Florestas Costeiras de Pernambuco

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Florestas Costeiras de Pernambuco
Interior de floresta perto de Recife, Pernambuco.
Interior de floresta perto de Recife, Pernambuco.

Interior de floresta perto de Recife, Pernambuco.
Bioma Mata Atlântica, Floresta tropical
Largura 80 km
Área 17.680 km²
Países  Brasil
Localização da ecorregião das Florestas Costeiras de Pernmabuco segundo o WWF.
Localização da ecorregião das Florestas Costeiras de Pernmabuco segundo o WWF.

Localização da ecorregião das Florestas Costeiras de Pernmabuco segundo o WWF.


As Florestas Costeiras de Pernambuco constituem uma ecorregião definida pelo WWF no domínio da Mata Atlântica brasileira. É um importante centro de endemismo na América do Sul e também uma das ecorregiões mais desmatadas do mundo.

Caracterização[editar | editar código-fonte]

Vegetação típica da mata atlântica em Camaragibe, Pernambuco.

Localizada em uma faixa de cerca de 80 km ao longo do litoral do Nordeste Brasileiro, como uma precipitação anual de até 2000mm anuais.[1] Existe um período mais seco, que vai de outubro a janeiro. A fitofisionomia encontrada vai desde a floresta ombrófila densa de terras baixas, com árvores altas de até 35 m de altura, até à floresta ombrófila aberta, que pode apresentar árvores altas que ultrapassam os 20 m, mas predominando uma formação vegetal com árvores entre 15 e 20 m.[1][2]

Biodiversidade[editar | editar código-fonte]

O mutum-do-nordeste é uma espécie de ave considerada extinta que habitava as florestas de Alagoas.

É um dos mais distintos centros de endemismo na América do Sul, como demonstrado por inúmeros trabalhos realizados com plantas, aves e borboletas.[1] Recentemente, foi até "redescoberta" uma espécie de primata, o macaco-prego-dourado, endêmico da região nordeste do Brasil.[3][4] Outras espécies ainda são consideradas extintas na natureza, como o mutum-do-nordeste, que habitava as florestas do litoral de Alagoas.[1]

Conservação[editar | editar código-fonte]

As florestas de Pernambuco possuem uma longa história de desmatamento. O primeiro ciclo de desmatamento veio com a extração do pau-brasil, no início da colonização européia. A partir daí, até os dias de hoje, o cultivo da cana-de-açúcar tem sido responsável pelo desmatamento na região. De fato, os remanescentes de florestas são em sua maioria menores que 10 km², cercados por plantações de cana-de-açúcar.[1] Há apenas 87 km² em unidades de conservação, que representa uma porcentagem muito baixa para a manutenção da biodiversidade e de processos ecológicos chave.[1]

Referências

  1. a b c d e f «Northern South America: Atlantic coast of northeastern Brazil - Neotropic (NT0151)». WWF. Consultado em 11 de agosto de 2012 [ligação inativa]
  2. «Mapa da Área de Aplicação da Lei n° 11.428 de 2006» (PDF). IBGE. Consultado em 15 de agosto de 2012 
  3. PONTES, A.R.M.; et al. (2006). «A new species of capuchin monkey, genus Cebus Erxleben (Cebidae, Primates): found at the very brink of extinction in the Pernambuco Endemism Centre» (PDF). Zootaxa. 1200: 1-12 
  4. OLIVEIRA, M.M.; LANGGUTH,A. (2006). «REDISCOVERY OF MARCGRAVE'S CAPUCHIN MONKEY AND DESIGNATION OF A NEOTYPE FOR SIMIA FLAVIA SCHREBER, 1774 (PRIMATES, CEBIDAE)» (PDF). Boletim do Museu Nacional. 523: 1-16. Consultado em 11 de agosto de 2012. Arquivado do original (PDF) em 5 de fevereiro de 2009