Isabelle Stengers

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Isabelle Stengers
Isabelle Stengers
Nascimento 1949 (75 anos)
Cidade de Bruxelas
Cidadania Bélgica
Progenitores
  • Jean Stengers
Irmão(ã)(s) Marie-Laure Stengers
Alma mater
  • Université libre de Bruxelles
Ocupação filósofa, professora universitária, química, roteirista, conferencista, escritora
Empregador(a) Université Libre de Bruxelles

Isabelle Stengers (Bruxelas, 1949) é uma filósofa e historiadora belga, notável por sua contribuição à filosofia da ciência.

Formada em química na Universidade Livre de Bruxelas, é autora de livros sobre teoria do caos, em parceria com o químico russo Ilya Prigogine.[1] Stengers e Prigogine inspiram-se no trabalho de Deleuze, tratando-o como uma fonte filosófica importante para pensar as questões relativas à irreversibilidade e o universo como um sistema aberto.

Seus mais recentes trabalhos referem-se à sua proposta de Cosmopolítica,[2] um aspecto-chave ao qual Bruno Latour se refere como "composição progressiva de um mundo comum" no qual o não humano e o humano estão intimamente ligados. Além disso, ela também tem-se dedicado à revisitação e modulação pragmática da filosofia especulativa de Alfred North Whitehead. Seu livro Cosmopolitics ganhou o Prêmio Ludwik Fleck de 2013.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Os interesses de pesquisa da Professora Stengers incluem a filosofia da ciência e a história da ciência. Stengers é professora em Filosofia da Ciência na Universidade Livre de Bruxelas[4] e recebeu o grande prêmio de filosofia da Academia Francesa em 1993.[5] Stengers escreveu sua tese de doutorado sobre o filósofo inglês Alfred North Whitehead,[6] outros trabalhos também trataram de filósofos europeus como Michel Serres, Gilbert Simondon e Gilles Deleuze. Stengers também colaborou com o psiquiatra Leon Chertok,[7] e o sociólogo e antropólogo da ciência Bruno Latour. Seu livro A invenção das Ciências Modernas[8] foi parcialmente inspirado no ensaio Jamais Fomos Modernos, de Latour, [9]

Bibliografia parcial[editar | editar código-fonte]

Autoria individual[editar | editar código-fonte]

  • La Volonté de faire science. À propos de la psychanalyse, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 1992
  • L’Invention des sciences modernes, Paris, La Découverte, 1993 (reed. Flammarion, « Champs » nº 308)
  • Souviens-toi que je suis Médée, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 1993
  • Sciences et pouvoirs. Faut-il en avoir peur ? Bruxelles, Labor, 1997 (reed. La Découverte)
  • Cosmopolitiques, em 7 volumes : La guerre des sciences ; L’invention de la mécanique ; Thermodynamique : la réalité physique en crise ; Mécanique quantique : la fin du rêve ; Au nom de la flèche de temps : le défi de Prigogine ; La vie et l’artifice : visages de l’émergence ; Pour en finir avec la tolérance, Paris, La Découverte/Les Empêcheurs de penser en rond, 1997 (reed. Paris, La Découverte, 2003)
  • La guerre des sciences aura-t-elle lieu ? , Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 2001
  • L'Hypnose entre magie et science, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 2002
  • Penser avec Whitehead. Une libre et sauvage création de concepts, Paris, Le Seuil, « L’ordre philosophique », 2002
  • La Vierge et le neutrino. Quel avenir pour les sciences ?, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 2006
  • Au temps des catastrophes. Résister à la barbarie qui vient, Paris, La Découverte, 2008
  • Une autre science est possible ! Manifeste pour un ralentissement des sciences, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond/La Découverte, 2013
  • Civiliser la modernité ? Whitehead et les ruminations du sens commun, Dijon, Les presses du réel, 2017
  • Réactiver le sens commun. Lecture de Whitehead en temps de débâcle, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond/La Découverte, 2020

Coautoria[editar | editar código-fonte]

  • com Ilya Prigogine, La Nouvelle Alliance. Métamorphose de la science, Paris, Gallimard, 1979 (reed. « Folio-Essais »nº26)
  • com Ilya Prigogine, Entre le temps et l’éternité, Paris, Fayard, 1988 (reed. Flammarion, « Champs » nº262)
  • com Judith Schlanger, Les concepts scientifiques : invention et pouvoir, Paris, La Découverte, 1989
  • com Léon Chertok, Le Cœur et la Raison. L’hypnose en question de Lavoisier à Lacan, Paris, Payot, 1989
  • com Léon Chertok, L’Hypnose, blessure narcissique, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 1990
  • com Léon Chertok et Didier Gille, Mémoires d’un hérétique, Paris, La Découverte, 1990
  • com Olivier Ralet, Drogues. Le défi hollandais, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 1991
  • com Bernadette Bensaude-Vincent, Histoire de la chimie, Paris, La Découverte, 1993
  • com Tobie Nathan, Médecins et sorciers, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 1995
  • com Jan Marejko, Ilya Prigogine, etc., Temps cosmique et histoire humaine, Vrin, Paris, 1996,
  • com Tobie Nathan et Lucien Hounkpatin, La damnation de Freud, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 1997
  • com Bernadette Bensaude-Vincent, 100 mots pour commencer à penser les sciences, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 2003
  • com Pierre Sonigo, L’Évolution, Coll. « Mot à Mot », Paris, EDP Sciences, 2003
  • com Philippe Pignarre, La Sorcellerie capitaliste, Paris, La Découverte, 2005
  • com Vinciane Despret, Les Faiseuses d'histoires : que font les femmes à la pensée ?, Paris, Les Empêcheurs de penser en rond, 2011
  • com Bruno Latour, Christophe Bonneuil, Pierre de Jouvancourt, Dipesh Chakrabarty, Giovanna di Chiro, Déborah Danowski, Eduardo Viveiros de Castro, De l'univers clos au monde infini, textos reunidos e apresentados por Émilie Hache, Paris, Dehors, 2014.
Livros publicados em português
  • A Nova Aliança: a metamorfose da ciência (1979), em coautoria com Ilya Prigogine. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.
  • Quem tem medo da ciência? : ciencia e poderes. São Paulo: Siciliano, 1990.
  • O coração e a razão : a hipnose de Lavoisier a Lacan, em coautoria com Leon Chertok. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
  • O Fim das Certezas: tempo, caos e as leis da Natureza, em coautoria com Ilya Prigogine. Editora UNESP, 2011
  • A invenção das Ciências Modernas. São Paulo: Editora 34, 2002.
  • No Tempo das Catástrofes. São Paulo: Cosac Naify, Coleção EXIT, 2015.

Referências

  1. "O Fim das Certezas: tempo, caos e as leis da Natureza", Editora UNESP (2011) e "Entre o Tempo e a Eternidade", Companhia das Letras (1992)
  2. (em francês) Isabelle Stengers, La proposition cosmopolitique, in Jacques Lolive e Olivier Soubeyran, L'émergence des cosmopolitiques. La Découverte | Recherches, 2007, pp 45 a 68.
  3. «4S Prizes | Society for Social Studies of Science». Cópia arquivada em 9 de outubro de 2017 
  4. Ver: Isabelle Stengers, Cosmopolitics I, 2010, e Isabelle Stengers, v2.nl.
  5. Isabelle Stengers, The Invention of Modern Science 2000.
  6. Penser avec Whitehead, Paris, Le Seuil, « L’ordre philosophique », 2002.
  7. A critique of psychoanalytic reason: hypnosis as a scientific problem from Lavoisier to Lacan, Noel Evans M (trans.), Stanford: Stanford University Press (1992)
  8. A invenção das Ciências Modernas. São Paulo: Editora 34, 2002.
  9. Jamais Fomos Modernos, São Paulo, Editora 34, 1994.
Ícone de esboço Este artigo sobre filosofia/um(a) filósofo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.