  13. Leia Já - Nova comissão de senadores vai à Venezuela nesta quarta. 23/06/2015. Acessado em 25/06/2015.
  14. Infobae - La mediación de la Unasur en Venezuela es "insuficiente". 30 de Março de 2015, (em castelhano). Acessado em 06/06/2015.
  15. El Mundo - La esposa de Leopoldo López dice que Felipe González estará en Venezuela el próximo 1 de junio. 27 de Maio de 2015. Acessado em 06/06/2015.
  16. El Universal - Felipe González says he will not disturb Venezuela's legal framework. Lopez Case, 15 de Maio de 2015, (em inglês). Acessado em 06/06/2015.
  17. Noticiaaldia - Lilian Tintori anuncia que Felipe González llegará este domingo para participar en la defensa de Leopoldo López. 5 de Junho de 2015, (em castelhano). Acessado em 06/06/2015.
  18. El Nacional - Cumbre Mundial de Comunicación Política pide liberación de Leopoldo López. 7 de Dezembro de 2014. (em castelhano) Acessado em 14/04/2015.

Ligações externas