Força de Submarinos: diferenças entre revisões

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A '''Força de Submarinos''' é uma unidade da [[Marinha do Brasil]] constituída em 1914 para coordenar esses [[Submarino|meios]] e as Organizações Militares subordinadas.
A '''Força de Submarinos''' é uma unidade da [[Marinha do Brasil]] constituída em [[1914]] para coordenar esses [[Submarino|meios]] e as Organizações Militares subordinadas.


Hoje o país é o único do hemisfério sul com capacidade técnica para construir [[submarino]]s.
Hoje o país é o único do [[hemisfério sul]] com capacidade técnica para construir [[submarino]]s.


Está desenvolvendo cinco embarcações, com transferência de tecnologia francesa, em uma base naval na [[Ilha da Madeira (Itaguaí)|ilha da Madeira]], na [[baía de Sepetiba]], por meio do [[Programa de Desenvolvimento de Submarinos|Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)]].<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/12/081223_lula_sarkozy_fp2_ep.shtml|titulo=Brasil compra da França helicópteros e submarinos|autor=Fabrícia Peixoto, BBC Brasil|data=24-12-2008|publicado=|acessodata=13 de novembro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.naval.com.br/blog/2009/05/17/definido-local-da-construcao-do-snb/|titulo=Definido local da construção do SNB|autor=Guilherme Poggio, Poder Naval|data=17-5-2009|publicado=|acessodata=13 de novembro de 2010}}</ref>
Está desenvolvendo cinco embarcações, com [[transferência de tecnologia]] francesa, em uma base naval na [[Ilha da Madeira (Itaguaí)|ilha da Madeira]], na [[baía de Sepetiba]], por meio do [[Programa de Desenvolvimento de Submarinos|Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)]].<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/12/081223_lula_sarkozy_fp2_ep.shtml|titulo=Brasil compra da França helicópteros e submarinos|autor=Fabrícia Peixoto, BBC Brasil|data=24-12-2008|publicado=|acessodata=13 de novembro de 2010}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.naval.com.br/blog/2009/05/17/definido-local-da-construcao-do-snb/|titulo=Definido local da construção do SNB|autor=Guilherme Poggio, Poder Naval|data=17-5-2009|publicado=|acessodata=13 de novembro de 2010}}</ref>

== Origens e história ==


==Origens e história==
A Marinha do Brasil demonstrou, desde o final do [[século XIX]], interesse pelo novo tipo de embarcação que possibilitava atacar alvos de grande valor sem ser detectado. Inicialmente, foram feitas tentativas de projetar no Brasil uma nova embarcação, que por falta de recursos não lograram êxito.<ref>{{citar web|url=http://www.mar.mil.br/forsub/unidades/|titulo=Unidades Navais (1913-2010)|autor=Comando da Força de Submarinos, Marinha do Brasil|data=|publicado=|acessodata=13 de outubro de 2010}}</ref>
A Marinha do Brasil demonstrou, desde o final do [[século XIX]], interesse pelo novo tipo de embarcação que possibilitava atacar alvos de grande valor sem ser detectado. Inicialmente, foram feitas tentativas de projetar no Brasil uma nova embarcação, que por falta de recursos não lograram êxito.<ref>{{citar web|url=http://www.mar.mil.br/forsub/unidades/|titulo=Unidades Navais (1913-2010)|autor=Comando da Força de Submarinos, Marinha do Brasil|data=|publicado=|acessodata=13 de outubro de 2010}}</ref>


===Submarinos Italianos===
=== Submarinos Italianos ===

[[Imagem:Brazilian submarine Humaytá in the 1940s.jpg|thumb|390 px| SE ''Humaytá'' (H) em 1940.]]
[[Imagem:Brazilian submarine Humaytá in the 1940s.jpg|thumb|390 px| SE ''Humaytá'' (H) em 1940.]]
Em 1910, em cumprimento ao Programa de Construção Naval de 1904, elaborado pelo Ministro da Marinha [[Júlio César de Noronha]], que previa a aquisição de três submersíveis, foram encomendados na Itália, três submarinos de tipo costeiro, utilizados pela [[Regia Marina Italiana]], da classe Laurenti. Construídos no [[estaleiro]] Fiat-San Giorgio, na cidade de Torino-Spezia, foram no Brasil denominados de classe F (Foca), recebendo as denominações de F1 (''Foca 1''), F3 (''Foca 3'') e F5 (''Foca 5''), que foram os primeiros da Marinha Brasileira. Entregues em 1913 e 1914, estes submarinos tinham 370 [[tonelada]]s, propulsão [[diesel]]-[[eletricidade|elétrica]] e dois [[Tubo de torpedo|tubos lança-torpedos]]. Mergulhavam a aproximadamente 40 [[metro]]s e navegavam a até 9 [[Nó (unidade) |nós]] submersos. Para apoiar os novos meios, foram criadas a Base de Submersíveis e a Escola de Submersíveis e incorporado o Tênder de Submarinos ''Ceará'' para treinamento, manutenção e salvamento. Após vinte anos de serviço, seus cascos serviram para alicerçar os pilares da ponte de escaleres da Escola Naval.<ref name="F" />


Em 1910, em cumprimento ao Programa de Construção Naval de 1904, elaborado pelo Ministro da Marinha [[Júlio César de Noronha]], que previa a aquisição de três submersíveis, foram encomendados na [[Itália]], três submarinos de tipo costeiro, utilizados pela [[Regia Marina Italiana]], da classe Laurenti. Construídos no [[estaleiro]] Fiat-San Giorgio, na cidade de Torino-Spezia, foram no Brasil denominados de [[Classe Foca (Brasil)|classe F (Foca)]], recebendo as denominações de F1 (''Foca 1''), F3 (''Foca 3'') e F5 (''Foca 5''), que foram os primeiros da Marinha Brasileira. Entregues em 1913 e 1914, estes submarinos tinham 370 [[tonelada]]s, propulsão [[Diesel-elétrico|diesel-elétrica]] e dois [[Tubo de torpedo|tubos lança-torpedos]]. Mergulhavam a aproximadamente 40 [[metro]]s e navegavam a até 9 [[Nó (unidade)|]]s submersos. Para apoiar os novos meios, foram criadas a Base de Submersíveis e a Escola de Submersíveis (atual CIAMA - ''[[Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché]]'') e incorporado o Tênder de Submarinos ''Ceará'' para treinamento, manutenção e salvamento. Após vinte anos de serviço, seus [[casco (navio)|casco]]s serviram para alicerçar os pilares da ponte de [[escaler]]es da [[Escola Naval (Brasil)|Escola Naval]].<ref name="F" />
Em 1929, foi incorporado o SE ''Humaytá'' (H), da classe italiana Balilla. O ''Humaytá'' foi o primeiro submarino oceânico do Brasil, com {{formatnum:1885}} toneladas e alcance de {{formatnum:12840}} [[milha náutica|milhas]]. Outros três submarinos da classe Perla: [[S Tupy (S-11)|S ''Tupy'' (S-11)]], [[S Tymbira (S-12)|S ''Tymbira'' (S-12)]] e [[S Tamoyo (S-13)|S ''Tamoyo'' (S-13)]], de 853 toneladas, foram adquiridos em 1937. De construção italiana, estes quatro submarinos serviram para o treinamento das forças aliadas estacionadas no Brasil, durante a [[Segunda Guerra Mundial]].


Em 1929, foi incorporado o SE ''Humaytá'' (H), da [[Classe Balilla|classe italiana Balilla]]. O ''Humaytá'' foi o primeiro submarino oceânico do Brasil, com {{formatnum:1885}} toneladas e alcance de {{formatnum:12840}} [[milha náutica|milhas]]. Outros três submarinos da classe Perla: [[S Tupy (S-11)|S ''Tupy'' (S-11)]], [[S Tymbira (S-12)|S ''Tymbira'' (S-12)]] e [[S Tamoyo (S-13)|S ''Tamoyo'' (S-13)]], de 853 toneladas, foram adquiridos em 1937. De construção italiana, estes quatro submarinos serviram para o treinamento das [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|forças aliadas]] estacionadas no Brasil, durante a [[Segunda Guerra Mundial]].
===Submarinos norte-americanos===
Com a escassez de peças ocasionada pelo colapso da indústria militar italiana e com a abundância de meios disponíveis no pós guerra, o Brasil passou a adquirir submarinos dos [[Estados Unidos da América]].<ref name="USA">{{citar web|URL=http://www.defesanet.com.br/prosub/noticia/11533/A-Defesa-em-Debate---FORCA-DE-SUBMARINOS-DA-MB---UMA-HISTORIA-DE-PODER/|título=FORSUB: origem estadunidense|autor=|data=|publicado=Defesa net|acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref>


=== Submarinos norte-americanos ===
Em 1957, chegaram ao país os submarinos da classe Gato, [[S Humaitá (S-14)|S ''Humaitá'' (S-14)]] e [[S Riachuelo (S-15)|S ''Riachuelo'' (S-15)]]. Em 1963, chegaram os mais avançados [[S Rio Grande do Sul (S-11) (1963)|S ''Rio Grande do Sul'' (S-11)]] e [[S Bahia (S-12) (1963)|S ''Bahia'' (S-12)]], da classe Balao. Diante da incorporação das tecnologias da classe alemã ''Type XXI'' pelos Aliados, nas ''Classes Guppy'' (no Brasil denominados [[Classe Guppy II|Classe Bahia]] ([[S Guanabara (S-10)|S ''Guanabara'' (S-10)]], S ''Rio Grande do Sul'' (S-11) e [[S Bahia (S-12) (1973)|S ''Bahia'' (S-12)]]), foram adquiridos posteriormente os submarinos [[Classe Guppy II]] ( [[S Rio de Janeiro (S-13)|S ''Rio de Janeiro'' (S-13)]] e [[S Ceará (S-14)|S ''Ceará'' (S-14)]]) e [[Classe Guppy II]] ([[S Goiás (S-15)|S ''Goiás'' (S-15)]] e [[S Amazonas (S-16)|S ''Amazonas'' (S-16)]]), na década de 1970.<ref name="USA" />

Com a escassez de peças ocasionada pelo colapso da indústria militar italiana e com a abundância de meios disponíveis no [[pós-guerra]], o Brasil passou a adquirir submarinos dos [[Estados Unidos da América]].<ref name="USA">{{citar web|URL=http://www.defesanet.com.br/prosub/noticia/11533/A-Defesa-em-Debate---FORCA-DE-SUBMARINOS-DA-MB---UMA-HISTORIA-DE-PODER/|título=FORSUB: origem estadunidense|autor=|data=|publicado=Defesa net|acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref>

Em 1957, chegaram ao país os submarinos da [[classe Gato]], [[S Humaitá (S-14)|S ''Humaitá'' (S-14)]] e [[S Riachuelo (S-15)|S ''Riachuelo'' (S-15)]]. Em 1963, chegaram os mais avançados [[S Rio Grande do Sul (S-11) (1963)|S ''Rio Grande do Sul'' (S-11)]] e [[S Bahia (S-12) (1963)|S ''Bahia'' (S-12)]], da [[classe Balao]]. Diante da incorporação das tecnologias da [[Submarino alemão Tipo XXI|classe alemã ''Type XXI'']] pelos Aliados, nas ''Classes Guppy'' (no Brasil denominados [[Classe Guppy II|Classe Bahia]] ([[S Guanabara (S-10)|S ''Guanabara'' (S-10)]], S ''Rio Grande do Sul'' (S-11) e [[S Bahia (S-12) (1973)|S ''Bahia'' (S-12)]]), foram adquiridos posteriormente os submarinos [[Classe Guppy II]] ( [[S Rio de Janeiro (S-13)|S ''Rio de Janeiro'' (S-13)]] e [[S Ceará (S-14)|S ''Ceará'' (S-14)]]) e [[Classe Guppy II]] ([[S Goiás (S-15)|S ''Goiás'' (S-15)]] e [[S Amazonas (S-16)|S ''Amazonas'' (S-16)]]), na década de 1970.<ref name="USA" />


Na sequência chegaram os submarinos da [[Classe Oberon]] [[S Humaitá (S-20)|S ''Humaitá'' (S-20)]], [[S Tonelero (S-21)|S ''Tonelero'' (S-21)]] e [[S Riachuelo (S-22)|S ''Riachuelo'' (S-22)]].<ref name="USA" />
Na sequência chegaram os submarinos da [[Classe Oberon]] [[S Humaitá (S-20)|S ''Humaitá'' (S-20)]], [[S Tonelero (S-21)|S ''Tonelero'' (S-21)]] e [[S Riachuelo (S-22)|S ''Riachuelo'' (S-22)]].<ref name="USA" />
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O S ''Tonelero'' (S-21) foi o último submarino operacional da classe Oberon operado no Brasil, tendo afundado no caís do Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro, na noite de [[Natal]] no ano de 2000.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u21565.shtml|titulo=Escotilha aberta ajudou a afundar submarino Tonelero no Natal|autor=Isabel Clemente, Folha de S.Paulo|data=7-2-2001|publicado=|acessodata=13 de novembro de 2010}}</ref>
O S ''Tonelero'' (S-21) foi o último submarino operacional da classe Oberon operado no Brasil, tendo afundado no caís do Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro, na noite de [[Natal]] no ano de 2000.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u21565.shtml|titulo=Escotilha aberta ajudou a afundar submarino Tonelero no Natal|autor=Isabel Clemente, Folha de S.Paulo|data=7-2-2001|publicado=|acessodata=13 de novembro de 2010}}</ref>


===Parceria Alemã===
=== Parceria Alemã ===

Por motivos estratégicos, visando o domínio tecnologia e a diminuição da dependência externa, e econômicos, visando a nacionalização de componentes e o incentivo à indústria nacional, a Marinha do Brasil iniciou o programa nacional de construção de submarinos.
Por motivos estratégicos, visando o domínio tecnologia e a diminuição da dependência externa, e econômicos, visando a nacionalização de componentes e o incentivo à indústria nacional, a Marinha do Brasil iniciou o programa nacional de construção de submarinos [[PROSUB]].


Mesmo já tendo alcançado certo nível de experiência na manutenção de submarinos no [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro]], o alto nível tecnológico empregado nestes meios tornou necessária uma fase intermediária. Para isso, foram recebidas diversas ofertas internacionais que visavam a transferência de tecnologia de projeto e fabricação de submarinos. A oferta vencedora foi a do submarino alemão da classe [[U-209|U-209-1400]].
Mesmo já tendo alcançado certo nível de experiência na manutenção de submarinos no [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro]], o alto nível tecnológico empregado nestes meios tornou necessária uma fase intermediária. Para isso, foram recebidas diversas ofertas internacionais que visavam a [[transferência de tecnologia]] de projeto e fabricação de submarinos. A oferta vencedora foi a do submarino alemão da classe [[U-209|U-209-1400]].


A primeira unidade, o [[S Tupi (S-30)|S ''Tupi'' (S-30)]], foi construída no estaleiro [[Howaldtswerke-Deutsche Werft GmbH]] (HDW) em [[Kiel]], com o treinamento de técnicos brasileiros, e os demais [[S Tamoio (S-31)|S ''Tamoio'' (S-31)]], [[S Timbira (S-32)|S ''Timbira'' (S-32)]] e [[S Tapajó (S-33)|S ''Tapajó'' (S-33)]] no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Com a experiência angariada, foi possível introduzir modificações no projeto original, que deram origem ao [[S Tikuna (S-34)|S ''Tikuna'' (S-34)]].
A primeira unidade, o [[S Tupi (S-30)|S ''Tupi'' (S-30)]], foi construída no estaleiro [[Howaldtswerke-Deutsche Werft GmbH]] (HDW) em [[Kiel]], com o treinamento de técnicos brasileiros, e os demais [[S Tamoio (S-31)|S ''Tamoio'' (S-31)]], [[S Timbira (S-32)|S ''Timbira'' (S-32)]] e [[S Tapajó (S-33)|S ''Tapajó'' (S-33)]] no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Com a experiência angariada, foi possível introduzir modificações no projeto original, que deram origem ao [[S Tikuna (S-34)|S ''Tikuna'' (S-34)]].


== Missão ==
== Missão ==
* Garantir o aprestamento dos meios subordinados;
* Garantir o aprestamento dos meios subordinados;
* Assessorar no estabelecimento da doutrina de emprego e estabelecer a doutrina de condução de meios subordinados;
* Assessorar no estabelecimento da doutrina de emprego e estabelecer a doutrina de condução de meios subordinados;
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== A Força de Submarinos ==
== A Força de Submarinos ==

[[Imagem:Submarine Tikuna.jpg|thumb|320px|[[S Tikuna (S-34)|S ''Tikuna'' (S-34)]] chegando a Base Naval de Mayport em 2007.]]
[[Imagem:Submarine Tikuna.jpg|thumb|320px|[[S Tikuna (S-34)|S ''Tikuna'' (S-34)]] chegando a Base Naval de Mayport em 2007.]]

=== Submarinos ===
=== Submarinos ===

==== [[Classe Foca]] ====
==== [[Classe Foca]] ====

O início da história dos submersíveis brasileiros começa em 1914, com a aquisição de três submarinos italianos da classe Foca. Os ''F'' como ficaram conhecidos tiveram seu papel limitado a treinamento e capacitação da engenharia em construção e manutenção dos mesmos. Deram baixa em 1933.<ref name="F" />
O início da história dos submersíveis brasileiros começa em 1914, com a aquisição de três submarinos italianos da classe Foca. Os ''F'' como ficaram conhecidos tiveram seu papel limitado a treinamento e capacitação da engenharia em construção e manutenção dos mesmos. Deram baixa em 1933.<ref name="F" />

*[[F1 (submarino)|''F1'']] - 1913 -1933
*[[F1 (submarino)|''F1'']] - 1913 -1933
*[[F3 (submarino)|''F3'']] - 1913 -1933
*[[F3 (submarino)|''F3'']] - 1913 -1933
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==== [[Classe Balilla]] ====
==== [[Classe Balilla]] ====

O primeiro submarino brasileiro oceânico foi o Humaitá, construído ainda na Itália, semelhante ao Balilla italiano. Entregue em 1929, esse submarino foi o recordista em mergulho sendo o primeiro a descer até 100 metros.
O primeiro submarino brasileiro oceânico foi o Humaitá, construído ainda na Itália, semelhante ao Balilla italiano. Entregue em 1929, esse submarino foi o recordista em mergulho sendo o primeiro a descer até 100 metros.

* SE ''Humaytá'' (H) - 1929 -1957
* SE ''Humaytá'' (H) - 1929 -1957


==== Classe Tupy ====
==== Classe Tupy ====

Em 1937, chegam os submarinos ''Tupy'', ''Timibira'' e ''Tamoio,'' de origem italiana. Esses submarinos da classe T/Perla foram encomendados pela [[Itália]], que acabou extinguindo a Flotilha de Submersiveis. Os modelos então já fabricados, participaram da [[Segunda Guerra Mundial]] na patrulha da costa brasileira.
Em 1937, chegam os submarinos ''Tupy'', ''Timibira'' e ''Tamoio,'' de origem italiana. Esses submarinos da classe T/Perla foram encomendados pela [[Itália]], que acabou extinguindo a Flotilha de Submersiveis. Os modelos então já fabricados, participaram da [[Segunda Guerra Mundial]] na patrulha da costa brasileira.

* [[S Tupy (S-11)|S ''Tupy'' (S-11)]] - 1937-1957
* [[S Tupy (S-11)|S ''Tupy'' (S-11)]] - 1937-1957
* [[S Tymbira (S-12)|S ''Tymbira'' (S-12)]] - 1937-1957
* [[S Tymbira (S-12)|S ''Tymbira'' (S-12)]] - 1937-1957
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==== Classe Humaytá ====
==== Classe Humaytá ====

Em 1957, houve uma renovação da frota brasileira com a aquisição de submarinos da classe Gato que serviram a [[Marinha dos Estados Unidos]] na [[Segunda Guerra Mundial]], com os nomes de [[USS Muskallunge (SS-262)|USS ''Muskallunge'']] (''Humaitá'') e [[USS Paddle (SS-263)|USS ''Paddle'']] (''Riachuelo''), encerrando a função dos classe T.
Em 1957, houve uma renovação da frota brasileira com a aquisição de submarinos da classe Gato que serviram a [[Marinha dos Estados Unidos]] na [[Segunda Guerra Mundial]], com os nomes de [[USS Muskallunge (SS-262)|USS ''Muskallunge'']] (''Humaitá'') e [[USS Paddle (SS-263)|USS ''Paddle'']] (''Riachuelo''), encerrando a função dos classe T.

* [[S Humaitá (S-14)|S ''Humaitá'' (S-14)]] - 1957-1966
* [[S Humaitá (S-14)|S ''Humaitá'' (S-14)]] - 1957-1966
* [[S Riachuelo (S-15)|S ''Riachuelo'' (S-15)]]- 1957-1966
* [[S Riachuelo (S-15)|S ''Riachuelo'' (S-15)]]- 1957-1966


==== Classe Rio de Janeiro ====
==== Classe Rio de Janeiro ====

Em 1963, foram recebidos os S12 ''Bahia'' e S11 ''Rio Grande do Sul'', ambas as embarcações eram do tipo Fleet da classe Balao e foram construídos durante a [[Segunda Guerra Mundial]].
Em 1963, foram recebidos os S12 ''Bahia'' e S11 ''Rio Grande do Sul'', ambas as embarcações eram do tipo Fleet da classe Balao e foram construídos durante a [[Segunda Guerra Mundial]].

* [[S Rio Grande do Sul (S-11) (1963)|S ''Rio Grande do Sul'' (S-11)]] - 1963-1973
* [[S Rio Grande do Sul (S-11) (1963)|S ''Rio Grande do Sul'' (S-11)]] - 1963-1973
* [[S Bahia (S-12) (1963)|S ''Bahia'' (S-12)]] - 1963-1973
* [[S Bahia (S-12) (1963)|S ''Bahia'' (S-12)]] - 1963-1973


==== Classe Guanabara ====
==== Classe Guanabara ====

Nos anos 70, foram adquiridos sete submarinos da classe [[Classe Guppy II|Classe Guppy]] II e III.
Nos anos 1970, foram adquiridos sete submarinos da classe [[Classe Guppy II|Classe Guppy]] II e III.

* [[S Guanabara (S-10)|S ''Guanabara'' (S-10)]] - 1973-1993
* [[S Guanabara (S-10)|S ''Guanabara'' (S-10)]] - 1973-1993
* S ''Rio Grande do Sul'' (S-11) - 1973-1993
* S ''Rio Grande do Sul'' (S-11) - 1973-1993
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==== Classe Humaitá ====
==== Classe Humaitá ====

Na década de 1970 foram adquiridos três submarinos, sendo um italiano da [[Classe Balilla]] e dois ingleses da [[Classe Oberon]].
Na década de 1970 foram adquiridos três submarinos, sendo um italiano da [[Classe Balilla]] e dois ingleses da [[Classe Oberon]].

* [[S Humaitá (S-20)| S ''Humaitá'' (S-20)]] - 1973-1996
* [[S Humaitá (S-20)| S ''Humaitá'' (S-20)]] - 1973-1996
* [[S Tonelero (S-21)|S ''Tonelero'' (S-21)]] - 1977-2001
* [[S Tonelero (S-21)|S ''Tonelero'' (S-21)]] - 1977-2001
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==== [[Classe Tupi]] ====
==== [[Classe Tupi]] ====

* [[S Tupi (S-30)|S ''Tupi'' (S-30)]] 1989
* [[S Tupi (S-30)|S ''Tupi'' (S-30)]] 1989
* [[S Tamoio (S-31)|S ''Tamoio'' (S-31)]] 1995
* [[S Tamoio (S-31)|S ''Tamoio'' (S-31)]] 1995
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==== [[Classe Tikuna]] ====
==== [[Classe Tikuna]] ====

* [[S Tikuna (S-34)|S ''Tikuna'' (S-34)]] 2006
* [[S Tikuna (S-34)|S ''Tikuna'' (S-34)]] 2006


==== [[Classe Riachuelo]] ====
==== [[Classe Riachuelo]] ====

* [[S Riachuelo (S-40)|S ''Riachuelo'' (S-40)]] - em período de testes, com previsão de comissionamento para o primeiro semestre de 2021;
* [[S Riachuelo (S-40)|S ''Riachuelo'' (S-40)]] - em período de testes, com previsão de comissionamento para o primeiro semestre de 2021;
* [[S Humaitá (S-41)|S ''Humaitá'' (S-41)]] - lançado ao mar para testes em 7 de dezembro de 2020;<ref>{{Citar web |url=https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/2020/12/11/conheca-o-humaita-novo-submarino-lancado-ao-mar-pelo-brasil |titulo=Conheça o Humaitá, novo submarino lançado ao mar pelo Brasil |acessodata=2020-12-15 |website=CNN Brasil |lingua=pt-BR}}</ref>
* [[S Humaitá (S-41)|S ''Humaitá'' (S-41)]] - lançado ao mar para testes em 7 de dezembro de 2020;<ref>{{Citar web |url=https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/2020/12/11/conheca-o-humaita-novo-submarino-lancado-ao-mar-pelo-brasil |titulo=Conheça o Humaitá, novo submarino lançado ao mar pelo Brasil |acessodata=2020-12-15 |website=CNN Brasil |lingua=pt-BR}}</ref>
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====Classe Álvaro Alberto - [[Submarino nuclear|Nuclear]]====
====Classe Álvaro Alberto - [[Submarino nuclear|Nuclear]]====

* [[S Álvaro Alberto (SN-10)|S ''Álvaro Alberto'' (SN-10)]] - lançamento previsto para 2033.
* [[S Álvaro Alberto (SN-10)|S ''Álvaro Alberto'' (SN-10)]] - lançamento previsto para 2033.


=== Tênder de Submersíveis ===
=== Tênder de Submersíveis ===

==== [[Classe Ceará]] ====
==== [[Classe Ceará]] ====

*''Ceará'' (navio tênder) - 1917-1946
*''Ceará'' (navio tênder) - 1917-1946


=== Navios de Socorro Submarino ===
=== Navios de Socorro Submarino ===

==== Classe Gastão Moutinho ====
==== Classe Gastão Moutinho ====

* NSS ''Gastão Moutinho'' (K-10) - 1973 -1996
* NSS ''Gastão Moutinho'' (K-10) - 1973 -1996


==== Classe Felinto Perry ====
==== Classe Felinto Perry ====

*[[NSS Felinto Perry (K-11)|NSS ''Felinto Perry'' (K-11)]] - 1996
*[[NSS Felinto Perry (K-11)|NSS ''Felinto Perry'' (K-11)]] - 1996


==== Classe Guillobel ====
==== Classe Guillobel ====

*[[NSS Guillobel (K-120)]] - 2019
*[[NSS Guillobel (K-120)]] - 2019


=== Navios de apoio===
=== Navios de apoio===

Embarcações que foram utilizadas como apoio a Força de Submarinos.<ref name="F">{{citar web|URL=http://submarinosdobr.com.br/classeFF.htm|título=Os submersíveis Classe F|autor=|data=|publicado=SDGM|acessodata=30 de dezembro de 2013}}</ref>
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*''Cuiabá'' (navio tênder)
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=== Organizações Militares ===
=== Organizações Militares ===

As Organizações Militares que lhe são afetas são:
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*Base Almirante Castro e Silva (BACS) - base naval sediada no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]];
*Base Almirante Castro e Silva (BACS) - base naval sediada no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]];
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== Os submarinos do futuro ==
== Os submarinos do futuro ==

Com verba prevista no orçamento da União de 2009 e com o novo Plano Estratégico Nacional, o novo propulsor de energia nuclear, com tecnologia 100% nacional, passará a equipar uma nova geração de submarinos para assegurar a defesa do [[Atlântico Sul]].
Com verba prevista no orçamento da União de 2009 e com o novo Plano Estratégico Nacional, o novo [[Propulsão nuclear|propulsor de energia nuclear]], com tecnologia 100% nacional, passará a equipar uma nova geração de submarinos para assegurar a defesa do [[Atlântico Sul]].
O primeiro [[Submarino de propulsão nuclear brasileiro|submarino nuclear brasileiro]] será chamado [[S Álvaro Alberto (SN-10)|S ''Álvaro Alberto'' (SN-10)]], em homenagem a [[Álvaro Alberto da Mota e Silva]] [[vice-almirante]] da [[Marinha brasileira]] e [[cientista]] [[brasil]]eiro.
O primeiro [[Submarino de propulsão nuclear brasileiro|submarino nuclear brasileiro]] será chamado [[S Álvaro Alberto (SN-10)|S ''Álvaro Alberto'' (SN-10)]], em homenagem a [[Álvaro Alberto da Mota e Silva]] [[vice-almirante]] da [[Marinha brasileira]] e [[cientista]] [[brasil]]eiro.


== Ver também==
== Ver também ==

* [[Lista das embarcações da Marinha do Brasil|Embarcações da Marinha do Brasil]]
* [[Lista das embarcações da Marinha do Brasil|Embarcações da Marinha do Brasil]]
* [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro]]
* [[Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro]]
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== Ligações externas==
== Ligações externas ==

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* {{oficial|https://www.mar.mil.br/forsub/index.html}}
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* {{Link||2=http://www.submarinosdobr.com.br/Artigos/Artigo44.htm|3=A Força de Submarinos e suas Tradições, Ruy Capetti.}}
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Revisão das 13h48min de 25 de julho de 2021

Força de Submarinos
País  Brasil
Subordinação Marinha do Brasil
Missão Comando Operativo
Criação 1914 - atual
Aniversários 17 de julho criação da flotilha de submersíveis
Lema Usque ad sub aquam nauta sum
(Sou marinheiro até debaixo d'água)
História
Guerras/batalhas Primeira Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
Comando
Comandante Luiz Carlos Rôças Corrêa
Sede
Guarnição Niteroi, RJ
Página oficial Comando da Força de Submarinos

A Força de Submarinos é uma unidade da Marinha do Brasil constituída em 1914 para coordenar esses meios e as Organizações Militares subordinadas.

Hoje o país é o único do hemisfério sul com capacidade técnica para construir submarinos.

Está desenvolvendo cinco embarcações, com transferência de tecnologia francesa, em uma base naval na ilha da Madeira, na baía de Sepetiba, por meio do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).[1][2]

Origens e história

A Marinha do Brasil demonstrou, desde o final do século XIX, interesse pelo novo tipo de embarcação que possibilitava atacar alvos de grande valor sem ser detectado. Inicialmente, foram feitas tentativas de projetar no Brasil uma nova embarcação, que por falta de recursos não lograram êxito.[3]

Submarinos Italianos

SE Humaytá (H) em 1940.

Em 1910, em cumprimento ao Programa de Construção Naval de 1904, elaborado pelo Ministro da Marinha Júlio César de Noronha, que previa a aquisição de três submersíveis, foram encomendados na Itália, três submarinos de tipo costeiro, utilizados pela Regia Marina Italiana, da classe Laurenti. Construídos no estaleiro Fiat-San Giorgio, na cidade de Torino-Spezia, foram no Brasil denominados de classe F (Foca), recebendo as denominações de F1 (Foca 1), F3 (Foca 3) e F5 (Foca 5), que foram os primeiros da Marinha Brasileira. Entregues em 1913 e 1914, estes submarinos tinham 370 toneladas, propulsão diesel-elétrica e dois tubos lança-torpedos. Mergulhavam a aproximadamente 40 metros e navegavam a até 9 Nós submersos. Para apoiar os novos meios, foram criadas a Base de Submersíveis e a Escola de Submersíveis (atual CIAMA - Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché) e incorporado o Tênder de Submarinos Ceará para treinamento, manutenção e salvamento. Após vinte anos de serviço, seus cascos serviram para alicerçar os pilares da ponte de escaleres da Escola Naval.[4]

Em 1929, foi incorporado o SE Humaytá (H), da classe italiana Balilla. O Humaytá foi o primeiro submarino oceânico do Brasil, com 1 885 toneladas e alcance de 12 840 milhas. Outros três submarinos da classe Perla: S Tupy (S-11), S Tymbira (S-12) e S Tamoyo (S-13), de 853 toneladas, foram adquiridos em 1937. De construção italiana, estes quatro submarinos serviram para o treinamento das forças aliadas estacionadas no Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial.

Submarinos norte-americanos

Com a escassez de peças ocasionada pelo colapso da indústria militar italiana e com a abundância de meios disponíveis no pós-guerra, o Brasil passou a adquirir submarinos dos Estados Unidos da América.[5]

Em 1957, chegaram ao país os submarinos da classe Gato, S Humaitá (S-14) e S Riachuelo (S-15). Em 1963, chegaram os mais avançados S Rio Grande do Sul (S-11) e S Bahia (S-12), da classe Balao. Diante da incorporação das tecnologias da classe alemã Type XXI pelos Aliados, nas Classes Guppy (no Brasil denominados Classe Bahia (S Guanabara (S-10), S Rio Grande do Sul (S-11) e S Bahia (S-12)), foram adquiridos posteriormente os submarinos Classe Guppy II ( S Rio de Janeiro (S-13) e S Ceará (S-14)) e Classe Guppy II (S Goiás (S-15) e S Amazonas (S-16)), na década de 1970.[5]

Na sequência chegaram os submarinos da Classe Oberon S Humaitá (S-20), S Tonelero (S-21) e S Riachuelo (S-22).[5]

O S Tonelero (S-21) foi o último submarino operacional da classe Oberon operado no Brasil, tendo afundado no caís do Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro, na noite de Natal no ano de 2000.[6]

Parceria Alemã

Por motivos estratégicos, visando o domínio tecnologia e a diminuição da dependência externa, e econômicos, visando a nacionalização de componentes e o incentivo à indústria nacional, a Marinha do Brasil iniciou o programa nacional de construção de submarinos PROSUB.

Mesmo já tendo alcançado certo nível de experiência na manutenção de submarinos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o alto nível tecnológico empregado nestes meios tornou necessária uma fase intermediária. Para isso, foram recebidas diversas ofertas internacionais que visavam a transferência de tecnologia de projeto e fabricação de submarinos. A oferta vencedora foi a do submarino alemão da classe U-209-1400.

A primeira unidade, o S Tupi (S-30), foi construída no estaleiro Howaldtswerke-Deutsche Werft GmbH (HDW) em Kiel, com o treinamento de técnicos brasileiros, e os demais S Tamoio (S-31), S Timbira (S-32) e S Tapajó (S-33) no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. Com a experiência angariada, foi possível introduzir modificações no projeto original, que deram origem ao S Tikuna (S-34).

Missão

  • Garantir o aprestamento dos meios subordinados;
  • Assessorar no estabelecimento da doutrina de emprego e estabelecer a doutrina de condução de meios subordinados;
  • Exercer o controle operativo dos submarinos no mar;
  • Supervisionar, militar e administritivamente, as Organizações Militares subordinadas;
  • Exercer as funções de Diretoria Técnica de submarinos;
  • Estabelecer normas e procedimentos e exercer o controle das atividades de mergulho na Marinha do Brasil; e
  • Manter atualizados os conhecimentos, normas e procedimentos referentes à atividade de SAR/SUB, e dirigir a faina, quando determinado, a fim de contribuir para a eficácia do emprego dos meios navais subordinados na aplicação do Poder Naval.[7]

A Força de Submarinos

S Tikuna (S-34) chegando a Base Naval de Mayport em 2007.

Submarinos

Classe Foca

O início da história dos submersíveis brasileiros começa em 1914, com a aquisição de três submarinos italianos da classe Foca. Os F como ficaram conhecidos tiveram seu papel limitado a treinamento e capacitação da engenharia em construção e manutenção dos mesmos. Deram baixa em 1933.[4]

  • F1 - 1913 -1933
  • F3 - 1913 -1933
  • F5 - 1913 -1933

Classe Balilla

O primeiro submarino brasileiro oceânico foi o Humaitá, construído ainda na Itália, semelhante ao Balilla italiano. Entregue em 1929, esse submarino foi o recordista em mergulho sendo o primeiro a descer até 100 metros.

  • SE Humaytá (H) - 1929 -1957

Classe Tupy

Em 1937, chegam os submarinos Tupy, Timibira e Tamoio, de origem italiana. Esses submarinos da classe T/Perla foram encomendados pela Itália, que acabou extinguindo a Flotilha de Submersiveis. Os modelos então já fabricados, participaram da Segunda Guerra Mundial na patrulha da costa brasileira.

Classe Humaytá

Em 1957, houve uma renovação da frota brasileira com a aquisição de submarinos da classe Gato que serviram a Marinha dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, com os nomes de USS Muskallunge (Humaitá) e USS Paddle (Riachuelo), encerrando a função dos classe T.

Classe Rio de Janeiro

Em 1963, foram recebidos os S12 Bahia e S11 Rio Grande do Sul, ambas as embarcações eram do tipo Fleet da classe Balao e foram construídos durante a Segunda Guerra Mundial.

Classe Guanabara

Nos anos 1970, foram adquiridos sete submarinos da classe Classe Guppy II e III.

Classe Humaitá

Na década de 1970 foram adquiridos três submarinos, sendo um italiano da Classe Balilla e dois ingleses da Classe Oberon.

Classe Tupi

Classe Tikuna

Classe Riachuelo

Classe Álvaro Alberto - Nuclear

Tênder de Submersíveis

Classe Ceará

  • Ceará (navio tênder) - 1917-1946

Navios de Socorro Submarino

Classe Gastão Moutinho

  • NSS Gastão Moutinho (K-10) - 1973 -1996

Classe Felinto Perry

Classe Guillobel

Navios de apoio

Embarcações que foram utilizadas como apoio a Força de Submarinos.[4]

Organizações Militares

As Organizações Militares que lhe são afetas são:

Os submarinos do futuro

Com verba prevista no orçamento da União de 2009 e com o novo Plano Estratégico Nacional, o novo propulsor de energia nuclear, com tecnologia 100% nacional, passará a equipar uma nova geração de submarinos para assegurar a defesa do Atlântico Sul. O primeiro submarino nuclear brasileiro será chamado S Álvaro Alberto (SN-10), em homenagem a Álvaro Alberto da Mota e Silva vice-almirante da Marinha brasileira e cientista brasileiro.

Ver também

Referências

  1. Fabrícia Peixoto, BBC Brasil (24 de dezembro de 2008). «Brasil compra da França helicópteros e submarinos». Consultado em 13 de novembro de 2010 
  2. Guilherme Poggio, Poder Naval (17 de maio de 2009). «Definido local da construção do SNB». Consultado em 13 de novembro de 2010 
  3. Comando da Força de Submarinos, Marinha do Brasil. «Unidades Navais (1913-2010)». Consultado em 13 de outubro de 2010 
  4. a b c «Os submersíveis Classe F». SDGM. Consultado em 30 de dezembro de 2013 
  5. a b c «FORSUB: origem estadunidense». Defesa net. Consultado em 30 de dezembro de 2013 
  6. Isabel Clemente, Folha de S.Paulo (7 de fevereiro de 2001). «Escotilha aberta ajudou a afundar submarino Tonelero no Natal». Consultado em 13 de novembro de 2010 
  7. Comando da Força de Submarinos. «Missão do Comando da Força de Submarinos». Consultado em 13 de novembro de 2010 
  8. «Conheça o Humaitá, novo submarino lançado ao mar pelo Brasil». CNN Brasil. Consultado em 15 de dezembro de 2020 
  9. Victor Barreira (8 de janeiro de 2015). «First steel cut for third Brazilian submarine». IHS Aerospace, Defense & Security. Consultado em 7 de março de 2015 

Ligações externas

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