Extremismo

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O extremismo, em política, refere-se a doutrinas ou modelos de ação política que preconizam soluções extremas, radicais e revolucionárias, para os problemas sociais.

Frequentemente está associado ao dogmatismo, ao fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes. O extremismo, unido ao unilateralismo, resulta em total fechamento ao diálogo e à negociação.

No uso corrente, o termo política, o conceito tem mantido uma conotação pejorativa. Quando referido a posição e comportamento adotados por um movimento, grupo político ou mesmo partidos e grupos parlamentares, o extremismo indica a tendência a um comportamento ou a um modelo de ação política que rejeita as regras de uma comunidade política, não se identificando com as suas finalidades, valores e instituições e procurando transformá-los radical e abruptamente, na linha do tudo agora; por conseguinte, recusa o gradualismo ou o alcance parcial dos objetivos, bem como a negociação e o compromisso. O comportamento desses grupos se concretiza historicamente por práticas muitas vezes eversivas e violentas, que rejeitam os vínculos formais da transformação do conflito em controvérsia, próprios da tradição parlamentar.

Na história política moderna e contemporânea, o extremismo foi adotado em diferentes ocasiões, por diversos movimentos sociais e políticos, de diferentes orientações ideológicas, principalmente em épocas críticas de intensa mobilização social e de profundas transformações econômicas e institucionais.

O extremismo convencionalmente considerado de direita emana diretamente de classes ou estamentos sujeitos a uma repentina perda de status e de uma drástica redução de sua influência política. É o extremismo daqueles que, "em outros tempos foram possuidores" e cujo comportamento político está voltado para a defesa a todo custo e/ou para a reconquista das suas tradicionais prerrogativas político-sociais. [1] O salazarismo e o franquismo, por exemplo, rompem com o pluralismo democrático pelo lado direito do espectro ideológico.

Já a prática de alguns grupos extraparlamentares de orientação marxista-leninista, por exemplo, pode ser caracterizada como extremista, na medida em que rompe com a democracia burguesa pelo lado esquerdo do espectro. Por fim, segundo Lipset, além dos extremismos da direita e da esquerda, existe um extremismo do centro: o nazifascismo [2] De acordo com o autor, o nazifascismo disputaria a mesma base de apoio social que os liberalismos, ou seja as classes médias, pequenos empresários e profissionais anticlericais.

Ver também

Referências

  1. BELLIGNI, Silvano. Extremismo. In: BOBBIO. Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 2ª ed. Trad. João Ferreira, Carmem C. et al. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1986. p. 457-459 apud Entre milícias e militantes (I): Integralistas, por Jefferson Barbosa.
  2. LIPSET, S.M., Political Man: The Social Basis of Politics, Heinemann, London, 1960, e "Esquerda e Direita: O Conflito Ideológico do Século XX", in J.C. Espada et al. (coords.), Direita e Esquerda? Divisões Ideológicas no Século XXI, Universidade Católica Editora, Lisboa, (2006), pp.11-18, apud João Cardoso Rosas, Dictionary of Moral and Political Philosophy. Direita/Esquerda / Right/left
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O extremismo pode também ser considerado algo como uma reação extrema a um ato extremo, como a execução de um assassino da mesma força que este cometeu o homicídio, podendo ser ( ou não ) considerado um pensamento inteligente baseado na pedra da babilônia " olho por olho dente por dente " aqueles que cometem um erro devem pagar na mesma moeda.