Fernando Holiday: diferenças entre revisões

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Mesmo sendo negro e homossexual<ref>{{citar web|url=http://super.abril.com.br/blogs/crash/precisamos-falar-sobre-fernando-holiday/|publicado=Abril|acessodata=19 de novembro de 2016|título=Precisamos falar sobre Fernando Holiday|data=4 de outubro de 2016}}</ref>, não vê nenhum benefício em secretarias para tratar destes temas. Segundo Holiday, tais secretarias nunca ajudaram a combater o [[racismo]] ou [[homofobia]], pelo contrário, ele as considera como secretarias para servirem de cabides de emprego e para sustentar o discurso da separação, da segregação, do ódio e do preconceito. Entretanto, Fernando é contrário a retirada de direitos de negros e LGBTs: “Não devem ter direitos a menos, mas também não devem ter direitos a mais”.<ref>{{citar web|url=http://www.correio24horas.com.br/blogs/mesalte/vereador-eleito-em-sao-paulo-fernando-holiday-defende-fim-de-secretarias-para-negros-e-lgbts/|publicado=Correio 24 horas|acessodata=25 de outubro de 2016|título=Vereador eleito em São Paulo, Fernando Holiday, defende fim de secretarias para negros e LGBTs}}</ref>. Holiday é contra a política de cotas raciais no Brasil<ref> http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000829868/vereador-negro-quer-acabar-com-cotas-e-feriado.html</ref>, por considerar que elas incentivam o racismo. "Não estou fazendo nada mais que trazer as ideias para dentro da Câmara. Uma das minhas propostas, não a principal, mas uma das que pretendo propor ao longo do próximo ano, é a revogação das cotas raciais nos concursos públicos municipais. Acredito que acaba incentivando o racismo. (…) Acredito que é uma medida prejudicial para o estado de São Paulo e prejudicial, inclusive, para os próprios negros.”, afirmou Holiday.<ref name="brasilpost">{{citar web|url=http://www.brasilpost.com.br/2016/11/18/entrevista-fernando-holid_n_13011084.html|publicado=Brasilpost|acessodata=19 de novembro de 2016|data=18 de novembro de 2016|título=Fernando Holiday: 'Cotas incentivam o racismo, são prejudiciais para o Estado e para os negros'}}</ref>
Mesmo sendo negro e homossexual<ref>{{citar web|url=http://super.abril.com.br/blogs/crash/precisamos-falar-sobre-fernando-holiday/|publicado=Abril|acessodata=19 de novembro de 2016|título=Precisamos falar sobre Fernando Holiday|data=4 de outubro de 2016}}</ref>, não vê nenhum benefício em secretarias para tratar destes temas. Segundo Holiday, tais secretarias nunca ajudaram a combater o [[racismo]] ou [[homofobia]], pelo contrário, ele as considera como secretarias para servirem de cabides de emprego e para sustentar o discurso da separação, da segregação, do ódio e do preconceito. Entretanto, Fernando é contrário a retirada de direitos de negros e LGBTs: “Não devem ter direitos a menos, mas também não devem ter direitos a mais”.<ref>{{citar web|url=http://www.correio24horas.com.br/blogs/mesalte/vereador-eleito-em-sao-paulo-fernando-holiday-defende-fim-de-secretarias-para-negros-e-lgbts/|publicado=Correio 24 horas|acessodata=25 de outubro de 2016|título=Vereador eleito em São Paulo, Fernando Holiday, defende fim de secretarias para negros e LGBTs}}</ref>. Holiday é contra a política de cotas raciais no Brasil<ref> http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000829868/vereador-negro-quer-acabar-com-cotas-e-feriado.html</ref>, por considerar que elas incentivam o racismo. "Não estou fazendo nada mais que trazer as ideias para dentro da Câmara. Uma das minhas propostas, não a principal, mas uma das que pretendo propor ao longo do próximo ano, é a revogação das cotas raciais nos concursos públicos municipais. Acredito que acaba incentivando o racismo. (…) Acredito que é uma medida prejudicial para o estado de São Paulo e prejudicial, inclusive, para os próprios negros.”, afirmou Holiday.<ref name="brasilpost">{{citar web|url=http://www.brasilpost.com.br/2016/11/18/entrevista-fernando-holid_n_13011084.html|publicado=Brasilpost|acessodata=19 de novembro de 2016|data=18 de novembro de 2016|título=Fernando Holiday: 'Cotas incentivam o racismo, são prejudiciais para o Estado e para os negros'}}</ref>

[[Imagem:Plenário do Senado (29316630155).jpg|thumb|300px|direita|Holiday, [[Kim Kataguiri]] (sentados, ao [[celular]]) e [[Joice Hasselmann]] (direita, de branco) em [[29 de agosto]] de [[2016]] no [[Senado Federal do Brasil|Senado]], acompanhando uma das votações do processo de impeachment.]]


Em entrevista ao [[Brasil-Post]] Holiday disse ser contrário a invasões nas escolas. "Estudar é um direito garantido e não é por meia dúzia de alunos que sequer sabem contra o que estão protestando." Sobre a [[PEC 241]], Holiday é a favor da proposta e também a favor da medida e das reformas previdenciária e trabalhistas defendidas pelo presidente [[Michel Temer]].<ref name="brasilpost"/> Nesta mesma entrevista, Holiday disse que vai combater o vitimismo, e disse ser a favor das [[10 Medidas contra corrupção]], um projeto de lei de autoria do [[Ministério Público Federal]].<ref name="brasilpost"/>
Em entrevista ao [[Brasil-Post]] Holiday disse ser contrário a invasões nas escolas. "Estudar é um direito garantido e não é por meia dúzia de alunos que sequer sabem contra o que estão protestando." Sobre a [[PEC 241]], Holiday é a favor da proposta e também a favor da medida e das reformas previdenciária e trabalhistas defendidas pelo presidente [[Michel Temer]].<ref name="brasilpost"/> Nesta mesma entrevista, Holiday disse que vai combater o vitimismo, e disse ser a favor das [[10 Medidas contra corrupção]], um projeto de lei de autoria do [[Ministério Público Federal]].<ref name="brasilpost"/>
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No 13 de março de 2017, foi acusado pelo site de notícias [[BuzzFeed]] pelo uso de [[Caixa dois]], (crime que criticou fortemente enquanto militante do [[Movimento Brasil Livre]]) em sua campanha para vereador do município de [[São Paulo (cidade)]]. Holiday negou as acusações, e em contra-resposta protocolou um pedido de investigação a sua própria candidatura. O [[Ministério Público Eleitoral]] (MPE) iniciou uma análise do caso a pedido do [[Partido dos Trabalhadores]] <ref name="caixa2">{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/03/17/mp-eleitoral-analisa-denuncia-de-caixa-2-contra-vereador-ligado-ao-mbl.htm|publicado=UOL|titulo=MP analisa suspeita de caixa 2 contra vereador ligado ao MBL|autor=Janaina Garcia|data=17 de Março de 2017}}</ref>.
No 13 de março de 2017, foi acusado pelo site de notícias [[BuzzFeed]] pelo uso de [[Caixa dois]], (crime que criticou fortemente enquanto militante do [[Movimento Brasil Livre]]) em sua campanha para vereador do município de [[São Paulo (cidade)]]. Holiday negou as acusações, e em contra-resposta protocolou um pedido de investigação a sua própria candidatura. O [[Ministério Público Eleitoral]] (MPE) iniciou uma análise do caso a pedido do [[Partido dos Trabalhadores]] <ref name="caixa2">{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/03/17/mp-eleitoral-analisa-denuncia-de-caixa-2-contra-vereador-ligado-ao-mbl.htm|publicado=UOL|titulo=MP analisa suspeita de caixa 2 contra vereador ligado ao MBL|autor=Janaina Garcia|data=17 de Março de 2017}}</ref>.

== Ver também ==
* [[Conservadorismo brasileiro]]
* [[Política do Brasil]]


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[[Categoria:Anticomunistas do Brasil]]
[[Categoria:Anticomunistas do Brasil]]

Revisão das 23h09min de 18 de abril de 2017

Fernando Holiday
Fernando Holiday
Fernando Holiday
Vereador de São Paulo
Período 1º de janeiro de 2017
até a atualidade
Dados pessoais
Nascimento 22 de setembro de 1996 (27 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Partido Democratas (DEM)
Profissão Coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL)

Fernando Silva Bispo mais conhecido por Fernando Holiday (São Paulo, 22 de setembro de 1996) é um político brasileiro, filiado ao Democratas (DEM) e coordenador Nacional do Movimento Brasil Livre (MBL)[1], que ficou conhecido por convocar protestos favoráveis ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.[2] Foi eleito vereador pela cidade de São Paulo com 48.055 votos em nas eleições 2016 pelo partido DEM,[3] sendo o primeiro homossexual assumido a conseguir tal feito.[4] Sua mãe é auxiliar de enfermagem, e seu pai garçom.[5]

Carreira política

Foi eleito, aos 20 anos, o vereador mais jovem da história do município de São Paulo, com 48.055 votos.[6]

Ao se candidatar vereador, Holiday foi apoiado pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) ao destacar que "Holiday possui total capacidade de representar os brasileiros que nele confiar a esperança de ver a política renovada. É importante ressaltar também, que os paulistanos que tenham o real interesse em ver a diminuição dos privilégios que são concedidos a políticos, como por exemplo, os altos salários e pesados benefícios sustentados pelos eleitores, será diminuído, conforme Holiday já prometeu."[7]

Posições

Em seu primeiro mandato como vereador, Holiday se comprometeu a doar 20 por cento do seu salário.[8] Holiday ainda assinou um termo onde se compromete a renunciar 50% dos gastos da verba de gabinete vigente, renúncia à utilização do carro oficial e motorista e renúncia de 50% da verba destinada ao custeio das despesas operacionais, indo de acordo com as reivindicações populares de que o corte deve ser para todos em momento de crise econômica.[9]

Mesmo sendo negro e homossexual[10], não vê nenhum benefício em secretarias para tratar destes temas. Segundo Holiday, tais secretarias nunca ajudaram a combater o racismo ou homofobia, pelo contrário, ele as considera como secretarias para servirem de cabides de emprego e para sustentar o discurso da separação, da segregação, do ódio e do preconceito. Entretanto, Fernando é contrário a retirada de direitos de negros e LGBTs: “Não devem ter direitos a menos, mas também não devem ter direitos a mais”.[11]. Holiday é contra a política de cotas raciais no Brasil[12], por considerar que elas incentivam o racismo. "Não estou fazendo nada mais que trazer as ideias para dentro da Câmara. Uma das minhas propostas, não a principal, mas uma das que pretendo propor ao longo do próximo ano, é a revogação das cotas raciais nos concursos públicos municipais. Acredito que acaba incentivando o racismo. (…) Acredito que é uma medida prejudicial para o estado de São Paulo e prejudicial, inclusive, para os próprios negros.”, afirmou Holiday.[13]

Holiday, Kim Kataguiri (sentados, ao celular) e Joice Hasselmann (direita, de branco) em 29 de agosto de 2016 no Senado, acompanhando uma das votações do processo de impeachment.

Em entrevista ao Brasil-Post Holiday disse ser contrário a invasões nas escolas. "Estudar é um direito garantido e não é por meia dúzia de alunos que sequer sabem contra o que estão protestando." Sobre a PEC 241, Holiday é a favor da proposta e também a favor da medida e das reformas previdenciária e trabalhistas defendidas pelo presidente Michel Temer.[13] Nesta mesma entrevista, Holiday disse que vai combater o vitimismo, e disse ser a favor das 10 Medidas contra corrupção, um projeto de lei de autoria do Ministério Público Federal.[13]

Tem um posicionamento político liberal,[5] e de que todos devem ser iguais perante a lei, como diz a Constituição brasileira.[13]

Em dezembro de 2016 se posicionou publicamente contrário ao aumento dos salários dos vereadores de São Paulo,[14] aprovado em 20 de dezembro pelos próprios, um reajuste de 26,3%, em plena crise financeira.[15] Em 25 de dezembro, o juiz Alberto Alonso Munoz através de uma liminar suspendeu o aumento salarial com argumento de que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.[15] A liminar foi uma ação popular.[16]

Em 2016, deu entrevista ao Congresso Brasil Paralelo, um grupo que em seus documentários, dentre outros, explicou o impeachment de Dilma Rousseff.[17]

Controvérsias

Por defender bandeiras como o fim das cotas raciais, o fim do Dia da Consciência Negra e o fim da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial de São Paulo,[18][19] foi chamado por Rui Costa Pimenta de "fascista"[20] e por Tico Santa Cruz de "capitão do mato".[21] Fernando acusa seus detratores de racismo e defende o engajamento político de negros e pobres no Brasil.

Em 3 de outubro de 2016, o Ministério Público do Estado de São Paulo pediu a instauração de um inquérito policial contra Fernando Holiday, candidato do DEM eleito, para apurar a suspeita de crime eleitoral. Segundo o promotor eleitoral José Carlos Mascari Bonilha, Holiday fez campanha em sua página do Facebook no dia da eleição, o que é considerado crime eleitoral. “A lei eleitoral não só considera proibida toda espécie de propaganda no dia de eleição como também a enxerga como conduta criminosa”, alegou Bonilha.[22]

No 13 de março de 2017, foi acusado pelo site de notícias BuzzFeed pelo uso de Caixa dois, (crime que criticou fortemente enquanto militante do Movimento Brasil Livre) em sua campanha para vereador do município de São Paulo (cidade). Holiday negou as acusações, e em contra-resposta protocolou um pedido de investigação a sua própria candidatura. O Ministério Público Eleitoral (MPE) iniciou uma análise do caso a pedido do Partido dos Trabalhadores [23].

Ver também

Referências

  1. «Movimento Brasil Livre se rende ao sistema e lança nomes». Globo. Epoca Negocios. Consultado em 26 de outubro de 2016 
  2. «Eleito mais jovem mora em 'cafofo' e se dividirá entre Câmara e faculdade». Folha de S.Paulo. Uol. Consultado em 25 de outubro de 2016 
  3. «Fernando Holiday». Eleições 2016. Consultado em 25 de outubro de 2016 
  4. «Jovem de 20 anos é o primeiro gay assumido da Câmara de São Paulo». Uol. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  5. a b Reinaldo Azevedo. «Como é que um negro, pobre e gay decide ser liberal? Isso ofende os ricos de esquerda! Todo negro tem de ser vítima!». VEJA. Abril. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  6. «Biografia». Câmara dos Deputados. Consultado em 18 de abril de 2017 
  7. «CAIADO DECLARA APOIO A FERNANDO HOLIDAY E DIZ: "TENHO CERTEZA QUE ELE VAI ORGULHAR O SEU VOTO"». MBL. Consultado em 4 de janeiro de 2016 
  8. «'Vou doar 20% do meu salário para instituições de caridade', afirma o vereador Fernando Holiday». Radio Globo. Globo.com. 24 de outubro de 2016. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  9. «Termo de Declaração Pública». Fernando Holiday. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  10. «Precisamos falar sobre Fernando Holiday». Abril. 4 de outubro de 2016. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  11. «Vereador eleito em São Paulo, Fernando Holiday, defende fim de secretarias para negros e LGBTs». Correio 24 horas. Consultado em 25 de outubro de 2016 
  12. http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000829868/vereador-negro-quer-acabar-com-cotas-e-feriado.html
  13. a b c d «Fernando Holiday: 'Cotas incentivam o racismo, são prejudiciais para o Estado e para os negros'». Brasilpost. 18 de novembro de 2016. Consultado em 19 de novembro de 2016 
  14. «O milagre da pressão popular: liminar faz com que vários vereadores sejam contra reajuste». Jornal Livre. 27 de dezembro de 2016. Consultado em 28 de dezembro de 2016 
  15. a b «Justiça suspende aumento de salário de vereadores de São Paulo». Uol. 25 de dezembro de 2016. Consultado em 28 de dezembro de 2016 
  16. «Juiz do TJ-SP suspende aumento salarial dos vereadores de São Paulo». Ultimo Segundo. iG. Consultado em 28 de dezembro de 2016 
  17. «Brasil Paralelo». Brasil Paralelo. Consultado em 10 de abril de 2017 
  18. http://www.guiagaysaopaulo.com.br/1/n--fernando-holiday-defende-fim-de-secretaria-lgbt-que-nao-existe--06-10-2016--3292.htm
  19. «Vereador Fernando Holiday quer acabar com cotas raciais e revogar Dia da Consciência Negra». 5 de novembro de 2016 
  20. «Análise Política da Semana: como combater o fascismo». 19 de novembro de 2016 
  21. «Tico Santa Cruz cobra CPI para investigar contas do MBL». 27 de maio de 2016 
  22. «MP pede instauração de inquérito policial contra Fernando Holiday». Band. Uol. Consultado em 25 de outubro de 2016 
  23. Janaina Garcia (17 de Março de 2017). «MP analisa suspeita de caixa 2 contra vereador ligado ao MBL». UOL 

Ligações externas